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II SÉRIE-B — NÚMERO 28

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PROJETO DE VOTO N.º 130/XV/1.ª

DE CONDENAÇÃO DAS DECLARAÇÕES DE VIKTOR ORBÁN SOBRE OS PAÍSES DO SUL DA

EUROPA E SOBRE «MISTURA RACIAL»

A 23 de julho, em Băile Tuşnad na Roménia, o Primeiro-Ministro húngaro Viktor Orbán atacou a «mistura

racial» e a «inundação» de não-europeus. Afirmou que «metade [do Ocidente] é um mundo onde pessoas

europeias e não-europeias vivem juntas. Estes países não são nada mais que conglomerados de pessoas». A

declaração surge contextualizada com a referência a uma obra literária de ficção cuja narrativa é a destruição

da civilização ocidental através da imigração em massa.

Ao longo do discurso, as considerações sobre demografia e imigração proferidas por Viktor Orbán vão ao

encontro da teoria da conspiração «grande substituição» que supremacistas brancos e a extrema-direita têm

defendido e que tem inspirado ataques terroristas ao longo dos últimos anos. A demonização de cidadão com

base na sua ascendência, sexo, raça, língua, território de origem ou religião é de má memória para a Europa e

para o mundo.

No mesmo discurso, Viktor Orbán proferiu ataques à cultura dos países do sul da Europa onde se incluí

Portugal. Referindo-se à zona euro, afirmou que «o Sul e o Norte têm padrões de desenvolvimento

divergentes, o Sul está em dívida, o norte tem que a financiar. Mas isto cria uma tensão que será insustentável

após algum tempo a não ser que o Sul se reforme a si próprio a de uma forma nortenha. E eles não estão a

mostrar essa inclinação para subitamente mudar a sua cultura, e é por isso que a dívida pública do Sul está

em alta com 120-150-180%». Estas afirmações são a recuperação da acusação a Portugal e ao restante sul

da Europa de ser um povo preguiço. E são ainda enquadradas no referido discurso do Orbán de que a Hungria

e a restante Europa Central em breve serão contribuidores líquidos para a União Europeia e que «quem paga

escolhe a música» o que mudará as relações dentro da União Europeia.

Portugal enquanto nação soberana e a Assembleia da República não podem ficar indiferentes aos ataques

que o Primeiro-Ministro húngaro Viktor Orbán fez ao país, à cultura do país, aos cidadãos portugueses e a

todos os residentes em Portugal.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, condena as declarações do Primeiro-

Ministro da Hungria, Viktor Orbán, atacando a «mistura racial» e a cultura dos povos da Europa do Sul como

Portugal.

Assembleia da República, 8 de agosto de 2022.

As Deputadas e os Deputados do BE: Pedro Filipe Soares — Mariana Mortágua — Catarina Martins —

Joana Mortágua — José Moura Soeiro.

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PROJETO DE VOTO N.º 131/XV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DO FUTEBOLISTA FERNANDO CHALANA

Fernando Chalana, um dos melhores futebolistas nacionais de sempre nasceu no dia 10 de fevereiro de

1959 e faleceu na madrugada do dia 10 de agosto.

Embora a sua carreira futebolística esteja indelevelmente identificada com o Benfica, onde ingressou com a

idade de 17 anos, tendo aí jogado entre 1974 e 1984, é também recordado como um excelso representante do

país através dos jogos que realizou como jogador da seleção nacional.

Na memória de todos fica a sua técnica desconcertante, o seu domínio da bola e a sua capacidade de

improvisação diante dos adversários. Em Bordéus, para onde foi jogar depois de ter saído do Benfica (mas

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