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Sexta-feira, 11 de dezembro de 2015 II Série-B — Número 7

XIII LEGISLATURA 1.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2015-2016)

S U M Á R I O

Votos [n.os 10 e 11/XIII (1.ª)]:

N.º 10/XIII (1.ª) — De congratulação pelo Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres (PSD/CDS-PP).

N.º 11/XIII (1.ª) — De congratulação pela classificação da arte chocalheira como Património Cultural Imaterial (PS, PSD, BE, CDS-PP, PCP, Os Verdes e PAN).

Petição n.º 524/XII (4.ª):

Apresentada por Bruno Fernando da Costa Mendes Alves da Graça e outros, solicitando à Assembleia da República legislação no sentido de obrigar à sinalização dos radares móveis.

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VOTO N.º 10/XIII (1.ª)

DE CONGRATULAÇÃO PELO DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS

MULHERES

Por ocasião do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, os Grupos

Parlamentares do PSD e do CDS erguem e unem a sua voz para condenar todas as formas de violência contra

mulheres e raparigas.

A violência doméstica e de género constitui uma grave e intolerável violação dos direitos humanos em

Portugal, na Europa e no resto do mundo.

Unir esforços para a combater tem sido e continuará a ser um propósito e uma prioridade essencial para os

grupos parlamentares do PSD e do CDS. Não toleramos que as mulheres e as raparigas continuem a ser vítimas

de qualquer forma de violência, quer seja doméstica, sexual ou, no caso especial das raparigas, decorrente de

casamentos infantis, precoces ou forçados, bem como da mutilação genital feminina.

Por isso, registamos e aplaudimos a declaração conjunta sobre o DiaInternacional para a Eliminação da

Violência contra as Mulheres, proferida ontem, em Bruxelas, pela Alta Representante da União para os Negócios

Estrangeiros e a Política de Segurança, Federica Mogherini e os comissários europeus Vera Jourová,

Comissária Responsável pela Justiça, Consumidores e Igualdade de Género, Neven Mimica, Comissária

Responsável pela Cooperação Internacional e Desenvolvimento, e Christos Stylianides, Comissário

Responsável pela Ajuda Humanitária e Gestão de Crises.

Por isso, registamos e saudamos muito em particular os esforços encetados pelo Estado português, em

particular dos XIX e XX Governos Constitucionais, para prevenir e erradicar todas as formas de violência contra

as mulheres e as raparigas.

Neste âmbito, destacamos que o Estado português foi o primeiro país da União Europeia a ratificar a

Convenção do Conselho da Europa para aPrevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência

Doméstica, adotada em Istambul, em 5 de fevereiro de 2013.

Destacamos também que, desde 2011, aqueles Governos lançaram campanhas nacionais de sensibilização

sobre o homicídio conjugal, sobre os impactos negativos nas crianças, filhas de mães vítimas de violência

doméstica e que são expostas a este tipo de violência, campanhas dirigidas a toda a comunidade da CPLP,

visando alertar para as várias formas de violência sobre as mulheres e raparigas e ao público em geral,

especialmente às pessoas mais velhas, no sentido de sensibilizar para a violência exercida sobre as pessoas

mais idosas e, finalmente, no corrente ano de 2015, a realização de uma campanha de sensibilização contra a

violência no namoro e dirigida especialmente aos e às jovens.

A par destas ações, destacamos as seguintes:

— como consequência da assinatura do protocolo de colaboração entre a CIG e o Instituto de Habitação e

Reabilitação Urbana, IP, foram atribuídas, entre 2012 e 2014, 38 habitações a vitimas de violência doméstica;

— também o IEFP, IP, desde 2012 vem seguindo uma orientação técnica, visando o atendimento prioritário

às vitimas de violência doméstica, tendo sido atendidas até 31 de Maio próximo passado 1446 mulheres e

integradas 717 em medidas ativas de emprego e formação e colocadas no mercado trabalho;

— multiplicaram-se as ações de formação destinadas às magistraturas judicial e do Ministério Público, às

forças de segurança, aos profissionais de saúde, segurança social e também de formação para habilitação de

técnicos de apoio à vítima e, finalmente, em 2015, as primeiras ações de formação sobre a intervenção

especializada junto de vítimas LGBT dirigidas aos profissionais da rede nacional de apoio a vítimas de violência

doméstica.

