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34 | II Série A - Número: 114 | 19 de Julho de 2007

primeira pedra da construção da nova igreja da Senhora da Hora, construída a poucas dezenas de metros do centro religioso original, em terrenos que resultaram igualmente de cedências da EFANOR, e que acabou por ser inaugurada já no final da década de 60 do século passado.
Em 1932 a Câmara Municipal de Matosinhos propôs que se criasse a freguesia da Senhora da Hora, integrando os lugares do Alto do Viso, Azenhas de Cima, Barbeitos, Barranha, Carriçal, Cruz de Pau, Fonte do Cuco, Lagoa, Lavadores de Baixo, Lavadores de Cima, Madorninha, Monte dos Burgos, Padrão da Légua, Quatro Caminhos, Real e São Gens, sendo certo que alguns destes lugares não se situam hoje integralmente na área territorial da Senhora da Hora. Esta proposta municipal acabou por ser aceite e o Diário do Governo de 14 de Junho de 1933 publicou o Decreto n.º 22 677 que criou a freguesia da Senhora da Hora.
Em 1986, por iniciativa de alguns Deputados do Grupo Parlamentar do PSD, foi apresentado um projecto de lei para a elevação da freguesia da Senhora da Hora à categoria de vila, o que veio a ser aprovado, por unanimidade, na sessão plenária da Assembleia da República realizada no dia 3 de Julho de 1986. A Lei n.º 28/86, de 23 de Agosto, corporizou esta aprovação traduzindo em texto legal as aspirações manifestadas pelos senhorenses, pelos seus órgãos representativos de freguesia e, igualmente, pelos órgãos municipais.

A afirmação da Senhora da Hora depois de 1974

A importância económica e social da freguesia e vila da Senhora da Hora, o seu crescimento demográfico e o seu peso cívico e político acentuaram-se depois do 25 de Abril de 1974.
Confinada a este por São Mamede de Infesta, a oeste por Matosinhos, sede do concelho com o mesmo nome, a norte com Custóias e Guifões e a sul com as freguesias de Aldoar e de Ramalde, pertencentes ao concelho do Porto, a Senhora da Hora tem tido (e continua a ter) um acentuado crescimento demográfico, tendo hoje uma população que deve rondar os 30 000 habitantes (26 202, em 2001, de acordo com o Censos então realizado). Estendendo-se por uma área territorial rondando os 380 hectares (de acordo com o Decreto n.º 31 933, de 21 de Março de 1942, que fixou os limites da nova freguesia da Senhora da Hora, criada em Junho de 1933), a freguesia tinha, por alturas do Censos 2001, 11 089 alojamentos em aglomerado urbano contínuo e contava com 19 837 eleitores recenseados, à data de 31 de Dezembro de 2006.
Na Senhora da Hora fixaram-se nos últimos anos inúmeras cooperativas da habitação. Números conhecidos apontam para a existência na freguesia e vila da Senhora da Hora de empreendimentos de 15 cooperativas de habitação, responsáveis pela construção de perto de 4000 fogos. A construção cooperativa foi tão intensa na Senhora da Hora que, depois de 1974, houve mesmo quem tivesse chegado a considerar esta freguesia como a «capital nacional do cooperativismo habitacional».
O transporte ferroviário que atravessava o seu território, ligando a Trindade à Póvoa, à Trofa e a Guimarães, deu entretanto lugar à rede do metropolitano ligeiro da Área Metropolitana do Porto. A estação da Senhora da Hora assume nesta nova rede de transportes públicos da Área Metropolitana do Porto um papel ainda mais relevante do que já tinha desempenhado na anterior rede ferroviária, constituindo uma das estações centrais da rede do metro, ponto de convergência das linhas de Matosinhos, da Póvoa de Varzim, da linha do Aeroporto Francisco Sá Carneiro e da Maia/Trofa, estando ainda em estudo a criação de uma outra linha que ligue a Senhora da Hora ao Hospital de São João, com passagem por São Mamede de Infesta.
Na Senhora da Hora fixaram-se depois de 1974 duas escolas do ensino superior, a Escola Superior de Design e o Instituto Superior de Serviço Social do Porto. Também foi na Senhora da Hora que se construiu a primeira grande superfície comercial do País, em terrenos da antiga EFANOR, tendo também sido nos terrenos ocupados pelo seu antigo bairro operário que foi mais recentemente construído um dos mais concorridos centros comerciais portugueses.
Na Senhora da Hora está instalado o Hospital de Pedro Hispano, no qual foi funcionalmente centralizada a Unidade Local de Saúde de Matosinhos, que agrega, para além do próprio hospital, todos os centros de saúde a funcionar no concelho de Matosinhos, incluindo o próprio Centro de Saúde da Senhora da Hora. O Hospital de Pedro Hispano serve, para além da população de Matosinhos, como hospital de referência para as populações dos concelho da Maia, Póvoa de Varzim e Vila do Conde. Para além deste hospital público, vai entrar em funcionamento um hospital privado fundamentalmente vocacionado para as especialidades de oncologia, o Hospital Privado de Oncologia do Norte.
Ao longo dos seus quase 400 hectares de superfície fixaram-se múltiplas pequenas e médias empresas dos mais diversos sectores da actividade industrial e comercial. Indústrias de transformação, de moagem de cereais, de construção de equipamentos e máquinas eléctricas, empresas de reparação de automóveis, entre muitas outras, marcam presença na Senhora da Hora, a par de uma intensa actividade comercial que, para além das já referidas grandes áreas comerciais, apresenta uma rede bem implantada de pequeno comércio de proximidade que marca presença nos mais diversos sectores, desde os mais tradicionais (restauração, vestuário, panificação ou construção) aos mais recentes e modernos (na informática, nas novas tecnologias de informação, no desporto e estética pessoal).

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