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Sexta-feira, 15 de setembro de 2017 II Série-C — Número 1

XIII LEGISLATURA 3.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2017-2018)

S U M Á R I O

Comissões parlamentares:

Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação:

— Relatório da visita de trabalho aos municípios afetados pelos incêndios de 17 de junho.

— Relatório da visita aos Bairros Vale de Chícharos (Seixal), Terras da Costa (Almada) e Torre (Loures).

— Relatório da visita às Bacias Hidrográficas de Douro e Ave.

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COMISSÃO DE AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO, DESCENTRALIZAÇÃO, PODER

LOCAL E HABITAÇÃO

Relatório da visita aos municípios afetados pelos incêndios de 17 de junho de 2017

PEDRÓGÃO GRANDE, CASTANHEIRA DE PÊRA, FIGUEIRÓ DOS VINHOS, PAMPILHOSA DA

SERRA, GOIS, PENELA, SERTÃ

ENQUADRAMENTO

1. Na sequência dos incêndios ocorridos em 17 de junho de 2017 nos municípios de Pedrógão Grande,

Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Pampilhosa da Serra, Góis, Penela e Sertã, a Comissão da Ambiente,

Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação (CAOTDPLH), reunida a 11 de julho de

2017, deliberou realizar uma visita de trabalho à região atingida, com o objetivo de se inteirar no local da

extensão dos danos provocados e das medidas implementadas para reparação da devastação verificada

naquele território.

2. A deslocação foi autorizada, por despacho de 12 de julho de 2017, de Sua Excelência, o Senhor

Presidente da Assembleia da República.

Anexo I

3. A visita realizou-se em 20 de julho, sendo a delegação da Comissão composta pelos membros da Mesa

da CAOTDPLH,Deputado Pedro Soares (BE), Presidente, Deputado Manuel Frexes (PSD) e Deputada

Maria da Luz Rosinha (PS), Vice-Presidentes, e pelos Senhores Deputados da CAOTDPLH Berta Cabral,

Maurício Marques, Maria Germana Rocha, António Lima Costa e Emília Cerqueira, do Grupo Parlamentar

do PSD; Joana Lima e Santinho Pacheco, do Grupo Parlamentar do PS; Patrícia Fonseca, do Grupo

Parlamentar do CDS/PP; Ana Virgínia Pereira, do Grupo Parlamentar do PCP.

Anexo II

4. A Comissão partiu do Palácio de São Bento, em Lisboa, às 08:00 horas, do dia 20 de julho. Chegou a

Pedrógão Grande pelas 11:00 horas, tendo sido recebida nos Paços do Concelho pelo Presidente da Câmara

de Pedrógão Grande, Valdemar Gomes Fernandes Alves.

5. Foi de imediato dado início ao encontro de trabalho, no qual estiveram presentes o supra mencionado

Presidente da Câmara de Pedrógão Grande e o Vereador do mesmo Município, Bruno Gomes, o Presidente

da Câmara de Penela, Luis Matias, o Presidente da Câmara da Sertã, José Farinha Nunes, o Vice-

Presidente da Câmara de Góis, Mário Garcia, a Vereadora da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra,

Alexandra Tomé, acompanhados por membros das respetivas equipas; e ainda a Presidente da Comissão de

Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-C), Ana Maria Abrunhosa; o Comandante

Distrital das Operações de Socorrode Leiria da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Comandante

Sérgio Gomes; e, pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), o Diretor do Departamento de

Conservação da Natureza do Centro, Eng. Viriato Garcez, e o Chefe de Divisão de Gestão operacional e

Fiscalização, Eng. Rui Rosmaninho.

6. Após as saudações iniciais e uma breve introdução explicativa da razão da visita pelo Presidente da

CAOTDPLH, Deputado Pedro Soares, tomou a palavra o Presidente de Câmara dePedrógão Grande,

Valdemar Alves, que informou que o relatório do grupo de trabalho dos sete concelhos atingidos tinha sido

entregue no dia anterior (19 de julho) ao Governo, para apreciação, sugerindo-se que seja remetido também ao

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Parlamento. Entre os múltiplos pontos que abordou, destacou como fundamental identificar os proprietários das

terras atingidas, sobretudo pequenas parcelas de dono desconhecido, que continuaram por reclamar mesmo

após a verificação do incêndio.

