Página 1
II Série.— NUmero 5-CEI
V LEGISLATURA 4A SESSAO LEGISLATIVA (1990-1991)
Comissao Eventual de Inquérito aos Alegados PerdOes Fiscais Atribuldos
ao Secretario de Estado dos Assuntos Fiscais
INQUERITOS PARLAMENTARES N.OS 20111 (PS) e 21111 (PSD)
Actas das reuniöes de 4 e 6 de Junho de 1991
Página 2
124
19jLr*t.- J -r-
.3
a SERIE—NUMERO 5-CM
Acta da rouniào do 4 do Junho do 1991
0 Sr. Presidentc (Rui Machete): — Srs. Deputados,ieinos quOrum, polo quo declaro aborta a rouniflo.
Eram 10 horas e 45 niinutOs.
Srs. Deputados, vamos realizar aponas uma reuniãopreparatOria do trabalho instrumental subsequente. Porconseguinte, proponho quo façarnos uma rounião nopróxirno dia 6 do Junho, quinta-foira, ?is 15 horas, paradeterminar a inslrução do inqudrito visto existir uma pessoaquo, em virtude do so enoontrar no ostrangeiro, näo pOdeparLicipar nas audiências ofoctuadas.
Constatando o facto do quo já oxcodernos o pruzoprevisw pclo Plendrio para a conclusao do relatOrio, inasnüo 0 prazo previsto pant a conclusAo dos trabalhos daCoiiiissio, quo a 15 do Junho, ‘arnos preparar, dcsdc jd, oprojcUo do relatório pant ser aprovado no rouniüo a efectuarno prOximo din 11 do Junho, terça-feira, pelas 15 horas e30 in inutos.
Em conc]usflo, mai-cñvarnos duos rouniOos, uina pain aconclusflo do insuuçño e audiçao dos pessoas que seja 0111ouvir, e para discussijo e volrçäo do relatório na prOximaqu inta-feira, (ha 11, its 15 horas o 30 minutos.
U ma vax quo fo i toi to urn irabal ho pro! i m marniportante, penso quo seria On! aproveilannos 0550 trabalho
e urn dos seus autores, concretainente o Sr. DoputadoAlvaro Dflinaso, podera colaborar no sentido tie elahorar oprojecto do relatorio.
No entanlo, ostamos nurna sittiaçao (IC algumadificuldade na nedida em quo temos uma sério do foriadoso aproxirna-se o final dos trabaihos da Assombleia.PorL9nto, sugeria —0 compreendo quo signilica urn osforçoacroscido — quo o projocto do rclatOrio fosse distribuldo,so possIvol no sexla-leira oil o mais urdar na terça-Ioirado rnanhfl a [ni do poder scr hdo a tempo o sor discutido0 vouido no reuinao do tcrça-fcira. Dopois do o rc!atOrioscu aprovado 11:1 iorrna que a Comissilo Ihe dor, sordoniregue porn efeitos do aprovaçflo no Plonürio imcdiatamonte a seguir.
Corno VV. Ex” reparario, não terernos muito tempono niedida em quo é nessa sornana quo. em princIpio, ostrabal hos pa riamenta res torn i narilo. -
Ponso que see Ott! quo, no reunUlo da Comissao doierça-feira, discntarnos a publicaçflo das news (los trahaihosda Comissüo pant toniarmos inn (lecisno se devernos darpublicidade ou não a esse irabaiho. Alids, lombro quo, noquo rospeiut aos depoimcntcs das pessoas quo forumouvidas, sO unia dolas — o jornalista do Expresso — a quoainda flOO so pronuricioll a osso rospeito 0, portanlo, tot-se--á do 1hz perguntar Se autoriza a publicaçOo do soudcpoirncnto. Todos Os outros denim do antomao auto.rixaçflo, polo quo, na hipOtese do a Cornissao so pronunciarpolo publicidade, não earecernos do solicitor quaiquorauiorixaçao a essos dopoontos.
Penso quo so dove sublinhar, por urn lado, a volocidadocorn quc os irabalhos tivoram do ser realizados, o quo irnplicou sacrificios, orn particular, eta ro!ação as possoas quotivorarn do olaborar Loxtos, o quo, ainda por dma, face acompioxidado da rnatdria, significa, ofectivamento, urnosforço inporlante o, por outro lado, considerando quo so(rain do uma matOria corn urn certo niolindro e quo mexocorn a honorahilidado das pessoas, soria uma grave injustiçaquo a Assembleia näo lorminasso atompaclamonte QrolatOrio. Assim, penso quo podoronos dar por cumpridaa nossa missão so realizarmos esto projodto do trabalhoagora onunciado.
Julgo quo podernos assentar quo Lid urn consenso emrolaçao a esta matdria; já quo nenhum dos Srs. Deputadosaqui prosentes so manifestou noutro sontido.
Srs. Deputados, estd enoorrada a reuniOo.
Eranz 10 horas e 55 minutos.
Acta da reunião do B do Junho do 1991
o Sr. Presidente (Manuel dos Santos): — Srs. Doputados, temos quOrum, polo quo deolaro aberta a’ rouniäo.
Erarn 15 horas e 25 minutos.
o objectivo da primeira porte da nossa reunião do hojee procedermos a audiçao do assessor da Direcçao-Coraldos Contribuiçoos o Impostos rosponsdvc[ polo parecersobro o qual o SocreuXrio do Estado dos Assurnos Fiscaisfundamentou o sou dospacho do pordäo. A segunda pafleserO proonohida corn a conclusno da inslrução do inqudrito.
Putm informado do quo o dopoonto cuja prosençuroquorernos airavds do cat datada do 4 do Junho do 1991jal so enoontra no ediffcio da Asscmbleia do RopOblica,polo qtie brovemento ostard ciii condiçOcs do sor ouvidopola Coniissao.
Para eleitos do rogisLo, refiro quo forani disiribuidas asactas dcs dias 21 e 23 do Maio do 1991 e, juntarnontocorn a prirnoira das actas roforidas, cOpta dos parocorosdos Profossores Marcolo Rebelo do Sousa e Diogo Froitasdo Amaral.
Pausa.
Id so oncontra prosonto a possoa cuja prosença solicitOinos pam sor ouvida na rouniflo tIe hoje e no flinhitodo inqudrito quo esm Comissno ovenwal ostá a fazer aosalegados perdoos fiscais atribuidos ao Sccrotdrio do Estadodos Assunlos Fiscais, do [orma quo vot procedor emoonforrnidado.
Podia para fazor o favor do so idontificar o dizor qua! éa sua ocupaçflo actual.
O Sr. Dr. jodo Catarino (adjunto do Socrctdrio doEstado dos Assuntos Fiscais): —0 mon nonio comploto éJoro Manuel Ricardo Catarino e sou adjunto doSr. Socreuirio do Eslado dos Assuntos Fiscais.
O Sr. Presidente: — V. Ex. ostd a sot ouvido no dinbitodo inqudrito quo acaboi do rcferir. Os inquériiosparlamentaros são rogulados pola Loi nY 43/77 o, segundoo artigo do roforido dp!oma, “a torma do dopoimontosroge-so pelas normas aplicaiveis do COdigo do ProcossoPenal sobre prova tostemunhal>’.
Entretanto, no soquôncia dcsia cxp!icaçuo, porguntava-Iho so jura dizor a vordado e sO a verdado on rolaçOohqui lo quo ho for perguntado.
O Sr. Dr. joao Catarino: — Juro.
o Sr. Presidente: —0 sou depoimonto seal roduzido aoserito — a rouniOo osul a ser objecto tIe gravação — e serlhe-d enviada, no dovida altura, urna cópia pain quo
V. Ex.’ possa procodor a quaisquer oorrecçOes, quo ju!guoconvoniontos, do dopoirnonto. Por outro lado, nüo ostandoainda docidido, ha a possibilidado do os dopoirnontos o oirabalho floito no ãmhito da Comissão seroni t!ivu!gados.
Página 3
6 OF JULiO BE 1991
1
125
Isso depende do uma cleliboração quo tcrá do sor toinada
pela prOpria Comissno.Porgunlo-Iho so, no caso do essa doliboraço vir a ser
tornada, isto é, se a coinissüo deliberar divulgar o contoddo
integral das news quo brain produzidas no longo das
diversas sossöos do rrahalho quo jal so roalizaram o das
quo so vo roulizar, so opOo a divulgaçäo do sou dopoimeow?
o Sr. Dr. .JOBO Calarino: Nuo, nüo me oponho.
o Sr. Presidente: — Foiw osu int.roduçäo, perguntavaaos Srs. Doputados so dosojarn usar (Ia palavra exactwnonto
nos tormos o dontro do ãrnbito desta rounião — proceder aaudiçao do assessor do Dirccço-Goral dos Contribuiçoes
o Impostos rosponsávol polo parocor sobre o qua! o
Socreuirio do Esindo dos Assuntos Fiscais funda,nontou o
scu dospaoho do pordäo.
o Sr. Or. Joüo Catarino: — Goswva do corrigir o quoo Sr. Doputado acabou do dizor. Nab sou assossor da
Dirooçao-Goral dos ConiribuiçOes 0 Impostos. Erradarnonre,
ossa inforanaçao consul dosso durnonto, inas factos são
facws; sou adjunto do Gabinoto do Sr. Socroidrio do Estado
dos Assunws Fiscais, näo tenho nada a vor corn a Dirooção
-Goral das Contribuiç5os o Impostos.
o Sr. Presiclente: — Flea rogistada ossa oorrooção.Varnos ouvir o acijunbo do Gahinoto do Sr. Secrotário do
Estado dos Assunios Fiscais quo foi rosponsaivol polo
parocer sobro 0 qua! o Sr. Socrotrio do Estado dos
Assuntos Fiscais fundamornou o sou dospaoho do porduo.
Tom a palavra o Sr. Doputado HOlder Filipo.
o Sr. Fielder F’ilipe (PS): — Sr. Dr., quoro fazor-Ihonina pergunla prelimmar: aissistlu a algurna rounião om quo
ostivossem prosontos roprosontantos dat Corftrn ion Cainpos
o ou da Co]uloso do Caiina?
o Sr. Dr..Jo’: (;atarinu: — Não, nao assisti norn soise houve algurna rouniflo dosse tipo.
Acontooo, por votes, quo os adjuntos, os assossoros do
gabineto ostäo prosentos oin rounitios quo o Sr. Soorotário
do Estado marco; nossa. so so voriiicou, não osuvo prosonte.
o Sr. HClder Filipe (PS): — Como sabo, Ioi aquireforido por divorsas pessoas quo já ouvirnos quo toria
havido urna rouniño no Gabinoto do Socrotário do Esuido
ou nas instalaçOos da Secrotaria do Eswdo.Portanto, concluo da sua rosposta quo nab tovo
conhocimoaw noin ossisuu a tat rouniäo.
Concrotamonte, foi osto o pedido quo a Corárnica
Campos, atravOs do prosidoiuo do sua adminisl.raçflo,
Dr. Mota Figuoiroclo, lot ao Sooreuirio do Estacto. Tern
oonhooimonto disto, näo 6 vordaclo?
o Sr. Dr. .João Catarino: — Conhoço o toor dos podidosquo foram foitos.
o Sr. Hélder Filipe (PS): — Esto problorna so so pOeom rolaçtio ao conjunto do todos Os impostos, uma vez
quo a administraçao da Campos so propunha vendor a
ompresa a uma outra entidade, a Co]uloso do Caima, porque
não havia nocossidado do trahir dos impostos do todo esto
perIodo, urna voz que orn divida ofoctiva sO so oncontravam
os do 19R4.
O Sr. Dr. Joiio Catarino: — Conhoço ossa cir
cunstãnoia.
O Sr. 1-lélder Filipe (PS): —.— Tom tambérn conhocimonto
quo’ o pcrdão 6 podido porque a Colulose do Cairna sO
esuiria na disposiçOo (10 comprar a omprosa so cia nOo
((tivosso problornas corn o fisoo’>, so tivosso rosolvido todos
os sons problomas corn o fisco.
O Sr. Dr. Joan Catarino: — Kojo, tonho oonhociinento
disso.
