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Sexta-feira, 12 de março de 2021 II Série-D — Número 7
XIV LEGISLATURA 2.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2020-2021)
S U M Á R I O
Delegações da Assembleia da República:
— Relatório da participação da Assembleia da República na Sessão Anual da Assembleia Parlamentar da NATO, de 18 a 23 de novembro de 2020, por videoconferência.
— Relatório da participação da Assembleia da República na Conferência Interparlamentar sobre «O Pacto Ecológico Europeu e a Política Agrícola Comum: para uma Europa sustentável e de neutralidade climática», realizada em Berlim, em 5 de outubro de 2020, por videoconferência.
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DELEGAÇÃO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
RELATÓRIO DA PARTICIPAÇÃO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA NA SESSÃO ANUAL DA
ASSEMBLEIA PARLAMENTAR DA NATO, DE 18 A 23 DE NOVEMBRO DE 2020, POR
VIDEOCONFERÊNCIA
A 66.ª sessão anual da Assembleia Parlamentar da NATO (APNATO) decorreu de 18 a 23 de novembro de
2020, por videoconferência. Dada a realização da sessão por videoconferência, o programa integrou um formato
específico, passando as reuniões das comissões a decorrer com duas sessões, uma delas reunindo duas
comissões, com um orador comum. Tiveram igualmente lugar duas reuniões da Comissão Permanente, para
além de uma sessão dedicada à apresentação dos relatórios cuja temática versava a pandemia de COVID-19.
Os trabalhos da sessão decorreram de acordo com o programa em anexo, tendo nela participado os Srs.
Deputados Adão Silva (PSD), Marcos Perestrello (PS), Lara Martinho (PS), José Luís Carneiro (PS), Olga
Silvestre (PSD) e Ana Miguel dos Santos (PSD).
Cerimónia de abertura – 18 de novembro
A cerimónia de abertura contou com a intervenção do Presidente da APNATO, Attila Mesterhazy (HU), da
Presidente da delegação grega à APNATO, Marietta Giannakou, do Primeiro-ministro da República Helénica,
Kyriakos Mitsotakis, através de mensagem gravada, seguido de um período de perguntas dos membros com a
participação do Ministro do Ambiente e Energia da República Helénica, Konstantinos Hatzidakis. Na sua
intervenção, o Presidente da APNATO realçou, entre vários temas, a importância dos valores partilhados pela
Aliança, bem como o significado da celebração, no ano em de 2020, do 20.º aniversário da adoção da Resolução
do Conselho de Segurança das Nações Unidas 1325 sobre Mulheres, Paz e Segurança.
Reunião especial COVID-19 – 18 de novembro
A cerimónia de abertura foi seguida por uma reunião especial COVID-19 na qual foram apresentados os
relatórios das cinco Comissões sobre a COVID-19, seguida de discussão dos relatórios. A reunião foi presidida
pelo Vice-Presidente Osman Bak (TR), seguindo-se a apresentação dos cinco relatórios, votados, no entanto,
em Comissão, aquando das respetivas reuniões:
– Comissão para a Dimensão Civil da Segurança (CDS): «O impacto da crise de COVID-19 na dimensão civil
da segurança», por Joëlle Garriaud-Maylam (França);
– Comissão de Defesa e Segurança (DSC): «O papel das Forças Armadas na pandemia de COVID-19», por
Attila Mesterhazy (Hungria);
– Comissão de Economia e Segurança (ESC); «As consequências económicas da pandemia de COVID-19»,
por Christian Tybring-Gjedde (Noruega);
– Comissão Política (PC): «A COVID-19 e a segurança transatlântica», por Lord Campbell of Pittenweem
(UK);
– Comissão de Ciência e Tecnologia (STC): «A COVID-19, segurança internacional e a importância da rede
de ciência e tecnologia da NATO», por Kevan Jones (UK).
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Reunião de coordenação – 8 de novembro
Na reunião de coordenação foi apresentada aos membros do Bureau e aos representantes das Comissões
e Subcomissões uma perspetiva das atividades e temas planeados para o ano de 2021, nela participando o
Bureau, os presidentes de Comissão e relatores gerais e especiais, presidentes de Subcomissões e os relatores
das Subcomissão. Na reunião, a Secretária-Geral da APNATO informou os membros sobre as atividades
realizadas em 2020 e sobre o conjunto de atividades e relatórios propostos para 2021.
Reuniões das Comissões – As Comissões reuniram entre os dias 19 e 22 de novembro
Decorreram duas reuniões de cada Comissão. Na primeira reunião, houve lugar à participação de um orador
convidado, conjunto a duas Comissões, sendo depois apresentados e debatidos alguns dos relatórios da
Comissão (reunião 1). Na segunda reunião, foram apresentados e debatidos os restantes relatórios, a resolução
de cada Comissão, e realizadas as eleições dos Officers de cada Comissão (reunião 2). A adoção dos relatórios
foi feita quando os mesmos foram apresentados e debatidos. Os relatórios relacionados com a pandemia de
COVID-19 foram então igualmente votados em reunião de Comissão.
