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119 | II Série A - Número: 015 | 10 de Outubro de 2014

Complementarmente  regista  o  autor  os  efeitos  das  teses  pós-­‐modernas  que  
“explicam  a  quebra  de  interesse  em  ter  filhos  pelo  aparecimento  de  novos  valores  
que  dão  prioridade  ao  individualismo  e  à  realização  pessoal”.  A  concluir,  realça:  
-­‐     serem  fundamentalmente  “as   mudanças   nas   relações   de   género   com   o  
intuito   de   garantir   maior   igualdade   –   na   constituição   dos   casais,   das  
famílias   e   no   domínio   público”,   conjuntamente   com   “as   condições   que  
regulam  as  relações  laborais  e  o  mercado  de  trabalho”  que  desempenham  
um  papel  igualmente  relevante  deste  domínio;  
-­‐     que   a   natalidade   depende   da   segurança   económica,   da   flexibilidade  
laboral,  sobretudo  por  parte  das  “mulheres  que  pretendem  conciliar  a  vida  
laboral  com  a  maternidade”;  
-­‐     a   importância   da   “igualdade   do   género”   como   factor   relevante   da  
fecundidade.  
 
Estes   e   outros   estudos   sugerem   a   formulação   de   políticas   públicas   no  
sentido  da  flexibilização  do  horário  laboral  e  da  “aposta  na  educação  infantil  de    
0-­‐3  anos”  .    
O   conjunto   destas   reflexões   tanto   põe   em   evidência   a   fragilidade   das  
estruturas  demográficas  da  velha  Europa  e  dos  sistemas  laboral,  contributivo  e  de  
assistência   social,   como   induz   uma   análise   mais   aprofundada   de   natureza  
“geopolítica”   e   estratégica   sobre   a   situação   presente.   Daí   que   o   conjunto   de  
medidas  a  tomar  pelo  lado  da  evolução  natural  da  população  ou  pelo  lado  do  
crescimento  migratório  devam  ser  encaradas  como  uma  prioridade  uma  vez  que,  
embora  com  incidências  distintas  ao  nível  do  “mosaico”  de  países  que  a  integram,  
os  cenários  para  as  próximas  décadas  confirmam  a  necessidade  da  substituição  
das   gerações   com   base   em   acréscimos   da   natalidade   e   no   contributo   da  
imigração,  sobretudo  de  jovens  e  de  adultos  em  idade  de  procriação.    
Tendo  em  conta  a  evolução  recente  e  o  crescimento  nos  países  União,  este  
tipo  de  movimentos,  conhecidos  por  “migrações   de   substituição”,  exigem  uma  
“rotação   de   mão-­‐de-­‐obra”   –   e   o   possível   retorno   da   população   imigrante