7. Foi depois a vez do Presidente da Câmara da Sertã, José Farinha Nunes, expor a sua perspetiva das

causas da tragédia que assolou a região e propostas de solução. Tiveram de seguida lugar as intervenções dos

representantes das entidades administrativas.

8. O Eng. Viriato Garcez, Diretor do Departamento de Conservação da Natureza do Centro do ICNF, que

fez uma breve alusão ao teor do relatório apresentado, e identificou algumas carências prementes, como sejam:

a colaboração das organizações de produtores florestais na limpeza das áreas florestais; aproveitar a

oportunidade de execução simplificada do cadastro; atualização dos planos municipais (com inclusão de linhas

de água, corredores ecológicos, etc.); e a realização de ações imediatas no terreno antes que a vegetação volte

a crescer.

9. A Presidente da CCCDR-C,Ana Abrunhosa, esclareceu que o relatório concluído a 30 de junho traduz

o trabalho de diversas entidades (ICNF, DRAP-C, IHRU, Segurança Social, Autarquias, INIR/Ascendi, PT,

IPAMEI). As equipas constituídas pela CCDR, IHRU, assistentes sociais, Proteção Civil e Juntas de Freguesia

percorreram as zonas atingidas para efetuar o levantamento dos danos. Numa 2.ª fase, foram constituídas

equipas multidisciplinares que, entre outros aspetos, avaliaram o nível de risco para a saúde das populações

conexos com o estado de degradação das habitações e dos efeitos dos incêndios. O relatório efetua um cômputo

do montante dos danos nas diversas vertentes. Informou ainda que está em marcha a candidatura ao Fundo

REVITA e a reprogramação do Programa Operacional 20/20.

10. O Comandante Sérgio Gomes (ANPC) deu nota do histórico das ações que foram levadas a cabo no

dia do incêndio, referindo, entre outros pontos, que tinha sido enviado um comunicado de alerta perante as

previsões meteorológicas para esse fim-de-semana. Não havia, porém, histórico geográfico de incidências ou

indicadores relevantes de incêndios que fizessem antecipar a tragédia.

11. Devolvida a palavra aos autarcas da região, o Presidente da Câmara de Penela, Luis Matias, portador

do documento entregue ao Governo, assinalou a dimensão de um incêndio desta natureza e a impossibilidade

dos meios para o dominar. Salientou que a prevenção estrutural é essencial, apontando alguns dos

melhoramentos a realizar, como sejam a profissionalização de bombeiros, a valorização de produtos regionais,

evitar descontinuidade nas estratégias e investimentos, combater a proliferação das árvores de crescimento

rápido, alterar as regras que levam a duplicação de instrumentos de gestão territorial e das exigências de

consulta em sede de licenciamento. Assinalou a importância de se alterar o modo como se encara a floresta

atualmente — o cluster da fileira florestal tem de estar focado em todos os recursos fornecidos pela floresta, não

só no material lenhoso e que as medidas agroambientais são direcionadas para a agricultura, esquecendo a

silvicultura. Do seu ponto de vista, uma medida simples que traria grandes ganhos para a floresta seria a

alteração do regulamento do PDR para contemplar medidas de área florestal resiliente.

12. Usaram da palavra a Vice-Presidente da Comissão, Deputada Maria da Luz Rosinha, o Vice-Presidente,

Deputado Manuel Frexes e as Deputadas Berta Cabral (PSD), Patrícia Fonseca (CDS/PP) e Ana Virgínia

Pereira (PCP), tendo respondido às questões colocadas o Presidente da Câmara de Penela, Luis Matias, o

Comandante Sérgio Gomes (ANPC) e o Vereador da Câmara Municipal de Pedrógão Grande, Bruno Gomes,

tendo-se concluído a reunião pelas 14:00 horas.

