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Sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018 II Série-D — Número 10

XIII LEGISLATURA 3.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2017-2018)

S U M Á R I O

Delegações da Assembleia da República:

— Relatório da participação da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas na 10.ª Edição do Fórum Parlamentar de Inteligência e Segurança, que se realizou em Washington, Estados Unidos da América, no dia 7 de dezembro de 2017.

— Relatório do Deputado Luís Leite Ramos, do PSD, sobre a sua participação, como representante da Comissão de Cultura, Educação, Desporto e Media da Assembleia da República, nas reuniões do Bureau e da Comissão Executiva do Centro Norte/Sul, que se realizaram em Estrasburgo, no dia 8 de fevereiro de 2018.

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DELEGAÇÕES DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Relatório da participação da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas na 10.ª

Edição do Fórum Parlamentar de Inteligência e Segurança, que se realizou em Washington, Estados

Unidos da América, no dia 7 de dezembro de 2017

Enquadramento

Decorreu no passado dia 7 de junho, na Sala dos Membros da Biblioteca do Congresso, a 10.ª Edição do

Fórum Parlamentar de Inteligência e Segurança.

Na sequência de convite em tempo formulado pela organização, o Parlamento português foi representado

pelo Presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, em representação do

Senhor Presidente da Assembleia da República, tendo sido acompanhado pelo Senhor Embaixador de Portugal

nos Estados Unidos da América, Domingos Fezas Vital. A delegação nacional contou, ainda, com a presença

do assessor daquela Comissão, Raul Maia Oliveira.

Desde a sua primeira edição, à qual o Parlamento e em especial, o Senhor Presidente da Assembleia da

República, sempre reconheceram relevância, esta iniciativa tem vindo a ser patrocinada pelo Congressista norte-

americano Robert Pittenger, visando estabelecer um intercâmbio entre parlamentares europeus e norte-

americanos, partilhando informações acerca de temas prementes ao nível da segurança internacional, sendo

que a temática da lavagem de dinheiro enquanto fonte de financiamento do terrorismo internacional tem sido a

questão-alvo desde há algumas edições a esta parte.

Através desta plataforma de contacto, pretende-se envolver os dois lados do Atlântico num esforço de

aprofundamento das relações institucionais, onde o desiderato da cooperação interparlamentar foi

complementado com a participação de representantes de outras organizações, tanto de cariz público como não-

governamental, todas com relevante experiência nas matérias abordadas.

Lista de Participantes

Participaram nesta Edição, os parlamentares, dignitários e representantes concretamente descriminados na

Lista que, para os devidos efeitos se anexa e identifica como Anexo I.

Agenda dos Trabalhos

A Agenda do Fórum é a que consta do Anexo II ao presente Relatório.

Desenvolvimento dos Trabalhos

Reunião de trabalho na Embaixada de Portugal (06.12.2017)

No dia 6 de dezembro, pelas 11 horas, teve lugar, na Embaixada de Portugal, em Washington, um encontro

entre o Senhor Presidente da Comissão e o Senhor Embaixador, Domingos Fezas Vital, seguido de almoço

oferecido por este.

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Este encontro propiciou-se uma interessante e atual troca de impressões acerca do momento político

americano, em geral, e sobre a sua política externa, tanto no âmbito multilateral como, em particular, no bilateral.

Foram focados aspetos relacionados com a questão das Lajes, nas suas múltiplas vertentes e aceções, bem

como sobre a situação das comunidades portuguesas a residir nos Estados Unidos.

Reunião do Fórum (07.12.2017)

Após a acreditação dos elementos da delegação — nela se incluindo o Senhor Embaixador Fezas Vital —,

os trabalhos iniciaram-se pelas 9 horas com o discurso de boas-vindas a cargo do Congressista (e mentor desta

iniciativa) Robert Pittenger1 , também, na qualidade de Chairman da Task Force do Congresso sobre Terrorism

and Unconventional Warfare, e de Vice Chairman da Financial Services Committee Task Force especificamente

dedicada à investigação do denominado Terrorism Financing. De seguida, leu aos participantes mensagens

endereçadas pelo Speaker da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, pelo respetivo Majority Whip, Steve

Scalise, bem como pelo Majority Leader Kevin McCarthy2 , exortando-os a uma participação dedicada no esforço

de cooperação e vigilância capazes de prevenir futuros ataques terroristas nos respetivos países.

Intervenções

Como é corrente nos trabalhos deste Fórum, sucederam-se a elevado ritmo intervenções no âmbito dos

diversos painéis previstos, ao que seguiu, para cada um, um período de perguntas dos participantes e respostas

dos oradores. Dar-se-á seguidamente conta das intervenções mais relevantes.

