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Sexta-feira, 4 de dezembro de 2015 II Série-B — Número 5

XIII LEGISLATURA 1.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2015-2016)

S U M Á R I O

Petições [n.os 551/XII (4.ª), 4 e 5/XIII (1.ª)]:

N.º 551/XII (4.ª) — Apresentada pela Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo, solicitando à Assembleia da República a adoção de medidas que permitam a organização dos cuidados de saúde no Centro Hospitalar do Médio Tejo.

N.º 4/XIII (1.ª) — Apresentada pela Junta de Freguesia da Quinta do Conde e Associações de Pais das Escolas da Quinta do Conde, solicitando à Assembleia da República a

adoção de medidas que permitam a construção de uma escola secundária na Quinta do Conde.

N.º 5/XIII (1.ª) — Apresentada pela Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP), solicitando à Assembleia da República a defesa de um Algarve livre de pesquisa, prospeção, exploração e produção de petróleo e gás natural (convencional ou não-convencional).

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PETIÇÃO N.º 551/XII (4.ª)

APRESENTADA PELA COMISSÃO DE UTENTES DA SAÚDE DO MÉDIO TEJO, SOLICITANDO À

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA A ADOÇÃO DE MEDIDAS QUE PERMITAM A ORGANIZAÇÃO DOS

CUIDADOS DE SAÚDE NO CENTRO HOSPITALAR DO MÉDIO TEJO

A vida provou que as sucessivas "reorganizações" do Centro Hospitalar do Médio Tejo e do ACES Médio

Tejo (antes "Zêzere" e "Aire"), nos últimos dois anos, trouxeram mais sofrimento e ansiedade a cada vez mais

pessoas na região. Piorou o acesso aos cuidados de saúde, a concentração de serviços não correspondeu a

mais qualidade, as distâncias que doentes e familiares têm de percorrer implicam mais sofrimento físico e mais

despesas.

Manifestamos a nossa preocupação com os cuidados de saúde prestados na região, reclamando por novas

medidas e melhores respostas aos utentes.

Precisamos de:

— Urgência;

— Medicina interna;

— Pediatria e ambulatório nos três hospitais (Abrantes, Tomar e Torres Novas);

— Mais médicos nos centros de saúde;

— Manter a maternidade no médio tejo;

— Farmácias nos meios rurais;

— Articulação entre os diversos níveis de prestação de cuidados;

e,

— Cuidados de saúde de proximidade e qualidade!

Solicitamos a V. Ex.ª, Sr.ª Presidente da Assembleia da República, que perante as cópias dos documentos

que foram enviados ao Sr. Ministro da Saúde, encaminhe este assunto para a Comissão Parlamentar da Saúde

com o objetivo de merecer a análise dos respetivos Deputados.

Data de entrada na AR: 4 de julho de 2015.

O primeiro subscritor, Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo

Nota: — Desta petição foram subscritores 7450 cidadãos.

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PETIÇÃO N.º 4/XIII (1.ª)

APRESENTADA PELA JUNTA DE FREGUESIA DA QUINTA DO CONDE E ASSOCIAÇÕES DE PAIS

DAS ESCOLAS DA QUINTA DO CONDE, SOLICITANDO À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA A ADOÇÃO DE

MEDIDAS QUE PERMITAM A CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA SECUNDÁRIA NA QUINTA DO CONDE

A Quinta do Conde, freguesia do município de Sesimbra, com localização central na Península de Setúbal e

ótimas acessibilidades, atraiu nas últimas décadas milhares de novos habitantes tornando-a na freguesia que

mais cresceu em Portugal, no período entre os Censos de 1991 e 2011. Tem hoje mais de vinte e um mil eleitores

inscritos (21.190 eleitores dia 4 de outubro último) e estima-se em mais de trinta mil o número de habitantes da

Quinta do Conde. Contígua a esta, Azeitão, pertencente ao município de Setúbal, tem caraterísticas muito

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semelhantes (15.289 eleitores no último dia 4 de outubro). Não obstante a recessão demográfica que se observa

na generalidade do País, o recenseamento eleitoral das freguesias referidas aponta crescimento contínuo e um

índice de juventude acima da média.

No que concerne à frequência do ensino secundário, os alunos de Azeitão deslocam-se atualmente para

Setúbal ou Palmela; enquanto na Quinta do Conde, a Escola Michel Giacometti responde a um incipiente número

de alunos. Estima-se em mais de mil, o número de alunos que é obrigado a procurar nas escolas da região,

designadamente de Setúbal, Seixal, Barreiro, Palmela e Almada, a oportunidade que localmente lhes é negada,

cuja consequência imediata se traduz em mais despesas para as famílias e para as autarquias, mais inquietação

social e menor rendimento escolar, atendendo aos tempos gastos nos percursos que ascendem a 180 minutos

diários.