13. Após pausa para almoço, a delegação da Comissão realizou um percurso pelas zonas atingidas, entre as

quais se contou a povoação de Várzeas, para contacto com as populações atingidas.

14. Ao longo do percurso foram prestadas informações mais detalhadas sobre as características e

especificidades nas povoações visitadas e situações dramáticas experienciadas, tendo havido oportunidade dos

Senhores Deputados ouvirem na primeira pessoa os testemunhos prestados por pessoas residentes nas zonas

atingidas.

15. No final da visita, o Presidente da Comissão, Deputado Pedro Soares, sintetizou os principais pontos

focados nas intervenções e a riqueza dos testemunhos recolhidos ao longo deste percurso, agradecendo, em

nome da Comissão, as informações e esclarecimentos prestados por todos e o apoio que as autarquias dos

concelhos envolvidos prestaram apoio à deslocação da missão parlamentar, contribuindo para o sucesso de

que a mesma se revestiu.

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Palácio de S. Bento, 20 de julho de 2017.

O Presidente da Comissão, Pedro Soares.

Anexos

Anexo I —Despacho autorizativo

Anexo II —Composição da delegação

Anexo III — Programa da visita

Nota: Os documentos referidos em anexo encontram-se disponíveis para consulta nos serviços de apoio.

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RELATÓRIO DA VISITA AOS BAIRROS VALE DE CHÍCHAROS (SEIXAL),

TERRAS DA COSTA (ALMADA) E TORRE (LOURES)

Na sequência da aprovação, em 30 de junho de 2017, por unanimidade, do Projeto de Resolução n.º 950/XIII

— Acesso dos habitantes de bairros ou núcleos de habitações precárias a serviços e bens essenciais, que

resultou de uma iniciativa conjunta de todas as forças políticas representadas na Assembleia da República, a

Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação (“Comissão”)

deliberou realizar uma visita de trabalho aos Bairros Vale de Chícharos (Seixal), Terras da Costa (Almada) e

Torre (Loures), conforme programa em anexo (vd. Anexo I), tendo, para o efeito, obtido a autorização de S. Exa.

o Presidente da Assembleia da República (vd. anexo II).

A iniciativa mencionada resultou na publicação da Resolução da Assembleia da República n.º 151/2017, nos

termos da qual este órgão recomenda ao Governo que:

1 — Adote com urgência, enquanto não forem implementadas soluções de realojamento condignas, no

quadro de programas que prossigam esse objetivo, as medidas adequadas a assegurar a prestação do serviço

público de eletricidade aos habitantes dos bairros e núcleos de habitações precárias, no intuito de promover a

tranquilidade, a segurança e as condições de vida e saúde dos mesmos com um mínimo de dignidade.

2 — Para efeitos do disposto no número anterior, de forma articulada com os municípios e sem prejuízo do

relevante papel destes, adote, proponha e concerte as estratégias e medidas para, nomeadamente, contribuir

para a integração, tranquilidade e segurança da população residente e circundante dos bairros e núcleos de

habitações precárias.

3 — Implemente mecanismos que assegurem que, nos bairros e núcleos de habitações precárias

devidamente identificados pelos municípios e demais entidades públicas competentes, os respetivos habitantes

tenham acesso a contratos para fins habitacionais que integrem o benefício da tarifa social.

4 — Aprove as medidas legislativas e administrativas da sua competência necessárias para assegurar,

nomeadamente, a celebração com os comercializadores de contratos individuais de acesso aos serviços

públicos essenciais, em especial o fornecimento de energia elétrica, ajustando, se for caso disso, as

formalidades atualmente exigidas.