Para efeitos do presente relatório, as temáticas das duas agendas das reuniões são apresentadas em
conjunto.
Comissão Política – 19 de novembro/20 de novembro
A reunião foi presidida por Lord Campbell of Pittenween (UK), Presidente da Comissão Política. A agenda da
reunião incluiu, no dia 19, a apresentação e votação da proposta de relatório da Subcomissão para as Parcerias
da NATO sobre «A Parceria NATO-EU num Contexto Global em Mudança», por Sonia Krimi (França), e da
proposta de relatório da Subcomissão para as Relações Transatlânticas sobre «Segurança e Dinâmica Política
no Golfo», por Ahmet Yildiz (TR). No dia 20, foi apresentada e votada a proposta de relatório geral, sobre «A
ascensão da China: Implicações para a Segurança Global e Euro-Atlântica», por Gerald E. Connolly (EUA); e
votado o relatório especial, sobre «COVID-19 e a Segurança Transatlântica», por Lord Campbell of Pittenweem
(UK).
A Comissão submeteu à aprovação do Plenário da Assembleia o Projeto de Resolução «Uma Estratégia
Transatlântica sobre a China», apresentada por Gerald E. Connolly (EUA).
Foram realizadas as eleições para os Officers da Comissão Política, tendo o Deputado Marcos Perestrello
(PS) sido eleito Vice-Presidente da Subcomissão para as Parcerias da NATO.
Comissão para a dimensão civil da segurança – 19 de novembro/20 de novembro
A reunião foi presidida por Joëlle Garriaud-Maylam (França), Presidente desta Comissão. Na reunião de dia
19 de novembro foram apresentadas e votadas as propostas de relatório geral sobre «A China e a ordem liberal
mundial», por Lord Jopling (UK), e de relatório da Subcomissão para a Governação Democrática, sobre
«Promover o conhecimento e a comunicação sobre a NATO», por Angel Tilvar (Roménia). A agenda de dia 20
de novembro integrou a apresentação e votação do relatório especial «Fazer avançar o programa Mulheres,
Paz e Segurança», por Ulla Schmidt (Alemanha), e a votação do relatório especial «O impacto da crise de
COVID-19 sobre a dimensão civil de segurança», por Joëlle Garriaud-Maylam (França).
A Comissão submeteu à aprovação do Plenário da Assembleia o Projeto de Resolução «Promover a
implementação da Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas e do Programa Mulheres,
Paz e Segurança», por Ulla Schmidt (Alemanha).
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Sessão com orador convidado
No dia 19 de novembro, decorreu ainda uma sessão conjunta da Comissão Política e da Comissão para a
Dimensão Civil da Segurança. O orador convidado para uma intervenção para o conjunto dos membros da
Comissão Política e da Comissão para a Dimensão Civil da Segurança foi Nikos Dendias, Ministro dos Negócios
Estrangeiros da Grécia, com uma apresentação sobre «A perspetiva Grega sobre a Adaptação da Aliança ao
Ambiente Estratégico em Mudança».
Comissão de Economia e Segurança – 20 de novembro/21 de novembro
A reunião foi presidida por Ivans Klementjeus (Letónia), Presidente da Comissão. Foram apresentadas na
reunião de dia 20 de novembro, e votadas, as propostas dos relatórios da Comissão, nomeadamente do relatório
da Subcomissão para a Transição e Desenvolvimento, sobre «A região do Mar do Norte: tensões económicas e
geopolíticas», por Ausrine Armonaite (Lituânia), e do relatório da Subcomissão para as relações económicas
transatlânticas, sobre «A crise do Golfo e os mercados mundiais de energia», por Faik Oztrak (Turquia). No dia
21 de novembro, a agenda integrou a apresentação e votação do relatório geral sobre «A Iniciativa da China
Uma Faixa, Uma Rota», por Christian Tybring-Gjedde (Noruega), bem como a votação do relatório especial
sobre «As consequências económicas da pandemia de COVID-19», igualmente por Christian Tybring-Gjedde
(Noruega).
A Comissão submeteu à aprovação do Plenário da Assembleia o Projeto de Resolução «Resiliência
económica e as pandemias», igualmente apresentada por Christian Tybring-Gjedde (Noruega).
No âmbito das eleições para os Officers da Comissão, a Deputada Maria da Luz Rosinha (PS) foi eleita
Vice-Presidente da Subcomissão para a Transição e Desenvolvimento.
Comissão de Ciência e Tecnologia – 20 de novembro/ 21 de novembro
A reunião foi presidida por Kevan Jones (Reino Unido), Presidente da Comissão. A reunião de dia 20 de
novembro integrou a apresentação e votação da proposta de relatório geral, sobre «Armas Hipersónicas – Um
Desafio Tecnológico para as Nações Aliadas e para a NATO?», por Susan Davis (EUA), e do relatório especial
da Subcomissão para as Tendências Tecnológicas e a Segurança «Guerra em Meio Urbano», por Philippe
Michel-Kleisbauer (França). A agenda de dia 21 de novembro integrou a votação da proposta de relatório
especial sobre «COVID-19, Segurança Internacional e a Importância da Rede de Ciência e Tecnologia da
NATO», apresentado por Kevan Jones (Reino Unido).
