O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Página 1

Sábado, 16 de novembro de 2024 II Série-B — Número 42

XVI LEGISLATURA 1.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2024-2025)

S U M Á R I O

Projetos de voto (n.os 437 a 443/XVI/1.ª): N.º 437/XVI/1.ª (PSD) — De saudação ao Corpo e à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Alcochete. N.º 438/XVI/1.ª (IL) — De protesto contra a interferência russa no processo eleitoral e a repressão aos manifestantes na Geórgia. N.º 439/XVI/1.ª (CH) — De pesar pelo falecimento de Pedro Machete.

N.º 440/XVI/1.ª (PSD) — De pesar pelo falecimento de Pedro Machete. N.º 441/XVI/1.ª (IL) — De condenação pelas declarações de Alexander Lukashenko sobre mulheres em cargos de liderança política. N.º 442/XVI/1.ª (PAR) — De pesar pela morte do Juiz Conselheiro Pedro Machete. N.º 443/XVI/1.ª (PS) — De pesar pelo falecimento do Major-General Luís Augusto Sequeira.

Página 2

II SÉRIE-B — NÚMERO 42

2

PROJETO DE VOTO N.º 437/XVI/1.ª

DE SAUDAÇÃO AO CORPO E À ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE

ALCOCHETE

No passado dia 31 de outubro de 2024, celebrou-se com grande orgulho os 76 anos do Corpo de

Bombeiros Voluntários de Alcochete, uma instituição que se consolidou como um pilar fundamental na

proteção e segurança da nossa comunidade. Fundados em 1948, com estatutos assinados a 27 de dezembro

do mesmo ano, este corpo de bravura e solidariedade foi criado por uma comissão fundadora composta por

Rui Vinagre, João de Figueiredo, Manuel da Costa, Estevão Nunes, José Coutinho, João Canteiro e mais

cinquenta sócios que, juntos, edificaram os alicerces de uma história marcada pelo heroísmo.

Desde a sua formação, os Bombeiros Voluntários de Alcochete demonstraram um compromisso inabalável

com o bem-estar da nossa população, destacando-se em momentos de grande desafio, como a tragédia de

Pedrógão Grande em 2017, onde a sua coragem e determinação brilharam intensamente.

O reconhecimento do seu valor e do seu sacrifício é evidente nas distinções que receberam ao longo dos

anos: a Medalha de Ouro de Duas Estrelas em 1981, a Medalha dos Serviços Distintos da Liga dos Bombeiros

Portugueses em 1998, a Medalha de Gratidão COVID-19 em 2022 e a Medalha de Mérito de Proteção e

Socorro, entregue pelo Ministro da Administração Interna em 2023. Essas honrarias refletem não apenas a

competência dos bombeiros, mas também a paixão e a dedicação que todos os voluntários e suas famílias

colocam em cada missão.

Nesta data especial, rendemos homenagem a todos os que serviram e continuam a servir, lembrando que

o verdadeiro espírito do voluntariado reside na generosidade e no amor ao próximo. Que a coragem e a

determinação que sempre os caracterizaram continuem a inspirar gerações futuras. Recordando também

todos aqueles que não integrando diretamente o corpo de bombeiros dão suporte emocional e físico a quem o

constitui, diga-se as famílias, os amigos e as diversas entidades públicas, privadas e sociais que os apoiaram

ao longo dos anos. Realçamos também o trabalho dos dirigentes da associação, pelo mérito, o esforço e a

dedicação durante tanto tempo.

A Assembleia da República felicita o Corpo de Bombeiros Voluntários de Alcochete e a respetiva

associação humanitária pelos 76 anos de história e pelo inestimável serviço prestado à população, esperando

que o seu legado de heroísmo e de solidariedade perdure por muitos mais anos.

Palácio de São Bento, 11 de novembro de 2024.

Os Deputados do PSD: Sónia dos Reis — Teresa Morais — Bruno Vitorino — Paulo Edson Cunha.

