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6 DE OUTUBRO DE 2023

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É evidente, parece-me, que há um problema nas escolas portuguesas, nas escolas europeias e, em geral,

no novo modelo de escola ocidental. As crianças enfrentam problemas de socialização, problemas de

vocabulário e problemas de inclusão na comunidade. Isso parece evidente para todos.

O diagnóstico não é, por isso, difícil de fazer. As nossas crianças passam cada vez mais horas nos

smartphones, passam cada vez mais horas com equipamentos tecnológicos e eletrónicos e isto, natural e

evidentemente, como em todos os países do mundo, está a ter os seus efeitos.

Chegando aqui, devemos perguntar-nos: que solução temos para um problema?

A solução da esquerda não inova nem surpreende: proibir, proibir e proibir.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

O Sr. André Ventura (CH): — Aliás, há coisas do diabo! O Bloco de Esquerda, que é a favor da mudança

de sexo aos 16 anos, quer proibir que se usem telemóveis no 1.º e no 2.º ciclos. Há coisas do diabo! Há coisas

do diabo!

Aplausos do CH.

E quer proibir quando países que já fizeram esta experiência, como a Suécia, a Noruega, Singapura e a

França, que a fez no ano passado, ainda nem sequer têm os resultados absolutos das experiências que levaram

a cabo. Portanto, é aquela lógica de que, quando há um problema, o que se faz é proibir. A lógica é dizer que

não se pode e as crianças têm de ser analfabetas digitais o resto do seu tempo.

Entendemos que esta não é a solução. Temos de encontrar soluções para um problema grave. Temos de

encontrar soluções para um problema de dependência, de mudança e de afetação, mas não temos de criar

modelos de proibição que vão avançar para outros modelos de censura. Sim, Srs. Deputados, outros modelos

de censura.

Queria deixar claro isto: hoje o Bloco de Esquerda quer proibir smartphones nos recreios no 1.º e no 2.º

ciclos; amanhã vai querer proibir redes sociais no 1.º, no 2.º e no 3.º ciclos; e depois há de querer proibir redes

sociais numa grande parte do País, porque agora a verdade já não é a verdade que a esquerda se habituou a

viver durante tantos anos.

Protestos do Deputado do BE José Moura Soeiro.

É a verdade daqueles que todos os dias o teclam, o partilham e o seguem.

Aplausos do CH.

Protestos da Deputada do BE Joana Mortágua.

Nós não temos medo da liberdade. Não temos medo do facto de que quem quer partilhar, partilha; quem

quer ver, vê; quem quer divulgar, divulga; e quem quer seguir, segue.

Sabemos que hoje há um movimento para restringir a liberdade digital das novas gerações — isso é fácil de

perceber. Os partidos que se habituaram a viver à conta do poder sentem que, pela primeira vez na sua história,

as redes sociais e o novo modelo digital colocaram em causa o seu domínio e o seu predomínio.

Mas temos de nos perguntar que país queremos: se queremos um país de analfabetos digitais ou se

queremos o país dos melhores do mundo, não só no futebol, mas também no digital. É aí que quero o nosso

País, entre os melhores do mundo, não só no futebol, não só no hóquei, mas também nas redes sociais, nos

computadores, na tecnologia e em tudo aquilo que faz Portugal avançar.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

O Sr. André Ventura (CH): — Essa é a nossa diferença em relação à extrema-esquerda.

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