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II SÉRIE-A — NÚMERO 41

Almendra, hoje terra perdida no meio de um conjunto de vilas e aldeias de importância histórica, na região de Riba Côa, patenteia a presença do homem em cada pedra.

A ascensão pós-medieval da sua importância permite-lhe

alcançar a categoria de vila nos finais do século xv e receber foral novo de D. Manuel I, o Venturoso, em 1 de Junho de 1510.

Durante o período da Restauração, e com a ascensão polítíca dos seus donatários, os 2.° e 3." condes de Castelo Melhor, sobretudo com o último, que foi escrivão da Puridade e valido do rei D. Afonso VI, esta terra vai alcançar uma nova dimensão, apesar de efémera. E é também por esta altura (1660) que a fortaleza de Almendra vai ser restaurada.

No século XIX, na reorganização administrativa que alastrou pelo País, formou-se, entre 1853 e 1855, o concelho de Vila Nova de Foz Côa, fruto da extinção dos já decadentes concelhos de Almendra (com as freguesias de Almendra e Castelo Melhor), Freixo de Numão e Marialva. O concelho de Almendra foi extinto pelo Decreto de 14 de Outubro de 1855.

II — Condições sócio-económicas

A freguesia de Almendra tem uma acüvidade sócio-eco-nómica baseada nas seguintes vertentes:

Actividades comerciais mais representativas:

Feiras e romarias:

Domingo de Pascoela/Nossa Senhora do Campo e dia 20 de Janeiro — Dia de São Sebastião;

Cafés;

Restaurantes; Mercearias;

Uma oficina de reparação automóvel; Serviços:

Uma estação de correio com serviço telefónico; Rede com colector de esgotos; Rede de luz eléctrica;

Serviços de distribuição de água ao domicílio.

Equipamentos sociais:

Um centro de dia/terceira idade; Um lar de idosos (acamados); Um posto médico; A sede da Junta de Freguesia; Um cemitério.

Estabelecimentos de ensino:

Um jardim-de-infância; Uma escola primária.

Desporto e cultura:

A associação desportiva, recreativa e cultural;

A associação de caça e pesca;

A Associação João Ildefonso Bordalo;

Um pavilhão polidesportivo;

Campos de jogos/futebol;

Um salão de festas.

Ambiente:

Jardins e espaços verdes; Um parque infantil.

A povoação de Almendra dispõe ainda de transportes colectivos e de automóveis de aluguer.

III — Localização geográfica, caracterização do meio físico e demografia

Almendra, freguesia do concelho e comarca de Vila Nova de Foz Côa, distrito e diocese da Guarda, Relação de Coimbra, é composta por 510 fogos, correspondendo a sua densidade populacional de 633 hab./km2. Dista 18 km da sede do concelho.

É rodeada, a oeste, pela freguesia de Santa Comba e a noroeste pela de Castelo Melhor, a norte pelo concelho de Torre de Moncorvo, a sul pelo concelho de Figueira do Castelo Rodrigo e a este pelo concelho de Freixo de Espada à Cinta.

Na freguesa de Almendra correm o rio Côa e a ribeira de Aguiar. O rio Côa, que desagua no rio Douro, em Castelo Melhor, situa-se a cerca de uma légua a poente da sede da freguesia, enquanto a ribeira de Aguiar passa a este e a norte da povoação. A norte passa o rio Douro, mas só numa parte relativamente reduzida é que a freguesia lhe é ribeirinha.

Em Termos metereojógicos, verificam-se condições climáticas típicas do Alto Douro. As chuvas decorrem sobretudo no final do Outono e no princípio da Primavera, sendo muito raras no Verão. As nevadas são raríssimas, enquanto as geadas são comuns nos meses de Dezembro e Janeiro, existindo igualmente as chamadas «geadas tardias de Primavera». Face aos ventos, o Oeste está presente, fundamentalmente, nas estações temperadas e, nestas, sobretudo da parte da tarde. O vento este tem pouca duração, assume uma feição fria e agreste no Inverno e seca e abrasadora no Verão. São frequentes as trovoadas, benéfica^ por trazerem uma rega abundante e fazerem nascer fontes. Presente está, igualmente, o granizo, que por vezes é de grandes dimensões.

Em termos de repercussões sobre o terreno, assumem particular importância as chuvas torrenciais, que provocam desabamentos de terras, fenómenos beneficiados pela quase ausência de arborização nos montes.

No sector agrícola, a freguesia de Almendra é rica. Ainda hoje é o centro produtor de cereais, azeite, lã e amêndoas, destacando-se ainda a produção de citrinos. Uma cultura muito importante é, sem dúvida, a da vinha, neste caso destinada essencialmente à produção do vinho do Porto, incluindo esta freguesia na zona demarcada do Douro.

É uma zona onde ainda se podem observar plantas de geração espontânea, como sejam as giestas, estevas, silveiras e medronheiros, e que contribuem para colorir a paisagem com uma beleza natural ímpar.

Em termos geológicos, a zona de Almendra situa-se dentro da mancha duriense de xistos granváquicos, havendo na bacia do rio Côa, «chanuras cambrianas e graníticas de vocação frumentaria, com altitudes de 300 m a 500 m». Para além dos xistos e das ocasionais âflorações graníticas, existem ainda, nesta região, depósitos de carbonato de cal, originados pelas águas interiores.

IV — Características históricas e arquitectónicas

Como aspectos relevantes da arquitectura histórica da freguesia de Almendra destacamos:

A igreja matriz; Cinco capelas; Um pelourinho;

Uma Casa Realmendra ou Solar do Visconde do Campo;

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