Apesar dos progressos alcançados na sociedade portuguesa, por via destas ações, e registados através de

dados oficiais do RASI, o flagelo da violência contra as mulheres subsiste na sociedade portuguesa e o número

das suas vítimas continua a ser inaceitável, designadamente o número de mulheres vítimas de homicídio

perpetrados pelos seus maridos/ex-maridos ou companheiros/ex-companheiros. Contudo, estão os Grupos

Parlamentares do PSD e do CDS-PP certos de que as iniciativas referidas contribuíram decisivamente para um

aumento significativo da perceção social e política deste triste fenómeno, o que permitiu que o seu combate

recaísse também numa mais eficaz prevenção do mesmo. Apesar destes avanços importantes, os Grupos

Parlamentares signatários sabem bem que os números oficiais conhecidos e aqui reportados são sempre

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11 DE DEZEMBRO DE 2015

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dramáticos e exigem que nenhuma força política desista de lutar em prol desta justa causa.

Palácio de S. Bento, 26 de novembro de 2015.

Os Deputados: Miguel Santos (PSD) — Nuno Magalhães (CDS-PP) — Carlos Abreu Amorim (PSD) — Maria

Manuela Tender (PSD) — Luís Montenegro (PSD).

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VOTO N.º 11/XIII (1.ª)

DE CONGRATULAÇÃO PELA CLASSIFICAÇÃO DA ARTE CHOCALHEIRA COMO PATRIMÓNIO

CULTURAL IMATERIAL

No passado dia 1 de dezembro de 2015, o Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património

Cultural Imaterial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO),

classificou a arte chocalheira como Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente.

O chocalho português é um instrumento de percussão (idiofone), munido de um só batente interno e é

habitualmente suspenso no pescoço dos animais com a ajuda de uma correia em couro. A sua utilidade

relaciona-se com a localização e direção dos rebanhos, ‘uma espécie de GPS do gado que permite saber onde

estão os animais’, mas também, numa outra vertente, ‘criam uma paisagem sonora única e característica, de

uma beleza rara, que procura um sentimento intemporal de bem-estar’.

A fabricação de chocalhos é uma arte iniciada há mais de dois mil anos — é possível encontrar chocalhos

celtiberos do século I a.C. que são idênticos aos feitos atualmente —, ‘identitária dos campos e do mundo rural

português’, conforme se pode ler na candidatura apresentada à UNESCO.

O fabrico destes instrumentos é uma ‘tradição’ passada entre gerações, proporcionando um ‘sentimento de

identidade e continuidade histórica’, que permite às comunidades locais perceber essa arte como uma ‘herança

cultural coletiva’, pois que, apesar de tal tradição se concentrar essencialmente na região alentejana, tem uma

dimensão nacional, aspetos estes realçados no relatório da UNESCO.

A presente distinção por parte da UNESCO permitirá salvar esta arte chocalheira, identificadora de um povo

e de um modo de vida, do risco de extinção, recordando-se que é a primeira vez que Portugal inscreve um bem

cultural na lista do Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente.

O reconhecimento do chocalho como Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda

Urgente consagra uma tradição secular portuguesa e é uma homenagem a todos aqueles que, ao longo do

tempo, souberam preservar esta herança cultural do mundo rural português e reverter a tendência de

desaparecimento desta arte, garantindo a transmissão do saber entre gerações e a sustentabilidade futura da

atividade

A Assembleia da República associa-se, assim, ao sentimento de congratulação nacional por este

reconhecimento do fabrico de chocalhos como Património Cultural Imaterial, pela UNESCO, felicitando todos os

que prepararam a candidatura e saúda aqueles que, quer no seu fabrico, quer na sua utilização, mantiveram e

preservaram convictamente esta arte secular.

Palácio de São Bento, 9 de dezembro de 2015.

