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II SÉRIE-B — NÚMERO 16

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Emília Cerqueira — Carla Madureira.

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PROJETO DE VOTO N.º 518/XV/2.ª

DE SAUDAÇÃO PELA CELEBRAÇÃO DO 125.º ANIVERSÁRIO DA SOCIEDADE FILARMÓNICA

OPERÁRIA AMORENSE

Em 28 de junho de 1898, um grupo de operários garrafeiros fundou a Sociedade Filarmónica Operária

Amorense.

Os primeiros ensaios da Filarmónica, que, face à inexistência de luz elétrica, decorriam à luz de velas de

cera ou de gasómetros de carbureto, foram ministrados por um cidadão inglês, William Henry Alexander

Gilman, gerente de uma fábrica de garrafas de vidro.

As greves que se verificaram na fábrica de garrafas acabaram por ditar a suspensão da atividade da

Filarmónica, que posteriormente foi reativada.

Em 1958 foi inaugurada a nova sede, denominada Cine Teatro Amorense, construída num terreno

gentilmente cedido por Branca Saraiva de Carvalho e financiada por João Guilherme Carvalho Duarte,

beneméritos amorenses.

À época, as atividades da Filarmónica, dirigidas pelo contramestre Alfetrit Simões, resumiam-se a

percursos pelas ruas da freguesia ou atuações nos dias de aniversário da coletividade.

José Ribeiro e Estevão Barrinhos, músicos da Banda da Guarda Republicana, deram um importante

contributo à Filarmónica, mas a sua saída, devido a afazeres profissionais, ditou nova crise na banda.

Em 1991, face ao apelo de José Carlos Correia Cunha, muitos jovens revelaram disponibilidade para

aprender música e, hoje, a Filarmónica Amorense é uma das mais apreciadas do nosso País.

De entre os maestros que passaram por esta Filarmónica destacam-se Joaquim de Carvalho, músico da

Guarda Nacional Republicana, Álvaro Augusto de Sousa, que esteve 25 anos ao serviço desta coletividade, e

António Gonçalves.

Esta instituição teve como motivo fundacional a criação de uma banda filarmónica, mas, de então para cá,

a atividade da Sociedade Filarmónica Operária Amorense foi-se diversificando, com diversas ofertas culturais,

nomeadamente teatro, operetas e teatro de revista.

Prova da sua relevante atividade no âmbito da cultura é a concessão de condecorações, entre as quais se

destacam:

▪ Concurso de Arte Dramática das Sociedades de Educação e Recreio Federadas, promovido pelo

Secretário Nacional de Informação (novembro de 1945).

▪ Prémio Aprumo e Disciplina, e 4.ª classificada no Grande Festival de Bandas de Música Civis, promovido

pela Fundação Nacional para Alegria no Trabalho (FNAT), que decorreu no dia 14 de outubro de 1973,

em Faro.

Ao longo de 125 anos, o entusiasmo, boa vontade, espírito coletivo e bairrismo dos sócios e dirigentes da

Sociedade Filarmónica Operária Amorense revelaram-se fundamentais para a intervenção social e política na

freguesia de Amora.

Assim, a Assembleia da República evoca os 125 anos da Sociedade Filarmónica Operária Amorense e

saúda todos os seus dirigentes e associados, registando o contributo desta instituição para o desenvolvimento

e promoção social e cultural da cidade de Amora, do concelho do Seixal e do distrito de Setúbal.

Palácio de São Bento, 6 de dezembro de 2023.

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