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Sexta-feira, 6 de janeiro de 2023 II Série-B — Número 55

XV LEGISLATURA 1.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2022-2023)

S U M Á R I O

Votos (n.os 1 a 5/2023): N.º 1/2023 — De pesar pelo falecimento de Linda de Suza. N.º 2/2023 — De pesar pelo falecimento de Francesc Vendrell. N.º 3/2023 — De pesar pelo falecimento de António Feliciano Inácio. N.º 4/2023 — De pesar pelo falecimento do Papa Emérito Bento XVI. N.º 5/2023 — De pesar pelo falecimento de António Mega Ferreira. Projetos de Voto (n.os 218 a 227/XV/1.ª): N.º 218/XV/1.ª (CH) — De pesar pelo falecimento do ex-futebolista «Pelé». N.º 219/XV/1.ª (CH) — De pesar pela morte de S.S. o Papa Bento XVI. N.º 220/XV/1.ª (PS) — De saudação à resistência e coragem das mulheres iranianas.

N.º 221/XV/1.ª (PS) — De pesar pelo falecimento de Linda de Suza. N.º 222/XV/1.ª (PS) — De pesar pelo falecimento de Francesc Vendrell. N.º 223/XV/1.ª (PS) — De pesar pelo falecimento de António Feliciano Inácio. N.º 224/XV/1.ª (PAR e subscrito por Deputados do PS, do PSD, do CH e da IL) — De pesar pelo falecimento do Papa Emérito Bento XVI. N.º 225/XV/1.ª (PS) — De pesar pelo falecimento de António Mega Ferreira. N.º 226/XV/1.ª (PSD) — De saudação pelo centenário do jornal O Regional. N.º 227/XV/1.ª (PS) — De pesar pelo falecimento de Pelé. Petição n.º 96/XV/1.ª (António Marcos Galopim de Carvalho e outros): Monumento natural das pegadas de dinossauros de Ourém − Torres Novas.

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VOTO N.º 1/2023

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE LINDA DE SUZA

A Assembleia da República, reunida em Plenário, manifesta o seu pesar pela morte da artista Linda de

Suza, reconhecendo a importância que teve para tantas gerações de portugueses em França e para além das

suas fronteiras, como um poderoso ícone da emigração portuguesa, enviando aos seus familiares e amigos as

mais sentidas condolências.

Aprovado em 6 de janeiro de 2023.

O Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

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VOTO N.º 2/2023

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE FRANCESC VENDRELL

Reunida em sessão plenária, a Assembleia da República manifesta o seu sentido pesar pelo falecimento

de Francesc Vendrell, evocando o seu trabalho em nome da paz e dos direitos humanos e manifestando as

suas sentidas condolências à família e amigos.

Aprovado em 6 de janeiro de 2023.

O Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

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VOTO N.º 3/2023

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ANTÓNIO FELICIANO INÁCIO

Reunida em sessão plenária, a Assembleia da República manifesta o seu pesar pelo falecimento de

António Feliciano Inácio, lamentando a sua perda e enaltecendo o valoroso exemplo e contributo que em vida

deu ao acesso à cultura no nosso País e apresenta as suas mais sentidas condolências aos seus familiares e

amigos.

Aprovado em 6 de janeiro de 2023.

O Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

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VOTO N.º 4/2023

DE PESAR PELO FALECIMENTO DO PAPA EMÉRITO BENTO XVI

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, expressa o seu profundo pesar pelo falecimento

do Papa Emérito Bento XVI, endereçando à Igreja Católica e a toda a sua comunidade as mais sentidas

condolências.

Aprovado em 6 de janeiro de 2023.

O Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

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VOTO N.º 5/2023

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ANTÓNIO MEGA FERREIRA

Reunida em sessão plenária, a Assembleia da República manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento

de António Mega Ferreira e lamenta a perda de uma figura ímpar da criação e gestão cultural portuguesas

contemporâneas, dotado de uma criatividade e capacidade de execução notáveis e que marcaram, entre

outras, a fisionomia e projeção da cidade de Lisboa, dirigindo à família e amigos as suas mais sentidas

condolências.

Aprovado em 6 de janeiro de 2023.

O Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

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PROJETO DE VOTO N.º 218/XV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DO EX-FUTEBOLISTA «PELÉ»

Deixou-nos, na quinta-feira dia 29 de dezembro de 2022, Edson Arantes do Nascimento que todos

conhecemos por Pelé.

Nascido na cidade de Três Corações, no estado brasileiro de Minas Gerais, e onde ganha a primeira

alcunha, de Dico, pouco tempo fica na cidade que o viu nascer e parte para São Lourenço, com a sua mãe

Celeste a fim de acompanhar a carreira do seu pai «Dondinho», também ele avançado e conhecido pelos

muitos golos que marcava.

Posteriormente veio a ser apelidado de Pelé, alcunha que não era nada apreciada pelo próprio ao início, e

que teve a sua origem na dificuldade que tinha em pronunciar o nome de um então guarda-redes e colega do

seu pai no Vasco de São Lourenço, de nome Bilé. Esta dificuldade leva a que todos o comecem a tratar por

Pelé em tom de brincadeira, algo que o transtornava e incomodava muito, como o próprio acabaria por

confessar anos mais tarde.

Porém, é já na cidade Bauru, no interior de São Paulo e para onde entretanto se tinha mudado uma vez

mais com a família, que viria a ser descoberto para o mundo e ganhar ainda outra alcunha.

Waldemar de Brito, antiga glória do futebol brasileiro e então observador do Santos, descobre o menino,

ainda Dico, a jogar nos campos de «peladinhas», como se diz na gíria futebolística, e leva o talento então

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descoberto para o Santos, e onde ganha a alcunha de «Gasolina», dada pelos seus colegas após o seu

primeiro golo de sempre como profissional, aos 15 anos, e fruto da sua velocidade estonteante. Contudo, é a

alcunha de Pelé que ficará para sempre conhecida.

Após ingressar no Santos o mundo do futebol mudou para sempre. A sua forma de jogar, o seu estilo, a

«ginga», o «futebol bonito», nasceram com ele. A camisola número 10 ganhou um estatuto nunca ates tido, e

nasceu o Rei do Futebol, Pelé.

Aos 16 anos ganha o seu primeiro título internacional com a Seleção do Brasil, ao derrotar a Argentina na

Copa Roca de 1957 e estreando-se também a marcar. É então convocado para o Mundial de 1958 na Suécia,

aos 17 anos e o resto é história.

Foi a vitória nesse mesmo Mundial, de 1958, de 1962 e 1970. Mais de mil golos marcados, Pelé foi um dos,

senão o maior, jogador do Século XX.

Assim, pelo exposto, reunida em sessão plenária, a Assembleia da Républica manifesta o seu pesar pelo

falecimento do Rei «Pelé», uma lenda do futebol e transmite as mais profundas condolências aos seus

familiares e amigos.

Palácio de São Bento, 3 de janeiro de 2023.

