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Sexta-feira, 10 de Julho de 2015 II Série-A — Número 168

XII LEGISLATURA 4.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2014-2015)

S U M Á R I O

Projetos de resolução [n.os 1247 e 1502/XII (4.ª)]: N.º 1502/XII (4.ª) (Pela reabertura e requalificação da Linha

N.º 1247/XII (4.ª) (Investimento urgente na linha de Cascais): do Tâmega):

— Informação da Comissão de Economia e Obras Públicas — Informação da Comissão de Economia e Obras Públicas

relativa à discussão do diploma ao abrigo do artigo 128.º do relativa à discussão do diploma ao abrigo do artigo 128.º do

Regimento da Assembleia da República. Regimento da Assembleia da República.

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PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 1247/XII (4.ª)

(INVESTIMENTO URGENTE NA LINHA DE CASCAIS)

Informação da Comissão de Economia e Obras Públicas relativa à discussão do diploma ao abrigo

do artigo 128.º do Regimento da Assembleia da República

1. Oito Deputados do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda tomaram a iniciativa de apresentar o Projeto

de Resolução n.º 1247/XII (4.ª) (BE), ao abrigo do disposto na alínea b) do artigo 156.º (Poderes dos Deputados)

da Constituição da República Portuguesa e da alínea b) do n.º 1 do artigo 4.º (Poderes dos Deputados) do

Regimento da Assembleia da República (RAR).

2. A iniciativa deu entrada na Assembleia da República a 4 de fevereiro de 2015, tendo sido admitida a 5 de

fevereiro, data na qual baixou à Comissão de Economia e Obras Públicas.

3. O Projeto de Resolução n.º 1247/XII (4.ª) (BE) foi objeto de discussão na Comissão e Economia e Obras

Públicas, na reunião de 1 de julho de 2015.

4. A discussão do Projeto de Resolução n.º 1247/XII (4.ª) (BE) ocorreu nos seguintes termos:

A Sr.ª Deputada Mariana Mortágua notou que o tema não é novo e que é urgente e necessário o investimento

nesta Linha de Cascais, que serve os Concelhos de Cascais, Oeiras e Lisboa e 80 mil utentes por dia.

Sublinhou que o comboio é prioritário devido às vantagens para o ambiente, social e a maior mobilidade.

Recordou que o desinvestimento e a realidade recente contrariam esta prioridade, com a redução de horários

e das composições, discordando do Presidente da CP, e defendeu um reforço de comboios fora dos “horários

de trabalho”, explicando.

Manifestou-se preocupada com a falta de manutenção do material circulante, causadora de alguns acidentes

recentes. Concluiu propondo o investimento nesta linha e a não entrega a privados.

O Sr. Deputado Bruno Dias manifestou concordância na aposta do investimento na requalificação da Linha

de Cascais e dos transportes ferroviários suburbanos em geral.

Referiu-se aos aspetos específicos da Linha de Cascais, atendendo às características próprias: as

composições não podem vir do resto do País ou da Península Ibérica, e a voltagem é diferente, o que para

solucionar acarretaria diferentes catenárias, tudo um problema técnico por falta de investimento.

Considerou que as hipóteses em ponderação podem ser perigosas para a ferrovia, se tal for com a entrega

a grupos económicos, que não farão a renovação do material circulante, a requalificação e o investimento

necessário.

Notou que esta linha é das mais antigas e é lucrativa, e recordou a questão do papel das linhas férreas nas

cidades e o debate na Câmara de Lisboa, criticando o afastamento das estações ferroviárias do centro da cidade,

explicando.

Defendeu o transporte público com vantagens económicas, de segurança e de comodidade para os

utilizadores.

O Sr. Deputado Rui Paulo Figueiredo concordou com a reposição dos cortes feitos e quanto aos

investimentos citou o programa do PS, referindo a continuação do previsto no PETI, Conecting Europe facilities

e das candidaturas ao Plano Junker – 2014/2020, com efeitos na Economia e no Emprego.

A Sr.ª Deputada Carina Oliveira analisou diferenciadamente a parte dos cortes e do investimento, e do seu

financiamento.

Recordou que no anterior Governo a prioridade da Linha de Cascais também não se concretizou e

perspetivou o investimento previsto pelo Governo no PETI e no Plano estratégico de transportes para as opções

do investimento público, nomeadamente para esta linha considerada prioritária.

Referiu-se à diferenciação técnica da Linha de Cascais, enunciando as possibilidades de manutenção e

reforço difíceis, ou de adaptação às características gerais.

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Recordou a audição do Presidente da CP em relação a cortes e reduções, em que não houve prejuízo para

os utilizadores, mas adaptabilidade.

Manifestou concordância com transportes públicos, mas sustentáveis, explicando.

Considerou que nestas zonas urbanas as Câmaras municipais também terão uma palavra em relação aos

investimentos previstos no PETI.

A Sr.ª Deputada Mariana Mortágua (BE) reiterou que o transporte público não deve servir apenas as horas

de pico, e que mais oferta criará maior utilização do comboio.

Quanto à reconversão técnica mais profunda a ser feita não discorda de investimento que seja feito para tal,

interrogando-se sobre quem e como o farão, referindo-se, preocupada, ao caso da EMEF para a manutenção,

discordando da entrega a uma única empresa privada, em monopólio.

5. Realizada a sua discussão, remete-se esta Informação a Sua Excelência a Presidente da Assembleia da

República, nos termos e para os efeitos do n.º 1 do artigo 128.º do Regimento da Assembleia da República.

Assembleia da República, em 8 de julho de 2015.

O Vice-Presidente da Comissão, Fernando Serrasqueiro.