O Sr. Hélder Filipe (PS); — EntOo, far-Iho-ia urna
porgunl.a muho conorota em faco dostos prossuposlos quo
acabo do roforir: corn ocrioza quo uirnbOm conhoco os dois
dospachos dados polo Sr. Socretdrio do Estacbo, urn,
localiz.ado no canto superior diroito da respoctiva foiha
orro, do 21 do Mob do 1990, otaro, segundo o quail so sugoro a nocessidade do LOcuicos avalizados do gabinoto procodoroin a urna nova andliso dos prosunçOos bitas p0105 tOcnicos vorificadoros do oontas do Avoiro. o Sr. Dr. .Joao Catarino: — Nao. Julgo quc foi poridonicos dos sorviços cehlrais de Lishoa. O Sr. Heftier Filipe (PS): —Tom, portanto, conhe cirnonto dostos dois despachos? o Sr. Dr. Jow’ Caturino: — Exucto! O Sr. HeWer Filipe (PS): — So o Sr. Dr. fosso o presidonte do consoiho do administraçao do Cainpos, vondodor da oinprosai, 0 ou da Caima, comprador, corno 6 quo intorprotava ostos dois dospachos? O Sr. Dr .joão Catarino: — Exacto, Sr. Doputado. o Sr. Heftier Filipe (PS): — No onwnto, conhoce perLoitamouto o podido quo a administraçiio (Ia Cainpos fez aSocrotaria do Estado. Concrouunonto, a CorOinica Campos, atravOs do prosidonto do suo adrninistraçflo, o Sr. Dr. Mow Figuoirodo, colocou 0 Socretaria do Estado a soguinte quosiño (ostaria donLro do vários considorandos —nu morados do I at 30 o qualquer coisa —, o quo nao intoressa para o caso): o oss000ia! do podido da Campos era no sentido do pagar todos Os unpostos em dIvida desde quoho fossern perdoadas as multas a quo o nio pagarnonto dossos impostos dava dircito, os rospoctivos juro.c do morn 0 componsatOrios. 0 Sr. Dr. João Catarino: —0 Sr. Doputado osbâ a pedir paru me colocar na posiçOo do toroeiros, não na ininha prOpria. Posso dar-Iho a niinha opiniOo pessoal, mas Mo podo 5cr, naturatmonto, a opiniOo dotos; a ininha so ostivesse no posição delos.A leitura quo liz do dospacho do Sr. Secrelñrio do Esuido porinite-rnc concluir quo a inarcadainonto transitOrio.Se fosse a administraçao da omprosa coinpnidora, certa monte quo não ficaria doscansado corn o toor do dospacho, uma vet quo nOo ostava assonto coisa nonhurna em tormos doEinitivos.Não ostava nom podia estar, porque a esmagadora maioria dos impostos quo, oventualinonte, orani devidos nOo estava apurada; osuiva o ano do 1984, nab os oulros,
Página 4
126 It S1RIE—NLMIe{O 5-GEl
tie forma quo o dospacho era pant o futuro, tinha o sentidodo t Julgo quo inc rorneteria a mosma posiçlio Sc [osso aadlnin[straçãO cia Campos; o despacho não é dolinitivo,logo, a siluaçäo não osth resolvida; asiA cm aberto excepto,evontualmonto, quanto ao ano do 1984, cujos impostoscsusr’äo liquidados, porquo a situação fiscal do contribuinteestava apurada sO nossos es.ritos limitos. Portanco, nurn caso ou noutro, a leitura quo faria eraoxactamonto esta — a situaçäo não esiA rosolvida, aquiloquo solicitäjnos, para jth, não foi concodido. 0 Sr. SocrctAriodo Estado dos Assuntos Fiscais dcspachou no sentido dooultos técnicos procodorcm a nova anáiise. o Sr. Hékier Filipe (PS): — No entanlo, o pedido daadniinistraçiio da Campos inclina-so mais parti aquilo quocu disso, porque roforo que pagariam os impostos roferontosa cinco aims o DUO SO OS do 1984, porquo so se reforisseapenas a 1984 a quantia em divicia era hem diforente. Quando so reforem a iodo o prazo quo ostava emanáliso os cinco anos subsoquontos a 1984— nUo ihopatoco iOgico quo as possoas possain concluir tO aquolo< o Sr. Dr. joilo Catarino: — Os contribuintos São livrosdo pedir o quo quiscroin o a adrninistraçUo fiscal, os podorespdhiicos, doforird ou nUo so o ontondor. A Cainpos podo tor folio urn podido roforonto a assescince anos, podc pcdir o quisor; o facto ë quo o Sr. Socrotdrio do Estado nüo podia dospachar cm tormos doiiniiivosuma coisa clue näo ostuva ainda assonto. Portanio, 0< o Sr. Hélder Filipe (PS): — Mas o docuinonto nUo soroloria sO a 1984 mas sim ii tctaiidade. o Sr. Dr. joao Catarino: — Sr. Doputado, tratava-so doiinpostos já liquidados, em divida; nUb ostava mais nadaCIII dIvida a FIUO sor isso. F note quo a iniormaçao nUO 6foiL pata font. mis sim para onlondidos, para us services,para pessoas quo ostUn habituadas a tratar situaçOosdaquelas — o brain inuitas, essa nUo [oi exciasiva —, quosahiam hem quo o quo osiñ iiqtiidado 6 o quo osul apuraclo,aquio tie quo so nuitlica pain pagamonto, aqu 0 quo estOem cliv ida. E uma divida tom do sor corta, I iqu ida ooxigivei; o dornais, amos apurar. O Sr. Hélcier Filipe (PS): — Sr. Dr., gostava do colocar-Ihe mais urna quostUo. Aprovoito par-a char o docurnentoda CorUrnicu Canipos, segundo o qual “nUb sc considcravaprocludido o diroito a roclamaçUo”. Entondiani quo, aposardo so prbporom pagac aquolos 182 000 contos e, para alOrndo perdUo das multas. dos juros do mom o componsatOrios,juigavam-so no cliroito do continuar a roclainar porquoconsideravam quo osse valor tinha sido caloulado porexcesso. Ao br aquolo docurnonto o o ciospacho do Sr. Sccreiiiriodo Estado, conciuo quo os dois tOcnicos da Dirocçlio-Goraldas ContribuiçOcs e linpostos são enviados porquo so (Azurn racioeinio dosic gdnoro: quo osta omprosa dova (amos impostos. Talvoz aquelestOcnicos tonharn foito uina avaliaçao cm exoosso, uma vexquo so tralava do uma prosunção o, portanto, you enviaroutros técnicos para x’or so, roalmonto, presumorn valoresinberioros”. Foi isto quo aqui foi roltrido polo Sr. Prosidonto daAdministraçUo da Campos e polo prosidonto cia administraçUo da Cairna, emprosa coinpradora, o 6 isto que euprOprio conoiuo ao icr OSLO ciospacho. o Sr. Dr. nUo concluiria do forma somoihanto a osta?Quor a sua rosposta seja positiva ou nogativa, gostava quooxplicitasso as suas razUes. 0 Sr. Dr. ,Joao Catarino: — A sogunda fisoalizaçUo,corno o Sr. Dopulado dove sahor, acabou por concluir queo valor om tlixida era superior Uquele quo a primeirafiscatizaçao Linha apurndo. 0 Sr. Hélder Filipe (PS): — NUo, isso voio a verificar-so postoriormonto. O Sr. Dr joUo Catarino: — Exaowmonto Portanto, nUboomprccndo como isso podo constitiur urn probloina —podia sor mais, podia sor monos, podia ser o mosino. Veioa vorificar-sc qua, inclusivamento, a primeira fiscalizaçUotinha prosurnido por baixo a quo os critOrios corn base DOSquais cia tinha feito a prosunçUo nUo cram os inais fiUvoisporquo pogou numas tanlas facturas do urn trimosiro, numastantas tie attIre a fez, a media. Esso nUo C urn critdriocorrecto c, como sabo, a segunda fisoalizaçUo utilizou cr1-terms mais objectivos o, porlanto, chogou a valores divcrsos; so loram superiores, infcriores ou iguais, isso 6irrclevantc. 0 Sr. Hélder Filipe (PS): — Ate conciuiu por urn valordo matCria coiootUvcl superior cm corca do 12000 contos. O Sr. Dr. joUo Catarino: — Exactanientc.o despaolio do Sr. SocrctOrio tic Estado protendia chegar U verdacio porquo a face dos elemontos quo tinharuos noprocesso não era crivol quo a actividade daqucia oinprcsapudosso gorar aquelo (luxo financciro. F posse referir-iheit) ou 12 lactoros quo demonstrarn. O Sr. Hélder Filipe (PS): — Acrcdito quo o Sr. Socretário do Estado quisosse apurar a vordado e ate so apuroaquo havia 12000 contos a mais do matCria colcctAvci.Tarnbdm juigo quc podiam icr sido 12000 contos a monos,issoC irrolovanto. 0 quo é importanto é quo ossa parte dodospacho do Sr. SccrotUrio do Estado, do ;neu ponto dovista — c gostaria do saber qual a sua opiniäo —tern aver corn a matCria coloctévol o nUo oom o pordUo dasmultas, juros do mora o coinponsatOrios, porque ossoclcspacho sO so rebcre ao imposto a apurar. Na pane rolativa U matCria coicctAvol do dospaoho— robiro-me ao canto superior direito da folha —, conciuoquo o Sr. Secreurio do Estado aceita o pordUo das inultas,dos juros do inora C comjwnsatOrios, cmbora admita numdospachodifcronto — supomos quo do inesmo clia, porquotorn a mesma darn — quo a matCria coloctAvcl possa tarsido inal oaiculada, porquo, quanto U questUo do pordilodas muitas, juros do morn 0 conipensatOrios. nUo haviadOvida nenhuma, ossa ques[Uo jU eslava portoitamonteassento.
Página 5
6 LiE .IULHQ) bE 1991 127
O Sr. Dr. Joao Catarino: — Náo partliho dessa opiniflo,Sr. Dcputado. Urna coisa 6 indissoeiávcl da outra, a rolaçflotributária 6 sO uma; o quo temos sao virios impostos.Tcmos urn sujeito passivo e urn sujcilo activo na rclaçäojurIdica tributária e estarnos a apurar a sua situaçäotrihutária de diversos ângulos. Podem ser impostos, juros,rnultas, mas nflo 6 po.ssivcl dissociar urna coisa cia outra;nño ha matéria colcctãvel scm havcr imposto e aflo hataxas scm o rpsto — faz tudo pane do urn Lode.
Ponanuj, julgo quo o dcspacho niio tern ossa dicotomiado regimes, flflO so podo dizer quo. par urn lado, deterrninada situação ficava assonte e quc, per outro, näo ficava,
Alias. isso scria o niesmo quo dizer quo o Sr. Secrctáriodo Estado tinha dospachado no ar, porquc so a matOriacoiccuivol näo ostava apurada, Os irnposLos tamhãm nflo oestavam c näo cstava apurado, soquor, so havia neccssidadedo recorrer ao grupo B ou A da tribuiaçäo. Sc a inatdriacolcctávcl nib oscava apurada, oncflo, tambdrn nub podlamossaber qua! era a modida da responsabilidado do contribuintenas dificu!dacles quo iriamos [or nesso apuramento; so ainaLOria co!octável nib ostava apura1a, nile sahiainos so osjuros o as respectivas multas cram ou nib devidos. Näosubiarnos nada disto, togo, näo podfamos estar a despacharno ar.
Poruinto, Sr. Deputado, a rninha leitura 6 diForeine dasua porque ama coisa no pode ser dissociada da outra.Quando 0 Sr. Sereio de Estado exara urn dospacho 0depois outro, des vatern come urn todo o näo dcixa do serurna situação transitOria — “varnos ver moihor o quo 6 quoso passas.
O Sr. Presidente: — Torn a pa!avra o Sr. DcpuuidoOctavie TeIxcira.
O Sr. Octávio Teixeira (PCP): — Sr. Dr., gosiava docoinoçar per the perguntar o seguinle: para a elahoraçfloda sua informaçào nY 162/90, quo otementos consuttou,pam atOm do requerirnonto aprosentado pQ!a ompresa?
o Sr. Dr. joão Catarino: — Consuttci 0 Oltirnoroqucrimonto Wa emprosa, horn corno todo o procosso quotinha sido romotido, enirelanw, para despacho.
Coino dove saber, ha processes muito votumosos quo,portanto, nao sobem corn essa configumaçibo — quando terndo subir — a aprcciaçüo do Sr. Secreiñrio do Estado. Ncssescasos, elahora-so urn ro!atOrio sinteso quo resume a razüodo ser daquito quo so propOe.
TainbOrn tinha osso rc!atOrio smntosc olaborado petossorviços do Aveiro quo tinha passado petos scrviçosceiitrais; tinha uma iniorrnaço dos serviços do justiça fiscalo o Oltimo requcrirnonLo quo tinha dado cnLradaroconternento.
o Sr. OctOvie Teixeira (PCP): — Qual foi o exudeâinbito o conteOdo da proposta quo o Dr. Catarino apresenteu desta inforrnaçao?
O Sr. Dr. Joan Catarino: — Da minha proposta, nãodossa inforrnaçao. a toitura dos clomontos, constatci quoosuva apurado o ano do !984. Os anos do !985, 1986 c1987 estavam cm aberte, do lorma quo o quo propusresume-se ao anode 1984, aos impostos tiquidados. B mais,cu próprio tambOin send quo, quanto aos zinos seguintes,alguma coisa não estava born, unto mais quo no Jim daminha informaçao sugiro veja-se, jà agora, es anos do1988 e do 1989’>.
H makes factores quo me lovararn a pensar 1550 e quo,dopois, vicrarn a comprovar-sc. Nib era crive! quo, perexemplo, aquela empresa [vesso a rentabitidado demonstrada; dopois, o prOprio retatdrio era omisso porque nãoexpticava como é quo os services consoguiam estahebecera paine entro as comas quo tinham enconLrado e a dircunstänciu do ossas contas dizororn rospeito a vondas pertorn da empresa.
A situaçiio do uma empresa quo paga o dobro ou o tripledo quo paga o conjunto das 200 c muitas empresas quoconslitucm o sector, cm 1984, näo era crivel. E, so a nossamemOria nib nos atraiçoa, 1984 foi urn ano pOssimotivomos ta!vez uma inflaçao na ordom dos 30 e tat porconto, o sector do barro viveu os anos quo conhocemos.Lembramo-nos disso se nos csforçarmos urn pouco.
Portanto, nab era crivo! quo, num quadro ecoridmicodaqucles, a crnpresa sobrossaisso da media. Ou Os eutrosgostoros näo cram nada do joito ou aquctos cram geniais,no quo nile acreditoi. Assirn, julguci quo não estava bornfundamentada aquela iinputaçäo do dinheiro das contas dasvondas por bra, razibo per quo, para akin do apuramoutoquo estava a sor foito relativarnente aos outros anos, aindapropus ‘ O Sr. Octâvio Teixeira (PCP): — Cencretamente, o quoé quo prepOs c qua! hi o flinhito da sua proposta? O Sr. Dr. Joo Catarine: — Proponho que, rotativamonte ao ano do 1984, so accito aquilo que a omprosaqueria pagar; sabia quo era muito mais do quo o dovidenaquele ane mas, corno sabe, a figura (to pagarnonto porcoma existo. Os eutros anos oslavarn cm aberto, não faziama! o Linde recebor par conla. Note quo, quanto ao ano do 1984, Os juros e as inultasnile ostavam apurados, inas, tratando-se do dividarcspeitanto a imposto do transacçOos, era crfvcl quo ainfracçao estivosse amnistiada ae ahrigo da Lei n.9 16186,born come os respdctives juros. Portanto, o quo so propôs Ioi muito pouco, come vC.A informaçao não tom 0 atcanco quo Iho querern dar. o Sr. Octávio Teixeira (PCP): —Nile mc roliro aoalcanco quo Ihe quorom dar, mas no alcanco quo iho dou, o Sm; Dr. ,Joáo Cataririo: —0 alcance fei esse c nileoutro: ane do 1984, impostos em divida, james o inulta.Esso foi o mou prossupeste, ombera nab o tivesse dito etalvo,. e ddvesse [or biLe, mas falava para enundidos. O Sr. Octávio ‘t’eixeira (PCP): —0 Sr. Dr. Cai:rinodiz quo e Ornbite da sua propesta 6, per urn lade, relativeexeLusivamonto ao ano do 1984; per outro lade, propOo opordue de multas e jumes scm qualqucm condicionalismo. O Sr. Dr. joão Catarino: — Sim, mas isso 6 inOcue. o Sr. Octávio Teixeira (PCP): — Mas propOc eu näepropue? o Sr. Dr. Joao Catarino: —Prepenhe, estA I oscrite.Note, isso 6 inOcue come, alias, agora sc voio a verificar.A infracçao estava M muite amnistiada, nile ostava a darnada a emprosa. o Sr. Octávio Teixeira (PCP): — Mas e Dr. Calaminetorn per háhite, nas inforrnaçcs quo passa ae Sr. Socreuiriedo Estade dos Assumes Fiscais, considorar aspecLosinOcuos?
Página 6
128 II SIRIE — N(JSIERO s.cici
Q Sr. Dr. Joio Catarino: — Trawva-se do roforçar, nflovejo qua! a o problema em considerar OSSOS aspectos.
Já relori quo estava a lalar pant entendidos do formaquo era pressuposto quo o Sr. Secretrio do Estado tambdmsoubesso quo infracçOes do 1984 cabiarn — ou caberhun,porquo T1IO Sabiaflios qua! era o rnontanto da multa aaplicar— no ãmbiLo da Lei n7 6I86.
o Sr. Octávio Teixeira (PEP): Estava a Mar paraenlondidos, designadarnente para 0 Sr. Secretá.io de Estadodos Assuntos Fiscais, quo, provavolmento, quando Livossodo dospachar, teria peranro si a sun informaçao o orequeriinento do empresa.
o Sr. Dr. joao Catarino: — E tainbdm todo o procosso.
o Sr. Octávio Teixeira (PCP): — Admito quo, quandoo Sr. Secroiário do EsLdo clog Assuntos Fi.scais pode a urnassessor do Gabineto para fazer uma informaçflo, protondeOvitar quo ole, prOprio, tc.riha do icr todo 0 procosso.
o Sr. Dr. .Jodo Catari no: — Exacto.
o Sr. Ocidvin Teixeira (PCP): —0 requorimorno daenipresa, quaiido so refere aos impostos cm divida,expressamonte inclui —. e o probierna, agora, näo a o dobayer ou não urn lapso juridico na exposiçiio — nio so ouno do 1984 como o imposto do transacçOos do 1984-1985o o EVA dos anos do 1986, 1987 o do 1988. E a nostepressuposto exprosso quo a omprosa solicita o pordio.