Os Deputados do CH: André Ventura — Bruno Nunes — Diogo Pacheco de Amorim — Filipe Melo —

Gabriel Mithá Ribeiro — Jorge Galveias — Pedro dos Santos Frazão — Pedro Pessanha — Pedro Pinto —

Rita Matias — Rui Afonso — Rui Paulo Sousa.

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PROJETO DE VOTO N.º 219/XV/1.ª

DE PESAR PELA MORTE DE S.S. O PAPA BENTO XVI

Nascido a 16 de abril de 1927 em Marktl, Alemanha, Joseph Ratzinger, filho de um polícia e de uma

cozinheira, foi ordenado sacerdote, juntamente com o seu irmão Georg, a 29 de junho de 1951 em Munique.

Entre 1962 e 1965 participou no Concílio Vaticano II como perito. A 25 de março de 1977 foi nomeado

Arcebispo de Munique e Freising por Sua Santidade o Papa Paulo VI Arcebispo de Munique, e no Consistório

de 27 de junho desse mesmo ano é promovido à dignidade cardinalícia.

Reconhecido como um dos maiores teólogos de sempre e já apontado como futuro Doutor da Igreja, o

então Cardeal Ratzinger foi nomeado como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé por Sua Santidade

o Papa São João Paulo II, no ano de 1981, exercendo com zelo e espírito de serviço este cargo durante 23

anos. Pelo merecido reconhecimento que sempre teve enquanto teólogo, foi por 10 vezes DoctorHonoris

Causa, entre os anos de 1984 e 2015.

Eleito Papa no Conclave a 19 de abril de 2005, tomou posse no dia 24 e sucedeu a São João Paulo II na

Cadeira de S. Pedro, tornando-se o 265.º Papa Católico.

Após a sua eleição, apresenta-se na Praça de São Pedro como um «simples e humilde trabalhador na

vinha do Senhor» e escolhe como lema do seu papado um significativo Cooperatores veritatis (Cooperadores

da Verdade).

Em 2010, o Santo Padre visitou Portugal, num convite conjunto do Presidente da República Prof. Aníbal

Cavaco Silva, do Bispo de Leiria – Fátima Dom António Marto e da Conferência Episcopal Portuguesa,

chegando a Lisboa a 11 de maio onde celebrou Missa no Terreiro do Paço. No dia seguinte rumou ao

Santuário de Fátima onde presidiu às celebrações comemorativas das Aparições de Nossa Senhora de Fátima

aos Três Pastorinhos.

No dia 11 de fevereiro de 2013, durante um Consistório convocado para a realização de três canonizações,

afirmando-se sem forças para continuar a exercer adequadamente o Ministério Petrino, que em muito se

deveu às pressões que pairavam sobre a Igreja, anunciou a sua renúncia, com efeitos a partir das 20 horas do

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dia 28 seguinte, permanecendo na condição de emérito até à sua morte, no passado dia 31 de dezembro de

2022, aos 95 anos de idade.

Durante o seu Pontificado assinou três Encíclicas da mais elevada importância:

Deus caritas est, Spe salvi e Caritas in Veritate; e presidiu a três Jornadas Mundiais da Juventude.

O seu Pontificado fica marcado pelo combate ao relativismo e ao secularismo do mundo ocidental e pela

defesa das questões bioéticas. Combateu o aborto, a eutanásia e a cultura do descarte na família, não se

cansado de alertar para as questões ecológicas e crises financeiras mundiais.

Foi uma personagem de extraordinária grandeza espiritual e capacidade de amor ao próximo, que resultou

num indiscutível contributo para todo o ser humano.

Pelo exposto, reunida em sessão plenária, a Assembleia da República manifesta o seu pesar pelo

falecimento de Sua Santidade o Papa Bento XVI e transmite as mais profundas condolências aos seus

familiares, amigos e a todos os católicos.

Palácio de São Bento, 3 de janeiro de 2023.

Os Deputados do CH: André Ventura — Bruno Nunes — Diogo Pacheco de Amorim — Filipe Melo —

Gabriel Mithá Ribeiro — Jorge Galveias — Pedro dos Santos Frazão — Pedro Pessanha — Pedro Pinto —

Rita Matias — Rui Afonso — Rui Paulo Sousa.

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PROJETO DE VOTO N.º 220/XV/1.ª

DE SAUDAÇÃO À RESISTÊNCIA E CORAGEM DAS MULHERES IRANIANAS

A 16 de setembro de 2022, Mahsa Amini, uma jovem curda detida três dias antes por utilização

alegadamente incorreta do hijab faleceu nas mãos das autoridades iranianas que monitorizam o cumprimento

das regras de costumes naquela República Islâmica.

Desde essa data, a reação popular à sua morte e ao que esta simboliza para as mulheres iranianas,

ilustrando várias décadas de discriminação, privação de direitos fundamentais, violência e menorização da

mulheres, tem sido marcada por intensa mobilização. Contudo, um pouco por todo o território, as

manifestações de protesto e repúdio foram recebidas pelas autoridades com repressão especialmente dura,

registando-se milhares de detenções arbitrárias, centenas de mortes e, em especial ao longo dos últimos dias,

vários casos de condenações à morte de ativistas ou manifestantes que têm enfrentado corajosamente o

regime.

Esta revolta generalizada, transgeracional e em praticamente todos os pontos do território, tem-se revelado

a mais persistente e prolongada dos 43 anos de história da República Islâmica, convocando de forma clara

uma reivindicação de libertação contra o regime islâmico e de eliminação do quadro legislativo que não

protege as mulheres, antes as ostraciza da vida da cidade, particularmente os Códigos Civil e Penal,

normalizadores da violência contra elas exercidas pelos homens.

Ainda assim, apesar do recrudescimento da resposta violenta a que temos vindo a assistir nas últimas

semanas, mantém-se a persistência, determinação e coragem das mulheres iranianas e de muitos outros

ativistas que se juntam à sua causa, com riscos evidentes para a sua vida e dos familiares, continuando-se a

chamar a atenção da comunidade internacional, do qual o recente destaque dado pela revista Time às

«heroínas do ano» seja uma boa ilustração. Neste contexto, entendemos que urge reiterar o reconhecimento e

a solidariedade e que a Assembleia da República manifeste a sua solidariedade para com a sua causa.

No plano internacional, o caminho em defesa da igualdade de género que se tem trilhado ao longo dos

anos tem sido o da sua consagração nos principais instrumentos internacionais de proteção de direitos

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humanos, nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, nas prioridades das agências especializadas das

Nações Unidas e na edificação autónoma da ONU – Mulheres como entidade de promoção da igualdade entre

homens e mulheres. Neste quadro, o exemplo que nos vem do Irão adquire uma especial centralidade também

para a prossecução deste caminho e para a manutenção na agenda internacional desta dimensão de género.

Assim, a Assembleia da República saúda a luta pela liberdade e contra a violência de Estado desenvolvida

pelas mulheres iranianas que se têm manifestado contra o regime e por todos os ativistas que se lhes têm

juntado e reitera a importância do reconhecimento mundial desta resistência feminina, pela visibilidade que

tem dado ao direito de desobediência perante a injustiça e pelo exemplo para ativistas que se empenham no

combate às desigualdades, em particular às desigualdades de género.

