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privado. A procura externa líquida apresentou um contributo ligeiramente negativo (inferior ao do ano

precedente). Face ao projetado no Orçamento do Estado para 2017 (outubro de 2016), é notório um

desempenho mais robusto do PIB, devido, sobretudo, a uma maior dinâmica da procura interna,

enquanto a procura externa líquida registou um contributo inferior ao projetado.

As exportações cresceram 7,9%, acima dos 4,4% de 2016. Esta aceleração deveu-se, em grande

medida, à forte dinâmica das exportações de serviços (10,9%), com destaque para o setor do turismo,

sendo que as importações, por seu turno, cresceram 7,9%, 3,7 p.p. acima do ano precedente, tendo

esta aceleração sido sentida tanto ao nível da componente de bens (+3,5 p.p.), como dos serviços (+5,2

p.p.).

Em termos de mercado de trabalho, a taxa de desemprego em 2017 fixou-se em 8,9% (11,1% em

2016). Esta diminuição da taxa de desemprego é especialmente relevante num contexto de aumento

da População Ativa (+0,8%) – algo que já não acontecia desde 2010. De referir, também, o crescimento

do Emprego (+3,3%). (Ver “Quadro 3 – População ativa, emprego e desemprego”)

Em 2017, o índice de preços no consumidor registou um crescimento de 1,4%, acelerando 0,8 p.p.

face a 2016. Cerca de metade desta aceleração resultou dos desenvolvimentos da componente

energética e, em menor escala, dos bens alimentares não processados. Com efeito, se for excluído o

impacto destas duas componentes1, o crescimento do IPC ter-se-ia cifrado em 1,1%, mais 0,4 p.p. do

que no ano precedente. (Ver “Quadro 4 – IPC e IHPC”)

Consolidação Orçamental

Em 2017, o valor do défice orçamental das Administrações Públicas(AP) fixou-se em 0,9% do PIB2,

o mais baixo das últimas quatro décadas. Comparando com o ano precedente, o saldo das

Administrações Públicas apresentou uma melhoria de 1,1 p.p. do PIB. O saldo primário registou um

excedente orçamental de 3%, superior ao previsto no Orçamento do Estado para 2017 (2,8% do PIB),

o que corresponde a uma melhoria de 0,7 p.p. face a 2016. As medidas temporárias (“one-off”) tiveram

um impacto praticamente nulo sobre o saldo. (Ver “Quadro 7 – Medidas temporárias” e “Quadro 8 –

Conta das Administrações Públicas”)

No final de 2017, a dívida das AP3, na ótica de Maastricht, ascendeu a 242,6 mil milhões de euros,

situando-se em 125,7% do PIB, um rácio inferior em 4,2 p.p. ao registado no final do ano anterior

(129,9% do PIB). [Ver “Quadro 82 – Dívida Pública – detalhe por instrumento (posições em fim de

período)”]

1 IPC subjacente. 2 De acordo com a 1ª notificação do Procedimento por Défices Excessivos de 2018 (INE, Destaque Procedimento dos Défices Excessivos, 26 de março de 2018), o impacto da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos elevou o défice das Administrações Públicas para 2,96% do PIB. Importa frisar que, mantendo-se aquém do limite de 3% previsto no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) e tratando-se de um evento de carácter extraordinário (não tendo impacto no saldo estrutural), tal contabilização não coloca qualquer risco quanto à entrada do país num novo Procedimento por Défices Excessivos. 3 A dívida pública, na ótica de Maastricht, segue os critérios do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais e compreende o valor nominal da totalidade das responsabilidades brutas em final de período do setor institucional das Administrações Públicas. A dívida apresentada é consolidada e é avaliada ao valor nominal, ou seja, ao valor facial dos passivos.

4 DE JULHO DE 2018

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