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0004 | II Série B - Número 002 | 04 de Maio de 2002

 

VOTO N.º 3/IX
DE CONGRATULAÇÃO PELA PAZ EM ANGOLA

Ao fim de tantas décadas de guerra, desponta finalmente em Angola a esperança de uma paz duradoura.
Os acordos recentemente firmados, que a garantia de uma amnistia geral vem reforçar, abrem perspectivas promissoras de pacificação e de reconstrução nacional.
Os adversários de outrora, olham-se agora como concidadãos e até amigos, encarando os desafios do futuro com ânimo renovado. As vozes que, com tanto mérito, sempre porfiaram em apelar pela paz, foram finalmente ouvidas - e ainda bem!
É desejável que, nas novas condições, o delicado problema humanitário das crianças portuguesas recentemente desaparecidas e outros análogos, porventura pendentes, venham a encontrar solução satisfatória.
A Assembleia da República, exprimindo o generalizado sentir do povo português - que laços históricos e afectivos tão estreitamente unem, em admiração e estima, ao povo angolano - congratula-se com a paz em Angola e endereça à Assembleia Nacional Popular cordiais votos de prosperidades.

Palácio de São Bento, 23 de Abril de 2002. O Presidente da Assembleia da República, João Bosco Mota Amaral. Os Deputados: Guilherme Silva (PSD) - Vítor Ramalho (PS) - Telmo Correia (CDS-PP) - Bernardino Soares (PCP), Francisco Louçã (BE) - Isabel Castro (Os Verdes).

VOTO N.º 4/IX
DE CONGRATULAÇÃO PELA ELEIÇÃO DO COMANDANTE XANANA GUSMÃO PARA PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE TIMOR LESTE

A luta dramática do povo timorense pela sua auto-determinação e independência aproxima-se de um desfecho feliz, com a proclamação do novo Estado de Timor-Lorosae, prevista para 20 de Maio próximo.
O povo português acompanhou com emoção todo esse processo, marcado por sofrimentos sem conta e admiráveis heroísmos.
Com a eleição presidencial há dias realizada, foi dado mais um passo decisivo para a construção do novo país, que será o primeiro a nascer, sob os auspícios e com o forte compromisso da comunidade internacional, neste limiar do século XXI.
A vitória retumbante do Comandante Xanana Gusmão, figura carismática da resistência, é promessa de unidade nacional, para a consolidação da democracia e para o desenvolvimento.
A Assembleia da República, congratulando-se com os progressos do povo de Timor-Lorosae no seu caminhar para um futuro de liberdade e de progresso, saúda o Presidente Xanana Gusmão e deseja-lhe felicidades no desempenho das suas altas funções.

Palácio de São Bento, 23 de Abril de 2002. O Presidente da Assembleia da República, João Bosco Mota Amaral. Os Deputados: Guilherme Silva (PSD) - Maria de Belém Roseira (PS) - Telmo Correia (CDS-PP) - Bernardino Soares (PCP) - Francisco Louçã (BE) - Isabel Castro (Os Verdes).

VOTO N.º 5/IX
DE PESAR PELO FALECIMENTO DO ACTOR ARMANDO CORTEZ

Morreu Armando Cortez. No passado dia 11 de Abril desapareceu um dos homens que marcou de forma decisiva o teatro português.
Nascido em 1928, com uma carreira de mais de 50 anos no teatro, no cinema e na televisão, contracenou em mais de 150 peças, passando por todos os géneros, participou em 17 filmes e três telenovelas e algumas séries de televisão. Exibindo a sua versatilidade e enorme talento.
Encenou ainda cerca de 40 peças.
Participante activo na vida cultural, sobretudo na região de Lisboa, mas sem sombra de dúvida com repercussão em todo o País, em 1962 ajudou a fundar o Teatro Moderno de Lisboa. Foi a primeira de inúmeras obras que ficarão para sempre associadas ao seu nome e à sua memória.
Reformado aos 65 anos, Armando Cortez, dedicou os últimos anos da sua vida à Casa do Artista, fundada em 1999, da qual foi o primeiro presidente e onde viria a acabar os seus dias. Terá sido, juntamente com Raúl Solnado e Manuela Maria, sua mulher, um dos principais obreiros desta Casa.
Nunca descurando a vida cívica e política, tivemos ocasião de partilhar com ele parte do seu natural percurso de vida.
Já no ano de 2000, o talento de Armando Cortez foi reconhecido pelo Presidente da República, que lhe conferiu o grau de grande oficial da Ordem do Infante Dom Henrique. Anteriormente, em 1997, foi-lhe concedida a Medalha de Mérito Municipal pela Câmara Municipal de Oeiras e, em 1995, o então Secretário de Estado da Cultura concedeu-lhe o subsídio de mérito cultural.
O País perdeu, assim, não só um grande actor e encenador, como um homem que contribuiu de forma ímpar para o desenvolvimento da arte da cultura. Um cidadão exemplar.
Armando Cortez deixa um vazio e uma profunda dor em todos os que com ele privaram e os que admiraram a sua actividade de artista e cidadão.
A Assembleia da República exprime a sua profunda mágoa pela morte de Armando Cortez, recorda a sua actividade e presta-lhe sentidamente uma derradeira homenagem, dirigindo à sua família os mais sentidos pêsames.

Palácio de São Bento, 16 de Abril de 2002. - O Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia.

VOTO N.º 6/IX
DE PESAR PELO FALECIMENTO DO EMBAIXADOR ÁLVARO GUERRA

O súbito falecimento do Embaixador Álvaro Guerra enluta a diplomacia portuguesa e também as letras nacionais.
Antes de ter desempenhado, com seriedade e profissionalismo, muitas missões de representação, no exterior, do Estado Português, Álvaro Guerra era já um escritor de créditos firmados e as suas responsabilidades não o afastaram nunca do supremo gosto de escrever.