Palácio de São Bento, 4 de janeiro de 2023.

Os Deputados do PS: Eurico Brilhante Dias — Patrícia Faro — Paulo Pisco — Francisco César — Pedro

Delgado Alves — Isabel Guerreiro — Pedro Coimbra — Anabela Real — Susana Correia — Francisco Rocha

— João Miguel Nicolau — Cristina Mendes da Silva — Dora Brandão — Agostinho Santa — Rita Borges

Madeira — Sérgio Monte — Sofia Andrade — Maria João Castro — Palmira Maciel — Eunice Pratas —

Eduardo Oliveira — José Rui Cruz — Maria da Luz Rosinha — Catarina Lobo — Fátima Correia Pinto — Tiago

Estevão Martins — Tiago Soares Monteiro — Norberto Patinho — Rui Lage — Paulo Araújo Correia — Irene

Costa — Paula Reis — Alexandra Leitão — José Carlos Alexandrino — Francisco Pereira de Oliveira —

Joaquim Barreto — Carlos Pereira — Romualda Nunes Fernandes — Eurídice Pereira — Tiago Brandão

Rodrigues — Sérgio Ávila — Paulo Marques — Pompeu Martins — Ana Bernardo — Ana Isabel Santos —

António Monteirinho — Pedro Cegonho — Ricardo Lima — Marta Temido — Gilberto Anjos — António Pedro

Faria — Clarisse Campos — Jorge Gabriel Martins — Miguel Iglésias — Luís Soares — Salvador Formiga —

Rosa Venâncio — Eduardo Alves — Rosário Gambôa — Jorge Seguro Sanches — Marta Freitas — Maria

Begonha — Ricardo Pinheiro — Nelson Brito.

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PROJETO DE VOTO N.º 221/XV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE LINDA DE SUZA

Morreu no passado dia 28 de dezembro, com 74 anos, no Hospital de Gisors, na Normandia, Linda de

Suza, Joaquina Teolinda de Sousa Lança, uma artista que se transformou num poderoso ícone da emigração

portuguesa, particularmente em França, que via no seu percurso um espelho dos seus objetivos de uma vida

melhor, de afirmação e de reconhecimento.

Linda de Suza nasceu em Beringel, no distrito de Beja, e emigrou para França com 22 anos, onde chegou

em 1970, passando a fronteira a «salto». Teve uma vida como a de tantos milhares de emigrantes, que saíram

à procura das oportunidades que não tinham em Portugal, com a determinação de trabalhar duro, mas sem

nunca deixar de sonhar com uma vida melhor, começando nas limpezas e acabando aplaudida nos palcos.

Esse reconhecimento surgiu não muito depois de ter chegado a França quando começou a cantar, a pisar

os palcos, a ir à televisão e a gravar discos. Estreou-se no restaurante Chez Loisette, nos arredores de Paris,

onde foi descoberta pelo compositor André Pascal. Pela mão do produtor Claude Carrère, foi ao programa

Rendez-Vous du Dimanche, onde cantou Le Portugais, Valise en Carton, que viria a ser um grande sucesso e

seria a linha condutora da sua carreira, com vendas que atingiram o Disco de Platina, em 1979.

Num justo reconhecimento, o Presidente da República Francesa, Emannuel Macron, considerou Linda de

Suza uma «rainha dos anos 80» e afirmou que a cantora portuguesa «se encontrou no cruzamento de duas

culturas e de duas línguas», afirmando-se como «um ícone dos destinos cruzados dos nossos dois povos».

Canções como J’ai deux Pays pour un seul cœur, La Symphonie du Portugal ou ainda L’étrangère, entre

tantas outras da sua vasta discografia, são canções emblemáticas em que facilmente os portugueses em

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França se reviam pela forma aberta e sem complexos como afirmava a sua condição de emigrante, a sua luta,

os seus sonhos e, sempre, a sua ligação ao país, com saudade. O facto de cantar em francês foi uma forma

de afirmação perante o país de acolhimento muito importante e a voz pública de todos os portugueses.

Contou a sua vida no livro autobiográfico que teve um grande sucesso La Valise en Carton, de 1984, que

seria mais tarde adaptado à televisão numa minissérie intitulada Mala de Cartão, onde participaram Irene

Papas e um vasto leque de atores portugueses e franceses, transmitida na RTP e na Antenne 2. Colaborou

com Charles Aznavour e esgotou várias vezes o Olympia de Paris, conquistou discos de ouro e de platina.

Linda de Suza é um grande símbolo da emigração portuguesa e merece ser recordada como tal.

A Assembleia da República, reunida em Plenário, manifesta o seu pesar pela morte da artista Linda de

Suza, reconhecendo a importância que teve para tantas gerações de portugueses em França e para além das

suas fronteiras, como um poderoso ícone da emigração portuguesa, enviando aos seus familiares e amigos as

mais sentidas condolências.

Palácio de São Bento, 4 de janeiro de 2023.

Os Deputados do PS: Eurico Brilhante Dias — Paulo Pisco — Francisco César — Nathalie Oliveira —

Cláudia Santos — Romualda Nunes Fernandes — Miguel Iglésias — Gil Costa — Pedro Delgado Alves —

Tiago Brandão Rodrigues — Maria João Castro — José Rui Cruz — João Paulo Rebelo — Ricardo Lima —

Marta Temido — Sara Velez — Pompeu Martins — Paulo Araújo Correia — Maria da Luz Rosinha — Tiago

Estevão Martins — Sérgio Monte — João Azevedo — Pedro do Carmo — Paula Reis — Catarina Lobo —

José Carlos Alexandrino — Ana Bernardo — Eunice Pratas — Fátima Correia Pinto — Rui Lage — Rosa

Venâncio — Nelson Brito — Lúcia Araújo da Silva — Jorge Seguro Sanches — Rosário Gambôa — Clarisse

Campos — Cristina Sousa — Palmira Maciel — Francisco Rocha — Francisco Pereira de Oliveira — Susana

Correia — João Azevedo Castro — Anabela Real — Gilberto Anjos — Pedro Coimbra — Sérgio Ávila —

Carlos Pereira — Carla Sousa — António Monteirinho — Agostinho Santa — Berta Nunes — Irene Costa —

Eurídice Pereira — Cristina Mendes da Silva — António Sales — Vera Braz — António Pedro Faria — Dora

Brandão — Fernando José — Jorge Gabriel Martins — Luís Capoulas Santos — Carlos Brás — Ricardo

Pinheiro — Miguel Cabrita — Norberto Patinho — Eduardo Alves — Ivan Gonçalves — João Miguel Nicolau —

Raquel Ferreira — Edite Estrela — Joaquim Barreto — Patrícia Faro — Isabel Guerreiro — Eduardo Oliveira

— Rita Borges Madeira — Ana Isabel Santos — Hugo Carvalho — Miguel dos Santos Rodrigues — Miguel

Matos — André Pinotes Batista — Susana Amador — Sofia Andrade.

