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2 | II Série B - Número: 096 | 3 de Dezembro de 2011

VOTO N.º 26/XII (1.ª) DE CONGRATULAÇÃO PELO RECONHECIMENTO DO FADO COMO PATRIMÓNIO IMATERIAL DA HUMANIDADE

No passado dia 27 de Novembro de 2011 о VI Comité Intergovernamental da Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) reconheceu que o FADO é Património Imaterial da Humanidade.
O Fado, «essa estranha forma de vida» que Amália cantou, vadio e bailado na boca de Marceneiro, citadino e sonhador na voz de Carlos do Carmo, português e tropical no timbre de Mariza; o Fado, esse cantar da nossa história e da nossa identidade, genuinamente popular, cantar de marinheiros e varinas, tanto em grandes casas de espectáculo como em casas de fado, tabernas, bairros ou vielas; o Fado, arte livre e expressão de sonhos, amores e dores que, como a Severa, nasceu em Lisboa mas que nunca se deixou condicionar por qualquer região, ideologia ou estrato social, vê agora, definitivamente, reconhecida a sua dimensão universal.
O Fado é a voz de um povo e um dos símbolos mais marcantes da cultura portuguesa. Nosso embaixador de excelência, tem deixado pelos quatro cantos do mundo uma verdadeira marca de Portugal.
A consagração do Fado como Património Imaterial da Humanidade é o reconhecimento de uma das nossas maiores expressões artísticas e uma homenagem a todos aqueles que, ao longo do tempo, souberam preservar, recriar e desenvolver esta importante herança cultural do povo português.
A Assembleia da República associa-se ao sentimento de congratulação nacional por este reconhecimento do Fado como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, felicitando todos os que prepararam a candidatura e saúda aqueles que, cantando, escrevendo ou tocando, dignificaram este símbolo da nossa identidade cultural.

Palácio de São Bento, 28 de Novembro de 2011 Os Deputados: Luís Montenegro (PSD) — Nuno Magalhães (CDS-PP) — José Ribeiro e Castro (CDS-PP) — Amadeu Soares Albergaria (PSD) — António Rodrigues (PSD) — Emídio Guerreiro (PSD) — Francisca Almeida (PSD) — Maria Conceição Pereira (PSD) — António Leitão Amaro (PSD) — Paulo Mota Pinto (PSD) — Jacinto Serrão (PS) — Duarte Pacheco (PSD) — Paulo Pisco (PS) — Pedro Farmhouse (PS) — Rui Jorge Santos (PS) — Hélder Sousa Silva (PSD) — Inês de Medeiros (PS) — Catarina Martins (BE) — Jorge Lacão (PS) — Maria de Belém Roseira (PS) — Manuel Pizarro (PS) — João Paulo Pedrosa (PS) — Marcos Perestrello (PS) — Rui Paulo Figueiredo (PS) — Duarte Cordeiro (PS) — Pedro Delgado Alves (PS) — Isabel Alves Moreira (PS) — Adão Silva (PSD) — Joana Barata Lopes (PSD) — Heloísa Apolónia (Os Verdes) — António Prôa (PSD) — Carlos Zorrinho (PS) — José Lello (PS) — Elza Pais (PS) — Ferro Rodrigues (PS) — Ramos Preto (PS) — Ana Sofia Bettencourt (PSD) — Fernando Jesus (PS) — Alberto Martins (PS) — Miguel Tiago (PCP) — Nuno André Figueiredo (PS).

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VOTO N.º 27/XII (1.ª) DE SAUDAÇÃO PELA CELEBRAÇÃO DO CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DO ESCRITOR ALVES REDOL

Comemora-se em 2011 o centenário do nascimento do escritor Alves Redol. Considerado um dos expoentes máximos do neo-realismo em Portugal, com uma vasta obra literária que inclui o romance, conto, teatro, escrita infantil e ensaio, António Alves Redol nasceu em Vila Franca de Xira, a 29 de Dezembro de 1911.
Concluído o curso comercial, em Lisboa, escreve com 15 anos o seu primeiro artigo para o semanário Vida Ribatejana.
Em 1928 ruma a Luanda, Angola, onde chega, segundo as suas próprias palavras, «de bolsos vazios, mas uma grande vontade de vencer». A doença obriga-o a regressar a Portugal, onde desde sempre teve uma intervenção muito activa na vida social e cultural do concelho de Vila Franca de Xira, sobretudo através de