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PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 1502/XII (4.ª)

(PELA REABERTURA E REQUALIFICAÇÃO DA LINHA DO TÂMEGA)

Informação da Comissão de Economia e Obras Públicas relativa à discussão do diploma ao abrigo

do artigo 128.º do Regimento da Assembleia da República

1. Dez Deputados do Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português tomaram a iniciativa de

apresentar o Projeto de Resolução (PJR) n.º 1502/XII (4.ª) – (PCP), ao abrigo do disposto na alínea b) do artigo

156.º (Poderes dos Deputados) da Constituição da República Portuguesa e da alínea b) do nº. 1 do artigo 4.º

(Poderes dos Deputados) do Regimento da Assembleia da República (RAR).

2. A iniciativa deu entrada na Assembleia da República a 29 de maio de 2015, tendo sido admitido a 03 de

junho, data na qual baixou à Comissão de Economia e Obras Públicas.

3. A discussão do Projeto de Resolução (PJR) n.º 1502/XII (4.ª) – (PCP) ocorreu nos seguintes termos:

O Sr. Presidente deu a palavra à Sr.ª Deputada Diana Ferreira (PCP), que apresentou o projeto de resolução

em apreciação. Referiu que o então Governo do PS tinha suspendido esta linha, prometendo obras de

requalificação que até ao momento não se tinham realizado. Realçou o facto de a região ser uma das mais

pobres da União Europeia, sendo que as suas populações se veem agora com dificuldades acrescidas nas suas

deslocações, uma vez que deixou de existir a alternativa rodoviária que foi criada aquando da suspensão desta

linha e que, entretanto, foram também retirados os carris. O PCP propõe que seja garantido início da

requalificação desta linha e que sejam adotadas as medidas necessárias para que a CP invista o valor

arrecadado com a venda das automotoras ao Peru na requalificação de outras automotoras que possam ser

utilizadas naquela linha.

Usaram da palavra, a este propósito, os Srs. Deputados Fernando Jesus (PS) e Paulo Cavaleiro (PSD).

Pelo Sr. Deputado Fernando Jesus (PS) foi lembrado que a empreitada de beneficiação desta linha que

estava em curso em 2010 foi suspensa por pressão política do PSD em 2010, para viabilização do orçamento

do Estado para 2011. Depois, continuou, no Plano Estratégico de Transportes apresentado pelo atual Governo,

esta linha desaparece. Referiu também uma pergunta que dirigiu ao Governo sobre esta matéria em fevereiro

de 2014, à qual não obteve ainda resposta. Fez referência a contactos estabelecidos entre os então presidentes

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das câmaras municipais de Amarante e de Marco de Canavezes e a REFER para solucionar este problema,

avançando com soluções alternativas, nomeadamente a criação de uma ecopista, tendo estado na altura

prevista a assinatura de um protocolo. Concluiu, afirmando que o PS estava recetivo à retoma destes trabalhos,

ponderando as alternativas possíveis.

O Sr. Deputado Paulo Cavaleiro (PSD) afirmou que era necessário perceber se havia sustentabilidade para

toda a linha, sabendo-se que a linha do Tâmega era a mais cara de todas, sendo mais barato assegurar a

acessibilidade por autocarro. Lembrou as dificuldades vividas pelo país e revelou abertura para discutir projetos

com sustentabilidade, tendo concluído lembrando que o próprio líder do PS tem dado indicações públicas de

que o PETI 3+ era para cumprir.

Tornou a usar da palavra o Sr. Deputado Fernando Jesus (PS), para reiterar as suas afirmações sobre o

diálogo entre os presidentes das câmaras municipais de Amarante e de Marco de Canavezes e a REFER para

solucionar este problema mediante a assinatura de um protocolo, mediante o qual as câmaras municipais

assumiam os custos dessa solução.

A Sr.ª Deputada Diana Ferreira (PCP) afirmou que, para o PCP, a responsabilidade da situação que se vive

nesta região é do PS, do PSD e do CDS-PP. Reiterou que o que o PCP pretendia, com esta iniciativa, era uma

solução para estas populações, reabrindo e requalificando esta linha, mantendo o seu traçado e, inclusive,

aproveitando o seu potencial turístico. Reiterou ainda a importância desta linha para a mobilidade das

populações e as profundas dificuldades económicas que estas enfrentam. Concluiu, afirmando, que com o

dinheiro que foi arrecadado pela venda das automotoras, o PCP propõe que se faça a requalificação de outras,

não fechando a porta a outras soluções.

Numa segunda ronda de intervenções, tornaram a intervir os Srs. Deputados Paulo Cavaleiro (PSD), para

realçar os termos resolutivos desta iniciativa e lembrar que o Governo aprovou recentemente legislação que

permite que os municípios se organizem em termos de oferta de serviço público de transportes e passem a ter

essa responsabilidade, e Diana Ferreira (PCP), para reafirmar que o PCP propõe que a requalificação se inicie

até final de 2015 e não que esteja totalmente concluída até final do ano e responder que a proposta do PSD

sobre a atuação dos municípios nesta área apenas realça a desresponsabilização do Governo quanto a estas

matérias.

4. O Projeto de Resolução n.º 1502/XII (4.ª) – (PCP)foi objeto de discussão na Comissão e Economia e

Obras Públicas, em reunião de 1 de julho de 2015.

5. Realizada a sua discussão, remete-se esta Informação a Sua Excelência a Presidente da Assembleia da

República, nos termos e para os efeitos do n.º 1 do artigo 128.º do Regimento da Assembleia da República.

Assembleia da República, em 8 de julho de 2015.

O Vice-Presidente da Comissão, Fernando Serrasqueiro.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.

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