O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-B — NÚMERO 48

6

Os palestinianos têm-se manifestado desde o passado mês de março para assinalar aquilo a que chamam

a Grande Marcha do Retorno, com o objetivo de reivindicarem o direito a regressar às suas terras, estando

previsto que terminasse no dia 14, para assim evocar os 70 anos que assinalam o êxodo palestiniano em 1948

quando centenas de milhares de palestinianos foram forçados a sair das suas terras após a criação do Estado

de Israel.

A 14 de maio, os Estados Unidos da América inauguraram a sua embaixada em Jerusalém, o que

contribuiu para o aumento da escalada de violência que se saldou com a morte de mais de 55 palestinianos e

milhares de feridos, fazendo deste o dia mais sangrento desde os últimos conflitos, em 2014. Desde o

passado dia 30 de março, milhares de palestinianos têm-se manifestado ao longo da Faixa de Gaza, tendo já

morrido cerca de 100 pessoas.

O Secretário-Geral das Nações Unidas disse estar «profundamente alarmado e preocupado pela escalada

de violência e pelo número de palestinianos mortos», a União Europeia e a comunidade internacional não

pouparam críticas à violência desproporcionada contra os palestinianos. Com estes acontecimentos, fica

também mais longe a possibilidade de um regresso às negociações de paz e compromete-se ainda mais a

possível criação de dois Estados.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária:

Condena veementemente a escalada de violência e expressa o seu profundo pesar pela morte de perto de

100 palestinianos e lamenta os mais de 2400 feridos na Faixa de Gaza;

Apela à contenção de todas as partes e ao fim da utilização de balas reais por parte dos soldados

israelitas;

Manifesta a sua solidariedade para com os esforços da comunidade internacional em chegar a uma

solução de paz duradoura, assente no mútuo reconhecimento da existência pacífica e segura de dois Estados.

Palácio de São Bento, 18 de maio de 2018.

Os Deputados do PS: Carlos César — Filipe Neto Brandão — Jamila Madeira — José Miguel Medeiros —

Hortense Martins — Paulo Pisco — José Rui Cruz — Joana Lima — Carla Tavares — Hugo Costa — Vitalino

Canas — Santinho Pacheco — Francisco Rocha — Ana Passos — Rui Riso — Palmira Maciel — Marisabel

Moutela — Ricardo Bexiga — Eurídice Pereira — André Pinotes Batista — José Manuel Carpinteira — Tiago

Barbosa Ribeiro — João Torres — Margarida Marques — Wanda Guimarães — Carla Sousa — Sofia Araújo

— António Sales — João Gouveia — Lúcia Araújo Silva — Isabel Alves Moreira — Fernando Anastácio —

Maria Augusta Santos — Maria da Luz Rosinha — Alexandre Quintanilha — Edite Estrela.

————

VOTO N.º 545/XIII (3.ª)

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE CLARA MENÉRES

Faleceu, no passado dia 10 de maio, Clara Menéres.

Escultora e professora catedrática, autora de uma obra corajosa e vanguardista, Menéres nasceu a 22 de

agosto de 1943, em Braga, e deixou a sua assinatura em diferentes correntes artísticas.

Figura assinalável da vida cultural do País, formou-se em Escultura na Escola Superior de Belas Artes do

Porto, onde foi aluna dos mestres Barata Feyo, Lagoa Henriques, Heitor Cramez e Júlio Resende, tendo

começado a expor nas mostras coletivas das magnas da escola portuense e, individualmente, na Galeria

Borges, de Aveiro.

Foi bolseira da Gulbenkian, em França, dedicou-se à investigação no MIT (Massachusetts Institute of

Technology), nos Estados Unidos, com uma bolsa da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento

(FLAD) e, mais tarde, lecionou na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e na Universidade de Évora.

Páginas Relacionadas
Página 0007:
18 DE MAIO DE 2018 7 Ao longo de uma carreira de meio século, Clara Menéres criou,
Pág.Página 7