O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

20 DE DEZEMBRO DE 2023

33

Ser amigo da Palestina é reconhecer que os palestinianos não são o Hamas nem qualquer outro grupo terrorista que mina e dificulta as aspirações nacionais dos palestinianos.

Aplausos do PSD. Mais ainda, ser amigo da Palestina significa expressar a nossa solidariedade por todos os civis que são

vítimas deste conflito e da atual guerra, afirmando, também, que o legítimo combate ao terrorismo deve minimizar ao máximo o custo das vidas civis na Faixa de Gaza ou na Cisjordânia.

Ser amigo da Palestina significa continuar a defender o apoio humanitário às populações que sofrem com a guerra, procurando sempre garantir que esse apoio chegue efetivamente àqueles que dele necessitam e que não fica nas mãos dos terroristas.

Mas ser amigo da Palestina significa, também, dizer aos nossos amigos palestinianos que devem recusar o terrorismo e o fundamentalismo, as visões que defendem a abolição do Estado de Israel ou as soluções que dizem que a Palestina deve ser livre do rio até ao mar, porque entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo há outro Estado, que também tem direito a existir na solução dos dois Estados.

Sr.as e Srs. Deputados, com esta declaração, o PSD reafirma o seu compromisso passado, presente e futuro. Apoiamos a solução dos dois Estados e apoiamos o direito à existência de Israel e da Palestina. Defendemos que essa solução seja parte de um processo de paz. Defendemos o reconhecimento do Estado da Palestina no quadro de uma posição comum europeia e apoiaremos todas as soluções que alarguem a convivência pacífica dos dois povos naquela região.

Para terminar, e como já dissemos hoje, nós não ignoramos o mundo como ele é, mas lutamos sempre pelo mundo como ele deve ser. Tal como um dia disse o estadista Shimon Peres: «Eu apoio a solução dos dois Estados nacionais: o Estado judeu, Israel, um Estado árabe, a Palestina. Os palestinianos são os nossos vizinhos mais próximos e eu acredito que um dia serão os nossos melhores amigos.»

Aplausos do PSD. O Sr. Presidente (Adão Silva): — A Mesa regista um pedido de esclarecimento por parte do Sr. Deputado

Rui Tavares, a quem passo de imediato a palavra. O Sr. Rui Tavares (L): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Alexandre Poço, poderia pedir uma daquelas

interpelações à Mesa em que se pede a distribuição de documentos, para que, simplesmente, comparássemos o título do debate que tivemos e o título do debate que temos.

Não tivemos, claramente, nenhum debate marcado pelo PSD sobre o reconhecimento da independência da Palestina como parte da solução de dois Estados. Tivemos um debate legítimo no qual, aliás, trabalhámos num texto comum, que não chegámos a assinar em comum, precisamente porque o PSD achava que, naquele texto, se deveria falar apenas do rescaldo do ataque terrorista de 7 de outubro, perpetrado pelo Hamas.

O Sr. Pedro Pinto (CH):  Exatamente! Os terroristas! O Sr. Rui Tavares (L): — Também considerava que era extemporâneo falar, por exemplo, de violações do

direito internacional, na ofensiva e na escalada que se anunciava sobre Gaza. Portanto, Sr. Deputado Alexandre Poço, peço-lhe esse esclarecimento: se era extemporâneo falar do tema do debate de hoje há dois meses, não pode dizer que o debate de hoje, afinal, já foi falado há dois meses e que o PSD o marcou.

Mas, então, pergunto-lhe algo que agora, dois meses volvidos, já é possível responder: há ou não violações do direito internacional humanitário em Gaza? Há ou não crimes de guerra no bloqueio de acesso a mantimentos, a água e a eletricidade, no bombardeamento das estruturas de primeira necessidade? Se há crimes de guerra, podemos dizer que — tal como dizemos na Ucrânia, em relação aos crimes de guerra perpetrados por quem quer que seja, mas em particular pelas milícias Wagner ou pelo exército russo —, onde há crimes de guerra, há criminosos de guerra. E onde há criminosos de guerra, eles devem ser julgados.

Está o Sr. Deputado Alexandre Poço preparado para dizer que houve crimes de guerra em Gaza e que os seus responsáveis devem ser julgados, incluindo no Governo israelita?