No âmbito do painel inicial, dedicado a comunicações de teor mais político, salientaram-se as intervenções

do Senhor J. Hensarling, Presidente da Comissão de Finanças da Câmara dos Representantes, e do Secretário

para o Counter-Terrorism Financing, o Senhor M. Chertoff.

No primeiro caso, foi focada a importância do papel dos legisladores, dos Parlamentos e das respetivas

lideranças na busca das melhores e mais adequadas soluções de enquadramento e combate ao fenómeno do

terrorismo, cuja sensibilidade aconselha a especiais cuidados de abordagem.

No segundo caso, o Senhor Chertoff começou por acentuar a premência da criação e interoperabilidade das

redes de partilha de informações sensíveis e essenciais ao combate ao terrorismo. Identificou o advento da era

do “terrorismo 3.0”, onde os eventos de grande impacto foram substituídos pelo incremento de uma sensação

geral de fragilidade e vulnerabilidade, onde qualquer cidadão aparentemente vulgar pode praticar atos de terror,

utilizando como armas instrumentos de uso comum. Curiosamente, defendeu a criação do que apelidou de

“rampas de saída” para os potenciais recrutandos dos processos de radicalização, consistindo tal figura na

monitorização dos potenciais aliciados e da intervenção do Estado, através de programas específicos no âmbito

do sistema de segurança social, oferecendo um rendimento alternativo que permita desviar os jovens do

terrorismo, no intuito de os reinserir na vida normal da comunidade. Prosseguiu, elegendo a cibersegurança

como a mais premente das ameaças, sendo mesmo o vetor mais utilizável na era do terror “3.0”, tendo

relembrado que a internet publicamente disponibilizada aloja, apenas, uma pequena parte da informação

digitalmente disponível, tendo chamado a atenção para a Deepnet e, dentro desta, da Darknet, normalmente

associadas a quem não interessa aceder digitalmente a informações em pesquisa aberta.

Intervieram seguidamente os Senhores Steve Pearce e Andy Barr, membros do House Committee on

Financial Services, respetivamente, do Subcommittee on Terrorism and Illicit Finance, e do Subcommittee on

Monetary Policy and Trade.

1 Congressista republicano, eleito pelo Estado da Carolina do Norte; 2 Ambos pertencentes ao Partido Republicano, que detém a maioria na Câmara dos Representantes do Congresso.

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No primeiro caso, foi novamente acentuada a questão da vulnerabilidade das redes ciber, capaz de constituir,

na sua opinião, a maior ameaça à riqueza dos Estados Unidos e aos valores que moldam a organização e a

vida norte-americana. Finda a sua intervenção e instado a aprofundar melhor a sua ideia, acabaria por referir

quer todo o sistema financeiro norte-americano assenta em plataformas e dispositivos digitais, cuja

vulnerabilidade tem sido posta em causa e para cuja defesa se deve adotar legislação adequada, não referindo

em concreto de que tipo ou com que teor.

Já no segundo caso, retivemos a ideia transmitida pelo Senhor Barr, de que “o que dá substância à diplomacia

é a força militar e a suscetibilidade de aplicação de sanções económicas” (sic), muito na linha da doutrina

neoconservadora que vai prevalecendo na política externa da Administração norte-americana.

De seguida, interveio o signatário, para indagar da opinião dos intervenientes, sobre se não existiria uma

certa tendência da política externa norte-americana para a simplificação da realidade por via de generalizações

mais ou menos abrangentes, tratando de uma mesma forma questões objetiva e subjetivamente diferenciadas

entre si, impedindo muitas das vezes uma abordagem mais profunda de certas particularidades regionais e dos

papéis que os diferentes países aí desenvolvem.

A resposta foi de que as soluções ideais são, por vezes de difícil realização e de que os Estados Unidos se

encontram, presentemente, a reorientar os instrumentos da sua política externa, tendo nesse campo de lidar

com algumas condicionantes de natureza orçamental. Contudo, segundo foi afirmado, a Administração

americana procura sempre atribuir a maior atenção a cada situação e suas circunstâncias específicas,

independentemente da região em causa.