A reunião integrou um painel de debate sobre a inovação no domínio da defesa e as tecnologias disruptivas,
que incluiu a apresentação do relatório especial sobre «Inovação no Domínio da Defesa», apresentado por
Leona Alleslev (Canadá), e a intervenção de Robert Murray, Chefe da Divisão de Inovação e Desafios
Emergentes a nível de Segurança, NATO, sobre «Tornando-se Tecnologicamente Preparados: o que os Aliados
devem Considerar».
A Comissão submeteu à aprovação do Plenário da Assembleia o Projeto de Resolução «Inovação no
Domínio da Defesa», por Leona Alleslev (Canadá).
Sessão com orador convidado
No dia 20 de novembro, decorreu ainda uma sessão conjunta da Comissão de Economia e Segurança e da
Comissão de Ciência e Tecnologia. O orador convidado para uma intervenção para o conjunto dos membros da
Comissão de Economia e Segurança e da Comissão de Ciência e Tecnologia foi Stamatios M. Krimigis, Chefe
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Emérito, departamento espacial, laboratório física aplicada da Universidade Johns Hopkins, e Presidente da
Ciência do Espaço, Academia de Atenas, e Assessor do Ministério para a Governação Digital da República
Helénica, sobre «A importância do Espaço na Segurança e na Economia».
Reunião da Comissão de Defesa e Segurança – 21 de novembro/22 de novembro
A reunião foi presidida por Michael Turner (EUA), Presidente da Comissão. Houve lugar à apresentação e
votação das versões dos relatórios da Comissão, nomeadamente à votação do relatório especial sobre «O papel
das Forças Armadas da NATO na Pandemia de COVID-19», por Attila Mesterhazy (Hungria), do relatório da
Subcomissão para o futuro das capacidades de segurança «Iniciativa de Capacitação em Defesa e Segurança
da NATO», cuja relatora foi a Sr.ª Deputada Lara Martinho (PS), e do relatório da Subcomissão para a
cooperação transatlântica em matéria de defesa e segurança «Principais Desafios para a Manutenção da Paz
e Segurança nos Balcãs Ocidentais», apresentado por Jean-Charles Larsonneur (France).
A agenda do dia 22 de novembro integrou um painel de debate, que incluiu a apresentação e votação do
relatório geral sobre «A Modernização Militar Russa; Desafios para os Aliados da NATO», por Cédric Perrin
(França), e uma apresentação por parte de Richard Connolly, Diretor do Centro para os Estudos Russos, Europa
de Leste e Euroasiáticos da Universidade de Birmingham, Associate Fellow na RUSI, e Diretor da Consultoria,
Grupo de Consultoria Leste, sobre «A Modernização Militar Russa: Desafios e Perspetivas», tendo a Sr.ª
Deputada Lara Martinho questionado o speaker sobre a forma como a pandemia irá afetar o investimento russo
em defesa. Na reunião da Comissão para a Defesa e Segurança decorreu ainda a intervenção do Ministro da
Defesa Nacional da Grécia, Nikolaos Panagiotopoulos, sobre «As Prioridades de Defesa da Grécia».
A Comissão submeteu à aprovação do Plenário da Assembleia o Projeto de Resolução «Manter o
Investimento dos Aliados em defesa após a Covid-19», apresentado por Cédric Perrin (França).
No quadro das eleições realizadas no âmbito da Comissão e das Subcomissões, a Sr.ª Deputada Lara
Martinho foi reeleita relatora da Subcomissão para o Futuro das Capacidades de Segurança da Comissão de
Defesa e Segurança.
Comissão Permanente – 19 de novembro/22 de novembro
A reunião da Comissão Permanente foi presidida pelo Presidente da Assembleia Parlamentar da NATO,
Attila Mesterhazy (Hungria). A agenda da reunião de dia 19 de novembro integrou a apreciação das alterações
propostas às regras de procedimento da APNATO na sequência da adesão da Macedónia do Norte. Sendo
adotadas pela Comissão Permanente, foram apresentadas ao Plenário da APNATO para adoção final, a 23 de
novembro. A APNATO passou assim a contar com 269 membros, contando a Macedónia do Norte com uma
delegação de 3 membros. A reunião incluiu igualmente a consideração da Proposta de Declaração apresentada
pelo Presidente da APNATO «NATO 2030: Uma Aliança Mais Forte e Mais Unida no Cenário Global».
Relativamente à reunião da Comissão permanente de dia 22 de novembro, a agenda incluiu a consideração
dos candidatos propostos para o Bureau da Assembleia. Por seu turno, o Presidente da delegação turca
informou os participantes sobre o decorrer da missão de observação eleitoral da APNATO à Geórgia, de 29 de
outubro a 1 de novembro de 2020, na sua qualidade de Chefe da delegação da APNATO a esta MOE.