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PROJETO DE VOTO N.º 222/XV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE FRANCESC VENDRELL

Faleceu em Londres aos 82 anos, no passado dia 27 de novembro, Francesc Vendrell, reconhecido

diplomata que serviu grande parte da carreira ao serviço da ONU, em especial como representante do

Secretário-Geral das Nações Unidas para Timor-Leste.

Nascido em Barcelona, em 1940, Francesc Vendrell estudou Direito, acabando por se exilar em

consequência da sua ativa militância contra o regime de Franco. Mais tarde, prosseguiu estudos no King’s

College, em Londres e formou-se em História, em Cambridge. Foi em 1968 que ingressou, em Nova Iorque, no

corpo diplomático das Nações Unidas, integrando a Comissão para os Direitos Humanos.

Ao longo da sua carreira de mais de 40 anos ao serviço das Nações Unidas e outras organizações

internacionais, desempenhou importantes funções como mediador de conflito, destacando-se a sua atuação

em países como a Arménia, a Nicarágua, El Salvador, Guatemala, Haiti, Camboja, Myanmar ou Timor-Leste.

Ao serviço das Nações Unidas desempenhou ainda funções no Afeganistão, ocupando também, entre 2002-

2008, o cargo de Representante Especial da União Europeia nesse país.

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Da sua longa, produtiva e valiosa carreira, destaca-se o seu inestimável trabalho durante o processo de

independência de Timor-Leste, situação que acompanhou sempre, desde a invasão de 1975. Teve um papel

decisivo na produção das oito resoluções da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre Timor-Leste,

adotadas entre 1976 e 1982, mantendo a atenção da comunidade internacional sobre a questão, e assumiu,

mais tarde, o cargo de Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para Timor-Leste.

Francesc Vendrell dedicou toda a sua vida à diplomacia, à busca da paz entre povos e nações e à defesa

dos direitos humanos, atuando de forma determinante em diversos e importantes momentos da História

mundial. Foi, também, um grande amigo de Timor-Leste e um aliado de Portugal, tendo sido condecorado com

o grau de Comendador da Ordem da Liberdade, em agosto de 2019, numa cerimónia realizada na Embaixada

de Portugal em Díli, quando se assinalavam os 20 anos sobre o referendo que viria a reconhecer a

independência de Timor-Leste.

Assim, reunida em sessão plenária, a Assembleia da República manifesta o seu sentido pesar pelo

falecimento de Francesc Vendrell, evocando o seu trabalho em nome da paz e dos direitos humanos e

manifestando as suas sentidas condolências à família e amigos.

Palácio de São Bento, 4 de janeiro de 2023.

Os Deputados do PS: Jamila Madeira — Paulo Pisco — Francisco César — João Paulo Rebelo — Ricardo

Lima — Marta Temido — Sara Velez — Pompeu Martins — Paulo Araújo Correia — Maria da Luz Rosinha —

Miguel Iglésias — Tiago Estevão Martins — Sérgio Monte — João Azevedo — Pedro do Carmo — Paula Reis

— Catarina Lobo — José Carlos Alexandrino — Ana Bernardo — Eunice Pratas — Fátima Correia Pinto — Rui

Lage — Rosa Venâncio — Nelson Brito — Tiago Brandão Rodrigues — Lúcia Araújo da Silva — Jorge Seguro

Sanches — Rosário Gambôa — Clarisse Campos — Cristina Sousa — Palmira Maciel — Francisco Rocha —

Francisco Pereira de Oliveira — Susana Correia — João Azevedo Castro — José Rui Cruz — Anabela Real —

Gilberto Anjos — Pedro Coimbra — Sérgio Ávila — Carlos Pereira — Carla Sousa — António Monteirinho —

Agostinho Santa — Berta Nunes — Irene Costa — Eurídice Pereira — Cristina Mendes da Silva — António

Sales — Vera Braz — António Pedro Faria — Dora Brandão — Fernando José — Jorge Gabriel Martins —

Luís Capoulas Santos — Carlos Brás — Ricardo Pinheiro — Miguel Cabrita — Norberto Patinho — Romualda

Nunes Fernandes — Eduardo Alves — Ivan Gonçalves — João Miguel Nicolau — Raquel Ferreira — Edite

Estrela — Joaquim Barreto — Maria João Castro — Patrícia Faro — Isabel Guerreiro — Eduardo Oliveira —

Rita Borges Madeira — Ana Isabel Santos — Hugo Carvalho — Miguel dos Santos Rodrigues — Miguel Matos

— André Pinotes Batista — Susana Amador — Sofia Andrade.

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PROJETO DE VOTO N.º 223/XV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ANTÓNIO FELICIANO INÁCIO

Faleceu no passado dia 20 de dezembro, aos 83 anos, António Feliciano Inácio. Natural de Sabóia,

concelho de Odemira, talvez tenha sido essa vivência alentejana, do interior do País, onde o acesso é um

desafio do dia-a-dia que despertou a sua paixão pela magia do cinema e que o levou desde cedo a projetar

filmes junto das comunidades locais, deslocando-se aos mais recônditos povoados, para que ninguém

deixasse de ter acesso à denominada 7.ª arte.

António Feliciano, o último projecionista ambulante, movia-se por um lema: «a cultura é para todos e deve

chegar a todos», e foi com base nesta máxima e com grande esforço que construiu em Vila Nova de Milfontes

a primeira sala de cinema do concelho de Odemira: o Cineteatro GiraSol e que por mais de meio século

projetou filmes de terra em terra. A sua história de vida foi sendo contada com direito a grandes reportagens,

documentários como Cães sem Coleira, de Rosa Coutinho Cabral (1997) ou Cinema com Gente Dentro, de

Rui Lamy e Diogo Vilhena (2007), e até a uma canção da banda Azeitonas Cinegirasol com vídeo de

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animação stop motion.

Em 2006, o município de Odemira atribuiu-lhe a Medalha Municipal de Mérito em reconhecimento da

extraordinária ação em prole da comunidade enquanto agente da cultura, designadamente no cinema, junto da

população odemirense, do Alentejo e até do País.

Assim, reunida em sessão plenária, a Assembleia da República manifesta o seu pesar pelo falecimento de

António Feliciano Inácio, lamentando a sua perda e enaltecendo o valoroso exemplo e contributo que em vida

deu ao acesso à cultura no nosso País e apresenta as suas mais sentidas condolências aos seus familiares e

amigos.

Palácio de São Bento, 4 de janeiro de 2023.