Salienta-se, igualmente, a presença do Presidente da House Permanent Select Committee on Intelligence, o

Congressista Devin Nunes, o qual começou por agradecer a presença de todos e sugerir que Portugal pudesse

organizar proximamente uma das edições “europeias” deste Fórum.3 Independentemente do incremento de

investimentos que possam estar a ser efetuados em diversos países aliados, por parte de potencias

estrangeiras, alertou o Congressista para o facto de poderem os mesmos estar a ocultar ações pouco claras,

tendentes a captar informação estrategicamente relevantes, em domínios não apenas militares, mas sobretudo,

na investigação técnico-científica, economia e sistema financeiro. E salientou que, apesar do 11 de setembro e

das falhas de segurança então detetadas, as condições de coordenação e partilha de informação entre as

agências americanas se encontrarem ainda bastante aquém do desejável. Terminou, apontando a necessidade

de enfrentar a ascensão da Rússia, para cujo efeito se torna absolutamente necessário que todos os países da

NATO cumpram o investimento de 2% do PIB na área militar, a par do respetivo reforço do poder militar e

económico.

As relações com a China, no domínio das finanças e do investimento, foram abordadas pelo Senhor Michael

Wessel — membro da Comissão nomeada pelo Congresso para a elaboração do Relatório sobre as relações

económicas e de segurança China-Estados Unidos4 —, o qual começou por apresentar, de forma

necessariamente sumária, o trabalho produzido pela equipa que integrou no citado âmbito, tendo salientado dois

aspetos: primeiro, o facto de se tratar de um instrumento único no quer à temática em apreço diz respeito.

Depois, a particularidade de todos os Relatórios que têm vindo a ser produzidos no âmbito desta Comissão

terem sido sempre aprovados por unanimidade dos seus membros.5 Fez seguidamente notar que a China não

3 Existe uma prática assumida pela organização do Fórum de alternar a realização destes eventos entre a Europa e os Estados Unidos, relembrando-se que a anterior sessão havia decorrido em Tallinn, na Estónia. 4 Este Relatório, apresentado em novembro de 2017, resultou do mandato concretamente concedido pelo Congresso, no qual se identificava um conjunto de quesitos concretos sobre os quais deveria recair o exame da referida Comissão, sendo que esta se encontrava igualmente mandatada, no mesmo âmbito, para formular as recomendações que viessem a resultar adequadas. Sublinha-se, o facto de o referido Relatório ter já sido disponibilizado aos Deputados da Comissão, estando aberto para consulta a todos os demais que demonstrem interesse em conhecê-lo, sendo acedível a partir do seguinte endereço eletrónico: https://www.uscc.gov/about/uscc-charter 5 De notar que a composição desta Comissão especial é composta por doze Congressistas, existindo paridade perfeita entre republicanos e democratas.

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entrou de forma plena no processo de liberalização mundial de mercados, tendo referido o facto de os Estados

Unidos terem banido todos os investimentos projetados pela China no país, independentemente de serem

encabeçados por empresas de Estado ou por fundos soberanos de origem chinesa. Sublinhou o facto de as

delegações chinesas, presentes nos diferentes fora à escala global, estarem cada vez melhor preparadas,

inclusivamente, no domínio das línguas de trabalho e até de origem dos países onde ocorrem as suas

intervenções. Conclui o Senhor Wessel, afirmando que a “ameaça” chinesa é, sobretudo, de natureza

económica, designadamente, no que concerne às regras da concorrência.

O período de trabalho matinal culminou com as intervenções do Senhor Greg Henderson — Senior Director

para a Global Security Intelligence Practice, da empresa Stastitical Analisis System (SAS) —, bem como da

Senhora Samantha Ravich, antiga Conselheira de Segurança do Vice-Presidente Richard Cheeney (janeiro de

2001 a janeiro de 2009, Administração Bush). Destas participações, fixámos a ideia de que somente as

empresas “globais” têm a possibilidade de se precaverem de ataques informáticos, perguntando-se hoje, de que

forma poderia o Governo ajudar todas as restantes, designadamente ao nível da partilha de informações e,

sobretudo, fornecendo meios humanos e materiais destinados a garantir a segurança informático-digital das

empresas privadas.

Aspeto da sala da Biblioteca do Congresso onde decorreram os trabalhos.

Após um curto período para almoço no próprio local dos trabalhos, recomeçaram estes pelas 13 horas e

trinta minutos com as intervenções dos Senhores Jerome Beaumont, e Barry Mckillop, respetivamente,

Secretário Executivo das Unidades de Inteligência Financeira do Egmont Group, e responsável máximo da

FINTRAC (Canadian Financial Intelligence Unit). Em ambos os discursos ficou evidente que o combate ao

terrorismo e ao seu financiamento passa impreterivelmente por seguir o rasto dos fluxos financeiros. Segundo

o Senhor McKillop, era previsível desde há um ano o desmoronamento do DAESH e o regresso à origem dos

seus combatentes e operacionais, onde passariam a agir como “lobos solitários”. Por tal motivo, a grande

questão de hoje consiste em saber onde se encontram tais elementos. Por seu turno, referiu o Senhor Beaumont

a necessidade de combater em rede o fenómeno do financiamento do terrorismo, tendo relembrado a existência

de uma plataforma alimentada e partilhada a nível internacional, à qual podem aceder todos o países que sejam

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membros do denominado Egmont Group.6 Sublinhou a relevância do trabalho desta rede, onde se monitorizam

e estudam as diferentes metodologias utilizadas neste fenómeno, bem como as formas de melhor o combater.