Considerando o valor do investimento em causa, a centralidade e a acessibilidade da Quinta do Conde, o

Ministério da Educação optou por um equipamento que servisse também a região de Azeitão. Para esse fim a

Câmara Municipal de Sesimbra cedeu o terreno (21.820m2) e a empresa "Parque Escolar, EPE" assumiu a

condução dos concursos para o projeto e para a execução da obra, prevista para 1260 alunos, distribuídos por

54 turmas de 3.º ciclo e secundário (científico-humanístico e profissional), mais uma unidade de ensino

estruturado e uma unidade de multideficiência. No início de 2010, os responsáveis da DREL e do Parque Escolar

comprometeram-se a iniciar a obra em 2011 para entrar em funcionamento em 2013.

Após longo trajeto de vicissitudes, em julho de 2011, a empresa Parque Escolar adjudicou a execução do

projeto para a Escola Secundária da Quinta do Peru, não se conhecendo a evolução deste.

Em 2012, durante a apreciação de uma petição sobre este assunto no Plenário da Assembleia da República,

todas as forças políticas concordaram com a necessidade do equipamento para a região, porém, os partidos da

maioria parlamentar de então, argumentando com as dificuldades económicas do país, inviabilizaram os projetos

de resolução que recomendavam ao Governo a construção da escola.

Cientes da injustiça verificada os autarcas locais e as associações de pais dinamizaram em 2015 a recolha

de assinaturas para nova petição com vista a ser submetida à Assembleia da República, após as eleições

legislativas, isto é, com nova correlação de forças.

São as assinaturas de 5830 (cinco mil oitocentos e trinta) cidadãos, que agora depositamos na Presidência

da Assembleia da República com a expetativa de ver agora construído neste Parlamento o consenso coletivo

que em 2012 não foi possível atingir.

Data de entrada na AR: 4 de novembro de 2015.

O primeiro subscritor, Junta de Freguesia da Quinta do Conde e Associações de Pais das Escolas da

Quinta do Conde.

Nota: — Desta petição foram subscritores 5830 cidadãos.

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PETIÇÃO N.º 5/XIII (1.ª)

APRESENTADA PELA PLATAFORMA ALGARVE LIVRE DE PETRÓLEO (PALP), SOLICITANDO À

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA A DEFESA DE UM ALGARVE LIVRE DE PESQUISA, PROSPEÇÃO,

EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL (CONVENCIONAL OU NÃO-

CONVENCIONAL)

O Governo português concedeu direitos de prospeção, pesquisa, desenvolvimento e produção de

hidrocarbonetos (petróleo e gás natural) em terra e no oceano ao largo da costa algarvia, nomeadamente a

escassos quilómetros do Sítio da Rede Natura 2000, Ria Formosa_Castro Marim e da ZPE (zona especial de

proteção) da Ria Formosa, Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. A prospeção e pesquisa

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tem sido realizada sem qualquer tipo da avaliação ambiental, que seja do conhecimento público, e todo o

processo tem sido conduzido de forma que não se nos afigura transparente, não nos tendo sido fornecidas as

informações já requeridas em matéria ambiental.

Vemos com muita apreensão o futuro do Algarve tendo em conta os possíveis impactos que uma medida

destas pode ter numa região com uma elevada dependência do turismo e do mar, com uma elevadíssima

biodiversidade, sendo mais de 35% do seu território protegido por convenções e legislação da União Europeia

e de Portugal.

Salientamos alguns dos principais impactos nocivos que esta atividade poderá trazer para o Algarve:

• ocasionados pela incompatibilidade entre uma região de turismo que se quer de excelência e a exploração

de petróleo e gás;

• resultantes de um aumento da intensidade e frequência da atividade sísmica numa região onde não se pode

ignorar o elevado risco sísmico e a possibilidade de ser atingida por um tsunami;

• provenientes de um possível acidente, tanto na fase de prospeção como na fase de exploração ou no

transporte de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural), originando graves problemas ambientais e sociais com

as perdas de recursos que um derrame acidental de petróleo e/ou gás traria para as atividades dependentes do

mar.

Os referidos impactos terão consequências na saúde, na degradação da qualidade de vida das populações

e na fauna e flora marinhas.

Os abaixo assinados e diversas entidades e numerosas pessoas opõem-se a estes projetos de prospeção e

exploração de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural) pela ameaça que representam para as populações e

também porque assenta num modelo energético ultrapassado, que agrava as alterações climáticas.

Este projeto não é defensável nem sequer do ponto de vista económico, já que as contrapartidas financeiras

para o Estado português são irrisórias.

Desta forma, ao abrigo das competências constitucionais, legais e regulamentares que cabem à Assembleia

da República e ao Sr. Presidente da AR, requerer-se a sua intervenção urgente, para não permitir a prospeção

e a exploração de petróleo e gás.

Data de Entrada na AR: 17 de novembro de 2015.

O primeiro subscritor, Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP).

Nota: — Desta petição foram subscritores 7416 cidadãos.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.

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