Os Deputados do PS: Pedro do Carmo — Pedro Delgado Alves — Isabel Guerreiro — Pedro Coimbra —

Anabela Real — Susana Correia — Francisco Rocha — João Miguel Nicolau — Cristina Mendes da Silva —

Agostinho Santa — Rita Borges Madeira — Sérgio Monte — Sofia Andrade — Maria João Castro — Palmira

Maciel — Eunice Pratas — Eduardo Oliveira — José Rui Cruz — Maria da Luz Rosinha — Catarina Lobo —

Fátima Correia Pinto — Tiago Estevão Martins — Tiago Soares Monteiro — Norberto Patinho — Rui Lage —

Paulo Araújo Correia — Irene Costa — Paula Reis — Alexandra Leitão — José Carlos Alexandrino —

Francisco Pereira de Oliveira — Joaquim Barreto — Carlos Pereira — Romualda Nunes Fernandes — Eurídice

Pereira — Tiago Brandão Rodrigues — Sérgio Ávila — Pompeu Martins — Ana Bernardo — Ana Isabel Santos

— António Monteirinho — Pedro Cegonho — Ricardo Lima — Marta Temido — Gilberto Anjos — António

Pedro Faria — Clarisse Campos — Jorge Gabriel Martins — Miguel Iglésias — Luís Soares — Salvador

Formiga — Rosa Venâncio — Eduardo Alves — Rosário Gambôa — Jorge Seguro Sanches — Marta Freitas

— Maria Begonha — Ricardo Pinheiro — Nelson Brito.

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PROJETO DE VOTO N.º 224/XV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DO PAPA EMÉRITO BENTO XVI

No último dia de 2022, faleceu, aos 95 anos, Joseph Ratzinger, que, com o nome pontifício Bento XVI,

sucedeu, em 2005, a João Paulo II na liderança da Igreja Católica.

Oriundo da Baviera, na Alemanha, onde foi ordenado padre em 1951, Ratzinger foi um eminente teólogo.

Destacou-se enquanto pensador e intelectual, produzindo sólida reflexão, nomeadamente em torno da união

da fé e da razão, e lançou importantes pontes de diálogo com não crentes.

Teve um papel de relevo no Concílio Vaticano II, onde o jovem – embora já reputado – professor de

teologia participou enquanto consultor teológico. Depois, assumiu durante um longo período a importante

responsabilidade de prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Foi eleito Papa em 2005, desempenhando o cargo até 2013, altura em que renunciou, invocando não ter as

forças e a idade necessárias às exigências do seu exercício, no que foi a primeira vez na história moderna que

um Papa abdicou voluntariamente à chefia da Igreja Católica. Na sequência deste histórico gesto, tornou-se

«Papa Emérito», numa inédita coabitação com o seu sucessor, mas cumprindo escrupulosamente o seu voto

de recolhimento e discrição.

O seu legado refletirá certamente a importância deste gesto fundacional, bem como o empenho e a

dedicação que Bento XVI revelou no seu magistério, em tempos difíceis para a Igreja Católica.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, expressa o seu profundo pesar pelo falecimento

do Papa Emérito Bento XVI, endereçando à Igreja Católica e a toda a sua comunidade as mais sentidas

condolências.

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Palácio de São Bento, 5 de janeiro de 2023.

O Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

Outros subscritores: Agostinho Santa (PS) — Alexandra Leitão (PS) — Ana Bernardo (PS) — Ana Isabel

Santos (PS) — Anabela Real (PS) — Anabela Rodrigues (PS) — André Pinotes Batista (PS) — António

Monteirinho (PS) — António Pedro Faria (PS) — António Sales (PS) — Berta Nunes (PS) — Bruno Aragão

(PS) — Carla Sousa (PS) — Carlos Brás (PS) — Carlos Pereira (PS) — Catarina Lobo (PS) — Clarisse

Campos (PS) — Cláudia Santos (PS) — Cristina Mendes da Silva (PS) — Cristina Sousa (PS) — Diogo Cunha

(PS) — Diogo Leão (PS) — Dora Brandão (PS) — Edite Estrela (PS) — Eduardo Alves (PS) — Eduardo

Oliveira (PS) — Eunice Pratas (PS) — Eurico Brilhante Dias (PS) — Eurídice Pereira (PS) — Fátima Correia

Pinto (PS) — Fernando José (PS) — Francisco César (PS) — Francisco Dinis (PS) — Francisco Pereira de

Oliveira (PS) — Francisco Rocha (PS) — Gil Costa (PS) — Gilberto Anjos (PS) — Hugo Carvalho (PS) —

Hugo Costa (PS) — Hugo Oliveira (PS) — Irene Costa (PS) — Isabel Alves Moreira (PS) — Isabel Guerreiro

(PS) — Ivan Gonçalves (PS) — Jamila Madeira (PS) — Joana Lima (PS) — Joana Sá Pereira (PS) — João

Azevedo (PS) — João Azevedo Castro (PS) — João Miguel Nicolau (PS) — João Paulo Rebelo (PS) — João

Torres (PS) — Joaquim Barreto (PS) — Jorge Botelho (PS) — Jorge Gabriel Martins (PS) — Jorge Seguro

Sanches (PS) — José Carlos Alexandrino (PS) — José Carlos Barbosa (PS) — José Pedro Ferreira (PS) —

José Rui Cruz (PS) — Lúcia Araújo da Silva (PS) — Luís Capoulas Santos (PS) — Luís Graça (PS) — Luís

Soares (PS) — Manuel dos Santos Afonso (PS) — Mara Lagriminha Coelho (PS) — Marcos Perestrello (PS)

— Maria Antónia de Almeida Santos (PS) — Maria Begonha (PS) — Maria da Luz Rosinha (PS) — Maria de

Fátima Fonseca (PS) — Maria João Castro (PS) — Marlene Teixeira (PS) — Marta Freitas (PS) — Marta

Temido (PS) — Miguel Cabrita (PS) — Miguel dos Santos Rodrigues (PS) — Miguel Iglésias (PS) — Miguel

Matos (PS) — Nathalie Oliveira (PS) — Nelson Brito (PS) — Norberto Patinho (PS) — Palmira Maciel (PS) —

Patrícia Faro (PS) — Paula Reis (PS) — Paulo Araújo Correia (PS) — Paulo Marques (PS) — Paulo Pisco

(PS) — Pedro Anastácio (PS) — Pedro Cegonho (PS) — Pedro Coimbra (PS) — Pedro Delgado Alves (PS) —

Pedro do Carmo (PS) — Pompeu Martins (PS) — Porfírio Silva (PS) — Raquel Ferreira (PS) — Ricardo Lima

(PS) — Ricardo Lino (PS) — Ricardo Pinheiro (PS) — Rita Borges Madeira (PS) — Romualda Nunes

Fernandes (PS) — Rosa Venâncio (PS) — Rui Lage (PS) — Salvador Formiga (PS) — Sara Velez (PS) —

Sérgio Ávila (PS) — Sérgio Monte (PS) — Sérgio Sousa Pinto (PS) — Sobrinho Teixeira (PS) — Sofia

Andrade (PS) — Susana Amador (PS) — Susana Correia (PS) — Tiago Barbosa Ribeiro (PS) — Tiago

Brandão Rodrigues (PS) — Tiago Estevão Martins (PS) — Tiago Soares Monteiro (PS) — Vera Braz (PS) —

Adão Silva (PSD) — Afonso Oliveira (PSD) — Alexandre Poço (PSD) — Alexandre Simões (PSD) — André

Coelho Lima (PSD) — Andreia Neto (PSD) — António Cunha (PSD) — António Maló de Abreu (PSD) —

António Prôa (PSD) — António Topa Gomes (PSD) — Artur Soveral Andrade (PSD) — Bruno Coimbra (PSD)