O Sr. Dr. Catarino, quando fax a sun iniorrnaçao paradospacho (10 Sr. Secrohirlo do Estado, considera quo soroporta a 1984, mas acha desnocossairio dizor aoSr. Socretário do Estado quo so e relativa no anode 1984,aposar do a emprosa so reibrir a todos OS LulOS.
o Sr. Dr. joo Catarino: — Li porechi. Acoito,Sr. Depuwdo quo a ininha informaçao no osteja talvezsuficienternonto clara a osso respoito, pode havor uma faihaminha. 0 raciocfnio foi feito, não 0 oxpressoi. Concordoquo baja al tirna falha, quo dovosso icr duo evontualmonte“atonçflo, isto a 1984>>; a soguir a cirnpbstos em dlvida”clovia [or posto 1984> 00 tor oscrito inais qualquor coisaquo ü denionsuasso coni major clarividência. Nao 0 fjz,do facto. Mas, paroce quo isso nflo obstou a quo oSr. Sccrouirio do Estado ordonasso urna nova IiscalizaçLio.
o Sr. Ootávio i’eixeira (PCP): — Por outro lado, aindasobre osta matdria, sondo esta inforniaçao (em tormos doproposni) oxciusivamcnte segundo doclara — rolativa noano do 1984, depois no panigrafo final o Sr. Dr. micro 0seguinte: cm vista It arrccadaçao do impostos quo somostrern ainda dovidos proponho quo so elective a fiscalizaçuio dos anos do 1989 e 1990>;.
SO considora possivol bayer impostos dovidos para 1989o 1990, uflo considora bayer para 0 poriodo do 1985-1988?
o Sr. Dr. Juno Catarino: Nüo d born isso, Os anosdo 1985 a 198$ ostavarn em ahono. Do forma quo acheiquo pain aldrn disso soria ÜtiI vor 1989 o 1990. Isso eraurn dado adquirido que nO valia a pona ficar oxprosso,cS[ava ciii aberto, do facto. Porianto, considoroi quo alOrndisso doviamos vor ainda 1989 o 1990. E tiio-sO isso.
o Sr. OctAvio Teixeira (PCP): — Urna outra questào,Dr. Catarino. A dotorminada altura Ha sua in[orrnaçäo
rofero-so: doinonsiiandoso quo a osmagadora rnaiorja dosmontantos orn divida so roportani a gerência antorior, etc.,>.Code 0 quo foi doscobrir quo os rnontantos orn divida soroportavarn a uma gorência anterior? E quo gothncia eraossW?
O Sr. Dr. joao Catarino: — Sr. Doputado, penso quoisso resulta dos requorirnontos da ompresa. Diz-so Ia quoa actual administraçäo [mba adquirido a emprosa cm 1984Cu 1985, no sei muito born, mas tinha sido adquirida.Portanto, roportavarn-so iiocossanarnonto a uma gerëriciaanterior.
O Sr. Octâvio Teixeira (PCP): — Mas o relatOrio dosSon’iços do Fiscalizaçäo do Avoiro mostrava explicitamontequo näO havia ama continuidade do urna empresa para ao u Era.
O Sr. Dr. .Joao Catarino: — Na aliura nao me apercebidisso, Sr. Doputado. Pant mim as duas omprosas foramsompro urna sO. Tanto mais quo, no procosso quo tinhasido onviado o rolativarnento aos anos do 1982 0 1983,ponso ou (nao sei so adO 1981), vinham uns relatOrios doconsolho do adrninistraçio aos sOcios cia JcrOnimo PoroiraCampos & Filhos. Nao me aporcohi, do facto, nossa alturaquo cram duas omprosas.
O raciocinio quo lb. foi esto: a JorOnimo Peroira Campostrazia projuizos acurnulados, era urna omprosa osirutural—inonto doficitária (tinha problomas ostruturais, isso ostá ateuos roqucritnontos) 0 ii as coisas o entondi-as como so aJorOnimo Poroira Campus tivosso sido adquirida como urntodo por ossos novas administradores. EvcnLualmcntealterando a sua firma, a sou nomo social. Pant mirn era amosina ernprosa, näo oram duas. Tanto mais quo, havondoprojuizos do anos anterioros (tainbOni liz csto raciocinio),inuitos doslos projuizos soriio reportados. Estos irnpostosquo liquidarmos näo ser\o pagos.
0 Sr. Octdvio Teixeira PCP): — Mas ha-do convir, quopolo mcnos a posleriori afinal a situaçio näo era ossa.
O Sr. Dr. Julio Catarino: Niio era ossa do todo.
0 Sr. Octávio ‘leixeira (PCP): — Na aitura terd sido..
o Sr. Dr. .Joao Catarino: — Fui lovado a
0 Sr. Octâvio Teixeira (PCP): — Tord sido analisadoo procosso cia Dirocçflo do Fiscalizaçflo do Avoiro sorn oda
- a profundidado?
0 Sr. Dr. João Catarino: — Exacto. Note ai,Sr. Doputado, quo flu primoira pOgina da ininha inforrnaçflo — Lalvoi. a moio — ou Gigo: qualquor coisa“adquiriram a omprosa>>. Sensivolmento a moio dopois riourn parligrafo, na primoira iinha. <
On born, para mini a cnipresa tinha sido adqurida comourn todo. H quando so adquire urna ompresa tocla adquiro
o activo c o passivo, nuo a?Aiinai, a roalidado näo era ossa, mas no oxtraf isso do
rolatOrio quo [mba. Porquo era urn relatOrio sIntose e ajudouainda mais a essa confusHo o flicto do taxer clomontos doJorOnirno Poroira Campos & Filbos. Sc a JorOnimo Pereira
a Campos & Filbos era outra emprcsa, o quo oslava ali aquilo-- a fazor?
Página 7
6 HE .IULHO D 1991 129
o Sr. Oetávio TeiNeira (PCP): — Mas para aldm dorelatOrio e smntose, disso ha pouco quo iinha ox outrosrolatórios todos.
o Sr. Dr. Jono Catarino: — Nào. Tinha urn ro]atOriosIntese e tinha inforinaçOes foitas — a inforrnaçao dosServiços de Jusuça Fiscal. 0 quo so trazia do Avoiro eraurn rolatOrio sInLose corn anoxos. Ter hi essex anoxos ouicr os do outra qualquor emprosa d inOcuo, max as [irmascram semelhaffios 0 liz. coniusào elecuvarnente.
o Sr. Octávio Teixcira (PCP): — Unia outra questäo.o Sr. Dr. quando fat osw intorrnaçiio tern plena consciênciadaquilo quo a.ornpresa reforo, quo a o problerna da nocessidado do resolver essa questo pam poder later a alienaço. 0’! mrllior. os p,orriri:irin ‘is empress qiiantlofl-c,,,- i,.i,i’i’,i U,coiiWçio pain podcreiii lai.cr a aLiciaçao 0 pci 1550 Scpropoen lain o p-agamonto, eie, dc.
O Sr. Dr. jo•’ Catarino: — A empress queria resolvera sun siluação fiscal p;ira ioder indar,
o Sr. OcIi to Tcixeira (PCP): — Tinha coiihccirncrito(10550 facto quando fez a iuforiniçao?
O Sr. Dr. Joäo Catarino: — Tinlia conhcciincnto quoa cinpresa qiteria resolver a sun siluaçao fiscal, nlo r000r(loagora so era mesmo pam alienar, so Till). I Ii niuitos factosqu VI Cram p0510 rinrinen Ic no iii oii cool cci LTIOTUO. S tbn,do laclo, quo a enipiosa quoria rosolvor 0 SOil passivo fiscalpara...
O Sr. Octi Sin Icixeira (PCP): — Pam ser alionada?
O Sr. Dr. ,Joao Catarino: — No Tile recordo, Sr. Do—pu lado, so era pam al icnar so ii]o, sahia q Lie cIa...
o Sr. Oclávio Tcixcira (PCI’): — Sr. Dr...e no sabiacomo a quo so expt ca quo na sun nlhrrnaçflo diga, ad otorni in ada a] Lu ia, quo: . . so tin Li (IC Ti fl a un i dade va I it Incuja alicnaçno o integração no [...] emlrosarial tori rofloxospositivos part a [... I da omprosa, etc
o Sr. Dr .jüãø Catarino: — Dissc quo no ne torn—brava, cntEio sabia polos visLos.
O Sr. Ochjvio ‘I’eixcira (PCP): — Polos vistos sahia.Nao loni diiicultlado em, dopois do llio or sIc, quo naalimia sabja?
O Sr. Dr. Joüo Calarino: — AfiTlal sahii.
o Sr Octávio icixeira (PCP): Para ab5m ciaelaboraçflo desci iniorniaçiio cp.io oimiras iiitorvençOcs Levenosto proccsso?
O Sr. Dr bun Calarino: — Mais nenhuma.
o Sr. Octiivio ‘I’cixein (PCP): — 0 reqtierimcoto sobroo qua] elabora a sua inlorTnaçao ë 0 torcoiro roquerimontoda empresa. Nos clois antoriores o Sr. Scrouurio dc Esladodos Assuntos Fiscais (SEAF) dospacliou os requorirnontospam a Direccuo-Geral (las Contri bti içOes C Impostos,Concrolainonto para Os serviços do fisealizaçao. Quo razfloonconima para quo oslo tercoiro requcrirnento nflo Lenha
seguido aquilo, quo ponso sor o porcurso normal — maspolo monos era o porcurso quo tinha sido soguido pebosoutros dois roquerimontos — e tonha sido onviado pam oadjunto do Gabinote do SEAF?
0 Sr. Dr. Joao Catarino: — Ponso quo existirao duasrazOos, por aquilo quo conheço do Gabinete. Primeiro, orequerimenw näo diz muito mais do quo Os outros játinharn dito o, segundo, as informaçOos do sorviço jiostavarn dadas, e o proeosso estava já pam sor dospachado,pam vir para o Gabineto. Do forrna quo não havondo nada(10 novo, oti estava jd na posse do todos as inlormaçoospolas quais entendi quo nab vatia a pona remoter do novoaos sorviços puma dizorem o quo já haviatn duo. Foi porisso quo nflo baixoti, isso acontoccu corn osse roqucrirnonloo aconteco corn niTTilos outros.
- 0 Sr. Octávio Teixcira (PCI’): — Uma nltirna quositlo.£ normal, em torrnos do capacidndo do Gahineto do SEAF,urna informaçao quo é datada do 17 do M:mio [or unaanouiçio claborada passados quatro dias, no din 211
o Sr. Dr. Joan Catarino: — Nan VOJO natla (10 ospocinllasso, Sr. Deputaclo. Doixe-mo sO dizor-Iho uma COlE...
O Sr. Octâvio ‘l’eixeira (PCP): — 0 traballio quo passapolo Gabinote nao a assim muito oxcessivo?
o Sr. Dr..()() Catarino: — 0 traha ho é nim,ito, nOs équo trah&mlhamos dire as nove da insulin o tat voz as noveC iflC a. dcx, cIa noile, todos ox (las.
0 Sr. Preshlen te: — Toni a pa]avra 0 Sr Depu adoDorninguos do Azovodo.
0 Sr. AntOnio Dorningues do Azevedo (PS): — Sr. Dr.,permita—rno quo Ihe Pça unia porgurna tim pouco ind’scrci;u.A formaçao do V. Ex.’ (5 tIC (riO area?
0 Sr. Dr. Jojin Cat a rum: — J uridica.
O Sr. AnlOnio Doniingues de Azevedo (PS):Juridica, intilic) born. A pcrgunta forinulad:m polo non cologa(Sr. Doputado l{dIcler NI ipo) do so V. Ex .a inliacon hoci men to do alguin as di Ii gënc ins da Cam pox, n aqtialidade do prctensn al ionante, o da Caimna, na (10 pretensocomprador, ofecumadas junto do SEAF quanto a so]uçaodeste assunto. so a momOria näo mc atraiçtia. V. Ex.respondcu quo ...?
O Sr. Dr. .Joao Calarino: — 0 probleina da venda?Ti nba. Está cscmi to na in i nba in forrnaçiio, Sr. Do pt! adoquc a Carnpos preteltdia al boar a empress ou ostava 0-nicurso tim procosso closse tipo.
O Sr. AntOnio Domingues do Azevedo (PS): — Pcço—l he i mensa (loscul pa. Tin ha conhec I mcii tos ou no doddmarches efoetuadas jtlnto do SEAF pola Cainpos,ornprcsa procensa alionanto, o pola Cairna, pmctensa adqu imenlo cia ornprosa Carnpos. E quo nLlo é a mesina porguntaquo the Form u hiram.
O Sr. Dr. Joao Catarino: — Tinlia eonhocimonto do (limeestava din curso urn processo polo qual tuna empress ttucmiacomprar outma. Junto do SEAF nib unlia pomquo, echorespond ao Sr. Deptitado Héldor Filipe...
Página 8
130 II SERIE—NCMERO 5CEI
o s. Antonio Dorningues de Azevedo (PS): — Naotinha conhecirnento do quaisquor ddnarches junto doSEAF?
0 Sr. Dr. jo’o Catarino: — Nao.
o Sr, AntOnio Donihigues de Azevedo (PS): —Sr. Dr.,comparando 0 dltimo roquerimento cia Campos, sobre quoVY. Ex.’ so prorlunciarn, o a argumentaçäo produzidasua informaço Nd uma coisa quo mc chama a atenção.E quo o Sr. Dr. dix assim: cc. seja como for, Lendo surgidoa oportunidade do proccder cm terinos vantajosos ...>. Onde6 qUo o Sr. Dr. vai buscar esta qualilieaçflo?
E quo nao nos surge em comparaçao corn 0 roqucrimenlo da Campos, V. Ex.a nab sabo sod ou Mo vantajoso,a Campos dix quo precende alionar. E o Sr. Dr. inu-oduzna sua inIorrnaçflo oslo eleincnto, gostaria do saber comb6 quo adquirc oslo conhecimento. Nao sabe Sc a Camposvai vender por mais OU Sc vai vender por nienos, como 6quo adquiro esso conhoc.irnonio dc QUO C vanlajoso pam aCampos procodor a alicnação?! Gosiaria dc ouvir 0 Sr. Dr.(Jun10 ti i 550.
o Sr. Dr. Jodo Catarino: — Sr. Deputado, cu prossuponho quo é vantajoso, ningudin fax. urna vonda ruinosa.
o Sr. AntOnio Domingues de Azevedo (PS): Sr. Dr.,peço-lho irnensa (lesculpa, ha casos cm quo so fazorn cornprojuizo.
o Sr. Dr. Joan Catarino: — ivias Mo 6 rulilosa.Ha vondas quo Sc fazon corn projuuzo para ovitar urnproluizo maior, por oxemplo. o isso 6 vantajoso.
o Sr. AntOnio Dorningues do Azevedo (PS): —0 sculorrno ccvanlrjoSO>> ncslo contoxto (loixa-ino algumasddvidas, so mc ponnito a ininha in[crprolaçflo. Lcndo oson paroccr ye-so quo V. Ex.a lundamonta -toda a suaargumenlação cal lrCs grandes droas. Urna primeira 6 dotipo financoiro, a clue me surpreonde tondo V. Ex.a urnaformaçao juridica, quo faça andlisos do tipo inancoiro pamfundamontar a sun i nforrnaçao. Uina outra do tipo dogeslão. E uma lorcoila dc avaliaçao do nogdcio a executor,como jd disso, cm tormos vantajusos.