A Secretária-Geral da APNATO apresentou as atividades desenvolvidas pela APNATO em 2020 e salientou
as temáticas propostas para os relatórios das Comissões para 2021, que pretendem abordar três principais
temas, nomeadamente o impacto da crise COVID-19 e as lições aprendidas; crises e tensões recentes em áreas
de relevância direta para a Aliança; e outras prioridades da NATO e da Assembleia.
Em termos de atividades, avançou ser prudente continuar com reuniões online no início de 2021 e
possivelmente reuniões presenciais, de menor dimensão, propondo o agendamento das reuniões de maior
dimensão para a segunda metade de 2021, continuando os anfitriões e o Secretariado Internacional a
monitorizar a viabilidade de realização dos eventos presenciais. O documento propunha que a decisão sobre os
eventos de grande dimensão fosse tomada o mais cedo possível e, para as sessões, até dois meses antes da
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data prevista do evento. A Secretária-Geral deu conta de que algumas delegações manifestaram necessitar de
uma decisão mais cedo, pelo que daria atualizações regulares de ajuste das atividades. Sobre este ponto, o
Deputado Marcos Perestrello (PS), fez uma intervenção, no âmbito da qual referiu que Portugal deverá receber
a sessão anual de 2021, esperando que tal pudesse vir a acontecer de forma presencial. Deu conta que nesse
sentido o Parlamento português se encontra a desenvolver os preparativos necessários, salientando, no entanto,
dada a necessidade de formalizar contratos para a sessão, a necessidade de uma decisão final por ocasião da
reunião prevista para maio de 2021.
A Comissão Permanente debateu igualmente matérias de natureza financeira. Na sequência das reuniões
das Comissões Permanentes de 29 de maio e de 29 de setembro, o Tesoureiro, Wolfgang Hellmich (DE),
apresentou uma proposta de orçamento para 2021 de crescimento nominal zero relativamente ao de 2020. Na
reunião foi salientado que a prudência sugere que não exista redução de quota neste momento, mas que caso
a situação pandémica se mantenha, ter-se-á de revisitar esta questão no que respeita ao Orçamento 2021.
Sessão plenária – 23 de novembro
A primeira parte da sessão plenária contou com a participação do Presidente da APNATO e do Secretário-
Geral da NATO, Jens Stoltenberg, que apresentou aos membros o ponto de situação sobre os principais temas
em foco na NATO, a que se seguiu um período de questões dos membros sobre as atividades da NATO. A
segunda parte da sessão plenária integrou a apresentação e adoção das resoluções das Comissões e da
declaração, bem como do orçamento, das alterações às regras de procedimento na sequência da adesão da
Macedónia do Norte, e a eleição dos Officers da APNATO, elegendo Gerard Connolly (EUA), Presidente da
delegação dos EUA, como Presidente da APNATO.
Assessoria da delegação
A assessoria da delegação participou na reunião virtual de secretários das delegações nacionais no dia 16
de novembro e manteve, durante a sessão, contactos com o Secretariado Internacional e delegações nacionais
dos Estados-Membros da APNATO.
Palácio de São Bento, 11 de março de 2021.
A assessora parlamentar, Júlia Almeida.
Anexo
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INTERNATIONAL SECRETARIAT 166 SESA 20 E rev. 1
www.nato-pa.int
66th ANNUAL SESSION ONLINE MEETINGS, 18 - 23 NOVEMBER 2020
DRAFT PROGRAMME Wednesday 18 November
15.00 - 16.00 Opening Ceremony
16.30 - 17.30 COVID-19 Special Meeting (Discussion on all COVID-19 draft special reports)
18.00 - 19.00 NATO PA Coordination Meeting (for members of the Bureau, Committee and Sub-Committee Chairpersons and Rapporteurs only)
Thursday 19 November
15.00 - 17.00 Standing Committee Meeting 1 (for members of the Bureau, Heads and Deputy Heads of Member Delegations and Committee Chairpersons only)
17.00 - 18.15 Joint Speaker: Committee on the Civil Dimension of Security and Political Committee
18.30 - 19.30 Political Committee Meeting 1 18.30 - 19.30 Committee on the Civil Dimension of Security Meeting 1
Friday 20 November
15.00 - 16.00 Economics and Security Committee Meeting 1 15.00 - 17.00 Committee on the Civil Dimension of Security Meeting 2
16.15 - 17.30 Joint Speaker: Economics and Security Committee and Science and Technology Committee
17.30 - 19.30 Political Committee Meeting 2 17.45 - 18.45 Science and Technology Committee Meeting 1
Saturday 21 November
15.00 - 17.00 Economics and Security Committee Meeting 2 15.00 - 17.00 Defence and Security Committee Meeting 1 (including a speaker)
17.30 - 19.30 Science and Technology Committee meeting 2
Sunday 22 November
15.00 - 17.00 Defence and Security Committee Meeting 2
17.30 - 19.30 Standing Committee Meeting 2 (for members of the Bureau, Heads and Deputy Heads of Member Delegations and Committee Chairpersons only)
Monday 23 November
15.00 - 16.30 Plenary Sitting 1
16.45 - 18.45 Plenary Sitting 2
Italics indicates simultaneous meetings. NB: all times are indicated in Central European Time (CET).