Páginas Relacionadas
Página 0003:
20 DE DEZEMBRO DE 2023 3 O Sr. Presidente: — Muito boa tarde, Sr.as e Srs. Deputado
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 31 4 morrer, que isso trouxesse esperança, que isso fosse u
Pág.Página 4
Página 0005:
20 DE DEZEMBRO DE 2023 5 Mas há outras coisas com que nesta Assembleia da República
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 31 6 Mas todas as histórias juntas farão um caminho para a
Pág.Página 6
Página 0007:
20 DE DEZEMBRO DE 2023 7 A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputad
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 31 8 Neste momento, há mais de 2 milhões de pessoas condena
Pág.Página 8
Página 0009:
20 DE DEZEMBRO DE 2023 9 A Sr.ª Edite Estrela (PS): — Sr. Presidente, Sr.as Deputa
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 31 10 com mais atrocidades. A violência é condenável, venha
Pág.Página 10
Página 0011:
20 DE DEZEMBRO DE 2023 11 depois de ter sido jogada. Portanto, Portugal deve querer
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 31 12 O povo palestiniano aguarda há décadas pela concretiz
Pág.Página 12
Página 0013:
20 DE DEZEMBRO DE 2023 13 O Sr. João Dias (PCP): — Claro! O Sr. Bruno Dias (PCP):
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 31 14 A Sr.ª Rita Matias (CH): — Muito bem! O Sr. André Ve
Pág.Página 14
Página 0015:
20 DE DEZEMBRO DE 2023 15 Ronald Reagan dizia: «Nunca negociamos com terroristas e,
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 31 16 Internacionalmente, as potências totalitárias revisio
Pág.Página 16
Página 0017:
20 DE DEZEMBRO DE 2023 17 O Sr. Tiago Moreira de Sá (PSD): — De resto, da nossa pa
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 31 18 O Livre nunca fez caixinha deste debate, nem nunca o
Pág.Página 18
Página 0019:
20 DE DEZEMBRO DE 2023 19 O Sr. Presidente (Adão Silva): — Para uma intervenção pe
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 31 20 Também as infraestruturas, como, por exemplo, canos d
Pág.Página 20
Página 0021:
20 DE DEZEMBRO DE 2023 21 O meu pedido de esclarecimento não versa, então, sobre es
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 31 22 O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Há 15 anos que
Pág.Página 22
Página 0023:
20 DE DEZEMBRO DE 2023 23 membro da União Europeia, em cujo seio se têm de concerta
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 31 24 Portanto, a pergunta que se coloca é como é que, com
Pág.Página 24
Página 0025:
20 DE DEZEMBRO DE 2023 25 Mas estes dois novos campos de batalha apenas se abrirão
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 31 26 O Sr. Pedro Pinto (CH): — É Deputado único! É o únic
Pág.Página 26
Página 0027:
20 DE DEZEMBRO DE 2023 27 O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): —Para além disso, Europa
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 31 28 O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Temos um Primeiro-M
Pág.Página 28
Página 0029:
20 DE DEZEMBRO DE 2023 29 O Sr. Rui Tavares (L): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Ped
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 31 30 O Sr. Rui Tavares (L): — Um Governo ponderado! O Sr
Pág.Página 30
Página 0031:
20 DE DEZEMBRO DE 2023 31 O Sr. Bruno Dias (PCP): — Mas acredita mesmo nisso?! O S
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 31 32 O Sr. Alexandre Poço (PSD): — Mas, Sr.as e Srs. Deput
Pág.Página 32
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 31 34 Finalmente, não ouvi isso na sua intervenção, mas gos
Pág.Página 34
Página 0035:
20 DE DEZEMBRO DE 2023 35 O Sr. Pedro Pessanha (CH): — Sr. Presidente, Srs. Membros
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 31 36 O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — É verdade! A Sr.ª
Pág.Página 36
Página 0037:
20 DE DEZEMBRO DE 2023 37 Isto não é ausência de preocupações humanitárias, Srs. De
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 31 38 tempo», que poderia usar aqui o dicionário de sinónim
Pág.Página 38
Página 0039:
20 DE DEZEMBRO DE 2023 39 inultrapassável, há vidas que estão em jogo ainda. Há vid
Pág.Página 39