Consideradas as preocupações formalizadas unanimemente na mencionada Resolução e frisadas nas

diversas audiências realizadas e demais diligências levadas a cabo no âmbito da Comissão e do Grupo de

Trabalho Habitação, Reabilitação Urbana e Políticas de Cidades (constituído no seu seio), a presente visita teve

por objetivo proporcionar aos participantes um aprofundamento do conhecimento, no terreno e em concreto, das

condições de habitabilidade dos bairros e núcleos de habitações precárias próximos da cidade de Lisboa e dar

a conhecer aos moradores dos mesmos as diligências levadas a cabo pela Assembleia da República, em

particular no que se refere à Resolução n.º 151/2007.

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Motivou particularmente a presente visita a existência de situações urgentes de agregados habitacionais

relativas ao fornecimento de energia elétrica, circunstância que se traduz num obstáculo à promoção da

tranquilidade, da segurança e de condições dignas de vida e saúde dos mesmos.

Assim, a delegação1 da Comissão, acompanhada por representantes da Autarquia e da Associação de

Moradores local, iniciou a visita ao Bairro Vale de Chícharos (Jamaika), tendo tido a oportunidade de aprofundar

o histórico do bairro, as respetivas características habitacionais, informação sobre os agregados familiares que

nele habitam e as suas principais preocupações.

De seguida, a delegação da Comissão prosseguiu com a visita ao Bairro Terras da Costa, onde foi

acompanhada por representantes da Autarquia, da Associação de Moradores e da Cooperativa "Trabalhar com

os 99%", tendo tido a oportunidade de conhecer com mais pormenor as habitações existentes e os avanços

alcançados, designadamente no que se refere ao acesso, por parte dos habitantes, a energia elétrica. Foi, nessa

ocasião, lembrado o processo levado a cabo no sentido de proporcionar o acesso dos moradores a energia

elétrica através da instalação de contadores de eletricidade e do estabelecimento de uma forma de regulação

da respetiva utilização entre os diversos moradores. Foram, ainda, dados a conhecer os trabalhos efetuados no

sentido de vir a proporcionar o realojamento dos moradores e a melhoria das condições de habitabilidade do

bairro.

Finalmente, a delegação, acompanhada de representantes da Autarquia, do GESTUAL – Grupo de Estudos

Socio-Territoriais, Urbanos e de Ação Local da Faculdade de Arquitetura e da Associação de moradores,

inteirou-se da situação dos moradores do Bairro da Torre e respetivas preocupações em matéria de saneamento

e fornecimento de eletricidade, saúde pública e acessos. No âmbito da visita realizada, foram observadas as

condições de algumas habitações e particularmente salientadas a proximidade das habitações de depósitos a

céu aberto de resíduos, as insuficientes infraestruturas de saneamento e a dificuldade de viver sem acesso à

energia elétrica há largos meses.

1 Integrada pelos Senhores Deputados identificados na lista anexa (Anexo III).

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Anexos:

Anexo I — Programa

Anexo II — Autorização do Presidente da Assembleia da República

Anexo III — Lista de Participantes

Palácio de S. Bento, 19 de julho de 2017.

O Presidente da Comissão, Pedro Soares.

Nota: Os documentos referidos em anexo encontram-se disponíveis para consulta nos serviços de apoio.

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RELATORIO DA VISITA ÀS BACIAS HIDROGRAFICAS DE DOURO E AVE

7, 8 e 9 de maio de 2017

ENQUADRAMENTO

1. No âmbito do plano de atividades da CAOTDPLH aprovado para a 2.ª sessão da XIII Legislatura, foi

autorizada, por despacho de 12 de abril de 2017, de Sua Excelência, o Senhor Presidente da Assembleia da

República, a deslocação da Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local

e Habitação (CAOTDPLH) aos municípios do Porto, Guimarães, Barcelos, Vizela e Vila Nova de Famalicão

para uma visita de trabalho ao longo às Bacias Hidrográficas daquelas regiões (Douro e Ave).

Anexo I

2. A visita de trabalho foi realizada nos dias 7, 8 e 9 de maio de 2017 e integrou entre outras ações e

encontros de trabalho, uma visita ao novo centro de comando das barragens do Douro, a convite da EDP,

deslocações à barragem Crestuma-Lever, à exploração de caulinos de Milhazes e Vila Seca e a Macieira de

Rates, onde está prevista a passagem de um traçado de Linhas de Muito Alta Tensão junto às populações.