JOIN THE ONLINE CONVERSATION #NATOPASESSION2020
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DELEGAÇÃO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
RELATÓRIO DA PARTICIPAÇÃO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA NA CONFERÊNCIA
INTERPARLAMENTAR SOBRE «O PACTO ECOLÓGICO EUROPEU E A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM:
PARA UMA EUROPA SUSTENTÁVEL E DE NEUTRALIDADE CLIMÁTICA», REALIZADA EM BERLIM, EM
5 DE OUTUBRO DE 2020, POR VIDEOCONFERÊNCIA
Composição da delegação:
A delegação foi composta pelos Deputados Pedro do Carmo (PS), Presidente da Comissão de Agricultura
e Mar; Cecília Meireles (CDS-PP), 2.ª Vice-Presidente da Comissão de Agricultura e Mar; Paulo Leitão (PSD),
2.º Vice-Presidente da Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território; e Nelson Peralta (BE),
membro da Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território.
A assessoria foi prestada pelo representante permanente da Assembleia da República junto da União
Europeia, Bruno Dias Pinheiro; pela assessora da equipa de apoio à Comissão de Ambiente, Energia e
Ordenamento e Território, Cidalina Lourenço Antunes; e pelo assessor da equipa de apoio à Comissão de
Agricultura e Mar, Paulo Ferreira Campos.
Enquadramento
A Alemanha assumiu a presidência do Conselho da União Europeia entre 1 de julho e 31 de dezembro de
2020, com um programa de trabalho intitulado «Juntos. Relançar a Europa» no qual dedicou o seu capítulo IV a
«Uma Europa Sustentável».
Os objetivos e ações a que se propunha dedicar neste âmbito encontram-se sumariamente vertidos no início
do capítulo, onde se pode ler:
«O nosso objetivo é superar, de forma sustentável e inclusiva, as consequências económicas e sociais
causadas pela pandemia da COVID-19 e configurar ativamente a transição para uma economia sustentável.
Condições fulcrais para a sua concretização consistem em políticas ambiciosas nas áreas de proteção do clima,
do ambiente e da biodiversidade, no alinhamento com a Agenda 2030 das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Sustentável e uma agricultura sustentável.»
É neste contexto e com esta ambição abrangente que a Presidência Alemã organizou em 5 de outubro de
2020, exclusivamente por videoconferência, uma conferência interparlamentar intitulada «O Pacto Ecológico
Europeu e a Política Agrícola Comum: para uma Europa sustentável e da neutralidade carbónica», com os
Presidentes das Comissões Parlamentares Nacionais dos seus Estados-Membros, cujo programa se encontra
em anexo a este relatório.
Foram ainda convidados a participar na conferência representantes das Comissões Parlamentares
competentes dos Parlamentos da Noruega e do Reino Unido.
A conferência
Sessão de abertura
A sessão de abertura da conferência foi assegurada pela Vice-Presidente do Bundestag, Claudia Roth.
Referiu as metas climáticas revisitas pela Comissão Europeia (CE) no passado dia 17 de setembro de 2020
e fixadas em 55% de redução da emissão de gases efeito estufa (GEE) até 2030, bem como a tendência do
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Parlamento Europeu (PE) para ser ainda mais ambicioso e apontar para uma meta de 60%. Considerou, por
isso, que a realização de uma conferência dedicada à temática era oportuna e poderia influenciar as futuras
decisões do PE e do Conselho da União Europeia (CUE), que iriam ser tomadas nos próximos meses.
Consequentemente, apelou a que os Estados-Membros (EM) participantes ajudassem as instituições europeias
a moldar o futuro de uma União Europeia mais sustentável para as gerações futuras, assente na solidariedade
entre os seus povos, e em que a Política Agrícola Comum e uma mobilidade sustentável e inteligente teriam um
importante contributo a dar.
Sessão I – O Pacto Ecológico Europeu
A primeira sessão da conferencia foi moderada por Sylvia Kotting-Uhl, Presidente da Comissão de
Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear do Bundestag.