———

PROJETO DE VOTO N.º 438/XVI/1.ª

DE PROTESTO CONTRA A INTERFERÊNCIA RUSSA NO PROCESSO ELEITORAL E A REPRESSÃO

AOS MANIFESTANTES NA GEÓRGIA

A Iniciativa Liberal manifesta a sua profunda preocupação e repúdio face aos recentes acontecimentos na

Geórgia, um país onde valores fundamentais da democracia, liberdade e transparência eleitoral têm sido

sistematicamente atacados por uma preocupante interferência estrangeira e repressão governamental.

As eleições legislativas de 26 de outubro de 2024, que culminaram na vitória do partido governante Sonho

Georgiano, revelaram graves irregularidades eleitorais. Relatórios de observadores internacionais, como a

OSCE e instituições da União Europeia (UE), bem como evidências compiladas por coligações de partidos de

oposição georgianos, indicam uma eleição marcada por fraude sistémica, incluindo a manipulação de votos,

intimidação de eleitores e a violação da confidencialidade do voto. Estatísticas confiáveis e sondagens à boca

Página 3

16 DE NOVEMBRO DE 2024

3

das urnas apontam discrepâncias impossíveis de explicar por variações normais, sugerindo manipulações

generalizadas.

De particular gravidade é a violação do segredo de voto, documentada pela Associação de Jovens

Advogados da Geórgia e corroborada por uma decisão judicial recente, que anulou resultados de 30

assembleias de voto por evidências claras de que as escolhas dos eleitores eram visíveis e sujeitas a controlo

externo. Além disso, o envolvimento de funcionários ligados ao partido governante em esquemas de

intimidação e fraude eleitoral comprometeu ainda mais a integridade do processo.

Esta situação reflete não apenas um retrocesso democrático, mas também um alinhamento perigoso da

Geórgia com a esfera de influência russa, em detrimento do caminho europeu desejado pelos seus cidadãos.

A imposição de leis semelhantes às da Rússia para reprimir a sociedade civil e os meios de comunicação,

bem como o uso de recursos estatais para manipular o processo eleitoral, são uma afronta direta aos valores

democráticos europeus.

O compromisso de Portugal e da Assembleia da República com a defesa da liberdade, do Estado de direito

e dos direitos humanos exige uma posição firme e inequívoca contra qualquer ataque à autodeterminação dos

povos.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, protesta veementemente contra:

1. A interferência russa e a repressão governamental que subvertem os princípios democráticos e o

Estado de direito na Geórgia;

2. As práticas fraudulentas nas eleições de 26 de outubro de 2024, incluindo a violação do segredo de

voto, a intimidação de eleitores e a manipulação sistemática dos resultados;

3. A incapacidade das autoridades georgianas em assegurar um processo eleitoral livre e justo, apelando à

criação de uma comissão internacional independente para investigar as irregularidades eleitorais.

Palácio de São Bento, 11 de novembro de 2024.

Os Deputados da IL: Rodrigo Saraiva — Mariana Leitão — Bernardo Blanco — Carlos Guimarães Pinto —

Joana Cordeiro — Mário Amorim Lopes — Patrícia Gilvaz — Rui Rocha.

———

PROJETO DE VOTO N.º 439/XVI/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE PEDRO MACHETE

Serve este voto para manifestar o mais profundo pesar pelo falecimento de Pedro Machete, ex-Vice-

Presidente do Tribunal Constitucional, que faleceu no passado dia 9 de novembro, aos 59 anos, vítima de

doença prolongada.

Pedro Manuel Pena Chancerelle de Machete, nascido em Lisboa, no dia 11 de julho de 1965, foi um

destacado jurista e professor, com uma carreira distinta, quer como docente, quer como juiz. Licenciado em

Direito, mestre em Ciências Jurídico-Políticas e doutorado em Direito pela Faculdade de Direito da

Universidade Católica Portuguesa, foi nessa mesma universidade que se tornou professor por vários anos,

inspirando novas gerações de estudantes e juristas.