A título de curiosidade, indicou o facto de a atividade turística constituir hoje uma das formas correntes de

alimentação de células terroristas residentes, assim como relembrou que o Hezbollah se tem vindo a financiar

através de contrabando diverso, nomeadamente de tabaco. Esta monitorização de fluxos tem permitido,

inclusive, detetar redes de tráfico de seres humanos, a qual, em nove meses, passou de 400 para 4000 casos-

alvo.

Como já havíamos feito notar de anteriores participações, é habitual neste evento a participação de entes

privados, aos quais é frequentemente atribuída, não bastas vezes, a conceção e execução de programas de

interesse público, também, no domínio da segurança e inteligência financeira. Tal foi o caso da intervenção a

que aludimos supra, por parte do representante da SAS. Também marcaram presença e intervieram

representantes de organizações de cariz não-governamental, como a Foundation for Defense and Democracy,7

e o Center for a Secure Free Society, as quais colocam à disponibilidade dos membros do Congresso e do

Senado consultadoria especializada. Ou, pura e simplesmente, empresas privadas, como são os casos da Philip

Morris International, e de diversas entidades bancárias, como o Barclays, Citigroup e JP Morgan Chase.

Após o encerramento dos trabalhos, seguiu-se uma receção no edifício do Congresso.

Ideias e Contributos a reter

1. Existe uma opinião alargada no sentido de que o Fórum expanda a sua atividade no âmbito regional,

mormente pela criação de pólos de reflexão, os quais promoveriam edições regionais deste evento.

2. Quase todos os países representados, oriundos do leste europeu e que ainda não integram a NATO,

manifestaram forte empenho em poder fazê-lo (dos mais evidentes, registámos a Arménia e o Kosovo), aspeto

que deve merecer conveniente reflexão, em face dos desenvolvimentos recentes decorrentes da implementação

da cooperação estruturada permanente, no âmbito da política comum de segurança e defesa da União Europeia.

3. Portugal, através da Assembleia da República, poderia ponderar a organização de uma das edições deste

evento, para cujo efeito, aliás, parece poder contar com apoios variados, quer no Congresso americano, quer

mesmo de entre as diferentes delegações nacionais, com destaque para os países do Báltico e dos Balcãs que

expressamente o referiram.

4. Além da questão da lavagem de dinheiro e do controle de fluxos financeiros suscetíveis de alimentar

ações terroristas, o acento tónico desta edição recaiu na questão da cibersegurança, à qual os americanos

atribuem o valor de ameaça real, dada a vulnerabilidade dos diferentes suportes digitais nos quais

tecnologicamente assenta toda a estruturação dos mercados financeiros e das transações internacionais.

5. Existe um clima sensível de “confrontação” económico-comercial, onde a China é tida como a grande

ameaça, quer por motivos relacionados com a já aludida cibersegurança, como pela necessidade de combater

a contrafação e defender a propriedade intelectual.

6. Também o Irão e a Federação Russa concentram as preocupações norte-americanas, no primeiro caso,

pelo dossiê nuclear e pela (in)segurança regional, e no segundo, pelas ações de propaganda e também por

questões relacionadas com a cibersegurança.

6 Trata-se de uma rede informal, criada em 1995 (no Egmont Arenberg Palace, em Bruxelas), que agrupa à escala global cerca de 155 entidades públicas nacionais dedicadas à inteligência financeira nos domínios do combate à “lavagem” de dinheiro e financiamento do terrorismo. Possui um Secretariado Executivo sediado em Toronto, no Canadá, embora estenda a sua atividade à escala global, possuindo estruturas regionais e diversos grupos de trabalho. Portugal é parte aderente desta plataforma através da Polícia Judiciária, desde 1999. Os respetivos Relatórios estão disponíveis em https://egmontgroup.org/en. 7 Sugerimos, a título meramente didático, a consulta do sítio eletrónico desta Fundação, acedível em: http://www.defenddemocracy.org/

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Considerações Finais

I- Além da relevância intrínseca que indiscutivelmente possui, este evento tem vindo a permitir contactos

entre parlamentares europeus e norte-americanos, numa ambiência mais informal e propícia à troca de

impressões franca e aberta, atenta a existência de interesses partilhados com determinados objetivos da política

externa portuguesa.