Parte I – Novos objetivos para 2030 rumo à neutralidade climática
A proteção do clima e do ambiente e o desenvolvimento sustentável e competitivo da economia da União
Europeia, foram as temáticas abordadas. Frans Timmermans, Primeiro Vice-Presidente Executivo da
Comissão Europeia, foi encarregue de apresentar a visão da CE sobre estas matérias. Sublinhou que a revisão
da meta climática para 2030 pela CE foi precedida de uma exaustiva Avaliação de impacto do reforço da ambição
climática da Europa para 2030, onde foram tidos em consideração os impactos sociais, económicos e ambientais
de uma redução das emissões entre 50% e 55% até 2030. O estudo não só demonstrou que, prosseguindo-se
a trajetória de uma redução em apenas 40% até 2030 –, como foi inicialmente assumido pela EU no Acordo de
Paris –, em 2050 apenas se atingiria uma redução nas emissões na ordem dos 60% e não a neutralidade
climática como ambiciona a União Europeia, mas também demonstrou que uma redução em 55% permitiria uma
transição ecológica equilibrada, suave e prudente, contribuía para uma maior confiança no investimento, e
estabelecia uma período de adaptação exequível para os setores da economia para quem a transição se
revelava mais complexa. Enfatizou que a nova meta climática impunha investimentos significativos e o
compromisso firme de todos de que estes investimentos seriam responsavelmente canalizados para a
recuperação da economia, tornando-a energeticamente mais eficiente, modernizando-a ao promover a inovação
em tecnologias limpas, reforçando a sua competitividade e criando empregos verdes. Disse que até junho de
2021 a Comissão Europeia iria apresentar um pacote legislativo destinado a reforçar a implementação desta
nova meta climática, tendo referido as seguintes iniciativas legislativas:
1. A revisão e ampliação da Diretiva Sistema de Comércio de Licenças de Emissão da EU;
2. A adaptação do Regulamento Partilha de Esforços e do Regulamento Uso do Solo, Alteração do Uso do
Solo e Florestas;
3. O reforço das metas estabelecidas na Diretiva Eficiência Energética e na Diretiva Fontes de Energia
Renováveis;
4. O reforço das exigências previstas no Regulamento que estabelece as normas de desempenho, em
termos de emissões de CO2, dos automóveis de passageiros e dos veículos comerciais ligeiros.
Salientou que a CE considera o Regime de Comércio de Licenças de Emissão da União Europeia (EU ETS)
um instrumento fundamental para levar a cabo uma transição sustentável da economia, na medida em que baliza
um preço para o investimento verde, incentiva o mercado a procurar soluções ecológicas, permite a criação de
impostos e taxas que podem ser canalizados para combater as desigualdades socias geradas pela transição ou
incentivar a inovação tecnológica verde.
Por todos estes motivos é intenção da CE estender este instrumento ao transporte rodoviário, ao edificado e
ao transporte marítimo e reforçar a sua aplicação no setor da aviação, onde já se aplica desde 2012.
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Recordou que é sobre os EM que vai recair o esforço da concreta e correta implementação do Pacto
Ecológico Europeu, pelo que apelou a que fizessem uma aplicação criteriosa dos fundos europeus que irão ser
disponibilizados, de modo a criar na sociedade em geral um forte sentimento de confiança nesta transição para
uma economia verde, rumo a uma neutralidade climática em 2050.
Por dificuldades de ordem técnica, não foi possível a Pascal Canfin, Presidente da Comissão de
Ambiente, Saúde Pública e Segurança Alimentar do Parlamento Europeu, fazer a sua intervenção, que
tinha por objetivo apresentar a posição do Parlamento Europeu sobre estas temáticas.
Na sua intervenção Michał Kurtyka,Ministro do Clima da Polónia, mostrou-se particularmente sensível à
questão de uma transição justa e inclusiva para todos, rumo a uma Europa climaticamente neutra. Concordante
com a ideia de que o mundo está a enfrentar uma nova revolução industrial protagonizada por uma transição
para uma economia verde, recordou que os EM partem de situações económicas muito distintas; o custo da
transição não deve ser suportado pelas regiões e cidadãos mais pobres; as metas reforçadas não podem
conduzir a um empobrecimento energético; as regiões com maiores necessidades de transição não devem
pagar mais pela transição do que aquelas que têm um caminho mais fácil a percorrer.
Recordou que devem ser os poluidores a suportar os custos das suas emissões, e que estes recursos
deveriam financiar novos produtos. Contudo, alertou para o facto de o sistema, tal como ele está atualmente
pensado, conduzir a uma fuga de recursos dos EM com maior potencial de redução de emissões, ao incentivar
a deslocalização de indústrias com elevada intensidade de CO2 para países terceiros. Consequentemente, em
sua opinião urge repensar o Regime de Comercio de Licenças de Emissões da EU. Felicitou a EU pelos esforços
desenvolvidos ao nível do Mecanismo de Ajustamento do Carbono Transfronteiriço, que acredita, contribuirá
para um aumento global das ambições climáticas fora da União Europeia. Partilhou com os participantes a
política energética da Polónia que está assente nos seguintes 3 pilares: transição justa das regiões de carvão;
construção de centrais energéticas neutras em emissão de carbono de dimensão equivalente às convencionais,
mas concretizadas em menos 30 anos; melhoria acentuada da qualidade do ar. Aposta fortemente no hidrogénio
como fonte de energia, na medida em que a Polónia é o seu 3.º maior produtor da europa e o 5.º maior do
mundo, mas acredita também no potencial da energia eólica offshore, agradecendo à EU pelo acordo celebrado
com vários países do Báltico, no sentido de desenvolverem um projeto conjunto nesta área. No setor dos
transportes a Polónia aposta e incentiva uma transição para os transportes elétricos, concedendo apoios
financeiros e incentivos fiscais, e investindo em infraestruturas de abastecimento de combustíveis alternativos.
