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II SÉRIE-B — NÚMERO 10

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Diretor do Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério dos Negócios Estrangeiros desde 1976, presidiu

à Comissão Portuguesa do Atlântico e à Associação do Tratado do Atlântico Norte.

Entre 1983 e 1985, foi o Chefe de Gabinete do Primeiro Ministro Mário Soares no governo de coligação entre

o PS e o PSD, e teve uma intervenção decisiva na criação da Fundação Luso-Americana para o

Desenvolvimento, onde exerceu funções como administrador durante sucessivos mandatos.

Mais tarde, dirigiu projetos de investigação no Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade

Nova de Lisboa, e é autor, com Tiago Moreira de Sá, do livro Carlucci vs. Kissinger. Os Estados Unidos e a

Revolução Portuguesa.

Antes e depois do 25 de Abril, Bernardino Gomes empenhou-se decisivamente na luta pela liberdade e pela

democracia em Portugal e merece o reconhecimento desta Assembleia da República como um dos obreiros da

democracia portuguesa.

Assim, a Assembleia da República, reunida em Plenário a 4 de novembro de 2016, apresenta as suas

sentidas condolências à família e amigos de Bernardino Gomes, prestando homenagem à sua memória e

trabalho em prol da Democracia.

Assembleia da República, 4 de novembro de 2016.

Os Deputados: Eduardo Ferro Rodrigues (PAR) — Carlos César (PS) — Miranda Calha (PS) — Ana Catarina

Mendonça Mendes (PS) — Pedro Delgado Alves (PS) — Idália Salvador Serrão (PS) — Marisabel Moutela (PS)

— Wanda Guimarães (PS) — Rosa Maria Bastos Albernaz (PS) — Palmira Maciel (PS) — Isabel Santos (PS)

— José Rui Cruz (PS) — Francisco Rocha (PS) — António Sales (PS) — José Miguel Medeiros (PS) — Hortense

Martins (PS) — Fernando Anastácio (PS) — Odete João (PS) — Júlia Rodrigues (PS) — Ricardo Leão (PS) —

Edite Estrela (PS) — Lara Martinho (PS) — Jorge Lacão (PS) — Bacelar de Vasconcelos (PS) — Paulo Pisco

(PS) — Eurídice Pereira (PS) — Inês Lamego (PS) — Hugo Costa (PS) — Santinho Pacheco (PS) — João

Torres (PS) — António Cardoso (PS) — Miguel Coelho (PS) — Luís Graça (PS) — Rui Riso (PS) — José Manuel

Carpinteira (PS) — Elza Pais (PS) — Norberto Patinho (PS) — Joana Lima (PS) — Domingos Pereira (PS) —

Susana Amador (PS) — André Pinotes Batista (PS) — António Eusébio (PS) — Pedro do Carmo (PS) — Isabel

Alves Moreira (PS) — Maria Augusta Santos (PS) — Ricardo Bexiga (PS) — Pedro Pimpão (PSD) — João

Gouveia (PS) — João Rebelo (CDS-PP) — Tiago Barbosa Ribeiro (PS) — Fernando Jesus (PS) — Ivan

Gonçalves (PS) — Francisca Parreira (PS) — Renato Sampaio (PS).

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VOTO N.º 157/XIII (2.ª)

DE REPÚDIO PELAS DECLARAÇÕES DE WOLFGANG SHAÜBLE SOBRE PORTUGAL

No passado dia 26 de outubro, na cimeira de Bucareste, sobre os desafios da economia europeia, o Ministro

das Finanças alemão, Woflgang Schäuble, prestou declarações relativamente às opções políticas do Governo

português. Essas declarações, para além de desapropriadas, são irresponsáveis e revelam uma tentativa

incompreensível de ingerência nos assuntos internos de um Estado-membro da União Europeia.

Historicamente, as relações entre Portugal e Alemanha têm-se pautado pelo bom entendimento e cooperação

entre ambos os Estados. A comunidade portuguesa residente na Alemanha ultrapassa os 100 mil portugueses

que, perfeitamente integrados, muito têm contribuído para o progresso da economia alemã.

O projeto de construção europeia foi erigido sob um conjunto de valores e princípios, como a solidariedade,

a igualdade e o respeito pelos valores democráticos, fundamentais para que a Europa tenha vivido, até hoje, o

maior período de paz da sua história.

Estes são valores e princípios que jamais poderão ser beliscados ou até mesmo afastados, se se pretender

prosseguir com os ideais fundadores deste projeto singular que tem unido este velho continente.