Mas hd uma quostflo quo considoro oxtroinamontoimportanto c quo gosuiria do INc colocar a scguir. Dix nosou parocor: cc... scm projuizo do diroito do rcclamaçflo,soja exccpcionaimonto autorizada a ofoctuar do pronto opagamenlo da totalidado dos imposlos cm (livida dosdoquo...>> — c csta é a sun infdrinaçao, scm condiçao, oniondamo-nos, nao ha aquk nenhum mocanismo do salvaguardapam a condiçao — cc.. seja lovada em coma a quantia pagado urn rniliiao c dezoLto mu oscudos, sojam pordoados juroso mulias, sojam cxtintos Os p10005505 do oxocuçäoinstaurados e lovanladas as aproonsoos do hens paragaranlia, Sc Mo considoro prooludido o diroito do roclamarcontra as uixaçocs ...>> E dopois a lonTuinar a sua infermaçflo, roparo, scm pOr cm ddvida o quo airds afirma, dixassim: cc,.. cm vista a arrocadação do impostos ...>>.
0 Sr. Dr. não pOe om ddvida, nom ontro parCntcscs, 0quo airds afirma. 0 quo aqui (loixa 6 o soguinto: — Mo quanto as rnultas nom quanto aosjuros, mas aponasquanto h (Iotcrminação do iinposto — e di-lo lcxtualmcntc: o Sr. Dr. Joan Catarino: — Esul no scu diroito. o Sr. AntOnio Domingues de Azevedo (PS): — Mo 6tanto assim. Os juristas Mo são tao linearos como isso, soInc porin ito, polo nones quail to as mu I Las ô I quido quonãe podia fazcr isto. Mo loin fundamonwçao legal; quanLoaos juros tornos ddvidas, ha antoros quo dizom urn coisa 0autoros quo dizorn outra. Mas gosLaria do saber cxactamontoqual o sontido, ncsta dltima fraso do su parceor, porqucMo intorcala aqtu uma salvaguarda do tornar inolicaz o quoatrds pordoa? O Sr. Dr. Joan Catarino: — Sr. Doputadu, constatci quoa cmprcsa dovia muito inonos do quo aquilo quo sopropunha a pagar. Na data om quo Ii, essa nola Os valorosc-in divida cram muito inforiorcs ao montanto quic a empresaso dispunha a pagar. E alO mc parcccram oxagorados osvaloros aponLdos pc-Ia omprosa. No onlanto, 0 ii cautola,proponho quo so rocoha aquiio quo cia quor pagar, cmhorasoja muito superior. O Sr. AntOnio Dorningues do Azevedo (PS): — Mas iicaulcia, quanto aos impostos, nflo quanto as multas e aosjuros? 0 Sr. Dr. Joilo Catarino: — Roparo, Mo posso proporo perdao do uma coisa quo Mo ostava fixada, Sr. Dopucudo. o Sr. AntOnio Dorningues de Azevedo (PS): — Mo,pcço imonsa dosoulpa... o Sr. Dr. João Catarino: — Dosculpe, não posse. 0 Sr. AntOnio Domingues de Azevedo (PS): — Poço-llio iinonsa dosoulpa por 0 inlorrompcr. Entilo, 6perfoitamonte aloatOrio tudo o quo dix. para Lrds? Estopcrdflo, quo dix quo dcvo sor concedido, Mo loin quaIqucrsotiLido! - 0-Sr. Dr. Joan Catarino: —Eu rocordo quo me reportoao ano do 1984. 0 Sr. AntOnio Doniingues de Azevedo (PS): —Poço-Iho iinonsa dosculpa, V. Ex.’ cliz: cc.. c - so efeotueflscalixação do 1989 o 1990...>> Atd aqui esquoco algunsanos que dcpois a fiscalizaçao vai efoctuar. 0 quo Ihe cstoua porgunuir 6 exactarnonte isto — qual o sontido em quocoloca aqui esta fraso? E Mo mc diga quo é inelicax 0
Página 9
6 DE JL’LI-lO DE 1991 131
quo disso pm-a trás, porquc cnLflo torn do considerar inc[icaztoda a sua inforrnaçflo. 0 quo disse pam Lrás está duo,Corn concisio, cstá duo scja cxecpcionalrnento autorizadaa efectuar do pronto a tolalidado (los impostos on’. dividadesde que ...>, e as condiçocs siio estas: “seja lovado emcoma a quantia do 1 018 0925, sejarn pordoados juroso multas...>> Está OseriLo, está aqui e näo podo icr outrainterprotaçäo a niTh ser aquola quo aqui esul oscrta — quosejam perdoados. A pergunta quo the [aço 6: qual 0 sontido
da pane fitial da sua informaçao? Tern corno objectivorover aponas 0 quanulativo do ituposto em dIvida?
o Sr. Dr. Joäo Catarino: — A minha inlorrnaçãoroporta-se ao ano do 1984. 0 quo al proponho 6 quantoaos impostos quo osiavam efectivarnente em dIvida, essaexpressão näo podo icr outro sentido quo näo esse, certo?
o Sr. Antonio DonhingLies de Azevedo (PS): — Born,so mc perdoar, näo 6 tilo certo quanto isso.
o Sr. Dr. .Joao Catarino: — Quanto quilo quo aerupresa quoria entregar, cu thssc: “aceite-se aqudo quo aompresa quer ontregar ...>
o Sr. AntOnio Domingues de Azevedo (PS): — Logo,o pordao.
o Sr. Dr.j()) Catarinu: — Nio, acoite-se aquHo quoa omprosa cluer on(rcgar, quanto ao flats varnos ver.A minha inforrnaçoo não reporta aos ouuos anos,Sr. Dopuindo. Tudo o quo aqui ostñ escrito não roporta
aos amos do 1985, 1986, 1987...
o Sr. AntOnio Donungues de Azevedo (PS): —Sr. Dr.,perdöo-mo, vamos ontondor-nos quanto a isto. V. Ex.’
produx urna inforrnaçao coni base nurn requerirnonto quo
Ihe 6 folio pela Cerfllniea Canipo5. E ou nao?
o Sr. Dr. Joüo Catarino: E vcr(Iado.
o Sr. AIItOnio Doningues de Azevedo (PS):A- omprosa Corâmica Campos dii.-lho toxtualinente isto:
“p rod ispomo—nos a pagar os I m p05105 quo forarn
deternilnados pola fiscalizaçflo do Aveiro dos anos do 1984,
1985. 1986, 1987 o 1988>>. H kio quo div. 0 roquerimcnto
da Cam pos?
0 Sr. Dr. joilo Catarino: — Sim.
o Sr. AntOnio Di;mingues de Azevedo (PS): —E V. Ex. produz uma informaçño acorca do roquorimenio
da Campos, 6 SSO cu nab?
O Sr. Dr. jo’io Cutarino: — E isso. Mats, roparo, aminha inforrnaçflo versa sobre impostos apurados.
Sr. Doputado, desculpo, ost al escrito. SO iltou dizer,
ano do 1984. E isso quo ost al.
O Sr. AntOnio Dorningues tie Azevedo (PS); — Nño 6
convinconto. Uma outra quostiio, Sr. Dr.
o Sr. Dr. Joijo Catarino: — Sr. Deputado, ontilo, para1550 SC tornar convincento na sun perspoctiva, quanto absirnposws cm divida sO faltou por ai urn parntosos o dizer;1984. Sá faltou isso
o Sr. AntOnio Domingues tie Azevedo (PS): — Sr. Dr.,posso fazor-Iho urna porgunta muito rapidarnonto?Considera ontao V. Ex.’ quo o dospacho do SEAF ealoatório? Isto 6, 6 urn despacho quo não tern fundamentaçflo, porque os impostos nflo estào fixados, nao ternsontido o dospaoho do SEAF.
o Sr. Dr. Joño Calarino: — Tom sentido. 0 SEA.F diz:l984 nao llio podernos moxer, mas nos anos aritorioresnäo me conformo, enfiln, nao ostou do acordo corn osvaloros quo estüo aqui apontados, porquo ontendo quo nflosao razoávois, logo vamos vor do novo>>.
O Sr. AntOnio Domingues de Azevedo (PS): — Emtorrnos do dotorminaçao do malaria colocuivol, qual era asua convicçUo quanto aos valoros apurados pola Ilscalizaçao
do Avoiro? Uma vcz quo o Sr. Dr. i’.ao conhocia os valorosoncontrados pek’. iiscalizaç!io da Dirccçiio do Sorviços doFiscalizaçao do Elnprosas, porque Ioi postcrior.
Q Sr. Dr. Joaho Calurino: — Erain oxagerados, inuitocxagerados.
O Sr. AntOnio Dorningues tie Azevedo (PS): — Náotonho mais perguntas, Sr. Dr. Muito obrigado.
0 Sr. Presidente: — Tom a palavra o Sr. DeputadoAntunos da Silva.
0 Sr. Francisco Antunes da Silva (PSD): ‘— Dopois dasporguntas colocadas polos mous colegas ao Sr. Dr. JofloCautrino, gostava do precisar algtins aspecios e passo aroferir quais. 0 primeiro: o Sr. Dr. afirmou quo elahorou
a iniormaçao a quo nos tombs vindo a roforir ... acabou -agora mesmo do dizor quo so refero aos impostos rolativosao ano do 1984, aliñs, isso decorro do contoOdo dessainforrnaçao. E corn base cm alguns prossupostos fol-Iho
colocada a quesiào do despacho quo recaiu sobro ossinlormaçao. 0 Sr: Deputado quo antoriormento usou dapalavra rolcriu-se apenus a urn aspecto que procuro traduzir.
o depacho diria: <‘Concordo. Autorizo, conforme 0propesto.’>
A prirneira questao quo Iho colocava ora esta. Qual 6 ocontcOdo total dcsse dospacho? Isto tern muito a vor corn
a afirmaçao corn a qual concordo do quo esse dospacho
loin uma naitureza marcadarnonie lransilOria. Mas era para
eu chegar ou nao a esla conclusão (1110 gostaria, pm-a jal,quo o Sr. Dr. — so 6 quo tern conhecimenw — me pudesse
diver qual 6 o contoOdo total dcsso despacho.A sogunda questão. e qu tambm cstd rolacioriada con’.
a quo jã foi eolocada, Len’. a ver corn a comnpustura, 0comportamento da Celulose do Caima. E foi aqui afinnado
quo a Coluloso do Calina sO compraria so ostivossenirosolvidos todos os ovomltuais problemas fiscais. 0 Sr. Dr.
tern conliocimonto, nao obstante a Celulose do Cainia o aprOpria Camnpos quisessem resok’er os prohiernas fiscais,
ou nub da existncia do uma cldusula quo saivaguarde OSLC5aspectos do natureza fiscal relativamonto ao negOcio quo
fol colobrado?
Eramu cstas as questOos quo 1110 qimeria colocar.
0 Sr. Dr. Joáo Catarino: — Quanto a prirnoira questilo,o despacho torn quanto a mini uma naturoza transitOria.
..,vamos vor molhor...>’. No fundo o quo o SEAF dospacha
6 oxaetarnento sb — vamos vor meihor — porquo, coincortoza, da leitura dos olemontos 0 SEAF wmbãm nao tord
I
Página 10
132ii SERIE—NU&IERO 5-CET
ficado satisicito corn os valores quo Sc apontavarn e corna fundamenmço quo se dava. Dizia-so quo as contas cramalirnentldas, rnas näo se dizia como, nern corno t quo sechegou a essa conclusao; razo 901 que dcspachou flossestermos: <(Concordo e autorizo conformo o proposto.>
O Sr. Francisco Antunes cia Silva (PSD): — Mas 0conteódo do despacho foi exactaniente isso?
O Sr. Dr. joiio Catarino: — Nao mc recordo do teorliteral do despacho. Nd-do ser urn concordo, não o tenhoaqui a minha Irente, mas ë urn concordo e seguidarnenie,ao lado, profcre urn despacho mais OxLenso em quo di,.:veja-se mclhor porque Cu entendo... nib cstou a icr aquiloque o SEAF disse ou escrevcu, cstou a reIrir do mornOriao conteódo
o Sr. Francisco Antunes da Silva (PSD): — Sun, maStern consciência quo o despacho nào so limium a...
O Sr. Dr. joibo Catarino: — Nào, obviarnente quo nib.Quanto it sogunda questibo. näo tinha conhecirnento dela
ciuando liz a inforrnaçflo, nem tinha conhecirnento dasiwaçito (IC urna fonna talvez Wo nmda como tenho hojo.Esse conhecirnenlo do quo existirit esta clitusula aposta noacordo leito ernie as duas ompresas veio-rne posteriormonte. Muito depois.
O Sr. Francisco Anlunes cia Silva (PSD): — Emnboraconhcccndo-a posteriormento, tern conhecirnenlo cia suaoxistência?
o Sr. Dr ao Catarino: — Penso quo sim. Tantoquanto sci cia exisie. oxacto.
O Sr. Presiden te: — Tern a palavra a Sr. DeputadoAlvaro Ditmaso.
o Sr. Alvaro Ditmaso (PSD): —Sr. Dr., gostava docolocar urna questo tendo por base as dechiraqOos quo1cm vinclo a prolerir ao longo cieste clepoirnenlo. Disse porvdrias vezes quo era sua eonvicçño quo os valorespresum dos cram valoros exageraclos.
E depois relcriu a doterminacla aitura da sua- intcrvonçito quo tinha polo monos 12 para justificar.
Gostaria tie saber porquo 6 quo era convicçUo daadrninistraçiio fiscal e serviços conuais quo os valorospresumidos pela liscalizaçibo do Aveiro cram valorcsexagorados?
Dopois gostaria do colocar uma outra questibo, quo écsra. Porquo 6 quc a partir do cotta altura os serviços contrais da adminisiraçito fiscal mudararn do opinhbo 0 11001-taram como ccrtos as valores prosurnidos pola fiscali-zaçiiodo Avciro?
o Sr. Dr. joibo Catarino: — Da Ici lura dos elernentosquo tinha disponivois fiquoi eonvencido quo as valorescram oxagoraclos, desde logo porquo o ano a quo rospoitavao imposto nibo Unlma permi ticlo a nonhurna das crnprosasdo sector produzir resultsdos tibo cspoetaculares. E cstaomnprcsa nito havoria do ser (liferente clas outras, nan eracrIvol quo uma ernprcsa — e 550 viuha exprosso noroqucrimnento —quo tinha prcjuizos acumulados, quo tinhadéfices do ordemn estrutural, que precisava tie icr feito cm
anos anterioros avultados invostinientos e näo fez, quo tinhadoficiências no processo do fabrico, que a sector daoonstruçito tinha vivido anos maus (e o ano do 1984 tinhasido urn ano mnau) tivosse vendido assim tOo born. E depoisnab me pareceu quo do relatOrio resultasse claro corno 6quo so fazia a conexibo enlro a existência do avuitadascomas em nomo dos socios e a existOneia do vendas porfora, nOo rue parccou quo ostivesse claro.
Ora bern, repare, o processo era mais antigo e trazia itconsigo urn apanhado do ratio do sector, e osse ratioapontava para rontabilidades fiscais muito mais baixasA empresa estava muito acimna da media. Do forma quaaigurna coisa estava rnal. Entondi quo os valoros adopodoriam ser aqucies. A empresa it luz dos valoros quotinha declarado era anos anterioros, it luz dos valoresdeclarados por todo o scctor, it luz das deficiëneias porquo passou a econornia portuguesa e esse sector (comnosabern esse sector ó urn sector sensivel), it luz tie todasossas razOes fiquei convencido quo os valores propostoscram francarnento oxagorados.