Seguiu-se o debate com intervenções de Deputados dos parlamentos/câmaras parlamentares dos seguintes
EM:
Dionysia-Theodora Avgerinopoulou (Grécia), Dana Balcarová (República Checa), Jens Holm (Suécia),
Snr. Tristan Roberti (Bélgica), Agnes Mulder (Países Baixos), Žarko Tušek (Croácia), Lukas Hammer
(Áustria), David Thake (Malta), Martin Preineder (Áustria), Alessia Rotta (Itália), Juan López de Uralde
(Espanha), Virginija Vingrienė (Lituânia).
Nas diversas intervenções foi frequentemente questionado se a meta reforçada da Comissão Europeia da
redução de emissões de GEE em 55% até 2030 seria suficiente para a União Europeia atingir a neutralidade
climática em 2050, tendo vários parlamentos/câmaras parlamentares apelado à necessidade de a meta ser
reforçada para valores próximos dos 60% defendidos pelo PE. Neste sentido se pronunciaram a Grécia, Croácia
(defende 65% até 2030), Suécia (defende 70% até 2030), Países Baixos e a Áustria (defende 0% até 2040).
Vários parlamentos/câmaras parlamentares anunciaram já terem adotado uma lei do clima, como foi o caso
da Suécia (em 2018 – onde fixou como objetivo atingir a neutralidade climática em 2045), ou estar em curso a
sua preparação, como referiu Espanha.
Muitos parlamentos/câmaras parlamentares manifestaram preocupação com a transição justa para uma
economia verde (Croácia, Bélgica) e na canalização do financiamento proveniente do Mecanismo para uma
Transição Justa para a inovação tecnológica limpa, digitalização e produção verde e execução do plano de ação
para uma economia circular.
A Lituânia sublinhou que os estudos revelam que a transição para uma economia verde vai afetar
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maioritariamente os agregados familiares de mais baixos rendimentos o que tem de ser tido em consideração
pela EU.
Uma forte aposta nas energias renováveis1 para dar um novo impulso à economia, bem-estar e saúde dos
cidadãos acoplada a uma proibição da produção de energia com recurso a carvão e outros combustíveis fósseis
foi frequentemente apontado como o caminho certo a seguir, não obstante alertarem para o facto de os EM
partirem de situações económicas muito distintas – muitas delas agravadas pela pandemia –, e recursos naturais
muito distintos, o que tornará a transição muito mais exigente para uns do que para outros, o que deve ser
devidamente acautelado pela EU. A República Checa pretende eliminar a combustão de carvão até 2025,
apostando fortemente na energia solar e Espanha aposta fortemente na energia solar e eólica, enquanto Itália
aposta mais na partilha de experiência, conhecimentos especializados e know-how para assegurar uma
transição justa da economia da União Europeia.
Diversos parlamentos/câmaras parlamentares abordaram os acordos internacionais celebrados pela União
Europeia como um instrumento importante para a mobilização estratégica e de cooperação dos seus parceiros
internacionais na promoção de um aumento mundial das metas climáticas, à semelhança do que aconteceu com
o Acordo de Paris. A Bélgica e Espanha referiram em concreto o acordo EU-Mercosul e a defesa da floresta
na Amazónia.
Foram ainda abordadas questões concretas tais como:
• A criação de uma instituição europeia para as alterações climáticas – apoiada pela Grécia, embora tenha
defendido que a sua composição deveria ser mais ampla e integrar representantes de todos os EM da União
Europeia;
• Quais as ações que a União Europeia pretende adotar no setor da aviação – Suécia;
• Se a União Europeia pretende agir no sentido de diminuir o consumo de carne, responsável por uma
significativa emissão de GEE – Suécia;
• Qual a posição da União Europeia em matéria de auxílios do Estado às empresas que o solicitam para
poderem fazer a sua transição ecológica. Os Países Baixos apelaram a uma tomada de posição sobre esta
matéria até ao final da Presidência Alemã do Conselho da União Europeia.
Nas suas notas finais sobre a primeira parte desta sessão dos trabalhos, os oradores teceram as seguintes
considerações:
Frans Timmermans explicitou que a CE pretende reforçar a aplicação do Regime de Comércio de Licenças
de Emissões da EU no setor da aviação, bem como negociar a sua implementação a nível internacional com a
IATA, dada a dimensão global da aviação. Relembrou a estratégia da União Europeia do «Prado ao Prato»
(Farm to Fork), através da qual pretende informar os consumidores sobre a origem ecológica dos produtos que
consomem, permitindo-lhes fazer as suas escolhas também em função da pegada de carbono que cada produto
representa. Contudo, adverte para prudência na forma como se presta a informação, considerando
contraproducente a afixação de diversos rótulos nos produtos, potencialmente geradores de confusão no
consumidor. Por outro lado, assegurou que a CE está atenta a um possível conflito entre denominações de
origem e informação sobre a origem ecológica dos produtos. Acrescentou que a referida estratégia pretende
ainda reduzir o uso de pesticidas, fertilizantes e a administração de antibióticos a animais destinados a abate
para consumo doméstico.