— Carla Madureira (PSD) — Carlos Cação (PSD) — Carlos Eduardo Reis (PSD) — Catarina Rocha Ferreira

(PSD) — Clara Marques Mendes (PSD) — Cláudia André (PSD) — Cláudia Bento (PSD) — Cristiana Ferreira

(PSD) — Duarte Pacheco (PSD) — Emília Cerqueira (PSD) — Fátima Ramos (PSD) — Fernanda Velez (PSD)

— Fernando Negrão (PSD) — Firmino Marques (PSD) — Firmino Pereira (PSD) — Francisco Pimentel (PSD)

— Germana Rocha (PSD) — Guilherme Almeida (PSD) — Helga Correia (PSD) — Hugo Carneiro (PSD) —

Hugo Maravilha (PSD) — Hugo Martins de Carvalho (PSD) — Hugo Patrício Oliveira (PSD) — Inês Barroso

(PSD) — Isabel Meireles (PSD) — Isaura Morais (PSD) — Joana Barata Lopes (PSD) — João Barbosa de

Melo (PSD) — João Barreiras Duarte (PSD) — João Marques (PSD) — João Montenegro (PSD) — João

Moura (PSD) — João Prata (PSD) — Joaquim Miranda Sarmento (PSD) — Joaquim Pinto Moreira (PSD) —

Jorge Paulo Oliveira (PSD) — Jorge Salgueiro Mendes (PSD) — José Silvano (PSD) — Lina Lopes (PSD) —

Luís Gomes (PSD) — Márcia Passos (PSD) — Maria Emília Apolinário (PSD) — Gabriela Fonseca (PSD) —

Miguel Santos (PSD) — Mónica Quintela (PSD) — Nuno Carvalho (PSD) — Ofélia Ramos (PSD) — Olga

Silvestre (PSD) — Patrícia Dantas (PSD) — Paula Cardoso (PSD) — Paulo Moniz (PSD) — Paulo Ramalho

(PSD) — Paulo Rios de Oliveira (PSD) — Pedro Melo Lopes (PSD) — Pedro Roque (PSD) — Ricardo Baptista

Leite (PSD) — Ricardo Sousa (PSD) — Rui Cristina (PSD) — Rui Cruz (PSD) — Rui Vilar (PSD) — Sara

Madruga da Costa (PSD) — Sérgio Marques (PSD) — Sofia Matos (PSD) — Sónia Ramos (PSD) — Tiago

Moreira de Sá (PSD) — André Ventura (CH) — Bruno Nunes (CH) — Diogo Pacheco de Amorim (CH) — Filipe

Melo (CH) — Gabriel Mithá Ribeiro (CH) — Jorge Galveias (CH) — Pedro dos Santos Frazão (CH) — Pedro

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Pessanha (CH) — Pedro Pinto (CH) — Rita Matias (CH) — Rui Afonso (CH) — Rui Paulo Sousa (CH) —

Bernardo Blanco (IL) — Carla Castro (IL) — Carlos Guimarães Pinto (IL) — Joana Cordeiro (IL) — João Cotrim

Figueiredo (IL) — Patrícia Gilvaz (IL) — Rodrigo Saraiva (IL) — Rui Rocha (IL).

———

PROJETO DE VOTO N.º 225/XV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ANTÓNIO MEGA FERREIRA

Faleceu no passado dia 26 de dezembro, aos 73 anos, António Mega Ferreira, escritor, jornalista da

imprensa e da televisão, editor, ficcionista, ensaísta, cronista, poeta, tradutor e gestor cultural.

A sua ação ficará para sempre ligada à Expo-98, que transformou a zona oriental de Lisboa, tendo depois

presidido à Parque Expo, ao Oceanário de Lisboa e ao Pavilhão Atlântico, equipamentos que ficaram como

legado daquela exposição e que inscreveram Mega Ferreira na história como uma referência incontornável da

cultura e do pensamento portugueses do pós-25 de Abril, em particular no que respeita à projeção da jovem

democracia portuguesa no espaço europeu.

Ficará também conhecido como um inovador gestor cultural. Entre 2006 e 2012 presidiu à Fundação

Centro Cultural de Belém onde, entre outras coisas, expandiu a fruição cultural às referências mundiais nas

artes ao vivo. Entre 2013 e 2019 foi ainda diretor da AMEC − Metropolitana, entidade gestora de três

orquestras – a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestra Académica Metropolitana e a Orquestra

Sinfónica Metropolitana – e de três estabelecimentos de ensino – a Academia Nacional Superior de Orquestra,

o Conservatório de Música da Metropolitana e a Escola Profissional Metropolitana.

Formado em Direito pela Universidade de Lisboa e em Comunicação Social pela Universidade de

Manchester, Mega Ferreira começou por ser jornalista e editor, tendo-se iniciado ainda antes de 1974, no

jornal oposicionista Comércio do Funchal, vindo depois a integrar as redações do Jornal Novo, do semanário

Expresso, de O Jornal e da Agência Noticiosa Portuguesa (ANOP). Foi ainda chefe de redação do serviço de

informação da RTP2 e do Jornal de Letras e fundou as revistas Ler e Oceanos.

Para além da sua projeção como gestor cultural, a escrita assumiu-se sempre como profissão de coração,

tendo publicado como poeta e escritor mais de 40 obras, que vão desde a ficção, ao ensaio, à poesia e à

crónica.

Assim, reunida em sessão plenária, a Assembleia da República manifesta o seu profundo pesar pelo

falecimento de António Mega Ferreira e lamenta a perda de uma figura ímpar da criação e gestão cultural

portuguesas contemporâneas, dotado de uma criatividade e capacidade de execução notáveis e que

marcaram, entre outras, a fisionomia e projeção da cidade de Lisboa, dirigindo à família e amigos as suas mais

sentidas condolências.

Palácio de São Bento, 5 de janeiro de 2023.

Os Deputados do PS: Eurico Brilhante Dias — Rosário Gambôa — Carla Sousa — Pedro Delgado Alves —

Paulo Marques — Pompeu Martins — Ricardo Lima — Rosa Venâncio — Sara Velez — Miguel Matos —

Francisco Dinis — António Pedro Faria — Bruno Aragão — Catarina Lobo — Clarisse Campos — Cristina

Sousa — Diogo Leão — Eduardo Oliveira — Gil Costa — Mara Lagriminha Coelho — Maria João Castro —

Paula Reis — João Paulo Rebelo — Marta Temido — Paulo Araújo Correia — Maria da Luz Rosinha — Miguel

Iglésias — Tiago Estevão Martins — Sérgio Monte — João Azevedo — Pedro do Carmo — José Carlos

Alexandrino — Ana Bernardo — Eunice Pratas — Fátima Correia Pinto — Rui Lage — Nelson Brito — Tiago

Brandão Rodrigues — Lúcia Araújo da Silva — Jorge Seguro Sanches — Palmira Maciel — Francisco Rocha

— Francisco Pereira de Oliveira — Susana Correia — João Azevedo Castro — José Rui Cruz — Anabela Real

— Gilberto Anjos — Pedro Coimbra — Sérgio Ávila — Carlos Pereira — António Monteirinho — Agostinho

Santa — Berta Nunes — Irene Costa — Eurídice Pereira — Cristina Mendes da Silva — António Sales — Vera

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Braz — Dora Brandão — Fernando José — Jorge Gabriel Martins — Luís Capoulas Santos — Carlos Brás —

Ricardo Pinheiro — Miguel Cabrita — Norberto Patinho — Romualda Nunes Fernandes — Eduardo Alves —

Ivan Gonçalves — João Miguel Nicolau — Raquel Ferreira — Edite Estrela — Joaquim Barreto — Patrícia

Faro — Isabel Guerreiro — Rita Borges Madeira — Ana Isabel Santos — Hugo Carvalho — Miguel dos Santos

Rodrigues — André Pinotes Batista — Susana Amador — Sofia Andrade.

