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inaceitável e injustificável que a Administração da Talaris avance para um despedimento coletivo
e deslocalização da produção. De acordo com o nº2 do artigo 359 do Código do Trabalho, são
considerados como fundamentos do despedimento coletivo “motivos de mercado, estruturais ou
tecnológicos”. Ora, nenhum destes se verifica. Inclusivamente, a Administração da Talaris não
documentou com elementos concretos e fatuais esta decisão.
Aliás, em Outubro de 2012, a Talaris ganhou o concurso para assegurar este serviço à CGD
para 3 a 5 anos.
Importa ainda referir que esta empresa tem toda a viabilidade económica e tem apresentado
sempre uma fatura de custos associada ao volume de vendas, e até 2006 teve 80% da quota de
mercado nesta área.
Este despedimento é ainda mais grave, quando poderá significar destruição líquida de emprego,
destruição de capacidade e investimento produtivo e tecnológico e destruição da única fábrica
de máquinas multibanco e de outros equipamentos de gestão de numerário em Portugal e na
Europa.
Considerando a situação de instabilidade e incerteza que se vive em Torres Vedras e as
preocupações que também aqui existem quanto ao futuro da unidade industrial e sobretudo dos
postos de trabalho, exige-se do Governo uma atitude firme em defesa do interesse dos
trabalhadores e da economia regional e nacional.
Exige-se do Governo que esclareça com clareza quais as responsabilidades assumidas pela
empresa nos contratos celebrados com o Estado, mas também uma atitude firme na exigência
do seu cumprimento e na definição de soluções que garantam a manutenção dos postos de
trabalho e o desenvolvimento da atividade económica no futuro.
O PCP considera ser fundamental que o Governo, designadamente através do Ministério da
Economia e Emprego, utilize todos os meios à sua disposição para:
Saber exatamente quais os compromissos assumidos pela empresa com o Estado aquando da
obtenção dos apoios; Exigir à empresa a clarificação das medidas tomadas nos últimos tempos de deslocalizaçãoda
linha de produção e de redução de pessoal e das suas intenções quanto ao futuro; Exigir ao Governo a assunção de uma posição intransigente em defesa da salvaguarda de
todos os postos de trabalho diretos e indiretos e consequente anulação do despedimento
coletivo, e de defesa da economia regional e nacional.

Assim, e ao abrigo das disposições legais e regimentais aplicáveis, solicito através de V.
Exa.,ao Ministério da Economia e do Emprego, os seguintes esclarecimentos:
Que documentos, estudos ou relatórios recebeu o Governo da Administração da Talaris para
fundamentarem os motivos de despedimento coletivo?
1.
Que compromissos foram assumidos e que apoios públicos receberam as empresas Delarue
e Talaris?
2.
Quais os prazos definidos para o cumprimento dessas obrigações e obtenção dos referidos
apoios?
3.
Que medidas tomou o Governo para fiscalizar e garantir o cumprimento das obrigações
assumidas pela empresa?
4.
Como avalia o Governo a progressiva redução de pessoal e transferência da linha de
produção para outros países por parte da Talaris?
5.
Que medidas vai o Governo adotar e em que prazo para evitar o despedimento coletivo?6.
14 DE MARÇO DE 2013
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