Esta a primeira qucstdo. Foi urn pouco coma isto, esintctizando, laid orn 12 razOcs, poderlamos escalpelizit-las meihor, mas penso que
Quanto it quostilo dos scrviços centrais mnudarom doopiniOo, C preciso notar-se quo so fez nova fiscalizaçao.Comno sabo, voio a apurar-se quo nalguns aspectos atrabaiho quo havia sido produzido pelos primneiros tCcnicostinha algumas dcficincias, e por essa razOo ate veio a serapurado urn monwnte do impostos superior. A segundafiscalizaçao chegou a urn montante superior, nOb so podedizer quo inudararn (IC opiniflo, fizoram o seu trabaiho corno mcsmno grau do honcsticiade c inloresse corn quo os outroso ii,’crarn. Talvez cstes fossorn niais avalizados, as senhorosquo lit torarn pela segunda voz cram titenicos econornistas.
NOb 501 so o Sr. Deputado so recarda quo a Sr. SeeRttrio do Estado deterrninou mosmo que fosse a neihorequipa quo tivCssemnos. E normal quo os critCrios tivesscrnsiclo mais ( o Sr. Aivaro Ditniaso (PSD): — Porunto, podemosconcluir quo hit docurnontos inquestionitveis quo justificarno movirnemito cia cmprcsa e quc as serviços do fmscalizaçoodo Avoiro tinhani, dc facto, apurado. Nib hit duvidas sabreislo? O Sr. Dr. .Joao Catarino: — Na verdacle, nbo hit dOvidassabre isso. Isto 6, na aitura, nOn tavia dCvidas mas Osdocumncntas nibo estavani dispaniveis. Se o estivossemn, camcorteza quo a mninha miota teria sicbo diforonte o o despachotarn born. O Sr. Presidente: — Antos do dar a palavra aosSrs. Doputados quo, cnm.retanto, so inscreverarn, LambCnitenha duas quostOes para calocar-Iho, quo prosurna dorosposta rnuitd) ritpida. Alias, uma dostas questOos it iheiou colocada por alguns cbs Scs. Doputados, noincadarnentepolo Sr. Doputado Oct;bvio Teisoira. No enranto, ames do fazer a pergunta, quoro dizor-Ihequo ostamnos a ouvi-io, precisamente para esclarccer a
Página 11
6 1W JULIIO DE 1991 133
vcrdado no quo dix rospoito Li rnatOria quo 6 objccto danossa inquiriçflo. Portanto, nosta sode, não esul a julgar-senorn o Sr. Dr., noin a sun inforrnaçio, norn o sou despacho,aponas estando a sor aprociado, no contoxto global (Inapreciaçäo do uma matéria quo, corno sabo, ultxapassa aquestho da Cerâmica Campos.
Quero dizer-Iho corn toda a franquoza quo, lace aodiálogo quo so ostabelecou ontre Os Srs. Deputados eV. Ex.’, estou baraihado.
Afinal do contas, o quo 6 quo 0 senhor propôs?£ quo, em Lermos de loitura do português, Md onlrar
nesta sala, Cu tinha uma idoia muito clara sobro o quo osenhor propunha, pois bastava Icr a sun informaçào. Ivias,ugora, já não tonho ossa idoia lio osclarecida.
Assim, para quo fiquc rogistado cm ada, gostaria quo,do forma 0 rnais sintdtica possivol, nos dissosso o quorealinonto propôs, porquo 1550 rno pareoe fundarnontal.
o Sr. Dr. ,Joao Catarino: — Quanlo a 1984, ñnicoorn quo era possIvol falar cm iluposLos orn divida, propusquo so acoilasse o valor dos impostos quo a omprosa quonupagar, já apurados, já dobiLados, pam cujo pagarnonto aompresa já tinha sido notificada. Quanto a juros o muluis,propus U scu não pagarnento mas, ombora nuo o diga, lixo seguinto raciocinro: muito naturalmenlo, Os cncargos, Osjuros o as multas ostarão arnnistiados. Porurnto, ou nabostava a fazer nada do mais. Rolativamonto no nab do 1984,aponas estava a rosolver a situaçflo.
Alids, como sabe, a administraçao fiscal já näo podiavoliar airás, 1510 6, jd nào podia volLar a aprociam aquoloano. Tratava-se aponas do arrocadar os impostos rolailvosàquolo ano, na convicçäo quo ou tinha do quo, quanto aosacrdscimos, so fossem dovidos, já näo soria do liquidti-los.porquo a arnnistia jal tinha “lirnpo’> ossa situaçao.
o Sr. Presidente: — Muito bern. Mas, cntio, ama vexquo, aparontomonto, isso loi onuondido por urnSr. Doputado, concrotamonte polo Sr. Doputado FranciscoAntunos da Silva, como 6 quo so conclui da sun infonnaçao
quo foi isso quo propôs?o Sr. Deputado Francisco Antunos da Silva conseguiu
distinguir na sua inlormaçflo ama refcrencia no ano do984. Assirn, pcço-lho o favor do char urn parãgrafo, amalinha. uina palavra, ondo, clararnonio, so conclua quo osul
orn causa, aponas o so, a situaçüo iribuuiria do 1984.
o Sr. Dr. ,Joao Catarino: — Sr. Doputado, faIn cm(cimpostos orn divida”. E osta oxprossño quo 1w,. corn quome roporto no ano do 1984. E, do facto, assirn loi,Sr. Doputado.
E quo o ano do 1984 era o Unico quo estava liquidado,
debitado, o ünioo para o qual 0 coniribuinto tinha sidonotificado para pagar. Quanto no mais, osulva em aberto
o, pelos vistos, assim continuou.
o Sr. Presidente: — Sr. Dr., embora näo quciraonvoredar pola construçäo do cenários, apesar do tudo, vor-so4 quo o quo you tontar oxpor Loin alguma Idgica, faceLi porgunut quo you fazor-Iho.
Vamos supor quo a sogunda inspocçao tinha chogado aresultados mais favorávois para a ornprosa, alias, corno cramas expectativas do si prOprio e do Sr. Socrouirio do Esiado.
Roconheco quo, quando dospachou da forma corno ofox, o Sr. Socreurio do Estado tinha oxpeclativas do quo oapuramonto dos irnposlos soria inicrior na sogundainspocçao rolativarnonte Ii prirnoira?
o Sr. Dr. .Joao Catarino: — Nern sequor era crivol quoa ompresa tivesso chogado hquolos montantos. Portanro,prossupus quo, afinal, Os inontantos apurados iriam sorinforioros o, cortarnonte, Larnbdm toni sido esso o maciocIniodo Sr. Sccrotário do Estado.
o Sr. Presidente: —E so fossoin inferiores, o despaohodeixaria do sor provisório? Passaria a dofinitivo?
B quo, na sua primeira intcrvenção, quando respondouao Sr. Doputado 1-ldldor Filipo, paroccu-mo, do algummodo, [or folio a ligaçao entro o carâctor provisOrio dodospaoho o o apuramento da shuaçäo tribuuiria, considorando quo o despacho acabou por sor provisOrio. porquo,afmnat, a situaço tributãria aid dornonstrou quo orasusceptivcl do acomodar a prirnoira inspoeçflo. Do rosto,prosurno quo o facto do haver duas inspocçOos diforenciadasquo chogarn a uma diloronça (10 resuliados apenas da orderndo 11 0(X) contos, significa quo coincidiram exactamente,pois não me pareco quo seja do considerar urna diferença
tb pDquena.Mas so, por acaso, a situaçflo tributdria tivesse apon
tado para urna posição claramonto favorávcl Li empresa,portanto, do monor conteddo fiscal-—so assim possoexpriinim-me —, closto inodo, já ostariam pordoados Os juroso as multas?
0 Sr. Dr. Joao Catarino: — Nao. Tal corno lena dohaver urn dospacho definitivo a sancionar os valoresapurados, fossorn oles supenioros ou infoniomes. Soriaindiforcntc, Sr. Doputado. Tanto farm quo fossom suponioros
ou inferiores, pois o despacho term senipre urn canturansitório. Havoriam (IC apurar-se os rosultados da sogunda
inspocção, quo haveriarn ou nao do sor sancionados,
consoanlo o Sr. Socroiario do £stado oniendosse quo as
dilvidas liuo the tinharn surgido ostavarn ou não sanadas.
0 Sr. Presidente: — Muito born.Sr. Dr. Joäo Catarino, quoro fazor-Iho duas porguntas
nurnu sO.Na sun qualidado do assessor do Sr. Socrotário do
Estado, Loin participaçüo om procossos do naiuroza
sornolhanto a esui, nom quo scja atravds do inforrnaçOos?
Se nao torn, conhoco a oxistência do processos quo
conligutrein mais ou rnonos o mosino tipo do aotuaçiio por
parto da administraçLio fiscal?
o Sr. Dr. .Joao Cafarino: — No âmbiio do trabalho quofaço na Socrotaria do Estado,tonho ama intorvonção vasta
cm muitos procossos quo digam rospoito a cobrança do
irnpostos gonidos pola Dirocçao-Gcral das ContrihuiçOes o
Impostos. -Como o Sr. Prosidonto sabe, urna situaçüo dosto tipo
nib 6 dnica. Ocorroram centonas do processos orn quo, do
alguma lonma, so sancionou, umas vexes, a nab Iiquidaçäo
do juros. outras vexes, a näo liquidaçao do imposto. Ora,
Live, (to facto, intervenç5o em rnuitos dossos processos.
Portanto, osto caso nab 6 ñnico. Esta nào foi a ânica
vex em quo olaboroi urna nota sobre urna situaçiio dostas.
Ha muitos casos destes c oste näo foi, do facto, 0 ünioo
quo surgiu.
O Sr. Presidente: — Ento, polo nienos no quo rospcitaa todos os casos quo conhoco, considora quo houve urncnitdrio objoctivo do intorvenção par pane da adrninistmaçno
fiscal?
17*
1v -4
Página 12
Yl SERIE—NCMERO S.CEI134
0 Sr. Dr. Joan Catarino: — Sirn, Sr. Presdentc.Normalmento, anles do serern presenios ao Sr. Secroidrin
do Estado dos Assuntos Fiscais, os processos são VISLOSpor in tin prOpdo ou p ir outro adj unto, ott por urn ou outroassessor. 0 quo prcxuramos osiabeiccer São coordonadas.esLiheiceidas polo própriu Sr. Sccreuirio do Esiado, tcndoem vista resoiver. do forma soineihanic, situaçOessemeihantes. Isto pam quo as coisas tenharn coerência, pantquo Mo surjarn situaçöes iguais corn soluçOcs diversas. 0Sr. Secretãrio do Estado acolho ou nüo o quo propornos.Em rcgra, acofho porquo, ao urn do todos osics anus, temoslinhas do raciocinlo mu ito all nadas, segundo niatrizesestabelecidas por ole proprio.
Portanto, lid, do liicio, uma linha do rumo para siiuaçoossemeihantes. Isle é vcrdade, Sr. Prc.sidente.
0 Sr. Presidente: — Tom a palavra o Sr. DeputadoOctdvio Teixeira.
C) Sr. Oclàvio Tekeira (PCP): —Sr. Dr. Juno Catarino,Lenho mais duas ou trds questoes para colocar-Ihe.
Primoiro, ha pouco, o Sr. Deputado Francisco Au;unescia Silva pcrguntou-lho so conhecia a ciáusuhi do contratodo promessa do compra e venda cia Cerin ica Campus.Logicamonte, o Sr. Dr. rospondou quo não, mi medida emquo, para aldm do näo sor nocossdrio para a claboraçflo dasua inforrnaçao, o reforido conhrato, tanlo quanto sd, sOfoi I avrado em data posterior ãq ucla. For cohlsogu Iii IC,nunca lena qualquor efeito rolativamonte ii nrorrnaçflo quoo Sr. Dr. elaborou.
Julgo é quo, nossa altura, o Sr. Dr. João CThtarino tinliainforinaçflo da rnatdria quo consta do reuuerilneniO (111omprosa quo, no sou n. 16, diz 0 sogitinie: “Tudo Rioscm prejuizo do rnanler as reclarnaçOes oportunamcntoaprosontadas, pola razflo objectiva do ostarem a docorrernegociaçOos, corn vista ii alienaçao da maioria do capitalsocial da ernprosa a urn grupo cinpresarial, (IUC sO o lainclesole quo a oinprcsa nOo tonha q ualq nor (liv cia ao Estadu.”
Ponso quo lieu claw quo tinha conhecirnenjo do ciueacaboi do citar, embora soja evidenie quo nib conhocia aIa! chiusula.
Assirn, in ependonternonto daquola quesino dos anus—- Mo tonciono voltar a ossa matdria —, na inlbrrnaçãoquo olahorou, isto d, na sua prOpria proposta, roibro-se quoo... seja excepwonalmcnto autorizada a ciocwar do prontoo pagamonto da totalidado dos impostos em rilvida, dcsdequo:
1) Soja lovada cm conta a quanlia do 1 018 92$Spuga;
2) Sojam pordoados juros C mult:is:3) Sojam extintos os procossos do cxecuçiio
inslaurados c levantadas as aprccnsOos do 1-crispara garantia;
4) So coasidere Mo precludido o dircito do rcclainarcontra as fixaçOcs apuradas.”
Portanto, a proposta cuo fez 6 composui por quatropontos, 1510 6, roporta-se a urna actuação oxcexional contendo quatro pontos.
