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5 DE JULHO DE 2023

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Sr.as e Srs. Deputados, o que realmente importa a quem está no terreno, no combate a incêndios, é saber

quais são os meios com que, a todo o momento, efetivamente podem contar e utilizar no teatro de operações,

e não tanto saber quantos meios potencialmente poderiam estar disponíveis. O diabo está nos detalhes e é

neste detalhe que reside precisamente toda a diferença.

São também os detalhes que acabam normalmente a ser ignorados pelos populistas de esquerda, pelos

populistas de direita e pelos populistas ambientais. No debate de hoje, o Chega propõe que o Governo

reconheça o comando nacional de bombeiros como comando operacional único de bombeiros em Portugal, mas

muitas questões se levantam e é com apreensão que vemos esta questão tão complexa ser tratada de uma

forma tão simplista, com uma certa leviandade de quem não percebe…

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Nem sabem do que estão a falar!

A Sr.ª Patrícia Gilvaz (IL): — … que está em causa toda a estrutura de combate a incêndios.

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Nem sabem do que estão a falar!

A Sr.ª Patrícia Gilvaz (IL): — Mas vamos aos detalhes: por um lado, comparam a estrutura hierarquizada a

nível nacional — como a PSP e a GNR — com corpos de bombeiros nacionais, como se fosse uma realidade

sequer comparável e replicável para toda a sociedade.

Por outro lado, querem que o Governo reconheça um comando nacional de bombeiros, que nem sequer

todas as corporações humanitárias de bombeiros reconhecem.

Sr.as e Srs. Deputados, nada nos opõe politicamente a uma reforma orgânica dos bombeiros portugueses,

mas esta tem, obviamente, de ser uma reforma refletida e maturada, o que não é aqui o caso.

Como se já não bastasse, o PAN reconhece, hoje, a insustentabilidade financeira das suas medidas, mas

mesmo assim não se inibe de as apresentar.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Peço que conclua, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Patrícia Gilvaz (IL): — Vou concluir, Sr.ª Presidente. Podemos ler, no projeto de lei do PAN, e passo

a citar: «de forma a não comprometer a sustentabilidade da segurança social, propõe-se que os custos

associados a esta alteração sejam integralmente suportados por verbas provenientes do Orçamento do Estado».

Sr.as e Srs. Deputados, o que o PAN propõe, na prática, é que estes custos sejam imputados…

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Muito obrigada, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Patrícia Gilvaz (IL): — … aos portugueses através de impostos, taxas e taxinhas.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Muito obrigada, tem mesmo de concluir.

A Sr.ª Patrícia Gilvaz (IL): — Vou já concluir, Sr.ª Presidente. Infelizmente, mais uma vez, o facilitismo e o

populismo andam de mãos dadas.

Aplausos da IL.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Rui Tavares, do

Livre.

O Sr. Rui Tavares (L): — Sr.ª Presidente: Nós, quando discutimos incêndios, falamos de coesão territorial,

falamos de solidariedade.

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Nós, quem?!

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