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Segunda-feira, 15 de setembro de 2014 II Série-D — Número 34

XII LEGISLATURA 3.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2013-2014)

S U M Á R I O

Delegações e Deputações da Assembleia da República:

— Relatório elaborado pelo Deputado Mendes Bota, do PSD, relativo à sua participação na reunião da Subcomissão do “Prémio da Europa”, da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE), que decorreu em Slupsk, Polónia, no dia 6 de setembro de 2014.

— Relatório elaborado pelo Deputado Mendes Bota, do PSD, relativo à sua participação numa reunião da Comissão da Igualdade e Não-Discriminação, da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE), que decorreu em Paris, no dia 8 de Setembro de 2014.

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DELEGAÇÕES E DEPUTAÇÕES DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Relatório elaborado pelo Deputado Mendes Bota, do PSD, relativo à sua participação na reunião d

Subcomissão do “Prémio da Europa”, da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE), que

decorreu em Slupsk, Polónia, no dia 6 de setembro de 2014

No dia 6 de setembro de 2014, participei na missão da Subcomissão do “Prémio da Europa”, que decorreu

em Slupsk (Polónia), que foi a vencedora da edição 2014 deste troféu, como reconhecimento do seu esforço

para o reforço do espírito de unidade europeia, traduzido pela adesão dos seus habitantes aos ideais

europeus e pelos laços de geminação que mantém com muitos municípios de diferentes países.

A cerimónia oficial decorreu na Câmara Municipal, que é presidida por Tadeusz Maciej, e na praça principal

da cidade, seguida de um desfile alegórico em que participaram os autarcas, deputados e convidados, sendo

bem visível a adesão da população e o orgulho que sentiram pela atribuição deste galardão.

Infelizmente, a missão ficou ensombrada pelo súbito falecimento de um dos membros da Subcomissão, o

deputado do Reino Unido, Jim Dobblin.

Assembleia da República, 9 de setembro de 2014.

O Deputado do PSD, José Mendes Bota.

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Relatório elaborado pelo Deputado Mendes Bota, do PSD, relativo à sua participação numa reunião

da Comissão da Igualdade e Não-Discriminação, da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa

(APCE), que decorreu em Paris, no dia 8 de Setembro de 2014

Relatório n.º 102

No dia 8 de setembro de 2014, participei na reunião da Comissão da Igualdade e Não Discriminação,

realizada no Senado de França.

Fiz seis intervenções nos seguintes pontos:

1. Na abertura da reunião, para solicitar um minuto de silêncio pela morte do deputado Jim Dobbin,

falecido no dia anterior em Slupsk (Polónia), durante a missão da Subcomissão do “Prémio da Europa” que ali

se deslocara para galardoar aquela cidade, vencedora da edição de 2014;

2. Coloquei algumas perguntas a Brigitte Gonthier-Maurin, presidente da Delegação para os Direitos das

Mulheres e Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens do Senado Francês, sobre as alterações

legislativas em curso, no que respeita à questão da prostituição;

3. Falei durante o debate sobre o memorando do deputado Nikolaj Villumsen, subordinado ao tema

“Equality and the crisis”. Uma vez mais, tive que exigir que algumas referências erradas feitas à situação em

Portugal fossem corrigidas.

a) Ao contrário do que se afirma no relatório, não é verdade que as estatísticas oficiais em Portugal

mostrem um decréscimo dos casos de violência doméstica reportados nos últimos três anos (parágrafo 33).

Segundo o RASI 2013 (relatório oficial das forças de segurança Portuguesas), o número de casos reportados

em 2012, foi de 26.678, e em 2013, de 27.318, registando-se assim um acréscimo de 2,4%;

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b) O desemprego jovem em Portugal está nos 35%, e não nos 37%;

c) Tive que demonstrar por número e gráfico, que esta narrativa ideológica que pretende associar as

políticas de austeridade e a Troika, com um aumento explosivo da emigração, não é correta. Segundo o

relatório oficial sobre a emigração recentemente vindo a público, o número de portugueses que emigraram em

2007 (antes do crash financeiro de 2008) é praticamente igual ao de 2012 (pior ano da crise em Portugal). A

diferença é de apenas 5000 pessoas (90.000 em 2007 e 95.000 em 2012). Portugal sempre foi um país de

emigração, desde há muitos séculos. Portanto, as afirmações citadas no relatório, do diretor do Observatório

das Desigualdades, de que “o potencial humano de Portugal está a ser deitado fora”, podem aplicar-se

praticamente desde que Portugal é um Estado. Acresce que estudos recentemente publicados, demonstram

que apenas 12% dos emigrantes dos últimos anos têm um índice de escolaridade no nível universitário, sendo

a grande maioria dos emigrantes composta por pessoas de baixa escolaridade;

4. Falei sobre o sucesso da campanha executada pela Network Parlamentar Europeia “Women Free from

Violence”, de que sou coordenador, e que assinalou o dia 1 de Agosto de 2014, data em que a Convenção de

Istambul entrou em vigor. Basicamente, os deputados e as deputadas membros da Network deram entrevistas,

escreveram artigos, organizaram conferências de imprensa e conduziram visitas a casas de abrigo para

mulheres vítimas de violência.