———

PROJETO DE VOTO N.º 226/XV/1.ª

DE SAUDAÇÃO PELO CENTENÁRIO DO JORNAL O REGIONAL

O jornal O Regional é um semanário regionalista e de cultura da cidade de S. João da Madeira, dirigido aos

habitantes do concelho e de toda a região norte do distrito de Aveiro.

O Regional foi fundado a 1 de janeiro de 1922 e o seu nascimento foi uma necessidade premente, porque a

freguesia ardia em ânsias de se emancipar e era absolutamente necessário haver na terra um jornal que fosse

o porta-voz dos anseios do povo sanjoanense.

Os jovens que o criaram viram os seus propósitos coroados de êxito, quando, dois pares de anos volvidos,

a autonomia administrativa de S. João da Madeira se tornou uma realidade.

A ação de O Regional foi igualmente determinante para o engrandecimento do concelho nos anos

subsequentes. A ligação que manteve com os sanjoanenses de além-mar, designadamente das comunidades

radicadas no Rio de Janeiro e em Belém do Pará, no Brasil, revelou-se de extraordinária importância para S.

João da Madeira. O Regional foi o companheiro de viagem, da saudade e do exílio, foi, em suma, o cordão

umbilical que os ligou sempre e para sempre à terra onde nasceram e a quem haveriam de deixar um

significativo quinhão da riqueza que acumularam ao longo das suas vidas.

Ao completar 100 anos de existência, no passado dia 1 de janeiro de 2022, O Regional passou a fazer

parte de um número restrito de periódicos centenários de língua portuguesa. São cerca de 50 ao todo,

editados em Portugal e no Brasil.

Dito desta forma, O Regional assume uma dimensão que só pode constituir um motivo de orgulho para os

que asseguram a sua continuidade, para os que nele colaboram, para os que nele anunciam os seus produtos

e as suas empresas, para todos aqueles que o leem semanalmente e para o País, que conta com uma

imprensa regional decidida, empenhada e de qualidade.

Com uma tiragem média de 23 000 exemplares e com um número de leitores que vai muito para além

desse número, O Regional inicia agora uma nova fase da sua existência, sempre fiel aos princípios que

nortearam a sua criação, consagrados no Estatuto Editorial do jornal, a caminho do bicentenário.

Assim, a Assembleia da República saúda o jornal O Regional pelo seu centenário, manifestando o seu

reconhecimento e gratidão pelo relevante e valioso serviço público prestado ao longo dos últimos cem anos.

Palácio de São Bento, 5 de janeiro 2023.

Os Deputados do PSD: Carla Madureira — Alexandre Poço — Fernanda Velez — Paulo Rios de Oliveira —

João Montenegro — Cláudia Bento — Guilherme Almeida — Inês Barroso — Maria Emília Apolinário —

Cristiana Ferreira — Firmino Marques — Pedro Melo Lopes — Rui Vilar — João Barreiras Duarte — João

Prata — Cláudia André — António Topa Gomes — Paula Cardoso — Rui Cruz — Ricardo Sousa — Helga

Correia.

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PROJETO DE VOTO N.º 227/XV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE PELÉ

Faleceu no passado dia 29 de dezembro, aos 82 anos, Edson Arantes do Nascimento, o maior ídolo do

desporto brasileiro, conhecido por todos como Pelé, o futebolista que foi capaz de marcar todo um século,

sacralizando a camisola número 10 e varrendo o mundo com o seu talento.

Pelé mudou-se aos 5 anos com a família de Três Corações, em Minas Gerais, para Bauru, no interior de

São Paulo, onde engraxava sapatos, estreando-se com 12 anos no Baquinho, escolinha do Bauru Atlético

Clube, usando nessa altura o n.º 8, protegido pelas orações de Celeste, sua mãe e católica inabalável e

contagiado com a febre do futebol por seu pai, Dondinho, registado João Ramos do Nascimento, também ele

avançado e conhecido pelos muitos golos que marcava.

Foi no Bauru Atlético Clube que o Treinador Waldemar de Brito, uma antiga referência da Seleção do Brasil

no Mundial de 1934, acionou uma teia de contactos após uma goleada por 12-1 ao Flamenguinho, onde Pelé

marcou sete golos e cuja proeza foi noticiada em São Paulo, abrindo as portas ao Santos que, nesse ano de

1956, disputava a qualificação no campeonato paulista.

Após ingressar no Santos nasceu o Rei do Futebol, Pelé e nos 17 anos que se seguiram a história de glória

do Santos confunde-se com a de Pelé.

Foram anos marcados por dez títulos paulistas, seis campeonatos brasileiros, quatro torneios Rio-São

Paulo, duas Taças dos Libertadores, outras tantas intercontinentais e mais um par de troféus internacionais,

mas também anos marcados por 100 golos de Pelé logo em 1958 e cuja lógica dos 100 golos por temporada

apenas abrandou em 1963. A 19 de novembro de 1969 Pelé marca o seu milésimo golo de um total que

subiria até aos 1284.

Pelé marcou em quatro mundiais, tendo-se estreado, em 1958, frente à Argentina, encerrando o capítulo da

seleção a 18 de julho de 1971, diante da Jugoslávia, no Rio de Janeiro, num jogo sem história, contando 31

anos e 95 golos em 123 jogos ou 77 golos em 92 partidas oficiais.

Reconhecido consensualmente como um dos melhores de sempre, Pelé marca gerações de adeptos e a

sua partida marca, também, o fim de uma era de crescimento e afirmação da prática futebolística como

modalidade de popularidade mundial indiscutível.

Assim, reunida em sessão plenária em x de janeiro de 2023, a Assembleia da República manifesta o seu

profundo pesar à família e amigos pela morte do Rei Pelé, melhor jogador do século, cuja forma brilhante e

explosiva de jogar marcou para sempre o futebol mundial.

Palácio de São Bento, 5 de janeiro de 2023.