PostoriormenLo, cm 18 do Julho, o Sr. Socrotário doEstado elabora urn novo dospacho sobre a matOria cm quo,a dotorminada altura, roloro quo projudicado o mou dospacho do 21 do Maio do 1990, napane rolativa ii oxtinçäo dos procossos de oxecuçñoinslaurados 0 lovanlamonto (las apreonsoes do bons paragaranhia’). Isto 6, dove sor considorado scm efeilo o despacho. elaborado polo Sr. Seeretñrio do Estado sob ainiormação do Sr. Dr., aponas em roiaçäo a uma daspropostas aproseniadas por si. Quanto its outras três.designadarnonto it quo estabelocia quo devoriani ser.xporcloados juros e multas>>, Mo ha nonhum despacho doSr. Seoretitrio do Esiado para anular 0 scu prirnoirodespacho. Assim, gostaria do saber o quo é quo dopreende quo.rosulta doste despacho do Sr. Secretdrio do Estadorelauvarnente ao primoiro? O Sr. Dr. Joào Catarino: — Quanto it questito dos juroso inultas, hojo, jO temos a sitraçito toda apurOda 0 jdsahernos quo 05505 juros o essas multas o.stito amnistiados. O Sr. Octdvio Teixeira (PCP): — Mas esiou a reforir-me it data do 18 do Juiho do 1990, altura em quo oSr. Socrouirio do Esuido olaborou o segundo dospacho. E quo o Sr. Socrcuirio dc Estado sO retina o[icnoia aosou clespacho do Maio, exprossamonto, no quo rospeita itoxiinçfio dos procossos do exoeuçiio instaurados ooanulmento do aproonsOes do boris para garantia. Portanto, nan retina eficdcia ao pordão do juros e inultas. 0 Sr. Dr. .Joao Catarino: — Sr. Doputado, o dospacho6 do Sr. Socretdrio do Estado, Mo a meu. Mas conlamontequo o Sr. Soeretário do Estado Lambdrn roparou quo osjun05 e rnultas estariam amnistiados, razito por quo,oventualinonlo, wrd ontondido dosnecossánio voltar a roforirso-Ihos. E quo, ole facto, hoje, sabemos quo isso ocorrou, rnas1100 501 so, cm 18 do Julho, o Sr. Socrethnio do Estadosaboria quo son assim. No ontanto, corn conic-ta tonipartido desso prossuposto. B quo era suposto quo a Lotri.0 16/86 abarcasso ossa situaçäo. E, orn funçOo doinontanlo do irnpostos quo, cm 1984, ostava cm dIvida,cerhamonto quo ostaria aninistiada a multa corrospondonlo,rospeitanto a infracçOo comotida. Repito quo o dospacho a do Sr. Socrotdrio do Esiado o,porianto. ole 6 quo sabonit o quo oscreveu. No ontanto, 0(1110 dal roliro é quo o Sr. Sccretairio do Estado jd sabia ouprossupunha, corn toda a pnobabilidade, quo as muhas eos juros relativos a osso ano estavam, do facto, amnistiados. O Sr. Octávio Teixeira (PCP): — Corno pessoaoniendida nostos assuntos, julgo quo, para si. 6 claro quo.noste despaclro do Julho, o Sr. Sccretdrio do Esutdo Morotira a sua concordãncia rolauvamonto ao pordito do juroso rnultas, proposto polo Sr. Dr. Joao Cawrino? 0 Sr. Dr. Joao Catarino: — Torno a ropelir quo odospacho 6 do Sn. Secroldnio do Estado, portanto, O Sr. Octávio Teixcira (PCP): — Sim, rnas esiou apedir-iho quo faça uina inienprotaçibo, procisarnonto devidoa son anna possoa ontondida nostas matdnias. o Sr. Dr. ,João Catarino: — A loitura quo faço 6 a doquo o Sr. Sooretdnio do Estado Mo so rofoniu aos juros ornuitas pela mosrn-a razito por quo ou próprio Mo me rofemia Loi n. 16/86. E quo Mo jogarnos corn osta loi, Irabaihainos corn cia todos os dias. Houve contonas do casos
Página 13
6 DE JU1AiO BE 199L 135
quo forarn dospachados ao abrigo dosta Loi nY 16/86,portanto, conhocërno-la rnuito bern. As vezes, traballiarnoscorn base nosta Iei scm nos roforonciarmos a eTa. Eu prOprionäo me roferonciei a esta Ioi quando clahorci a minhain Iormaçao.
o Sr. Doputado dix-mo quo so o Sr. Socrotário do Estadonäo rotirou oficácia àquilo quo eu propus, ontäo, a porqueso manteve. Sc caihar, ole achou dosnocessário — C taivoztenha sido isso mesmo. E quo a sonsibilidade lovava-nos apressupor, pelo menos corn toda a prohabilidadc, quo ossesjuros e essas multas Mo poderiam já sor arrocadados o, dofacto, Mo podem.
o Sr. Octávio Teixeira (PCP): — Sirn, max julgo quotodos tornos do concordar quo, em lennox objoclivos, Moretirou eficácia. Subjoctivamento, corno diz o Sr. Dr. JoäoCatarino, o Sr. Socreuirio do Estado podcrá ter considerado quo Mo era nocessário, mas, ohjcctivarnente, n!ioretirou.
o Sr Dr. .1Mo Catarino: Sr. DopuLudo, isso Mounha grande eficácia.
Reparo no nY 4) da minha tnlorrnaçao, cm quo digoquo Portanto, quando Cu oscrovo “pcrdoorn-se juros 0niultas’), Mo ostou a dar nada a ornprcsa. isso já rosultacia Ici. QdandQ cscrovo o Sr. Octávio Teixeira (PCP): — Estou a rolorir-mo iio a Isa. o Sr. Dr. joño Catarinu: .— Mas, Sr. Dopurarlo, quorama quer outra rosultavain da Ici. O Sr. Ocfávio Teixeira (PCP): — Finalmcnto, youcolocar-The uma ñltirna quostão, embura, Iogicamcnto,admita quo Mo tenha prosenie o quo you perguntur-Iho. So, por acaso, torn prosonto o auto do aprcensEo — alias.proo quo seja lovanLado , gostaria do saber a quo óque osto so roportava a garantir. o Sr. Dr. Joan Catarino: — Nao tonho presonto,Sr. Doputado. o Sr. Octávio 1’eixeira (PCP): — E natural. Muitoobrigado. o Sr. Presidente: — Os oradores quo osLão inscritosscguidamonLo são ox Srs. Doputados [laldor Filipo oAntOnio Dorninguos do Azovedo. No ontanto, you dar apalavra ao Sr. Doputado Alvaro Dârnaso, presume quo corna concordância dos Srs. Dcputados quo rcfcri. o Sr. Alvaro Damaso (PSD): -_- Muito obrigado,Sr. Prosidonte. Apenas tonho uma porgunta inuito simples pam coltxar.Sr. Dr., ha pouco, segundo porcobi, ctisso quc a situacáo fiscal da ompresa já cm conhocida rolativarncriic aos anosdo 1984 c 1985 o Mo sei so inais pam diante. Disse-mequo so iratava do situaçOos abrarigidas quanto aos juros equo, quanto as muitas, cram situaçOos ubrangidas polaamnistia do 1986. Assim, gostaria quo procisasse Os anos rolaiivarnonto aosqitais 6 aplicávol osta situação,do amnislia. O Sr. Dr. Joño Catarino: — Sr. Deputcdo. a amnistiaaplica-se a todas as infracçOes oometidas ate a data darospecliva entrada em vigor. Portanto, todos ox factos quonela pudessom cabor, porquo praticados antoriormente,ainda quo detoctados postoriormonto, cabom ucla do certeza. O Sr. Alvaro Dâmaso (PSD): — Portanto, caborão oxanos do 1984 e 1985? O Sr. Dr. ,JMo Catarino: — Exactamonto, Sr. Deputado. O Sr. Alvaro Dâmaso (PSD): — Muito obrigado. O Sr. Presidente: -—Torn a palavra o Sr. DoputadoHCIdcr Filipo. O Sr. Ilélder Filipe (PS): Sr. Dr. Joan Calarino, aquostño final quo tenho para colooar-Uio rolaoiona-so cornas quostoes abordadas polos iltimos dois Srs. Doputados. Dissc quo os juros e rntiltas ostavam amnistiados. Ora,tondo tanto a ccrtcza dislo o se era assirn tan simplos, quonecossidade tinhat o Sr. Secrotário do Estado do Em sogundo lugar, nom por uma ünica voz, a CerâmicaCampos, no sou requorimonto, monciona o ano do 1984.Dc facto, esta omprosa fala no total da ilivicla. para jxjdorprocodor a transacçao corn a Coltiloso do Caima. Assiin,Mo consigo comproondor como é quo o Sr. Dr. JoaoCatarino insisto nesto aspecto das conlas do 1934, tendoroforido, j’ä per várias vozes, quo 1984 fbi urn ano do criso. Possoalmonto, croio quo a criso Mo fol assim tanLa, maxpodernos dizor quo Mo so tratou do um ano hrilhantc.E quo ou prOprio tonho algum conhocimonto da tndüsl.nado corflmica, já quo, praticamonto, vivo no rneio dossasIlibricas, no grando contro this ccrâmicas quo 4 a zona doOlivoira do Bairro. do Aguoda e do toda a rogiäo daBairrada. Porianto, conhcço born o sector o posse afirmarquo a criso rain mi tao grando como, as vozcs, protondod icr - so. Dc’ qualquor forma, a Ccrârnioa Carnpos comprorncto-so a pagar 182 000 contos, dosdo quo The perdooni asmultas c juros do morn 0 cornponsatOrios, e o Sr. Dr.continua a dizor quo, no sou parocor, sO pensou cm 1984. Ora, como C quo nuni ano do crise, podo ponsar-so quo182 OOQ contos so roforem a 1984? E quo, no rospeciivo requorirnonto, a Corãrnica Campos,nern por uma Unica voz, so roforo oxclusivamente ao anodo 1984. Roforo-so, sun, a transacçao quo procisa do fazor,it domonsiração quo precisa do fazor poranto a emprcsacoinpradora, do quo não dove nada ao fisco. Recordo-Ihoquo ostas são frasos concrotas extraidas do roquorirnontoquo osta ompresa fox no Sr. Socrouirio do Estado. hi paraMo falarmos na rounião havida ontro a Corârnica Camposo várias onlidados, nas insialaçOos da prOpria Secrotaria doEstado, pois o Sr. Dr. já rofcriu quo Mo ostovo prcsonto 0quo nem tevo conhccirnonto dola.
Página 14
136 ii sERw—NÜIER0 5-GEl
Por outro lado, o Sr. Secretário de Estado Lentou, porvárias vexes, duct quo a vcrba de 182 000 contos correspondia a urn pagamento pot coma. So born entondi, aSr. Dr. Joäo Catarino tambérn já indiciou o mesmo. Ora,onde ô quo isso consut? E quo nio nos 6 dado esseentendimento, nein em nenhurn porno do dospacho doSr. Secretário do Estado nem no parocer do Sr. Dr.
Alias, a exprcssao pagamcnto por conta)’ sO começa aaparecor apOs as noticias vindas a püblico no jornalExpressô e apes o pedido do inqudrito parlamontar,apresentado polo Partido Socialism. Amos, nunca ningudmouviu falar em pagamontos por conta oem em nadaparecido.
o quo ó quo torn a dizer a estas duas grandcs questUesquo the coloco?
o Sr. Dr. João Catarino: —Sr. Doputado, conformerazoavelmente compreenderal, eu näo podia roferir anos quono eswvam dctcrrninados.
Sc as inspecçOes estavarn em curso e so o quo csutvaapurado cram as comas do 1984, por razOes title tinharn aver corn o I mite dos cinco aims, ou nat) podia falar nosoul.ros.
O Sr. Ilélder Filipe (PS): — Desculpo, mas tinha vindotudo pam a Secreuiria de Estado. Os 132000 contos, quoOs tácnicos verificadores do conws do Avoiro remeterampam as respootivas inslftncias superiores, referialu-se aoapurarnonto total da divida. Nunca so referirarn particularmenlo a 1984. Pelos depaimontos quo já ouvirnos, issoficou born clara.
o Sr. Dr. Joáo Catarino: —Sr. Deputado, os outrosanos näo estavarn deterlninados. So ostava dotorminado oanc do 1984, enquanlo Os outros ostavarn em aberto.Porianto, o pagarnento dos 182 000 contos que proponhoque xc accito 6, (10 facto, urn pagarnento par coma.
Raciocinei assim: E quo a figura do pagamonto por conla não d assirn toinusitada na adininistraçao Fiscal. E ate relativainentecorrente, mosmo cm lermos do operaçoos de losouraria,Na verdado, nas ropartiçOcs do linanças, impucirn-so muitasvorhas a pagamonto por coma. Porlanto, 01)110 quo não sotram do u in a figura criada hi pouco, soudo correnle... O Sr. fielder Filipe (PS): — Max 6 normal fazerern-sepagarnonlos par conta sew quo soja roicrido clue 6 isso? O Sr. Dr. Joäo Catarina: — Sirn, Sr. Depuwclo.Na pane quo cxccdc o valor dos imposlos em divida, C urn paganlonto por coma. Pois so a emprosa nflo dovia, aquo titulo irlarnos rocober? E quo so, por hipOwse, aompresa dove 10 e entrega 1(X), recobemos esie dinheirq,a cautela, no prossuposto do quo nao vá a oinprcsa devermais, Ainda por dma, as inspccçOes osutvarn cm eurso. Ord,imagine quo urn tesouroiro da Fazonda PQblica tern urnconhocirnento de 10 para receber. Se a Sr. Depuutdo quisorpagar 20, ole nib Iho rocebe, porque näo saho ondo ha-dopOr os outros io, já quo o sonhor não dove mais nada.SO quo, noste caso, havia urn processo em aberto, poloquo o raciooinio foi a soguintc: — flav - - en,,zr.-.,-- Nibo me parcce quo oslo procedirnenlo possa considorar. coma nab sendo do acautelar os intcresses do Estado.Polo contrário. O Sr. Presidente: — Toni a palavra o Sr. DeputadoAntOnio Dominguos dé Azevedo. o Sr. AntOnio Domingues de Azevedo (PS): — V. Ex.afoi rico na criaçflo do novas figuras fiscais o, na minhavida do 15 anos Iigada a fiscalidade, nunca as tinha ouvido. Tornos, por exernplo, o pagarnento par coma do irnpostasquo nibo estibo liquidados. Sr. Dr., nao existe essa figura.SO existo a figura do pagamento por coma quando airnposlo ontra em rolaxo. 0 contribuinte näo pado pagarpor oonta scm quo 0 imposto entro em relaxe. Coma 6 quo V. Ex.’ vorn dizer-mo quo so paga por comaurn irnposto quo no está dotorminado? Eis uina contradiçäodoutrinária no inais fnfirno dos pormenores. Sr. Dr., nab existo o pagamonlo por coma scm a entradana faso do rolaxe. Entondamo-nos quanlo a isio. E quonão vale a pena estarmos a criar figuras quo o diroitotributário nao consagra. Quanto ao direito fiscal, prev estassituaçOes mas dontro do dotorminados condicionalismos quodo forma alguma se enquadram naquilo quo V. Ex.a aquiafirrnou. Sr. Dr. Joo Catarino, V. Ex.’ dix quo autorizou 0pagarnonto por coma rolativamente a 1984. Pcço perdiiopot tornar a falar nisto mas aeho quo no foi aduzidaargumentaçao convincento quanto a esta materua. E quo, na exposiço quo faz c sobre a qual V. Ex. sopronunoia, a cinprosa expoente diz, taxativarnente, quo Corno 6 possivel quo V. Ex.4 continue a argurnenlar corna lose em quo fundainentou o seu despacho, depois distooscrilo polo oxpononlo a Direcçao-Geral das ContribuiçOoso Impostos? Acho quo nao tern consistëncia a argumontaçäoacluzida. Quo a Sr. Dr. ostivesse convicto de quo as valoresapurados pela fiscalização cram, em face dos olernentosdo quo dispunharn (ciue ja esul suficientemento provadoquo nao cram cocrentes coin a roalidado cia soctor) e quopreviarn quo a Campos nao iria pagar mais do quo aquiloquc a primeira fiscalizaçao deterniinou, ostou do acordo.Mas entflo diga-o! Diga exaclamento islo: osle dospachoioi dado corn este objecuvo; estdvamos porfeitamentoconvoncidos do quo as valores encontrados cram oxcessivos. 0 quo nab poe em dOvida tudo aquilo quo dissopara lrás, ou seja, as penalizaçoes, as ooimas aplicadas aCampos quo, nos tomms da legislaçao em vigor, The scriarnaplicadas pot procossos normais, ostavam perdoadas dofacto. Nuo lenho a lei do 1986 a minha frento mas não façoo rnosrno entenclimonto quo V. Ex.4 nesti matCria. Ou cntao,pordoar-mo-á V. Ex. coino jurisla e o Sr. Seoretário doEstado como ontidado maxima responsávcl pola gestho dosimpostos fiscais em Portugal, mas sO me pormitem umaconciuso muito filcH: brinca-se aos despachos! So ostavaabrangido, ou so o entondirnento era do quo cstavaabrangido pela amnislia, pela loi do 1986, não tenho aquiessa Ici, urns penso quo näo porque a iei impOe urn prazopan o seu cumprimento C penso quo nibo pocle voltar alráso diver quo islo foi produzido naquole momento o csLAenquadrado. Penso quo nib pode fazer isso mas, comodissc, nEbo tenho aqui a ioi.
