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I SÉRIE — NÚMERO 37

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Em muitos debates sobre a economia portuguesa procuramos as respostas para os temas da competitividade e da concorrência com o exterior e, certamente nestes projetos estruturantes, encontramos parte da resposta.

Precisamos de responder às legítimas aspirações dos portugueses e da nossa economia e não ter medo de tomar decisões, as decisões de que o País precisa.

Desde novembro de 2015 que os Governos do Partido Socialista têm colocado a ferrovia no centro do debate político. O Plano Ferrovia 2020, com um investimento total de cerca de 2000 milhões de euros, encontra-se numa fase crítica do seu desenvolvimento, na qual fica evidente a transição já concretizada da fase de projeto para a fase de obra.

O Sr. António Prôa (PSD): — Onde é que está essa obra? O Sr. Hugo Costa (PS): — É, aliás, essa mesma obra que coloca nervosismo no debate, sendo que os

números desmentem aqueles que, por falta de melhores ideias, vivem do ataque pessoal. Como mero exemplo, no ano 2023, o investimento em ferrovia foi de 670 milhões de euros, enquanto em

2015, o último ano do Governo PSD/CDS, o valor tinha sido de 96 milhões de euros — a diferença dos números é factual e esclarecedora.

Aplausos do PS.O Sr. António Topa Gomes (PSD): — E em 2016? O Sr. Hugo Costa (PS): — Naturalmente, com as dificuldades decorrentes de quem faz e toma decisões e

não deixa tudo na mesma, existiram atrasos. Hoje, é consensual para o País que é necessário manter um ritmo constante de investimento para capacitar tanto o setor público quanto o privado, garantindo a concretização destes projetos sem obstáculos. O País precisa destes investimentos.

A nível de material circulante novo, foram adjudicadas as duas primeiras aquisições em mais de 20 anos: 22 automotoras elétricas bimodo por 150 milhões de euros e 117 automotoras elétricas por 760 milhões de euros.

O Sr. António Prôa (PSD): — Onde é que elas estão? O Sr. Hugo Costa (PS): — Outros exemplos cruciais passaram por impedir o desmantelamento da EMEF

(Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário), a sua fusão com a CP (Comboios de Portugal) e a reabertura das oficinas de Guifões, bem como as melhorias na oficina da cidade do Entroncamento. Tudo isto somado à redução do tarifário nos passes sociais, uma medida forte de impacto na poupança das famílias, ou mais recentemente no passe ferroviário nacional.

Para o futuro, Sr.as e Srs. Deputados, o nosso País delineou um horizonte ambicioso para o investimento em infraestruturas, especialmente na ferrovia, sendo que estamos a falar de mais de 10 000 milhões de euros previstos para a próxima década.

Neste contexto, a linha de alta velocidade (LAV) Porto-Lisboa destaca-se como um investimento mais significativo e transformador, não apenas pela sua dimensão, mas também pelo impacto esperado na modernização e eficiência de toda a rede ferroviária e no sistema de transportes do País.

Este projeto não vai só reduzir drasticamente os tempos de viagem entre as duas maiores cidades de Portugal, mas vai também estimular o crescimento económico, o turismo, a coesão regional e a criação de empregos especializados.

Aplausos do PS. O Sr. António Topa Gomes (PSD): — Agora é que é! O Sr. Hugo Costa (PS): — A linha de alta velocidade está desagradada em várias PPP (parcerias público-

privadas) a 30 anos,…

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