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Ii Série — Número 98

Sábado, 18 de Agosto de 1979

DIÁRIO

da

Assembleia da República

I LEGISLATURA

3.ª SESSÃO LEGISLATIVA (1978-1979)

SESSÃO SUPLEMENTAR

SUMÁRIO

Requerimentos:

De Deputados do PS e do POP ao Ministério da Administração Interna sobre acidentes ocorridos em Avis que envolveram elementos da população, a GNR e o presidente da Câmara local.

Do Deputado Nandim de Carvalho (PSD) ao Ministério das Finanças sobre contrabando de tabaco.

Requerimento

Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República:

Considerando que os órgãos de comunicação social se fizeram eco de graves incidentes em Avis envolvendo elementos da população, a GNR local e o presidente da Câmara Municipal de Avis;

Considerando que o presidente da Câmara Municipal de Avis, acompanhado de outros onze presidentes de câmaras, veio junto de grupos parlamen^ tares da Assembleia da República narrar os acontecimentos, que, na sua narrativa, envolveram uma grave, violenta e ilegal agressão e detenção de que foi vítima por parte de elementos da GNR no respectivo posto em Avis;

Considerando que os factos vindos a público e narrados são de molde a pôr em causa a dignidade e o prestígio de autoridades que urge prestigiar e fazer respeitar no quadro das instituições democráticas:

Os Deputados à Assembleia da República abaixo assinados requerem a V. Ex.B, através do Ministério da Administração Interna, o esclarecimento das seguintes questões:

c) Se já foi instaurado ou vai ser instaurado um inquérito às ocorrências com o presidente da Câmara de Avis, que a gravidade dos acontecimentos não deixa de tornar exigível, com as consequências legais que as respectivas conclusões justificarem;

b) Se o MAI encara a possibilidade de transferência ou afastamento dos elementos da GNR relativamente aos quais haja indí-

cios bastantes de prevaricação grave, de abuso de autoridade ou de ofensa grave ao respeito devido aos eleitos das autarquias, no caso em apreço; c) Que medidas pensa o MAI pôr em prática para prevenir que incidentes como os ora em questão se não repitam?

Assembleia da República, 17 de Agosto de 1979. — Os Deputados: Vital Moreira (PCP) — Luís Filipe Madeira (PS) —Carlos Lage (PS) — António Guterres (PS) — Tito de Morais (PS) — Manuel Mendes (PS) — Octávio Pato (PCP) — Custódio Jacinto Gingão (PCP) — Maria Alda Nogueira (PCP) — Etelvina Lopes de Almeida (PS)— Zita Seabra (PCP) — Alberto Andrade (PS) — Nicolau Dias Ferreira (PCP).

Requerimento

Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República:

Dois dos problemas que mais afligem a economia portuguesa são o do desequilíbrio da balança de pagamentos, bem como a repartição injusta da carga fiscal. Quer num caso, quer no outro, o contrabando constitui uma ameaça grave, quer porque fomenta a exportação ilícita de divisas, quer porque retira oportunidades legítimas de tributação, visto que constitui uma evasão fiscal.

No domínio do tabaco, o contrabando tem atingido foros inacreditáveis, com falsificação de selos do Ministério das Finanças e até com intermediários estabelecidos que se intitulam falsamente como importadores e que colocam nos retalhistas o tabaco a preços inferiores àqueles a que os legítimos (importadores recebem a mercadoria em armazém. Bem se compreende que se considera preocupante esta situação, cujos sinais exteriores são evidentes para o consumidor, quanto mais para os departamentos oficiais responsáveis.

Várias marcas de tabaco objecto de contrabando poderiam ser referenciadas, mas a título exemplifi-

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cativo exemplifica-se com dois maços de tabaco John Player Special que se anexam a este requerimento e que se solicita sejam remetidos conjuntamente com ele ao Ministério das Finanças.

Efectivamente o maço de tabaco legalmente importado distingue-se visualmente do «contrabandeado» pelos seguintes elementos:

a) É de menores dimensões;

b) Não tem filete dourado para abertura;

c) Rerefe o net weight (22 g);

d) É produzido pela John Player and Sons, e não

pela The House of John Player como no exemplar de contrabando;

e) Tem o selo legal de tabaco despachado do Mi-

nistério das Finanças, ao contrário do selo falsificado do tabaco de contrabando, onde o selo não tem impresso no fundo branco e a azul os dizeres «Casa da Moeda-Minis-tério das Finanças».

Deste modo, ao abrigo das disposições constitucionais, legais e regimentais aplicáveis, solicito com muita urgência do Ministério das Finanças as seguintes informações:

a) Tem o Ministério conhecimento das situações

descritas?

b) Tem o Ministério em curso os necessários in-

quéritos de identificação dos retalhistas e importadores .prevaricadores?

c) Tem o Ministério a intenção de lançar alguma

campanha de informação pública sobre a situação descrita?

d) Tem o Ministério computado quais as receitas

perdidas para o Estado pela falsificação de selos fiscais e contrabando de tabaco acima denunciada?

Assembleia da República, 17 de Agosto de 1979.— O Deputado do PSD, Nandim de Carvalho.

PREÇO DESTE NUMERO 1$00

IMPRENSA NACIONAL - CASA DA MOEDA

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