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26 DE OUTUBRO DE 2023

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traduzir-se no maior acesso ao crédito à habitação e viu também um aumento nos seus rendimentos. E é por isto que a geração dos nossos pais é a geração que mais cedo se tornou proprietária de uma casa em Portugal.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem! A Sr.ª Rita Matias (CH): — Em 2001, quando os meus pais tinham entre 25 e 34 anos, cerca de 70 % das

famílias da sua idade já eram proprietárias da casa onde viviam. E estes números contrastam com os números da nossa geração, onde 60 % dos jovens não são proprietários da casa onde vivem e, muitos deles, até vivem na casa dos pais, sem conseguirem de lá sair.

A nossa geração, que é neta do sonho de Abril que iria desenvolver o nosso País; a nossa geração, que é filha da promessa europeia de que Portugal seria um País rico e próspero, é a geração «nem»: nem casa própria, nem salários dignos, nem arrendamentos acessíveis.

Aplausos do CH. E isto, meus caros, isto não é só fruto das circunstâncias, não é só fruto da crise ou da inflação. Isto é porque

a minha geração é o parente pobre do socialismo português. O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Muito bem! A Sr.ª Rita Matias (CH): — Para a nossa geração não há uma única política de apoio à aquisição de casa,

tal como houve para os nossos pais, tal como houve para os nossos avós. E depois ficam muito espantados quando cai a taxa de natalidade, entre os portugueses! Ficam muito espantados quando os jovens portugueses vão embora, à procura do direito à habitação que não têm aqui, em Portugal!

Srs. Deputados, vamos iniciar um novo período de debate do Orçamento do Estado e temos oportunidade, de uma vez por todas, de corrigir esta injustiça. Se os senhores não tiverem capacidade de somar iniciativa, pelo menos aprovem as propostas do Chega — por exemplo, as propostas de apoio à aquisição de casa, as propostas de isenção de imposto do selo.

Só não digam aquilo que a Sr.ª Deputada Maria Begonha disse, não digam «que se danem os jovens atuais», porque governam a pensar nos próximos que hão de vir.

A Sr.ª Maria Begonha (PS): — O quê?! Ouviste mal! A Sr.ª Rita Matias (CH): — Governem para nós! Governem para os jovens portugueses, que estão

desesperados, e precisam de soluções concretas para a sua vida. Aplausos do CH. O Sr. Filipe Melo (CH): — Tu é que ouviste mal! Compra cotonetes! O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Já apagou o Twitter! A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Rios de

Oliveira, do Grupo Parlamentar do PSD. Faça favor, Sr. Deputado. O Sr. Paulo Rios de Oliveira (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Estamos na reta final de

mais um debate sobre um tema importante: a habitação. E eu tenho de confessar alguma frustração em debater com um rolo compressor, que é o rolo compressor da maioria.

Mas tenho orgulho de saber que o PSD, nos últimos meses, tentou tudo — tudo o que era democraticamente possível — para apresentar melhores medidas para a habitação,…

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