Página 15
6 DE JULHO DE 99i 137
Em rolaçao no Docroto nY 53/88, isso csui sulicionrernenle esclarecido o 6 o prOprio Socrecirlo do Estado quodiz quo ole não cabe hi, polo quo acho urn pouco dilicil docaber no do 1986. No entanto, corno nUo tenho aqui a Iei,não gostaria do produzir urn juízo delinilivo quanto a estamatéria.
Dr. João Catarino, ha jima coisa quo me chamou ccharna muito a alenção, quo a a soguinlo: 6-nos produziclo,por ama das pessoas quo a inquirida no ãrnbito dostaCornissao, informação do scguinte teor — a Campos, anlcsdo ser vendida e, corno é Obvio, todas as cinpresas do urndeterminado nIvol e a partir do urn dotorminudo porLo, são.sernpro susceptiveis do ama ceriificaçao legal do valoros.On soja, são sompre suscoptivcis do uma auditoria as comaspam quo so certifiquern dos valoros quo constam da
-contabilidado, so são corrocios ou incorrectos, so morecornou não correcção, para quo quom compra saiha aquilo quocompra e Os valores quo compra. Na altura cm quo a auditoria osth a exocutar o seu trahalho, delecu urn problornado nawreza fiscal e co!000-o.
A Campus, polo quo 6 alirrnado por urn dos inquiridos
nosta rounião, solicita, na soquncia dos problomascolocados polos auditoros Ernest & Young, jima reuniaocorn o Sr. Socmotdrio do Estado, an qual oxpOe o prohiema,dizondo: “nOs quoromos vendor a Campus mas ostainosnosta siluaçflo; mocohondo algum tlinhoiro (isto 6 dto porurn doc iilc1 u iii dos), Loin us cond içOes pam ciectuam opagarn en to do iiii posto q SO OS iii clotorn illado* — sãooxigido. Enicndanio—nos quanto a isto: esuiva dotoflIlilladoporquc a liscalização tinha (lotorminado us valoros inusnão era oxicido porque havia ainda 0 cuinprirnonto doobrigaçDos forinais quanlo ao processo; sO é oxigido nomornonto cm quo ha notificação at) contribuinto paraofoctuar 0 pagamcnto. Par isso, 0 imposto j csti em dIvidainas ainria são so ostaboleccu a rolação do tlcb a e docrddito entre o Estado credor e o contribuinte dovodom.
F, ucsta reuniflo (6 aqtu quo surgenl algunlas düvirlas),o acordado a pagarnonto. Esta reuniflo roaliza-so no dia3 do Maio c V. Ex.4 produz uma inforinaçflo no dia 21 —são teve conhocinlonto dossa rcunião, no nIvol doSr. Socmotjrio do EsLado? Pcnloar-ino-d 11105 susciiam-so-1110 irnonsas ddvidas dluiIuo a Oslo pracosso, por diversasrazOos, coma Iho disso iniciaimcnco, mosno pola argumen açflo do sua prOpria inlbrmação, quo osquoco dluostoosdo naluroza do diroito, do lundamontação legal do ado, evai para fundarnontaçOos do naturoza I inancoira, do gostiloO comorcial, inclusive qiiando aporila quo “o nogocto 6van dijosO)’.
V. Ex.4 poderO ou não confirinar as minhas düvidas rnason gostaria do o OUVII novanlonto quanlo a OSLO procosso:so jove ou são Love conheciinenio dessu rounião o dosacordos ai prctcnsarnonto eswholocidos Oil, polo 1)10505,aqui ali rmados por possoas quo esti vorani nessa rouniãocm quo, qucr o Secroiãrio do Estado, quer as possoasonvolvidas neste proccsso, csL vain convoncidas, ace sosclcrnontos quo Linharn atravds da Dirocçao-Gcral sohrc arondibilidado do soctor do barro vornldlho a nIvol nacional,do quo os valoros cram oxcessivos 0 tIe quo ostii salvaguarda da fiscalização — quo V. Ex. rnenciona no seuparccor o o Sr. Socrotdrio do Esiado monciona no soudespacho — era urna salvaguarda em relação a dcicrrninação dos novos valores inas não implicava nada cornas mulias c coin os Juros. Tinha a er corn 0 quantiblivodo imposto apurado e nüo Linha a ver corn a outra questão,quo era dada coma arruniada, como prccludda, e quo soroforia aos juros o as niul las aplicadas.
V. Ex. tinha ou não tinha conhecirnerao deste semimoan ao nivel do prOprio Secrotário do Estado C 00 nivoldos scrwiços? NOs ternos cd a infornlação dos sorviços sobrea rendibilidade modiana do sector a nivel nacional, tornosossos olerncntos todos — o quo vern, alias, confirmar quaofat iveis são ossos olernentos quo são recoihidos a partirdas doclaraçOos ex-modelo nY 2, actual modelo nY 22, doscontribuintes.
Gostaria do o ouvir accrca desto processo, nias cornclareza, corn verdade, porque — pordoar-me-A — são foi,do facto, convincente aquilo quo ouvi V. Ex.i dizer atdagora. Sou espocialista na matOria e, realrncnte, sãoconseguiu convoncer-me da bondado da sun amgunlcntaçãoporque cia cntra em contmadicção corn aquilo quo V. Ex.escrevo.
O Sr. Dr. Joäo Catarino: — Quanto ii alogada oxistënciada rouniflo, do facto, cu não tivo conhecimonto dola.So houvo, não Live conhocirnonto dola! Roitoro aquilo quoja disso: são Live conhociinonto da rounião. Quanto a osseaspecto, quo fique claro quo não tive conheciinono dareunião!
Quanta a nossa convicção do quo os valoros cramoxagorados, isso 6 vordado. Eu tanibdm fiquci convoncidodo quo os valores cram oxagorados, uiinbOrn Inc parocouquo a emprosa nao podia, são inc parocia quo a omprcsapudesso gomar Lais valores. E cvidcnto quo, comb 0Sr. Dopulado diz, cram rocolhidos a partir do modolo 5Q 22o sOs sahonlos quo ha sernpro alguma margom do fugn aofisco mas u{io supunhamos quo, no sector, losso iflo graudo.E vcrdade, 6 oxactamonte isso! Sompro propusomos. scinproponsanlos, sompro ponsoi ou quo os valoros não atingiriamaquolo montanto.
o Sr. AntOnio Domimigues do Azevedo (PS): — Logo,o espirito dosta perLe final do sua in[ormação Loin a vercorn o valor do impasto o nab propriarnonto corn a quoosLO pama tnis, coin o valor das mulias.
O Sr. Dr. Joño Catarino: — Tom a vor coill a questaodo imposlo c o quo ci, quis foi acautolar os interesses doEstado o rocobor os 182 mu contos porque, na ininhaopinião, o juizo quo lormulci it partida foi osto: eventual-monte, ainda toremos do rostituir.
O Sr. AntOnio Doniingues de Azevedo (PS): — E davacomo prccludida a quostflo das multas o a questão dos juros.No sou ospirito, naquilo quo esorovo dO corno arrunladaossa quostão.
O Sr. Dr. .loiio Catarino: — Quanta àquole ano, sun.
O Sm. Presidente: —Tom a palavra o Sr. Deputado
Antunos do S ilva.
O Sr. Antunes cia Silva (PSD): — Gostaria do retomarOSLO quostão da razoabilidado ou não razoabihdado dosvaloros quo brain oncontrados, rolativainonte a prilneirafiscaliiação e a sogunda fiscalizaçao, o ama vet quo eraconsiderado quo — esia 6 a sna oxprosstio — mao cramcrivois as valomes a quo so chogararn na prilneira inspocção”; por essa razão, e born, foi detorminada umasegunda fiscaiização. A verdade 6 essa segunda fiscalização, ombora scm grande diboroncial, chcga a valorosaproxunados ou algo superiorcs. Sendo assim, qual 6 aopinião die V. Ex.’: continuamos a Iidar coin valorcs quo,
I -
Página 16
:Z mU138 ii SERIF NClFR0 5CE1
face aos indices disponfvois o nflo obstanto as consideraçOcsquo so ftizern do quo .sio obtidos através das doclaraçOcsmodolo nY 2. do qualquer forum säo indices quo Lêrnalguina razoabiiidado e alguin valor? Continuarnos ou näoa trabalhar corn vaLores quo podcrernos considerar comonaturais para aquola unidade do produçao, ou cbs são dofacto ompolados?
Isto tin rnuito a vor corn o raciocInio quo prctondiafazer. por isso gostaria da sua resposla. Porquo, so assirnfor, toda esw actuaçao da Adrninistraçäo Piblica conduz aurn result-ado quo é altamente benefice para 0 Cranepdbliëo, considorando quo Os rostanles indices, corn todasas salvaguardas quo fornm foitas rolativarnonto a osLosector.
Isto tamhOrn so I ga, por ontro lado, a urna quostão quofoi suscitada per oulro Sr. Doputado, relativamonte acortificaço legal clas comas, no fundo, apurar ou no apurarossos valoros, confroniando corn a auditoria quo Ioi foitarclativainonto a hipdtoso do Iransacção da emprosa. Porquo,en mm ha opin io, u ma coisa nio Loin nada a vcr coin aoutra; uma coisa é a audiroria quo o potoncial compradorquc’ira fazor rolativarnonic a capacidado do produçiTh ououtros aspeotos da eniprcsa, outra C 0 instrurnonto Logal docortificaçuo logal das comas. Portento, nCo Loin nada a veruina coisa corn outra o ou rofiro aponas iorquo Loin a vorcorn osta razoabilidado ou nflo dos valoros a quo chogainosna prirncira c icr segunda inspecçio.
Repito: so nOs chogarinos conclusio do quo essos Vaores näo razoziveis relativainonte pnrncira, Lerernos do
concluir quo nflo o sio relativarnonto a sogunda, o onlilotoromos n000ssariarnonto (IC tirar uina tercoira oonciusão —a tie quo, do facto, o Estado eshi a fazor urn grando ncgócio,actuando coino cst a aclwmr. Scrñ corrocto 0 11100 raclociIIio?
0 Sr. Dr. ,Juao Catarino: — NOs partiinos (10prossuposio do quo Os valoros estavarn oxagorados. Eu partidcsso prcsstiposto qtizitido inforinot, vcrdadc. Nunca supusquo a empresa pudosso La gerado aquola rocoita, aquelovolurno (IC nogOcios, sobrotudo quando 0 prOprio rcquo—rimcnto dr/ia quo cia era delicitaria a nivel ostrutural, dap opria montagern da empresa Oulgo Cu), 0 tamnbCmn tinhaprobleinas ao nivel do consume do energia, dos custos.So agora chogarnos a conclusao atravCs (to segundo rolaLOne. quo julgo ser fiávol, do quo os valores san inuitoelevados. entflo isso leva-nos a pôr cm causa udo o sector.
Claro quo quern ganhon fol o crane publico, foi oEstado, porquc chegou aquilo quo quoriarnos, que era avordade. Afirial, a cinprosa (love cxaotainonte isto, afinalas outras ompresas I gem anile rnais (10 quo nds pensarnos,polo monos no sector do harro. Afinal, os valores quo elasaprosenlam nas (Iccaraçoes mnodcio n. 2 do cnlão e nasmudeio nY 22 do agora, nbo estavarn, nemn do perle, nerndo longe, prOxiinos cia verdade. Estavanl rnuito longe,estavarn mais lunge do que nós pensdvainos.
Portauto, acho q no ganhárnos todos porquc agora,oonforine jO s:ihorflo, cstflo cm oursa ou estão a LerininarinspecçOes quo (brain mnandadas fa,er a outras emprosasdo sector. max corn inaior rigor e corn malor vcrdade.o erOrio póhlico ganhou corn isto, ganhairnos tocbos coinvordade, porque chogamos a verdade. A ernpresa vai pagaro (100 cIctivarnente dove e nunca fic’anios na düvida dosaber so isto foi exagerado on näo; nao foi! E isle, aenipresa dove exaclarnente isui.
a
0 Sr. Presidente: — Dado quo näo ha rnais inscriçOes,podernos dar por finda a audição do Sr. Dr. Joao Catarino,adjunLo do Sr. Sccrec’irio do Estado dos Assuntos Fiscais.Agradernos a sua presença, bern corno a colaboraçäoprestada.
t’ausa.
Complonmos assim a listagein this audiçoes quo, perconsenso, tInharnos doterrninado. Temnos agora 0 segundoporno da ordern do trabaihos do hojc, quo é a conclusãoda insLruçfto do inqudnito. Pergupto aos Srs. Deputados soquerein pronunoiar-se sobre isto on so posso dar porenoenrada a instrução do inqudrito.
Tern a palavra o Sr. Depumado AntOnio Dorningues doA zcvodo.
o Sr. AntOnio Domingues de Azevedo (PS): — NOsacordOinos, 0 consta (10 relaibrio quo foi cbaborado por iniino polo Sr. Deputado Alvaro Dârnaso, quo esta eraurna priinoira fase do trahaiho quo ntio proeludia 0(linen/i (be qualquer grope paniarnontar, 00 (10 quabquor dopulado — para abCrn das inquiriçöos o da docurnenlaçfloquo entendia per hem, naqucia taso —, chainar ao proccssonova docurnentaçflo 00 olbctuar novas inquiriçOes.
Do ponto do vista do Partido Soeialjsta, no docorrerdas mnquirçOos surgirain aiguns cicmnontos quo precisarndo sororn rnclhor eonfirmados.
Foi alirmado aqui, por dois inquiridos, da existncia dourna reuniflo na Sccrctaria do Estado corn o Sr. Seeretario(IC Esiado dos Assuntos Fiscais, em quo lena sido aoordado,do facto, quo o perdlio dos juros era urn facto confirmado,definitive, somn a naturoza precOria (bile dopois tentou reform.E essas possoas orain a Dr.’ Helen do Castro, o Sr. Dr. Jacinto c o Sr. Robin Edineades. na quabidade deadininistrador da Cairna.
Pensanlos quo havia hxbo 0 intercsse em ouvir osiaspossoas, isto C, a Dr.a Helen do Castro, roprosentante daDoca, quo foi a cinpresa interinedidnia na venda (Ia CinpresaCanipos enipresa Cairna. e o Dr. Jacinto, quc foi o ropresentanto da emnprcsa quo procedeu a auditoria daainpos. Estas pessoas ostiverarn prosentes nosta reuniãocoin o Sr. Seereuinio do Estaclo.
Porianto, ponso quo para esclareccrrnos e entendeninosbcin o alcancc do coinprernisso assuniido cntre .0Sr. Secrethnio do Esurdo c ox representantes da ernprosaCmnpos, proinitentes vendcdoros da emprosa Campos, 0corn os nepresentantes da Caiina, promnitentes cornpradorcs,haveria todo o interesse cia quo so rcaIizasse csta audiçao.Porquanto, a audiçäo no minirno destas duas pessoas, oroprosentantc dada DECA, corno ornprosa intcrrnedidria noprocesso, e o represontanie da Ernest & Young, emprcsaquo proecdcu a audiroria, serern ouvidas pela Cornissaoquanto a este assunto.