Anexo II

3. Participaram na visita os membros da Mesa da CAOTDPLH,Deputado Pedro Soares (BE), Presidente,

Deputado Manuel Frexes (PSD) e Deputada Maria da Luz Rosinha (PS), Vice-Presidentes, e os Deputados

da CAOTDPLH Jorge Paulo Oliveira, Berta Cabral, António Lima Costa, António Topa, Bruno Coimbra,

Emília Cerqueira, Emília Santos,Maurício Marques e Joel Sá (PSD), do Grupo Parlamentar do PSD; Renato

Sampaio, José Manuel Carpinteira, Luís Vilhena, Joana Lima e Helena Roseta do Grupo Parlamentar do

PS; Álvaro Castelo Branco, do Grupo Parlamentar do CDS/PP; Ana Virgínia Pereira, do Grupo Parlamentar

do PCP.

4. Acompanharam ainda a visita da CAOTDPLH os Senhores Deputados, Emídio Guerreiro (PSD), Luis

Soares (PS) e Carla Cruz (PCP), membros de outras Comissões da Assembleia da República.

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Anexo III

7 e 8 de maio (1.ª parte) — Porto

5. A delegação da CAOTDPLH, chegada ao Porto na noite anterior, iniciou a visita à nova sede da EDP

naquela cidade, para onde foi recentemente transferido o centro de comando da Régua, tendo lugar uma sessão

de informação técnica sobre a cascata do Douro, com apresentação dos pontos relevantes sobre o programa

de barragens da EDP, e posterior troca de impressões com a Comissão.

6. A sessão contou com a presença do Vogal do Conselho de Administração Executivo da EDP e Presidente

do Conselho de Administração da EDP Gestão da Produção de Energia, Rui Teixeira, dos Administradores

António Ferreira da Costa e Maria Clara Maia, e membros da respetiva equipa, bem como de representantes

de outras entidades — o Inspetor Geral do Ambiente Nuno Banza e o Eng. Nuno Grácio pela IGAMAOT, o

Administrador da Águas do Norte, Filipe Silva, e duas representantesda APA/AHR Norte.

7. Após visita à sala de comando tiveram lugar apresentações do Engenheiro Vítor Silva (Diretor do Centro

do Telecomando), a propósito do sistema de comando das centrais hidroelétricas de produção, gestão das

afluências de águas, controlo de cheias e obrigações contratuais de controlo de caudais, entre outros aspetos;

da Engenheira Clara Maia, com alusão ao modelo que se encontra em fase de ensaio para garantir no Tejo um

caudal mínimo; e dos Engenheiros Ferreira da Costa, Rui Teixeira, Carlos Rosário, Nuno Portal, entre

outros.

8. Intervieram o Presidente da Comissão, Deputado Pedro Soares, e os Deputadas Berta Cabral (PSD)

e Ana Virgínia Pereira (PCP), seguindo-se alguns esclarecimentos dos Engenheiros Lara Carvalho

(APA/ARH Norte), Rui Teixeira (EDP), António Ferreira da Costa (EDP) e Pedro Neves Ferreira (EDP).

Anexo IV

9. A comitiva seguiu viagem para a Barragem de Crestuma-Lever, localizada na bacia hidrográfica do

Douro e a última barragem do rio antes da foz, que entrou em funcionamento em 1985. A barragem de fio de

água, com altura de 65 m acima da fundação e um comprimento de coroamento de 470 m, tem capacidade

instalada de produção de energia elétrica é de 117 MW e apresenta uma produtibilidade média anual de 360

GWh.

10. A comitiva teve oportunidade de observar a eclusa do canal de navegação em funcionamento, com

passagem de um barco de cruzeiro, e a eclusa dos peixes para proteção das espécies. Ao longo do percurso

foram prestadas informações mais detalhadas sobre as características, especificidades e funcionamento

daquela barragem e sua integração no sistema de produção do Douro.

