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3 | II Série A - Número: 010 | 18 de Outubro de 2007


Monchique), a este pela freguesia de Mexilhoeira Grande (do concelho de Portimão) e freguesia de Odiáxere, a sul pela freguesia de S. Sebastião e a oeste pela freguesia de Barão de S. João.
O curioso e misterioso topónimo Bensafrim tem merecido várias análises. Américo Costa e outros autores têm salientado a presença de reminiscências místicas de origem árabe e com liturgia dos Evangelhos. O seu orago é S. Bartolomeu.
Sob o ponto de vista arqueológico, a freguesia dispõe de vários elementos dignos de destaque, nomeadamente a Necrópole da Fonte Velha, ou Salmões da Mina, como também é conhecida, onde foram encontradas incinerações romanas de onde se retiraram fragmentos de cerâmica, pregos, armas e alguns bronzes do século I AC. O espólio da necrópole pré-romana incluía também vasos cerâmicos, um anel de cobre, argolas de bronze, fusilhões de fíbulas, pontas de lança em ferro, uma argola de ouro, contas de vidro colorido e lajes funerárias com caracteres ibéricos, semelhantes a outras encontradas no sul do País.
A ocupação arábica, além de ter deixado bastantes vestígios arqueológicos, manifesta-se também na toponímia.
O topónimo principal assumiu, ao longo dos tempos, várias grafias, uma das quais Benassaharim, que, segundo Frei João de Sousa, significa «feiticeiros», estando relacionada com o verbo «sahara» com o sentido de «encantar». Apesar de existirem outras interpretações quanto à significação de topónimo, o certo é que relativamente à sua origem há consenso entre os principais autores: trata-se de um topónimo de origem árabe. De acordo com os estudos mais recentes, a palavra desdobra-se em Bem Sab’r in = Bem Sab (i) r in (scribir), ou seja «Bem saber inscrever», referindo-se à existência de uma oficina de lapidaria da época proto-histórica, onde se esculpiam os herouns e que possivelmente fornecia toda a região do actual barlavento algarvio.
Da presença muçulmana destacam-se também as noras e os poços e, de maior significado, os silos escavados na rocha.
Na freguesia identificaram-se também menires bem desenvolvidos e de fácil reconhecimento.
Elemento característico é a presença da rocha de grés vermelho, que existe ainda nas fundações de algumas casas.
As origens desta povoação remontam ao período da sedentarização humana, onde a existência da megálitos (menires) testemunham a presença de comunidades organizadas, sobretudo do período neolítico.
No entanto, os vestígios mais contundentes inseridos no contexto geográfico do concelho de Lagos são os associados à romanização da Península Ibérica.
Do património histórico desta freguesia, para além dos vestígios arqueológicos já mencionados, destacamse a Igreja Matriz, bem como vários moinhos de vento e chafariz.

II — Da caracterização geográfica e demográfica

A freguesia de Bensafrim é uma zona predominantemente rural e pertence ao concelho de Lagos. Esta freguesia situa-se no extremo nordeste do concelho e ocupa uma área de aproximadamente 78,117 km
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A freguesia é irrigada pela Ribeira de Bensafrim, que nasce na serra de Espinhaço do Cão e desagua no Oceano Atlântico.
À freguesia de Bensafrim, pelas sucessivas reestruturações administrativas operadas no século XIX, foi-lhe reconhecida importância acrescida no contexto dos limites geográficos do concelho de Lagos, englobando a povoação de Barão de S. João ao longo de mais de meio século, tendo esta sido restaurada há mais de 70 anos e tornada independente de Bensafrim.
O principal aglomerado populacional, a aldeia de Bensafrim e sede da freguesia, desenvolveu-se ao longo da EN 120, que a atravessa.
Segundo os resultados do XVI Recenseamento Geral da População de 2001, a freguesia de Bensafrim contabilizou 1533 habitantes, ou seja, mais 116 do que no recenseamento anterior. De salientar que nos finsde-semana e durante todo o Verão a população aumenta substancialmente.

Ill — Dos equipamentos colectivos

Posto de assistência médica: — Extensão de Bensafrim do Centro de Saúde de Lagos, com serviço de assistência médica e serviço de enfermagem; — Recolha de análises clínicas.

Mercado municipal: — Venda diária de produtos hortícolas; — Venda diária de peixe.

Farmácia: — Posto de medicamentos — Farmácia Moreira e Barata.

Colectividades: — Clube Cultural Recreativo e Desportivo;