Dei conta que, em Portugal, escrevi um artigo publicado num dos principais diários nacionais, fiz dois

comunicados à comunicação social, dei entrevistas para televisões, rádios e jornais, proferi uma conferência, e

visitei a casa de abrigo da UMAR (ONG União de Mulheres Alternativa e Resposta), onde reuni com muitas

das vítimas ali acolhidas, e responsáveis da instituição, colocando-as no centro das atenções, e dando voz às

suas preocupações.

Esta ação transeuropeia foi um verdadeiro sucesso. O volume que transcreve tudo o que se escreveu

sobre a Convenção de Istambul e o Conselho da Europa são prova cabal disso.

Além de agradecer o empenho dos colegas e das colegas na resposta que deram ao meu apelo, chamei a

atenção para os dois conceitos fundamentais que se retiram desta iniciativa:

a) A importância de colocar sempre as vítimas no centro das políticas e dos esforços legislativos;

b) O papel crucial que os políticos podem ter a catalisar a atenção da comunicação social, e a influência

que podem ter na opinião pública, contribuindo para a mudança das mentalidades;

5. Fiz a apresentação das linhas gerais do relatório que estou a preparar sobre “Promoting best practices

in tackling violence against women”, numa intervenção que consta do Anexo ao presente relatório;

6. Falei sobre a proposta de moção para recomendação intitulada “For a systematic collection of data on

violence against women”, apresentada pela deputada italiana Maria Edera Spadoni.

Foi aprovada a minha participação, como orador convidado, no International Abolitionist Congress, a

realizar em Paris, a 12 e 13 de Novembro de 2014, numa organização das seguintes entidades: The Coalition

for the Abolition of Prostitution (CAP international), Mouvement du Nid e Fondation Scelles. Irei falar sobre o

tema “Prostitution and trafficking in human beings in the world : an exploitation of the most vulnerable groups”.

Assembleia da República, 9 de setembro de 2014.

O Deputado do PSD, José Mendes Bota.

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ANEXO

Speech by Mr. Mendes Bota, on the presentation of the guidelines for drafting a report on

“Promoting best practices in tackling violence against women”

Committee on Equality and Nom Discrimination

Paris, 8th

September 2014

Dear colleagues,

I decided to table the motion which is at the origin of this report because the entry into force of the Istanbul

Convention is bound to open a new stage in our work.

When the Istanbul Convention was opened for signature in May 2011, our primary objective as

parliamentarians committed to ending violence against women was to promote the signature and ratification of

the Convention by the largest possible number of States.

To this end, the Parliamentary Network Women Free from Violence commissioned a Handbook to explain in

simple terms the added value of the Istanbul Convention and its main provisions.

The Handbook has been an extremely valuable tool, not only to enhance the knowledge of parliamentarians

but also as a visibility instrument addressed to NGOs and the general public. It is a confirmation of its success

that it has been translated into 16 languages – thanks to voluntary contributions – and that it has been widely

used during seminars on the Istanbul Convention organized in national parliaments.

With the entry into force of the Istanbul Convention, we are called to respond to a new challenge: how to

ensure effective and high-quality parliamentary monitoring of the Istanbul Convention, both at national and at

European level, in full synergy with the other monitoring mechanisms set out by the Convention.

Let me recall that the Istanbul Convention is the first legally-binding instrument in the world to foresee a

specific role for parliamentarians in monitoring the implementation of the Convention. In addition, the

Parliamentary Assembly is invited to take stock of the implementation of the Convention on a regular basis.

The independent monitoring mechanism set out by the Convention – GREVIO – will probably start to

function only in March 2015. BUT, AT NATIONAL LEVEL, in all the countries in which the Convention has

already started to be applied, we can play a role of OVERSIGHT, questioning our governments and collecting

information on the situation on the grounds from reliable sources – NGOs, victims, ombudspersons, and so on.

This is why I would like to proceed very rapidly with the preparation of a report, which should give concrete

examples OF THE BEST PRACTICES, POLICIES, and EXTRACTS of LEGISLATION on the main aspects

covered by the Convention.

The structure of the report would follow the structure of the Convention:

- PREVENTION

- PROSECUTION

- PROTECTION

- INTEGRATED POLICIES

I shall attach special attention to issues such:

– data collection;

– media coverage of violence against women (including respect of the victims) and awareness-raising

campaigns;

– effectiveness of criminal prosecution (there are too many victims, too few convicted offenders, and too

mild sanctions);

– availability of shelters and psychological support for victims (which are put at risk by the economic crisis);

– multi-agency co-operation (which is essential to ensure that the needs of the victims are met);

– the situation of vulnerable women (for instance, girls, older women, women from minorities, migrants).

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This report, once approved by the Committee, will be published as a second Handbook, which will be much

more specific and detailed than the first one, and will be addressed to legislators and policy-makers who seek

technical support for their work.

I will rely on the help of a consultant for the preparation of this compilation, because it requires comparative

knowledge of the legislation applied in different member States of the Council of Europe.

But I also hope that, as usual, I can count on the help and support of the members of the Committee and the

Network. Should you consider that in your country, at national, regional or local level, there are initiatives and

instruments that deserve being introduced in other countries, or can serve as a source of inspiration, please do

not hesitate to transmit inform me or the Secretariat, so that I can take them into consideration.

Thank you very much to you all.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.

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