Pedro Machete tinha um apurado sentido de dever e responsabilidade para com a causa pública, pautando

a sua atuação nos órgãos e instituições pelos quais passou pelo rigor, excelência e conhecimento.

Eleito juiz conselheiro para o Tribunal Constitucional, em 2012, Pedro Machete exerceu nesse órgão

durante 11 anos, no qual teve a honra e o reconhecimento de ser eleito vice-presidente entre 2021 e 2023,

eleição que demonstra inequivocamente a valorização do seu percurso, integridade e dedicação.

O falecimento de Pedro Machete representa uma enorme perda para a justiça em Portugal, não apenas

pela sua capacidade, qualidade e conhecimento, mas também pelas suas valências humanas, como a

integridade, dedicação e empatia, que lhe eram características.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, delibera manifestar o seu profundo pesar

Página 4

II SÉRIE-B — NÚMERO 42

4

pelo falecimento de Pedro Machete, pela sua vida dedicada à justiça e ao serviço público, endereçando as

mais sentidas condolências à sua família e amigos.

Palácio de São Bento, 13 de novembro de 2024.

Os Deputados do CH: Pedro Pinto — Cristina Rodrigues — Manuel Magno — Vanessa Barata — Madalena

Cordeiro.

———

PROJETO DE VOTO N.º 440/XVI/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE PEDRO MACHETE

Pedro Manuel Pena Chancerelle de Machete nasceu em Lisboa em 11 de julho de 1965. Licenciado em

Direito pela Universidade Católica de Lisboa em 1978, mestre em Ciências Jurídico-Políticas (1994) e doutor

em Direito (2007) pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa.

Desde 2023 era Juiz Conselheiro da Secção de Contencioso Administrativo do Supremo Tribunal

Administrativo.

Exerceu funções docentes na Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa desde 1989 até à

sua morte, incluindo como professor auxiliar.

Eminente jurista, Pedro Machete foi eleito pela Assembleia da República para o Tribunal Constitucional

(TC) em 2012, por indicação do PSD, tendo sido juiz conselheiro daquele tribunal superior até abril de 2023.

Entre 2021 e 2023 foi também Vice-Presidente do Tribunal Constitucional, no reconhecimento pelo trabalho

desenvolvido neste órgão.

Neste sentido, a Assembleia da República expressa a sua homenagem e manifesta o seu mais profundo

pesar pelo falecimento de Pedro Machete, endereçando as mais sinceras condolências à família, aos amigos e

a todos os que acompanharam o seu percurso pessoal e profissional.

Palácio de São Bento, 13 de novembro de 2024.

Os Deputados do PSD: Hugo Soares — António Rodrigues — Miguel Guimarães — Pedro Alves — Regina

Bastos — Hugo Carneiro — Andreia Neto — Silvério Regalado — Hugo Patrício Oliveira — Isaura Morais —

João Vale e Azevedo — Alexandre Poço — Almiro Moreira — Dulcineia Catarina Moura — Alberto Fonseca —

Alberto Machado — Alexandra Evangelista — Amílcar Almeida — Ana Gabriela Cabilhas — Ana Oliveira —

Ana Santos — Andreia Bernardo — Ângela Almeida — António Alberto Machado — Bruno Ventura — Bruno

Vitorino — Carla Barros — Carlos Cação — Carlos Eduardo Reis — Carlos Reis — Carlos Silva Santiago —

Clara de Sousa Alves — Dinis Faísca — Emídio Guerreiro — Emília Cerqueira — Eva Brás Pinho — Francisco

Covelinhas Lopes — Francisco Pimentel — Francisco Sousa Vieira — Germana Rocha — Gonçalo Lage —

Gonçalo Valente — Inês Barroso — Isabel Fernandes — João Antunes dos Santos — Joaquim Barbosa —

Jorge Paulo Oliveira — José Pedro Aguiar-Branco — Liliana Reis — Luís Newton — Marco Claudino —

Margarida Saavedra — Martim Syder — Maurício Marques — Miguel Santos — Nuno Jorge Gonçalves —

Ofélia Ramos — Olga Freire — Paula Cardoso — Paula de Medeiros — Paula Margarido — Paulo Cavaleiro

— Paulo Edson Cunha — Paulo Moniz — Paulo Neves — Pedro Coelho — Pedro Neves de Sousa — Pedro

Roque — Ricardo Araújo — Ricardo Carvalho — Ricardo Oliveira — Salvador Malheiro — Sandra Pereira —

Sofia Carreira — Sónia dos Reis — Sónia Ramos — Telmo Faria — Teresa Morais.

