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27 DE OUTUBRO DE 2018

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descer para 1,4%, em 2018, e 1,5%, em 2019, ano que deverá ficar marcado pela saída do Reino Unido da

União Europeia.

O Relatório do OE 2019 indica, nesta sequência, que relativamente às economias emergentes e em

desenvolvimento, estas deverão continuar a ser o motor do crescimento da economia mundial, prevendo-se a

manutenção de um crescimento robusto para o conjunto dos países asiáticos (6,4%, em média no período

2017-2019), com destaque para a China (6,9%, em 2017, e 6,6% e 6,2%, respetivamente, em 2018 e 2019) e

para a Índia, cuja economia deverá atingir, em 2019, um crescimento de 7,4% (6,7%, em 2017).

No que diz respeito à economia portuguesa é referido que em 2018, a economia portuguesa caracterizou-

se pelo crescimento da atividade económica, pela descida do endividamento, público e privado, pela melhoria

da posição externa e pela continuação do processo de ajustamento do setor bancário, fatores que

contribuíram para uma crescente resiliência da economia.

Nesta sequência, é indicado que no primeiro semestre de 2018, a economia portuguesa prosseguiu uma

trajetória de crescimento, embora a um ritmo inferior ao verificado no ano anterior. Com efeito, após um

crescimento real do PIB de 2,8% em 2017, assistiu-se, na primeira metade de 2018, a algum abrandamento da

economia, tendo o PIB crescido 2,3% em termos homólogos. Esta evolução está em linha com a verificada na

área do euro. A desaceleração moderada da economia no primeiro semestre é essencialmente explicada pelo

menor ritmo de crescimento do investimento e das exportações.

Com efeito, o Relatório do OE 2019 refere que após uma aceleração da procura externa relevante para

Portugal em 2017 (5,1%, que compara com 3,3%, em 2016) é esperada uma desaceleração em 2018 e 2019.

Esta evolução resulta da expectativa de moderação do comércio mundial na sequência de tensões comerciais

associadas a políticas protecionistas, bem como de um menor dinamismo daeconomia da área do euro, cujo

crescimento do PIB deve abrandar de 2,4%, em 2017, para 2% e 1,9%, respetivamente em 2018 e 2019.

É, igualmente, mencionado que de entre os principais parceiros comerciais de Portugal, é esperada, para

2019, a continuação da desaceleração do PIB de Espanha e de Itália; uma estabilização do crescimento do

PIB de França e da Alemanha, ambos com um crescimento inferior a 2%; e a manutenção de um crescimento

moderado no Reino Unido. Deste modo, as importações de bens e serviços destas economias abrandaram no

1.º semestre de 2018, com destaque para um recuo particularmente significativo do Reino Unido e da Itália.

O Relatório OE 2019 refere, neste contexto, que em 2018, estima-se que a economia portuguesa cresça

2,3%. Para 2019, prevê-se um crescimento real do PIB de 2,2%, uma ligeira desaceleração face a 2018, em

linha com o abrandamento esperado na área do euro (1,9%).

Em relação aos principais riscos macroeconómicos é referido que as principais instituições internacionais

reviram recentemente em baixa as previsões para o crescimento em 2019 na generalidade das economias, na

sequência da intensificação dos riscos negativos para o crescimento.

Embora o contexto internacional permaneça favorável, adensaram-se os riscos negativos para o

crescimento e o comércio mundiais, relacionados com o aumento das tensões comerciais entre os EUA e a

China na sequência da intensificação de políticas protecionistas, iniciadas, em 2018, pelos EUA com a

imposição de tarifas alfandegárias sobre as importações de determinados produtos provenientes da China e

também da União Europeia.

Deste modo, é indicado que adicionalmente, e ainda no contexto internacional, destacam-se outros fatores

que poderão exercer um impacto negativo no crescimento:

– Pressões sobre o preço do petróleo causadas, nomeadamente, pela persistência das tensões no Médio

Oriente, agravadas pela aplicação de sanções dos EUA ao Irão e, pela deterioração da situação económica e

social da Venezuela, com efeitos numa possível redução da oferta de petróleo;

– Agravamento de crises em vários mercados emergentes (Brasil, Argentina, Venezuela, Turquia, Irão);

– Incerteza quanto ao desfecho e aos efeitos do Brexit;

– Tensões políticas na Europa, com potencial de impacto na confiança dos investidores.

Os fatores internacionais atrás descritos podem contribuir para uma desaceleração da economia da área

do euro mais acentuada do que o previsto e, dessa forma, refletir-se na dinâmica da economia portuguesa.

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