Os Deputados do PS: Eurico Brilhante Dias — Pedro Delgado Alves — Francisco Dinis — Miguel Matos —

Carla Sousa — Isabel Guerreiro — Pedro Coimbra — Anabela Real — Susana Correia — Francisco Rocha —

João Miguel Nicolau — Cristina Mendes da Silva — Agostinho Santa — Rita Borges Madeira — Sérgio Monte

— Sofia Andrade — Maria João Castro — Palmira Maciel — Eunice Pratas — Eduardo Oliveira — José Rui

Cruz — Maria da Luz Rosinha — Catarina Lobo — Fátima Correia Pinto — Tiago Estevão Martins — Tiago

Soares Monteiro — Norberto Patinho — Rui Lage — Paulo Araújo Correia — Irene Costa — Paula Reis —

Alexandra Leitão — José Carlos Alexandrino — Francisco Pereira de Oliveira — Joaquim Barreto — Carlos

Pereira — Romualda Nunes Fernandes — Eurídice Pereira — Tiago Brandão Rodrigues — Sérgio Ávila —

Pompeu Martins — Ana Bernardo — Ana Isabel Santos — António Monteirinho — Pedro Cegonho — Ricardo

Lima — Marta Temido — Gilberto Anjos — António Pedro Faria — Clarisse Campos — Jorge Gabriel Martins

— Miguel Iglésias — Luís Soares — Salvador Formiga — Rosa Venâncio — Eduardo Alves — Rosário

Gambôa — Jorge Seguro Sanches — Marta Freitas — Maria Begonha — Ricardo Pinheiro — Nelson Brito.

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PETIÇÃO N.º 96/XV/1.ª

MONUMENTO NATURAL DAS PEGADAS DE DINOSSAUROS DE OURÉM − TORRES NOVAS

A raridade e o significado geológico e paleontológico desta jazida do Jurássico, com cerca 175 milhões de

anos, estão, de há muito, internacionalmente reconhecidos. O seu valor monumental aumenta pelo facto de

conter cerca de 400 pegadas de grandes saurópodes, muitas delas bem conservadas e organizadas em 20

trilhos, tendo dois deles mais de 140 m de comprimento. Acresce a estas excecionais características, a

grandiosidade e espetacularidade da jazida, no topo de uma única camada de calcário com 62 500 m2 de

superfície. Todo este conjunto dispõe de uma extensa área envolvente, suscetível de comportar diversos

equipamentos complementares. Na posse de um património com tais potencialidades, Portugal pode e deve

dar-lhe o tratamento que se impõe.

Assim, solicita-se a quem de direito:

(1) numa primeira fase, que mande fazer (por entidade competente) um projeto, envolvendo, em especial,

as componentes científica, pedagógica, lúdica e turística de superior qualidade, a nível internacional, e

(2), numa segunda fase, a sua concretização, na certeza da sua rendibilidade económica, potenciada pela

proximidade (10 km) ao Santuário de Fátima.

Intervenções já realizadas

Ensaios de restauro e consolidação da camada de calcário que contém as pegadas, mediante intervenção

adequada nas centenas de zonas esmagadas e/ou fraturadas pelas cargas de dinamite e sujeitas à erosão

pelas águas pluviais.

Implantação de um sistema de passadeiras, sobrelevadas 20 a 30 cm do chão, ladeando os principais

trilhos, com gradeamento, que permitem, ao visitante, percorrê-los sem pisar a laje, num circuito cómodo. Esta

proposta de solução, apresentada de início (anos de 1990), só foi adotada em 2021 e, hoje, com quase 15

anos de abertura desta jazida ao público, já se vê, na laje ,o efeito desagradável do pisoteio de milhares e

milhares de visitantes.

Jardim Jurássico com plantas de grupos característicos do Jurássico e ainda existentes, a localizar num

recanto da pedreira há muito abandonado e abrigado do quadrante norte, exemplificativo da flora

contemporânea dos dinossáurios que ali viveram. Entre as plantas e por indicação do Prof. Fernando Catarino,

figuram, ali Equisetum, Polipodium, Pteridium, Cycas, Ginkgo, Araucaria, Podozamites, Cupressus, Taxodium,

Podocarpus, e outras, com bastantes indivíduos adaptados e em crescimento.

Percurso de circulação pedonal quilométrico, na periferia da toda Pedreira, onde se distribuem as pegadas,

com definição de locais de observação apoiados em painéis explicativos. Esta intervenção está muito longe do

aproveitamento das potencialidades deste espaço.

Centro de interpretação por adaptação de antigo edifício da Pedreira, muito modesto para a importância

geológica e paleontológica da jazida e do seu enquadramento).

Intervenção nas pegadas por recurso ao branqueamento uniforme de cada uma das pegadas, como foi ali

feito, anula-lhes o relevo, oferecendo uma imagem irreal, estampada na pedra, que se afasta do realismo que

deveria ser procurado.

Algumas ideias a serem consideradas num futuro projeto

Restauro e consolidação da camada de calcário que contém as pegadas, obtidos que sejam os

ensinamentos dos ensaios em curso.

Construção de uma estufa a envolver todo o Jardim Jurássico, com simulação de um ambiente tropical

ameno e húmido.

Centro de Interpretação com o equipamento adequado (auditório, biblioteca e arquivo, salas de exposições

temporárias e oficinas pedagógicas, cafetaria, sanitários e loja).

Exposição de réplicas e de esqueletos montados, num pavilhão concebido para o efeito, podendo, assim,

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oferecer-se ao visitante um complemento do maior interesse pedagógico.

Espetáculos noturnos de luz e som, tendo em conta a grandiosidade e espetacularidade da jazida, num

muito amplo anfiteatro, pode ponderar-se a hipótese de instalar aí um complexo sistema informatizado, em

realidade virtual, com utilização de «luz laser», para apresentação, em espetáculos noturnos de luz e som,

durante os meses estivais.

Comboio do tempo, no género dos conhecidos «comboios-fantasmas», circulando num «corredor do

tempo» onde, com recurso aos novos meios de imagem, o visitante possa recuar à pré-história.

Jardim infantil, equipado com elementos usuais neste tipo de espaço, tais como carroceis, baloiços,

escorregas, etc., concebidos com base em estilizações de dinossáurios e de outros animais pré-históricos.

Restaurante-cafetaria com área coberta e esplanada.

Parque de merendas convenientemente equipado.

Pousada. A conceber na imediata vizinhança do complexo museológico, com um número de camas a

definir.

Albergue de juventude, com um número de camas a definir.

Silhuetas gigantes. A jazida tem como fundo de horizonte próximo, a NE, um cabeço arredondado onde

poderiam ser colocadas silhuetas gigantes de saurópodes (à semelhança do touro da «Domecq», em

Espanha). Do lado oposto, a NW, um cabeço mais amplo e mais próximo, permitiria a implantação de uma

manada de adultos e crias de saurópodes, descendo a vertente, no sentido da jazida.

Parque automóvel para ligeiros e pesados.

Anúncios publicitários do complexo museológico, para além daqueles a colocar nas estradas interiores de

acesso ao local, a partir de Fátima, de Torres Novas, de Ourém, etc., deverão incluir informação adequada na

autoestrada n.º 1 (Lisboa/Porto).

Data de entrada na Assembleia da República: 27 de dezembro de 2022.

Primeiro peticionário: António Marcos Galopim de Carvalho.

Nota: Desta petição foram subscritores 5209 cidadãos.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO.

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