8 de maio (2.ª parte) — Barcelos

11. Pelas 16h00, a delegação da Comissão chegou à povoação de Milhazes e Vila Seca, no concelho de

Barcelos, onde foi recebida pelo Presidente da Assembleia Municipal de Barcelos, Nuno Pinto, pelo

Presidente da Junta de Freguesia, José Faria e outros autarcas e ainda alguns populares.

12. No local da exploração de caulinos observaram-se as duas lagoas formadas nos escombros das

pedreiras, tendo sido explicado que representam risco para as populações, podendo inclusivamente estar a

repercutir-se na contaminação das linhas de água. Foi colocando o problema da inexistência de planos de

recuperação das áreas exploradas e evidenciada a falta de cumprimento do protocolo assinado entre a empresa

com as Juntas de Freguesia e a Câmara Municipal, sendo ainda referido o recorrente incumprimento das

condições de segurança, a contaminação de solos, a proximidade da escola, e a falta de fiscalização.

13. Intervieram o Presidente daComissão, Deputado Pedro Soares e os restantes Deputados presentes,

os autarcas da região, havendo ainda lugar a esclarecimentos adicionais prestados pelos representantes da

IGAMAOT e APA/ARH Norte.

14. Seguiu-se viagem para Macieira de Rates, para um encontro com o Presidente da Junta de Freguesia

José Padrão Ferreira e com a Comissão contra a Linha de Muito Alta Tensão, constituída por 13 freguesias

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do concelho ali representadas e presidida pelo Presidente da Assembleia Municipal de Barcelos, Nuno

Pinto, também presente.

15. O Presidente da Comissão assinalou que a situação tem sido acompanhada de perto pela CAOTDPLH,

tendo sido desenvolvidos trabalhos e audições sobre esta matéria, e que a Assembleia da República

recomendou ao Governo a regulamentação da Lei n.º 30/2010, de 2 de setembro, sobre a proteção contra

exposição aos campos elétricos e magnéticos derivados de linhas, de instalações e de equipamentos elétricos,

por Resolução da Assembleia da República n.º 210/2016, de 28 de Outubro.

16. O encontro contou com alocuções dos Deputados Joel Sá (PSD), Maria da Luz Rosinha (PS), Carla

Cruz (PCP), Berta Cabral (PSD), Maurício Marques (PSD), Emília Cerqueira (PSD), que partilharam as

preocupações da população.

Anexo V

8 de maio (3.ª parte) – Guimarães

17. Pelas 19H30, a delegação da Comissão foi recebida pelo Presidente da Câmara de Guimarães,

Domingos Bragança, pelo Vice-Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Amadeu Portilha, e

membros das respetivas equipas nos Paços do Concelho de Guimarães, debatendo-se assuntos relacionados

com a Bacia do Ave e políticas públicas de desenvolvimento urbano, orientadas para a sustentabilidade.

18. Após intervenção inicial do Presidente da Câmara Domingos Bragança, usaram da palavra o Vice-

Presidente Amadeu Portilha e o Adjunto Jorge Cristino, a propósito, entre outros temas, do Plano de Ação

do Rio Ave e dos projetos de sustentabilidade que o município de Guimarães se encontra a desenvolver,

finalizando-se o encontro de trabalho com intervenções dos Deputados presentes.

19. Terminada a reunião, os membros da delegação da Comissão pertencentes ao Grupo de Trabalho da

Habitação, Reabilitação Urbana e Politica das Cidades reuniram, pelas 21H30, com a Associação de

Moradores da Zona Urbana da Conceição, em Guimarães, a propósito das questões habitacionais que se

colocam nesse bairro.