———

Página 5

16 DE NOVEMBRO DE 2024

5

PROJETO DE VOTO N.º 441/XVI/1.ª

DE CONDENAÇÃO PELAS DECLARAÇÕES DE ALEXANDER LUKASHENKO SOBRE MULHERES EM

CARGOS DE LIDERANÇA POLÍTICA

Alexander Lukashenko, Presidente da Bielorrússia há mais de 30 anos, proferiu, à margem da COP29, em

Baku, declarações profundamente discriminatórias e desrespeitosas sobre o papel das mulheres na liderança

política. Em entrevista à imprensa, Lukashenko disse: «Deus nos livre de a Bielorrússia ter uma mulher

presidente», justificando que o cargo é um «trabalho duro» e que «não é necessário dar a uma mulher tanto

trabalho». Acrescentou ainda que ser presidente envolve nuances que, no seu entender, as mulheres não

estariam preparadas para assumir.

Estas declarações não são apenas insultuosas e antiquadas, mas também perpetuam estereótipos de

género que desvalorizam o papel das mulheres na sociedade e na política. As palavras de Alexander

Lukashenko contrastam de forma flagrante com os princípios universais de igualdade de género e não

discriminatórios consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos e em tratados internacionais

como a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW),

da qual a Bielorrússia é signatária.

A exclusão e desvalorização das mulheres na liderança política são formas de discriminação que

enfraquecem os fundamentos de uma sociedade justa, plural e democrática. É ainda mais preocupante que

estas declarações venham de um líder conhecido pela repressão sistemática de direitos humanos,

perseguição de opositores e pelo silenciamento de vozes dissidentes, incluindo a líder da oposição Sviatlana

Tsikhanouskaya, atualmente no exílio, e que já esteve em Portugal várias vezes, incluindo na Assembleia da

República.

Portugal tem um compromisso histórico com a defesa da igualdade de género e dos direitos humanos,

refletido no combate a qualquer forma de discriminação, seja ela política, social ou económica. A Assembleia

da República não pode permanecer em silêncio perante declarações que desvalorizam as mulheres e que

colocam em causa os avanços globais na promoção da igualdade e na participação política das mulheres.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, condena veementemente as declarações

discriminatórias do Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, que desvalorizam o papel das mulheres

na política e na liderança, e expressa a sua solidariedade para com as mulheres bielorrussas, incluindo

Sviatlana Tsikhanouskaya, e todas aquelas que lutam por um futuro democrático e inclusivo para o seu país.

Reafirma ainda o compromisso de Portugal em continuar a defender, nos fóruns internacionais e na diplomacia

portuguesa, os princípios da igualdade de género, dos direitos humanos e da participação plena das mulheres

em todos os níveis da sociedade.

Palácio de São Bento, 15 de novembro de 2024.

Os Deputados da IL: Rodrigo Saraiva — Mariana Leitão — Bernardo Blanco — Carlos Guimarães Pinto —

Joana Cordeiro — Mário Amorim Lopes — Patrícia Gilvaz — Rui Rocha.

———

PROJETO DE VOTO N.º 442/XVI/1.ª

DE PESAR PELA MORTE DO JUIZ CONSELHEIRO PEDRO MACHETE

Faleceu, no passado dia 9 de novembro, o Juiz Conselheiro Pedro Machete, aos 59 anos, vítima de doença

oncológica.