II- Deve ser sublinhado, ainda, o inexcedível acompanhamento e a relevância suscitada por esta visita, por

parte da Embaixada portuguesa, cabendo, reconhecidamente, agradecer a todo o pessoal da Embaixada, na

pessoa do Senhor Embaixador Fezas Vital, bem como ao Dr. Mário Martins, Conselheiro Político da Embaixada,

todo o empenho manifestado para com esta delegação parlamentar.

Palácio de S. Bento, 16 de janeiro de 2018.

O Presidente da Comissão, Sérgio Sousa Pinto.

ANEXOS

A) Convite e Despacho autorizador de Sua Excelência, o Presidente da Assembleia da República;

B) Lista de Participantes;

C) Agenda de trabalho da 4.ª Edição do Fórum.

Nota. Os referidos anexos encontram-se disponíveis para consulta nos serviços de apoio.

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DELEGAÇÕES DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Relatório do Deputado Luís Leite Ramos, do PSD, sobre a sua participação, como representante da

Comissão de Cultura, Educação, Desporto e Media da Assembleia da República, nas reuniões do

Bureau e da Comissão Executiva do Centro Norte/Sul, que se realizaram em Estrasburgo, no dia 8 de

fevereiro de 2018

1. Participei na reunião da Comissão Executiva do Centro Norte-Sul, enquanto representante da Comissão

de Cultura, Educação, Desporto e Media da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, realizada no dia

8 de fevereiro, em Estrasburgo, França. Esta reunião foi realizada no edifício do Conselho da Europa e tinha

como principal objetivo a eleição do Presidente, do Presidente e dos membros do Bureau.

2. O secretariado do Centro Norte-Sul recebeu duas candidaturas oficiais para o lugar de Presidente do

Comité Executivo, a da Espanha, representada pelo Embaixador Javier Gil Catalina, e a do Comité das Regiões,

representada por M. Christophe Rouillon. Os candidatos apresentaram as suas candidaturas aos membros do

Bureau, tendo-se seguido a votação, por voto secreto. Dos 26 votos expressos, 22 foram em favor da

candidatura espanhola e 4 em favor do Comité das Regiões. A Espanha foi, assim, eleita para a Presidência do

Comité Executiva para o mandato 2018-2020.

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3. De seguida procedeu-se à eleição dos membros do Bureau, tendo o Secretariado recebido para o efeito

as candidaturas de Malta, Marrocos, Grécia, Sérvia e Portugal. Os membros do Comité Executivo elegeram, por

unanimidade e aclamação os cinco Estados Membros que constituirão o Bureau para o mandato 2018-2020,

juntamente com os representantes da União Europeia, a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, o

Parlamento Europeu e o Congresso dos Poderes Locais e Regionais do Conselho da Europa, o Comité Europeu

das Regiões, a Conferências das OING e o Conselho Conjunto da Juventude.

4. O Secretariado recebeu ainda a candidatura do Reino de Marrocos para a Vice-Presidência, tendo sido o

seu representante eleito por unanimidade e aclamação e mantendo-se assim a tradição do equilíbrio Norte-Sul

na direção do Bureau.

5. O Diretor Executivo do Centro Norte-Sul, Embaixador António Gamito, agradeceu o contributo de todos no

trabalho e na dinamização do Centro Norte-Sul, tendo deixado ainda um agradecimento especial ao Embaixador

Matthew Johnson, que facilitou uma integração harmoniosa do Centro Norte-Sul na direção da Cidadania

Democrática e da Participação. Referiu ainda que a difícil situação financeira da instituição tem vindo a ser

recuperada progressivamente e anunciou os principais objetivos para o corrente ano: aumentar o número de

adesões; prosseguir o processo de alinhamento com o Conselho da Europa, acrescentando as suas

especificidades e reforçando a sua voz no Sul; reforçar e diversificar a cooperação com a EU; desenvolver uma

grande parte das suas atividades nos territórios dos Estados membros; reforçar a cooperação com o Sul do

Mediterrâneo e a África. Finalmente agradeceu ao Presidente cessante, Jean-Marie Heydt, a sua dedicação e

empenho na consolidação e afirmação do Centro Norte-Sul, agradecimentos que foram subscritos pelas

diferentes delegações.

Lisboa, 13 de fevereiro de 2018.

O Deputado do PSD, Luís Leite Ramos.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.

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