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2418 | II Série A - Número 076 | 18 de Julho de 2001

 

ra e fazia parte do concelho de Aguiar de Sousa - chamava se Lordelo. Na margem direita do rio estava Castanheira, que pertencia a Refojos de Riba d'Ave e que recebeu Foral de D. Dinis e D. Manuel I. As suas povoações acabaram por se fundir numa só, constituindo a Lordelo de hoje.
Para Pinho Leal o topónimo Lordelo é diminutivo de Lord (Lordesinho), tese sem grandes bases documentais, porque, a ser assim, como referiu em tom jocoso o Dr. José do Barreiro, "teria havido muitos pequenos Lords em Portugal, onde há muitos lugares chamados Lordelo". Na "Tentativa Etimológica" refere se que Lordelo, tal como Louredo e Lourosa, vêm do latim lauraus, o louro e o loureiro, que deu lauretum - bosque de loureiros -, espécie vegetal pouco produtiva que viria a desaparecer da maior parte das nossos povoações.
Na antiga Castanheira existiu o importante Mosteiro dos Cónegos de Santo Agostinho, fundado no século XIII e extinto no século XVI. Durou relativamente pouco tempo, mas foi de extraordinária importância na história da região. Hoje não existe nesse local qualquer vestígio do convento.
Depois de pertencer aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, foi anexado in perpetuum, pelo Bispo do Porto, D. João de Azevedo, à Mesa Pontifical da Catedral do Porto.
Data de milénios o povoamento de Lordelo. Por aqui passaram os romanos, que deixaram obra importante e duradoura. A ponte romana das Penhas Altas é um exemplo da alta técnica de construção daquele povo e da atenção que por eles foi dedicada a esta região.
A elevação de Lordelo a vila foi aprovada pela Assembleia da República no dia 16 de Maio de 1984. Apenas a 28 de Junho a Lei n.º 20/84 foi publicada no Diário da República, promulgada pelo então Presidente da República General Ramalho Eanes.
A publicação aconteceu na I.ª Série do Diário da República n.º 148, de 28 de Junho de 1984.
Actualmente Lordelo está bastante industrializado e com um nível demográfico elevado. Basta dizer que é a freguesia mais populosa do concelho. Mas, ao mesmo tempo, nem tudo no Lordelo de hoje é diferente do Lordelo de ontem.
Ainda é possível, por exemplo, encontrar uma paisagem bucólica, verde e rural, como as Penhas Altas e a belíssima calçada de moinhos. Ao longe, a forte e duradoira ponte romana.
Património histórico cultural:
- Igreja e Casa Paroquial: a igreja que hoje se vê, tendo integrada a casa paroquial, não é a mesma que serviu Lordelo durante muitos anos. Da igreja primitiva apenas resta a capela mor, ladeada à entrada por duas colunas em pedra, em cujos capiteis apareceram esculpidas figuras estilizadas de animais e plantas (ao gosto do estilo romântico). Segue se a parte moderna ampla e funcional destinada a receber um maior número de fieis para os actos litúrgicos. A sua restauração data do ano 1900.
- Capela da Senhora do Alívio: fica situada no lugar do Vinhal. É uma construção de linhas simples, mas harmoniosas. Aqui realiza se anualmente a Festa do Vinhal (15 dias depois da Páscoa).
- Capela de S. Roque: com um traçado rectilíneo e sóbrio, é nesta que se realiza anualmente a festa do santo que lhe deu o nome.
- Cruzeiro de Lordelo: localizado a poucos passos da igreja paroquial, em pleno cruzamento, aparece esta belíssima coluna em granito encimada por uma cruz, estando envolvida por um espaço ajardinado, atestando a fidelidade de um povo a uma religião secular.
- Cruzeiro da Independência: está localizado no alto da Serra de Meda, lá no seu pináculo, muito próximo da Cadeia Civil do Norte, onde a fé cristã e o amor patriótico do povo lordelense implantou, no ano de 1940, uma cruz baptizada com o nome de Cruzeiro da Independência.
Altivo e dominador lá se encontra a varrer com os seus olhos um vasto horizonte, entrando por cinco ou mais concelhos. Voltados com o rosto para nascente, para a vila de Lordelo, vila que assenta nas duas margens do Rio Ferreira, entre a Levadinha e o Viveiro, como que a proteger e a abençoar uma população.
- Ponte romana: localizada no lugar de Penhas Altas, esta ponte é considerada um ex libris da freguesia. Esta é também um exemplo da alta técnica de construção dos romanos e da atenção que por eles foi dedicada a esta região.
- "Cales" - era uma conduta destinada às águas de rega (monumento rudimentar) com 3 a 4 metros de altura e 100 metros de comprimento aproximadamente, hoje desumanamente destruída por ignorância e egoísmo.
- Torre dos Mouros ou dos Alcoforados: imóvel de interesse público (Decreto n.º 45/93, Diário da República n.º 280, de 30 de Novembro de 1993). Implanta-se numa pequena elevação rochosa, no quintal de uma vivenda de um piso de construção recente, no limite NE do aglomerado de casas do lugar da Torre.
A casa em que esta torre se integra terá pertencido aos fidalgos Cirnes, do Largo do Paço das Patas, hoje Campo 24 de Agosto (Porto).
Torre de planta quadrangular com r/c e dois pisos. Constituída apenas pela estrutura arruinada das quatro paredes de silhares graníticos, assenta directamente no afloramento rochoso, mais elevado. A fachada principal apresenta ao nível do r/c uma porta de arco de volta inteira com uma verga em arco adintelado.
No primeiro e segundo piso rasgam se frestas geminadas de arco quadrado com chanfro externo. A fachada lateral SO é totalmente fechada ao nível do r/c e apresenta duas janelas de frestas geminadas nos dois pisos superiores. As frestas do segundo piso alinham se no eixo central da fachada e as do primeiro localizam se à direita. A fachada posterior é a mais fechada, pos

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