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II SÉRIE-A — NÚMERO 9

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CHUC que desestruturou serviços, equipas e equipamentos.

A Maternidade Bissaya Barreto encontra-se localizada no centro da cidade de Coimbra, num edifício

construído de raiz para o efeito em 1963. Esta unidade até à fusão encontrava-se inserida no CHC

conjuntamente com o Hospital Geral dos Covões e com o Hospital Pediátrico.

Por sua vez, a Maternidade Daniel de Matos, que conta com mais de um século de existência, que integrava

os HUC, tem igualmente um papel fundamental na região centro, aproximando-se de 200 000 nascimentos

desde a sua abertura em 1911.

Em 2013, imediatamente a seguir à fusão formal destas duas maternidades, no relatório de contas do Centro

Hospitalar e Universitário de Coimbra é referido que já tinha sido feito um estudo, apresentado à tutela no sentido

da construção de uma maternidade única, pois embora aludindo que sejam muito boas tecnicamente e com

excelentes profissionais as suas instalações encontram-se em condições débeis há bastante tempo.

Ao longo dos últimos anos, reconhecendo-se a necessidade de uma nova Maternidade em Coimbra, para

substituir a Bissaya Barreto e a Daniel de Matos, têm sido vários os avanços e recuos por parte dos vários

governos na tomada de decisão da sua localização e construção enquanto se acentua a deterioração das

maternidades existentes.

O processo de decisão, em particular quanto à sua localização, sempre foi revestido de secretismo, sem que

tenha havido um debate público abrangente onde as diversas entidades da cidade, da região e a população em

geral se pudessem pronunciar, uma vez que se trata de uma infraestrutura pública, de um grande investimento

estrutural ao nível dos serviços públicos de saúde que irá abranger uma vasta área do território da região centro

num horizonte temporal alargado.

Em dezembro de 2014, o Ministro da Saúde do Governo PSD/CDS referiu que as duas maternidades não

tinham condições para subsistir isoladas, pelo que o governo estaria a equacionar a construção de uma unidade

de raiz junto ao perímetro do Hospital Universitário, vulgarmente designado de polo de Celas, em alusão ao

nome da zona onde está inserido.

Em junho de 2015, num período que antecedeu as eleições legislativas, o mesmo governo apressou-se a

fechar um intitulado «programa funcional» com a administração dos CHUC para a construção da referida

maternidade no bloco de Celas, ao lado dos serviços de Psiquiatria, sendo referido que a curto prazo seria

lançado o concurso para o projeto de arquitetura para a sua construção.

Um ano depois, no final de 2016, o então Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, numa visita ao

Hospital Pediátrico de Coimbra referiu ter dado autorização para o início da construção da nova maternidade e

do trabalho relacionado com a sua implementação. Nesse sentido a administração do CHUC adiantou que no

início de 2017 iria lançar o concurso internacional para o projeto de arquitetura, a elaboração do projeto de

arquitetura e do caderno de encargos, para que no final desse ano fosse então lançado o concurso da obra

prevista em cerca de 16 milhões de euros, junto ao perímetro do Hospital Universitário entre os serviços de

psiquiatria e de fisioterapia.

Todavia, no início de 2017, no seguimento da contestação que começou a emergir pela respetiva

implementação da maternidade em Celas, o governo recuou constituindo um grupo de trabalho que integrou a

Administração Regional de Saúde do Centro, o CHUC e a Câmara Municipal de Coimbra para estudar, entre

outros, as localizações possíveis, a dimensão e o custo do projeto.

Volvido mais um ano, em meados de 2018, volta novamente a ser anunciado pela administração do CHUC

que a maternidade seria construída junto ao Hospital Universitário, embora a autarquia, que fazia parte do grupo

de trabalho, tenha manifestado a sua preocupação e oposição pelo acentuar dos problemas de

congestionamento e de estacionamento na zona do polo de Celas, onde a circulação e o estacionamento já é

caótico, pelo facto de se situarem outras unidades como o Instituto Português de Oncologia, o Hospital Pediátrico

e o polo III da Universidade de Coimbra.

A administração do CHUC justificou essa localização no perímetro dos Hospitais da Universidade, em

detrimento do Hospital Pediátrico e do Hospital Geral, aludindo a razões de segurança das grávidas pelo facto

da maternidade ficar próxima de serviços como cirurgia muscular, urologia, cardiotorácica ou cuidados

intensivos. Na ótica da administração do CHUC, a opção passaria por centralizar para não duplicar as equipas

e os equipamentos.

Para colmatar as disfunções no acesso e estacionamento, a solução da administração do CHUC passaria

pela construção de um silo-auto, eventualmente a cargo de privados. Esta solução, para alem de até ser

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