Pedro Machete foi um académico de grande importância e impecável reputação. Licenciou-se em Direito,

na Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, em 1989. Prosseguiu estudos na mesma

faculdade, com um mestrado em Ciências Político-Jurídicas e um doutoramento em Direito.

Exerceu, desde 1989, funções de docência na Universidade Católica Portuguesa, tendo marcado

Página 6

II SÉRIE-B — NÚMERO 42

6

sucessivas gerações de estudantes pela sua preparação académica e pelas suas qualidades pedagógicas.

Em 2012, foi cooptado Juiz Conselheiro do Tribunal Constitucional, funções que exerceu até 2023. Foi,

desde 2021, vice-presidente deste tribunal.

Em 2023, foi nomeado Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal Administrativo, cargo que ocupou até à sua

partida. Foi responsável por acórdãos marcantes e distinguiu-se, nas várias funções que desempenhou, pela

sua integridade moral e pela sua sagacidade intelectual e jurídica.

A Assembleia da República, reunida em Plenário, manifesta o seu profundo pesar pela partida prematura

do Juiz Conselheiro Pedro Machete. À família, aos amigos, aos admiradores, aos colegas e aos alunos,

endereça votos de sentidas condolências. Enaltece, por fim, o seu testemunho de vida, na certeza de que o

seu legado cívico, jurídico e académico perdurará na memória daqueles que com ele contactaram, e marcará

a nossa consciência coletiva.

Palácio de São Bento, 14 de novembro de 2024.

O Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco.

———

PROJETO DE VOTO N.º 443/XVI/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DO MAJOR-GENERAL LUÍS AUGUSTO SEQUEIRA

Faleceu em Lisboa, no dia 9 de novembro, aos 77 anos, o Major-General Luís Augusto Sequeira, notável

Capitão de Abril, que participou diretamente nas ações revolucionárias de 1974.

Nascido em Angola, a 23 de fevereiro de 1947, Luís Augusto Sequeira viria a ingressar na Academia

Militar, em 1964, onde concluiu o curso de Administração Militar. Dez anos depois viria a desempenhar, por

imposição, uma comissão de serviço em Moçambique, nos anos de 1974 e 1975. Foi lá, durante a Guerra

Colonial, que o 25 de Abril o encontrou. Em Nampula, onde estava destacado, aos 27 anos, e com o posto de

capitão, Luís Augusto Sequeira exprimia o seu apoio às movimentações revolucionárias em curso, integrando

a Comissão do Movimento das Forças Armadas (MFA) em Moçambique.

Ao longo da sua vida, exerceu cargos de elevada responsabilidade, quer no plano militar, quer no plano

civil, mantendo uma importante ação cívica na defesa e consolidação dos valores da liberdade e da

democracia. Foi professor catedrático da Academia Militar e professor do Instituto de Altos Estudos Militares.

Chefiou vários departamentos financeiros do Exército e das Forças Armadas, foi Secretário-Geral do Ministério

da Defesa Nacional e Presidente do Conselho de Administração da Empresa Pública de Urbanização de

Lisboa (EPUL). Como sócio da Associação 25 de Abril, desempenhava até hoje o cargo de Presidente do

Conselho Fiscal.

Foi louvado por 15 vezes e distinguido com diversas e importantes insígnias, entre as quais se destaca, em

março de 2023, e no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, a condecoração pelo

Presidente da República com a Ordem da Liberdade, Grau de Grande-Oficial.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, evoca o legado do Capitão de Abril Major-

General Luís Augusto Sequeira, manifesta profundo pesar pelo seu falecimento e endereça à sua família,

amigos e camaradas as suas mais sentidas condolências.

Palácio de São Bento, 11 de novembro de 2024.

Os Deputados do PS: Pedro Delgado Alves — Alexandra Leitão — Luís Dias — Mariana Vieira da Silva —

José Costa — Marcos Perestrello — Isabel Oneto — Hugo Oliveira — Patrícia Faro — Ricardo Lino — Pedro

Coimbra — José Luís Carneiro.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO.

Descarregar páginas

Página Inicial Inválida
Página Final Inválida

×