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I SÉRIE — NÚMERO 36

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O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Portanto, chegamos a 2024 — vou concluir, Sr. Presidente —, vendo que são os mais vulneráveis que estão a morrer, os das faixas etárias entre os 75 e os 85 anos e os com mais idade.

Em cima disto tudo, os hospitais encerram e temos uma população idosa vulnerável sem condições de habitabilidade.

Será, Srs. Deputados, que os portugueses não se importam de ter um SNS que está a matar os nossos idosos, os nossos avós, os nossos pais, porque têm um Governo irresponsável, incompetente e cheio de acusações de corrupção?

Aplausos do CH. A Sr.ª Joana Lima (PS): — Os portugueses querem é pessoas honestas! O Sr. Presidente: — Para uma intervenção em nome do Grupo Parlamentar do PSD, tem a palavra o Sr.

Deputado Rui Cristina. O Sr. Rui Cristina (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Neste debate está bem patente o rotundo

falhanço da governação do Partido Socialista na saúde. Falhanço nos cuidados primários, onde o Governo deixa mais de 700 000 portugueses sem médico de família do que em 2015, representando um crescimento de 64 %; falhanço nos cuidados continuados, onde a rede cresceu de forma muito insuficiente — aliás, reduziram em 300 o número de camas só nos últimos dois anos; falhanço no acesso à terapêutica, onde a quota em unidades dos medicamentos genéricos quase estagnou nos últimos oito anos; falhanço, acima de tudo, na atividade hospitalar, com os tempos médios de espera para consultas, meios de diagnóstico e cirurgias a derraparem e as listas de espera a aumentarem; e falhanço, particularmente, nas urgências hospitalares, onde os atendimentos aumentaram nos últimos anos, muito devido à incapacidade de resposta dos centros de saúde.

É simplesmente inaceitável o espetáculo das urgências a abarrotar, com doentes amontoados nas salas de espera, alguns a dormir no chão, outros em macas nos corredores, mas quase todos a ter de esperar muito além do tempo clínico recomendado.

É um verdadeiro cenário de guerra, segundo os próprios profissionais do SNS. É desumano e degradante! Doentes urgentes, que deveriam aguardar 10 minutos pelo atendimento médico, terem de penar 10 horas ou mais.

Esta é a realidade que se vive na maioria dos hospitais em Portugal, realidade esta que massacra dezenas de milhares de portugueses, de norte a sul do País, enquanto um irresponsável da direção executiva do SNS nega a evidência, dizendo, e passo a citar, «pontos de vista, e pontos de vista não são nada mais nada menos do que a vista de determinados pontos».

Até o ainda Ministro da Saúde se recusou a comentar a aleivosia, sem esquecer que o governante insulta os portugueses ao qualificar o caos nas urgências como casos pontuais.

Aplausos do PSD. Perante o caos, o que faz o Governo? Anuncia a mãe de todas as reformas e diz que agora é que vai ser: os

centros hospitalares e agrupamentos de centros de saúde transformam-se em unidades locais de saúde, à espera de um milagre que já não acontecerá.

Explico: o que interessa ao Partido Socialista é já previsivelmente na oposição, vir dizer, daqui a uns meses, que o fracasso da reforma nas ULS não é culpa sua, mas, sim, da direita má; que foi o PSD quem deitou a perder mais essa obra-prima do Dr. Costa… Ora, a isto já o povo português chama «fazer o mal e a caramunha». O Partido Socialista virá a lamentar o mal que faz como se não fosse o autor desse mesmo mal.

O Partido Socialista faz mal ao Serviço Nacional de Saúde! Falam meias-verdades e mentem com tal à-vontade como se não houvesse nem futuro, nem realidade. Vivem de promessas em promessas e tudo esquecem no tempo seguinte.

Mais dois exemplos do fracasso: o baixo investimento público e o subfinanciamento do SNS.

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