Os Deputados: Edite Estrela (PS) — Sara Madruga da Costa (PSD) — Ana Mesquita (PCP) — João Oliveira

(PCP) — Norberto Patinho (PS) — João Rebelo (CDS-PP) — Jorge Campos (BE) — João Azevedo Castro (PS)

— Paulo Pisco (PS) — António Costa Silva (PSD) — Francisco Rocha (PS) — Hugo Pires (PS) — Domingos

Pereira (PS) — Renato Sampaio (PS) — Cristóvão Crespo (PSD) — Rosa Maria Bastos Albernaz (PS) — Lara

Martinho (PS) — Maria Manuela Tender (PSD) — Heloísa Apolónia (PEV) — Idália Salvador Serrão (PS) —

Luísa Salgueiro (PS) — Hortense Martins (PS) — Pedro do Carmo (PS) — André Silva (PAN).

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PETIÇÃO N.º 524/XII (4.ª)

APRESENTADA POR BRUNO FERNANDO DA COSTA MENDES ALVES DA GRAÇA E OUTROS,

SOLICITANDO À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA LEGISLAÇÃO NO SENTIDO DE OBRIGAR À

SINALIZAÇÃO DOS RADARES MÓVEIS

Tal como a grande maioria dos portugueses, já estou farto de viver num país onde reina a hipocrisia, desde

a classe política às forças policiais. Estes últimos, que deveriam zelar pela prevenção e consequente segurança

dos cidadãos portugueses, ou estrangeiros em Portugal, adotaram de há uns anos para cá, uma política de

verdadeira "caça à multa". Sou condutor há vários anos e nunca tinha visto nada assim. No Decreto-Lei n.º

229/2005, de 29 de novembro, é explícito no Capítulo III – Transparência e Segurança –, artigo 16.º, ponto 2, o;

seguinte: "As forças de segurança prestam, através da comunicação social e por outros meios, informação

regular sobre a utilização de meios de vigilância eletrónica em operações de controlo de tráfego. Ou seja, não

fala, em algum ponto, de radares móveis. Pois bem, isto até acaba por ser verdade na listagem que, quer a GNR

quer a PSP, publicam. Contudo, tal não acontece, com os milhares de pontos de controlo de velocidade, através

das variadíssimas formas de dissimulação, que diariamente vemos denunciadas em inúmeras páginas e grupos

na rede social Facebook.

Esta petição tem, por princípio, dois pontos: 1. Criticar vários poderes nacionais, no que concerne a esta;

temática; a. Órgãos de Comunicação Social – Vemo-los a denunciar, diariamente, tantos casos que nem ao

diabo lembra, contudo no que diz respeito à aparente banalização da caça à multa dissimulada, nem uma

palavra, nem uma reportagem; b. Guarda Nacional Republicana e Polícia de Segurança Pública – Os grandes

passadores de recibos, ao usarem da falta de ética, para punir aqueles que não cumprem com as regras. Ao

apostarem na caça à multa, ao invés da prevenção; c. I Ministério da Administração Interna – Por compactuar

com este cenário. 2. Legislar no sentido de obrigar à sinalização dos radares móveis, devendo a sua mobilidade

estar, única e exclusivamente, ligada à possibilidade de os poder utilizar em vários locais, ou seja, apostar na

PREVENÇÃO.

Por isso, apelo a todos vós, que defendem, tal como eu, que as duas forças de segurança visadas deveriam

fazer-se valer da ética profissional e não compactuar com este tipo de ações encapotadas, que consideram que

as forças de segurança deveriam trabalhar no sentido de prevenir/dissuadir, ei não de castigar/punir, que

assinem e se identifiquem, de modo a que esta temática possa ser levada a discussão na Assembleia da

República.

Por um código da estrada mais justo. Prevenção SIM. Caça à Multa NÃO.

NOTA: Não defendo o desrespeito dos limites impostos, principalmente os de velocidade, mas há que haver

ética e respeito no tratamento dado aos cidadãos.

Data de entrada na AR: 3 de junho de 2015.

O primeiro subscritor, Bruno Fernando da Costa Mendes Alves da Graça.

Nota: — Desta petição foram subscritores 1987 cidadãos.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.

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