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11 DE MARÇO DE 2023

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Istambul (2014), os Roteiros da União Europeia para a erradicação de todas as formas de violência por motivos

de género e a Agenda 2030 que contempla os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável na vertente social,

económica e ambiental.

Em Portugal, e um pouco todo o mundo, assinalar este dia representa a necessidade de continuar a defender

os direitos das mulheres enquanto direitos humanos. Constitui uma forma de dar visibilidade às desigualdades

existentes, persistentes e emergentes em distintas dimensões: salarial, autonomia financeira, representatividade

na política, combate ao assédio e à violência sexual, doméstica e obstétrica.

O dia 8 de março lembra a luta emancipadora das mulheres na defesa dos direitos pela igualdade, no

combate às desigualdades de género na dimensão económica, política, social e cultural, por serem um enorme

obstáculo à paz, à segurança e à democracia na Europa e no mundo, tal como deve servir de alerta para o

quanto ainda falta fazer para que a efetiva igualdade entre homens e mulheres seja atingida.

Neste sentido, ao abrigo das disposições regimentais e constitucionais aplicáveis, a Assembleia da República

reunida em sessão plenária, saúda o Dia Internacional da Mulher e reafirma o seu firme compromisso de ação

na luta pelos direitos das mulheres e por uma sociedade igual, justa e com dignidade para todas as pessoas.

Palácio de São Bento, 1 de março de 2023.

O Presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, Fernando Negrão.

Outros subscritores: Sara Madruga da Costa (PSD) — Edite Estrela (PS).

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PROJETO DE VOTO N.º 290/XV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DO POETA ANTÓNIO SALVADO

O poeta e escritor António Forte Salvado faleceu no passado dia 5 de março, aos 87 anos.

Natural de Castelo Branco, licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de

Lisboa, tendo sido igualmente bolseiro do Governo francês em Paris.

Poeta, ensaísta, antologista, tradutor, organizador de edições, diretor de publicações culturais, António

Salvado publicou o seu primeiro livro, A flor e a noite, com apenas 18 anos. Desde então, a sua extensa obra

poética compõe-se por dezenas de livros de poesia, entre os quais Poesia nos versos de António Salvado:

antologia, o seu último livro, editado por ocasião do seu 87.º aniversário.

A sua obra singular, inspirada em Luís de Camões, mas com referências que vão de Bocage, Almeida Garrett

e Alexandre Herculano a Cesário Verde, Fernando Pessoa ou Mário de Sá Carneiro, António Salvado tem como

fio condutor da sua escrita a esperança, ainda que o amor e a morte sejam temas recorrentes, aliando-se dor e

angústias às evocações ao divino.

Os seus poemas integram importantes antologias portuguesas e estrangeiras e encontram-se traduzidos em

várias línguas.

Com um percurso ligado a Castelo Branco, a sua terra natal, António Salvado lecionou no antigo Liceu

Nacional de Nuno Álvares e na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco e dirigiu

o Museu Francisco Tavares Proença Júnior e a revista Estudos de Castelo Branco.

Reconhecida a nível nacional e além-fronteiras, a vasta obra literária e cultural de António Salvado mereceu

diversas distinções, entre elas, o Grau de Comendador da Ordem Militar de Santiago da Espada, a Medalha de

Mérito Cultural, o título Doutor Honoris Causa atribuído pela Universidade da Beira Interior.

A Assembleia da República presta um merecido tributo à memória de António Salvado e endereça à sua

família e amigos as mais sentidas condolências.

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II SÉRIE-B — NÚMERO 70 12 Assembleia da República, 8 de março de 2023
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