9 de maio — Vizela e Vila Nova de Famalicão

20. Pelas 9H00, realizou-se um encontro sobre o estado ambiental do Rio Vizela organizado pela Câmara

Municipal de Vizela na Casa das Coletividades, com participação dos Municípios de Guimarães, Santo

Tirso, Fafe e Felgueiras, das empresas Vimágua, Águas do Norte, AMAVE e TRATAVE e associações locais

relacionadas com a temática do rio Vizela nomeadamente a Liga de Amigos das Termas, o Clube Turístico

e Desportivo de Vizela e a AMAS.

21. A intervenção inicial coube à Vice-Presidente da Câmara de Vizela, Vereadora Dora Gaspar, que

após um breve historial dos efeitos da industrialização no rio, demonstrou que o município se encontra focado

no desenvolvimento económico sustentável baseado na vertente fluvial da cidade, com referência ao Plano de

Ação para a despoluição do rio Vizela, que será brevemente apresentado pelo Ministério do Ambiente e que

congrega esforços em parceria de entidades públicas e entidades privadas. Foram dados a conhecer os

investimentos feitos naquela área fundamental para garantir uma boa qualidade da água do rio, como forma de

promover o bem-estar ambiental da população e atrair à região maior número de visitantes.

22. Os Deputados Pedro Soares (BE), Maria da Luz Rosinha (PS), Maurício Marques (PSD), Bruno

Coimbra (PSD), Luis Vilhena (PS), Berta Cabral (PSD), Jorge Paulo Oliveira (PSD), Emília Cerqueira (PSD),

Joana Lima (PS), Ana Virgínia Pereira (PCP) e António Lima Costa (PSD) usaram a palavra, após o que as

associações, empresas e institutos públicos entraram no debate, tendo expressado as suas preocupações Ivo

Ferreira (AMAS Vizela), Joaquim Silva Lopes (Associação dos Amigos do Ambiente), Alcides Campelos

(Liga das Termas de Vizela) e esclarecido algumas questões colocadas Lara Carvalho (APA/ARH Norte), o

Presidente do Conselho de Administração da Vimágua Armindo Costa e Silva, o Administrador das

Águas do Norte Filipe Silva e o Inspetor-Geral do Ambiente Nuno Banza.

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Concluíram o debate intervenções dos Deputados Pedro Soares (BE), Maria da Luz Rosinha (PS), Berta

Cabral (PSD), Joana Lima (PS) e Ana Virgínia Pereira (PCP).

23. Após breve visita à zona ribeirinha, a delegação da Comissão prosseguiu viagem e, pelas 11h00, reuniu

com Presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, e respetiva equipa, nos Paços do

Concelho de Vila Nova de Famalicão para inteirar dos problemas do rio Este, afluente do Ave, e outros

problemas que afetam as suas populações.

24. Abriram os trabalhos o Presidente da Câmara Paulo Cunha e o Presidente da Comissão,

manifestando ambos a necessidade de proteção do ativo ambiental que o rio Este representa, salientando a

essencialidade do equilíbrio entre desenvolvimento económico e sustentabilidade ambiental. A sessão contou

com intervenções dos Deputados Maria da Luz Rosinha (PS), Berta Cabral (PSD), Alvaro Castelo Branco

(CDS/PP) e Jorge Paulo Oliveira (PSD) e dos mesmos representantes presentes da IGAMAOT, APA e ainda

do Secretário-Geral da AMAVE, António Quintão.

25. Finalizando as intervenções, o Senhor Presidente da Comissão, Deputado Pedro Soares, sintetizou

os principais pontos focados nas intervenções e a riqueza dos testemunhos recolhidos ao longo deste percurso,

agradecendo, em nome da Comissão, as informações e esclarecimentos prestados por todos e o apoio que as

autarquias dos concelhos envolvidos prestaram apoio à deslocação da missão parlamentar, contribuindo para o

sucesso de que a mesma se revestiu.

O Presidente da Comissão, Pedro Soares.

Anexos

Anexo I —Despachos autorizativos

Anexo II —Programa da visita

Anexo II — Composição da delegação

Anexo IV e V —documentação entregue

Nota: Os documentos referidos em anexo encontram-se disponíveis para consulta nos serviços de apoio.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.

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