Por issn, o Partido Socialista ax nm requonimnento parainquirir ainda cstas duas pessoas.
0 Sr. Presidente: Sr. Depuwdo, so born entendo, propOcquo sc oiça a Dr.’ Helen do Castro o o Sr. Dr. Jacinto.A intcnçao (lesta audiçüo C denlonstrar, ineqtmivecarnente,quo cxistiu nina reunigo mm Secrotania do Estado dosAssuntos Fiscais e quo dossa rounião lord rosultado 0eornpromisso do o Sr. SecretOnio do Estado dos AssuntosFiscais despachar no sentido do perdoar Os juros e muttas,avalizando assiin uin ncgOcio quo na altura foi empresentadocomo do transacçao.
Página 17
6 DE .ILI.IfO DK 1991 139
o Sr. Antonio Dorningues de Azevedo (PS): — Eexactamente Cs Ic o sentido quo airibufmos a estasinquiriçOos.
o Sr. Presidente: Coino o Sr. Doputado sabe, aCoinisso iria roaiizar as audiçOos quo fossom julgadasconveniontes, quo so revclasscm ncccssãrias C fossom
equilibradas.No entanto, estamos porante urna nova siwaçäo. Por
conseguinle, podia aos restantos deputados, panicularmente
aos deputados dos outros partidos aqui represontados,
embora estejarn cm nomo individual, quo so pronunciassomsobre osta nova questiio quo d lovantada polo Sr. DepuladoDomingucs do Azovedo.
Do todo o modo, o Sr. Dopuanlo Hdldor Filipe disse
quo tinha urna qtccstiio prvia.Sr. Doputado, cssa quesiflo prdvia d ligada corn este
assunto?
o Sr. Wider Fiiipe (PS): — E sim, Sr. Prosidonto.
o Sr. Presidente: — Sr. Deputado Antunes do Silva,tern a palavra.
o Sr. Francisco AI1ILIIICS da Silva (PSD): —Sr. Prosidenie, desdo o inicio dos trabalbos dosta Cornissno
quo Os depuuitios do PSD quo a compOern afirniararn ercaiirrnaran quo não qtieroiii assurnir tIma posição quo, doalgurna forma, possa ser contrñria ao apurarnento compiolo
o profundo da vordade.Porianto, a tOdaS as audiçOos roqucridas ou sugoridas
demos a nossa anuëncia ao longo (10 desenvolvirnento dosnossos trabaihos.
No ontanlo, corno disse a Sr. PresidcnL, d noccssário
que essas audiçOcs possarn Icr urn sontido Otil porque dooutra forma podernos estar a prorrogar do urna formamenos vujida os nosso trabuihos.
Relauvarnonte a estas duos pessoas quo o Sr. Deputado
referiu, a Sr. Dr. Helen do Castro Co Sr. Dr. Jacinto, queleriaiu ostado prosenlos no rouniao coin o Sr. Socrotariodo Estado, podemos admitir duos hipótoses: ou yew
conflrin:w nu inlirniar aquilo quo jã foi dito. Numa hipOtosoou noutra. croio quo näo carno-s adianLir na(la nais em
relaçao aquo quo já so purou no quo (1/. rospeito a ostocaso concreto, nu soja, do o.\istcncia ou nflo do unia rouniflo
na Secretaria do Estado dos Assuntos Fiscais.Concluindo cia no.ssa pane, scm projuizo (Iaquio quo
sempre dciondcrnos e quo continuarnos a defender, pok
näo quorornos obstar a quo esta Corn issno desenvolva Ossons irabalhos C possa chogar a urna conlusao consideradLi
dosejada por lodos nOs. nao vemos, do [UCLa, urn sentida
0tH e urna nocossidado nostas audiçoos quo agora sOosugeridas.
o Sr. Presidcnte: — Sr. Dopulado OcLvio Toixoira, torna palavra.
o Sr. Octio Teixeira (PCP): — Sr. Prosidonto, polonossa pane, so as uudiç&os proposias lororn considoradasOLois par qualcucr dos Srs. Depa:ados, riOo nos opomos
absoi utarnento ciii nada.No onento, orn reiaçiio 0 questão (10 Sr. Doputado
AntOnio Dorninguos do Azevedo, oolocava o soguintcproblorna. So näo houvor objooçOo por pane (IC qualquermombro do ComissOo, no senudo do so concluir que arounião ocorrida no dia 3 do Maio do 1990, ontro oSocreLirio do Esiado e Os outros oloniontos quo já forarnaqui roforenciados. rove por objeotivo por porte dosomprosas quo sulicitararn 0550 reuniao — consoguir urna
clarificaçao da situaçfio fiscal tb emprosa, incluindo aqui
os menianios em divida. para QUO SO pudosse roali,ar atransaoçäo do omprosa, isto d, so nib houver dOvidas porporte dos Srs. Deputados sobre osLo probleinOtica (e pensoquo não havera), gostava do saber so, nossa situação, ainda
so mantoria a sua proposta do audiçibo das possoas
referonciadas.
0 Sr. Presidente: — Srs. Doputados, antos do dar apalavra an Sr. Doputado AntOnio Doininguos do Azovodo
quo foi directarnento inquirido polo Sr. Deputado OctaviaTeixeira, o aponas para facilitar uina soluçäo, paroccu-meentondor, ontendi mesmo, quo propOs a apuramentodofinitivo do duos realidades.
Urna dolas, a do quo oxistin uina rcunio no dia 3 doMaTh oti numa data qualquer — rnas, soguramonte, amosdo aproseruaçOo do urn roquerimento, Prosurno quo foi dito,oxactamonto, dia 3 do Maio. F sO eonsultar as actas. B owrclaçao a isto o Sr. Dopulado Antunes do Silva respondou,inoquiv000rnonte, quo isso osul provado o quo roconhocoquo oxisliu essa rouniiio ofoctuada no dia 3 do Maio.
SO quo o Sr. Depuutdo Dominguos do Azovodo o oSr. Ocuivio Teixeira foram mais longo, o disserain quo oquo 6 prociso apurar, comprovar o dofinir ó quo não sOnüo houve uina rouni3o no Wa 3 do Maio, mas quo dossarouniOo — o cito o Sr. Doputado Octávio Toixoira quoparece icr enoontrado urna Lorma foliz — rosultou aclaribieaçOo fiscal do ompresa tendo em vista realizar uinnogOcio ontro a Carupos o a Coluloso do Cairna.
Portanto, penso quo este segundo ponto tainbdm toni doser objocto on nib do oxpiieitaçno por porte do Sr. Dcpu
tado Antunos do Silva, para tornarnios tima posiçOo 0podornios inquirir o Sr. Deputado propononto, no sentido(IC saber so estal ou nOo satisfeito corn as doclaraçoesprodozidas. Portanlo, [cmos do saber so a Sr. DeputadoAntunos do Silva o, do urna manoira goral, todos Os outrosSrs. Depuwdos concordam corn osLo aspecto.
Sr. Deputado Francisco Antunes do Silva, torn a palavra.
0 Sr. Francisco AntLines cia Silva (PSD): —Sr. Presidonte, nan quero valorar acm ajuizar 0 raciocinio
quo [a, o Sr. Doputado Dorningues do Azevedorolativarnonto 0 necossidade, on nflo, do ouvir estasentidatios. No enlanto, roafirniarnos aquilo quo seinpro foidito. PeLt nossa porte, não querornos constituir obsuiculosno sontido do padcr vii a scr apurada toda a vordado.
Porwnto, so ontendorern clue ostas possoas deveni sord)ttvidas, iiflo flfls opoinos.
Podiarnos apenas ao Sr. Presidente quo tentasse conjugar
cslas audiçñes coin a nccessidado quo docorre dos prOprios
toriuos do cleshacho, sw 6, (Ic concluirmos os nossostraballios dentro tlos prazos previamonto dotorminados.
Do nossa pane, emhora considerando quo osLo audiçao
nib virã Icr o sentido Oti I rclativamento aos nossos
trahalhos, nao nos opomos dcniro do principio quo näo
qticroinos, do algtima forma, oriar obsuboulos a audiçao doquoni quor quo seja no sentido do apurar toda a verdade
nesle procosso.
o Sr. Presidente: — Srs. Doputados, nOo sO rueroporlava a data quo foi roforida para conoluir 0 rclatOrio,quo era no dia 14 do Junho, data provibvol do enoerrarnonto
do Assoinbloia, coma aconttzava a conheci inonto posterior
quo tonios do quo Oslo assunto sorO, em princIpio, agondado
o levado ao Plondrio no próxiino dia 17 do Junho.
o Sr. Francisco Antunes do Silva (PSD): —Sr. Prcsidonte, hal quo oonjugar tornporairncnle 0550...
Página 18
,Pausa.
11 SERIE — NCMERO 5CM
VU/CS I11aIIdI 015,
Erw,i /7 hora.c c 15 ,,inuii,s.
quçr Ic sa;.nUlr 11:11.5 algurna
tfl POW! ftPAGO
I — Preco de pdgina pam venda avulso. 5$; preço por linhatie unhincio, 104$.
2 — Para us novoc assinanics do Didrio do .4s.e,nbIeiu doRr’pdb/ica, o periodo da assirtarlira será comprceiddo tieJari&ro a Dezcrnbro d.c cada ano. Os ndrneros puIicados eraNovembro Dezembro do ano anterior que complerarn a 1egislalura sero adquiridos ao preço tic capa.
3 .‘— Os prazos de rcclamaçäo de fakes do Didria daRepdb/leo pare 0 continente C regiOcs auIoromaS e eslraugeiro são,respecrivamerne. de 30 e 90 dias a data da sue publicacão.
PREçODESTE NUMEHO90SOO
140
O Sr. Presidente: — Significa quo 0 rclatório 1cm doestar ella aid ac (ha 14 de Junho. Ate so d a coinciddnciado so puntarern aqui as duas realidades. A priraciracorrosponde a quo no din 14 Ic Junho a rclatOrio OSLIVOSSOaprovado na Cocnissao. Coma sahoni, a (ha 14 C urna sexia—-(can e a dia 17 ë uii:a segunda-foira. Poriaiito, as dias 15o 16 (Ic I uriho corrcspondcui :io stihado e domingo,porlanto, s(io thi:is nub üLCis.
Srs. Deputados, IJCI1S0 (1(10 6 possivcl conciliar isso.No cntaiito, nao SOi so as pessoas ostm cd, so SÜD Iacilmonwcontaclaveis. mas dada clue ha ossa abortura take’. fosse
possfvcI conciliar essa audi ao para a proxii1a Lerça—foira.Mas nflu Iberia. (IC fOTiE aiguma. It ililliltI 111015 ajeni doquo isto.
O Sr. Francisco Ailtunes da Silva (PSD): —Sr. Pro SI dome. (juando cli SSO q ilo hay a a necossidade doconcil at teinportsIulcnItc 0510 9uC5130 agora surgida, Linhaa vor cm termos cenerotos coai a seguinto; 0 Basso lirnitotcniporal 6 a din IS do 5101110. T’orlamo, algo quo tiltrapasscesse liniite temporal. 1001 (ho segilir a trainitaçäo nornial,00 seja, brooms do obfor a 10111 ada do posição daAsseinbloia no sontido do prorrogar ox Bassos irahal has(ICliblo chic1cnba quo br prOVisivC I.
o Sr. Presidonie: .—— Sr. Doputado, p0:7 (loscuIpa do aI islcrronmpor, max a cxactamcnc 1>51) 9110 oct00 a dj,or.
Ponso quo do p01110 (Ic. visla iuutcrial (losde quo asposoas estojani disponiveis, C possivol. Nan cstou aqui atentar qualquor soluçuo.... lake’. pudes-.oios stIspeIidcrutmi hocathnho a g ravaçais. Sd tins scgu:idos.
O Sr. Presideitle: Srs. Dopatados. paroco oxistirconsonso para quo scm propilixti (Ia cOflLlIltIaçãO (losLiaballios Oxactai1100to 1115 lornios CIII 9110 (15 (Cr1105 (lolluidoclosdo 0 dia 4 (10 31111h0 do 1991. 0 4(10 iinplica (u0, anterça—fcira. Wa lb do 1110110 (Ic 1991, ontruremos nadiscussão o aprovaçiio do rclatOrio hna[ 1011W) cm vista cmo.umpriil’Lnhs do prasts (pIe a 1’ICII;IrIO da Asseimitilota (1:1
RepUbhica colocou para ciicerrarmos 0 inquerito ate no Wa15 do Jun ho. Portanto, sin prow/a (ho tudo aquiho (100,referi , ha consoiiso dos Srs . Doputados pam ouvir asI)CSNOaS tae o Sr. Depulain Dominguos do Azovcdo pIt pc’>o quo são, concrelamcmc, a S r.a Dr. lichen C;stro:prostdonic da DECA, e a Sr. Dr. Jacinto, da Ernost &Young.
o tema da audiçuo prondo—se, oxciusivamonto. coil] aeventual rouniao ofecuada na Seorolaria do Estado (lbsAssucitos Piscais antos do dospac.ho do Sr. Sccrecirio doEstado dos Assuntos Fiscais c tanilseni antcs tla e]almor;içaodo roquerimonto final par par te da Cain pos. Poriarilo,prendo-so, oxcltlslvarrleunc, coin a audiçao sabre ossorouuião C, nomcatlamentc, sobro o lipo do clarilicaçuo fiscalq no ter ocorrido nossa uiosma rourlio.
O Sr. AntOnio Doniingues tie A,evedo (PS): —Exaciamonto, Sr. Presklcnic.
O Sr. Prcsidente: — Srs. Doputados, visto havorCOflSOIlSb, Os scrviços irao providonciar no seuudo darequisiçho da prosonça (lossas possoas para as 15 horas o30 minutos dci (liP 11 ilIriho. 0 (1110 sigitilica quo, napratica. loromos do atrasur, em cerca (10 LlIIIl hora, (I xm nit)tub ostava ._0n.Ido j’.ir.i 0550 dim Oil SOJO, a diseussiio eaprcmvaçaa do rolatorio final.
Sr. Doputados, fli 1000111(uO S [di)’?
O Sr. Presidenle:--- SN. Dcptltados, a rcuiltdo ser3.olco1titila as I) tIaras c 3(3 iIlInutt)s, slgnillca quoatlasameillos 0 tciiipo suiccionte — ospero quo non sejasupcrlor a uma horn—— o pon[o 9110 osi:sva agondado pamaas 15 horas o 30 illinutos, oil sopa, a thiscusda C aprovaçaodo rclatOrio linal.
Algum (los S rs. Dcptllados pretendo pronuniciar—so sobro111:115 ali’um aSs[lii!0
Srs. Dcpulados, eslã onoormacla a lOurlith).
I
DepOsilu legal n. ° 8819:85
IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA, F. P.
AVISOPor ordern superior e para conslar, cornunica
-se que não sorão aceites quaisquer originais destinados ao Didrio cia Repüblica desde quo näo Iragarn aposta a competente ordern do publicacão,assinada e autenticada corn solo branco.
Toda a conespondencca, qua olicial, qua relaliva anuncios e a assinaliiras do Diano cIa Repubhcao e do uDiano da Ass?mblela cIa Repubhca*den set dingida a admlnlstraçao cIa Imprensa Nanosal-Casa da Moeda, £ P Rua de I) Fr$cisco Manuel de Melo 5 — 1092 Lisboa Codex