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3 DE NOVEMBRO DE 2016 7

A estimativa para o PIB real em 2016 representa uma revisão de -0,6 p.p. face ao Programa de Estabilidade

(PE), resultado de um contributo menos positivo da procura interna (de 2,4 p.p. para 1,3 p.p.), compensado

parcialmente por uma revisão do contributo negativo da procura externa líquida (de -0,6 p.p. para -0,1 p.p.). Para

esta evolução da procura global concorreu especialmente o investimento (-5,6 p.p.) e as exportações (-1,2 p.p.),

bem como o consumo privado (-0,4 p.p.), facto que, juntamente com o conteúdo importado diferenciado de cada

uma destas componentes, se reflete num crescimento inferior das importações face ao cenário inicial (-2,3 p.p.).

Assim, a economia portuguesa deverá apresentar uma capacidade líquida de financiamento face ao exterior

equivalente a 1,7% do PIB, registando a balança corrente um saldo positivo de 0,5% do PIB.

Quadro n.º I.3.1. Principais indicadores

(taxa de variação %)

Para o próximo ano, a previsão de crescimento do PIB de 1,5% é sobretudo alicerçada na manutenção de

um contributo positivo da procura interna, conjugado com um contributo positivo da procura externa líquida.

Quanto à evolução do consumo privado, este acompanha as perspetivas para as remunerações e rendimento

disponível real, não se perspetivando impactos relevantes na taxa de poupança, em resultado da melhoria das

condições do mercado de trabalho, nos baixos preços de petróleo, na amenização do endividamento das

famílias, bem como por medidas orçamentais relevantes.

A Formação Bruta de Capital Fixo prevê-se que seja a componente mais dinâmica da procura interna, em

resultado da necessidade de aumentar a capacidade produtiva, bem como da sua atualização.

A par da procura externa relevante, prevê-se uma aceleração das exportações, sem ganhos de quota de

mercado, bem como um menor diferencial entre o deflator das exportações e das importações. Assim, é de

esperar que o ajustamento das contas externas persista: o saldo conjunto da balança corrente e de capital

deverá fixar-se em 2,2% do PIB, aumentando a capacidade líquida de financiamento da economia portuguesa,

ao mesmo tempo que a balança corrente deverá atingir um excedente equivalente a 1% do PIB.

Já no que diz respeito à taxa de desemprego esta prevê-se que seja 10,3%. A redução do desemprego

deverá ser acompanhada por um aumento da produtividade aparente do trabalho e por um crescimento do

emprego ligeiramente superior ao estimado para 2016. Espera-se, ainda, que a distribuição sectorial do emprego

continue a refletir a reafectação de recursos da estrutura produtiva dos sectores de bens não transacionáveis

para os sectores de bens transacionáveis. No conjunto, a evolução da população empregada e desempregada

resultará numa estabilização da população ativa.

O consumo público deverá reduzir-se, resultado da continuação do processo de ajustamento da despesa

pública. As alterações de política salarial deverão continuar a materializar num impacto positivo no deflator. A