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44 | II Série B - Número: 108 | 21 de Abril de 2009

A divulgação desses crimes assusta os turistas e põe em perigo o aproveitamento de obras de regime emblemáticas, arrastando para a falência os empresários que, embalados pela propaganda governamental, nelas arriscaram as suas poupanças e o seu crédito perante o sistema bancário, concluindo agora que nem sequer apuram o suficiente para pagar a renda do espaço das lojas, bares e restaurantes, vazios de clientes no inverno e cheios de humidade, rocio e ressalga do mar...
Junta-se a este quadro desolador — que um relatório oficial (não da OCDE...) agrava com dados negativos sobre o insucesso e abandono no ensino secundário, apesar ou talvez por causa do facilitismo imperante — o repúdio do navio de transporte de passageiros e viaturas, construído nos Estaleiros de Viana do Castelo, por comprovadamente não atingir a velocidade prevista no contrato. Assim, fica uma vez mais adiado o compromisso de restabelecer em plenitude um serviço público de transportes marítimos regulares de passageiros inter-ilhas com navios novos e de propriedade regional.
O serviço antigamente existente foi descontinuado há muitos anos porque, com a melhoria do nível de vida e a construção de aeroportos em todas as ilhas, o velho «Ponta Delgada» passou a andar «às moscas» e as pessoas optaram por se deslocar de avião, poupando-se ao enjoo e às inclemências tempestuosas do mar dos Açores. Manteve-se, porém, e modernizou-se com navios novos de dimensão adequada o tráfego de passageiros no triângulo Faial, Pico e São Jorge, atingindo aliás também, com menor frequência, as outras ilhas.
A dispendiosíssima operação dos ferry-boats afretados na última década não modificou o paradigma, porque, à excepção de um curto período nas férias de Verão, com tarifas bonificadas a um euro para jovens e passeios de grupos da terceira idade a convite de entidades públicas, os ditos ferries ficam muito tempo encostados no porto ou viajam quase vazios. É diminuta a utilização dos mesmos pelo turismo existente, que prefere o sossego da permanência numa só ilha para fruir curtas férias de uma semana, em tarifas low cost, consumidas com passeios a pé ou nos autocarros de carreira e idas ao supermercado para comprar de comer e beber.
O repúdio do ferryboat «Atlântida» está dando origem a uma campanha de opinião pública, promovida pelo autarca socialista de Viana do

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