Por outro lado, a CE considera a proteção da biodiversidade um aliado fundamental na captura de carbono
e no combate às alterações climáticas, pelo que defende a reconfiguração dos métodos convencionais de
produção agrícola e de desenvolvimento rural como forma de incentivar a competitividade dos produtos
nacionais dos seus EM, em detrimento da concertação de preços entre as associações de produtores
ecológicos.
Concluiu sublinhando que uma União Europeia ainda mais ambiciosa nas suas metas climáticas não iria
resolver o problema das alterações climáticas se outros países como a China e EUA não adotassem eles
1 A Áustria pretende atingir a 100% da produção de energia através de fontes renováveis em 2030, afetando 1 bilião de euros anualmente para este fim.
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próprios metas climáticas, na medida em que a União Europeia representa apenas 9% do total das emissões
globais.
Urgente mesmo é iniciar uma mudança global agora, sendo disso revelador a crise pandémica mundial, a
revolução industrial mundial já iniciada e a crise mundial da biodiversidade e do clima, que já originaram uma
rápida transformação das relações globais, disse.
É crucial investir agora, reformar agora, aumentar a resistência agora, recorrendo à inovação tecnológica
limpa, digitalização e produção ecológica das indústrias, produção agrícola de precisão, banda larga nas zonas
rurais, e conhecimentos científicos inovadores na área da produção, concluiu.
Michał Kurtyka, sublinhou que está em curso a transição de uma economia intensiva de trabalho e do uso
de recursos naturais, para uma economia capital intensiva. Será por isso importante perceber como é que os
países rentabilizam a sua própria riqueza. Considera que o capital tem de ser canalizado para assegurar a
competitividade das indústrias da União Europeia com o maior potencial para gerar crescimento e promover as
exportações, dando como exemplo o setor dos transportes. Terminou dizendo que a União Europeia tem de ser
um modelo industrial e social para o resto do mundo, no que diz respeito à proteção do clima e do ambiente.
Parte II – Mobilidade sustentável e inteligente
Assegurar que os transportes europeus são sustentáveis, acessíveis e seguros e estão aptos a contribuir e
fazer parte de uma economia limpa, digital e moderna, requer o desenvolvimento de uma estratégia direcionada
para a mobilidade sustentável e em que as novas tecnologias têm um importante contributo a dar para a tornar
mais eficiente e mais limpa. Foi este o mote da segunda parte da primeira sessão da conferência.
Cem Özdemir, Presidente da Comissão de Transportes e Infraestruturas Digitais do Bundestag, foi o
primeiro orador a abordar a temática.
Iniciou a sua intervenção recordando que a mobilidade transfronteiriça dos cidadãos e dos bens da União
Europeia constitui como que o cartão de identidade do projeto europeu. Contudo, relembrou que os transportes
são responsáveis por 30% do total das emissões de GEE na União Europeia, pelo que este é um setor que tem
necessidade de políticas fortes por parte das instituições europeias rumo a uma mobilidade ecológica,
sustentável e acessível, capaz de assegurar que as suas metas climáticas sejam atingidas. Uma estratégia
europeia para a mobilidade sustentável e inteligente é por isso fundamental, devendo contemplar todos os meios
de transporte rodoviário, ferroviário, marítimo e aéreo, bem como o uso de combustíveis sustentáveis e
alternativos.
A inter e multimodalidade, o uso de transportes públicos e privados mais limpos, seguros, acessíveis e que
cheguem a todos, uma rede ferroviária europeia operacional e interoperável que constitua uma opção
preferencial para o transporte de mercadorias, uma ciclovia europeia, o desenvolvimento de aplicações
inteligentes e de soluções de mobilidade como serviço tais como carsharing e o desenvolvimento de aplicações
que permitam uma gestão inteligente do tráfego são, entre outros, os temas a serem explorados nesta parte da
sessão, disse o orador.
Seguiu-se a intervenção de Herald Ruijters, Diretor da DG MOVE, Diretoria B – Investimento, Inovação
e Transporte Sustentável, da Comissão Europeia.
Disse que até ao final do ano a CE se preparava para apresentar a sua estratégia para a mobilidade
sustentável e inteligente, à qual estará associado um pacote de medidas legislativas destinado a dar-lhe corpo
e a ajudar à concretização da nova meta climática fixada para 2030. De entre estas medidas destacou a
descarbonização e digitalização de todos os meios de transporte, rumo a uma mobilidade amiga do ambiente e
da segurança rodoviária, que permitirá melhorar significativamente a qualidade do ar e auxiliar no
descongestionamento do tráfego rodoviário nas cidades.
Em concreto, referiu que até junho de 2021 seriam adotadas iniciativas legislativas nos seguintes domínios:
1. Refuel (Renewable Fuels for Europe) para o transporte marítimo e aéreo;
2. A implementação de infraestruturas para combustíveis alternativos, designadamente eletricidade,
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hidrogénio e gás natural;
3. Melhoria e aumento de redes transeuropeias de transportes, dos serviços e sistemas inteligentes de
transporte (ITS) e dos corredores urbanos e ferroviários.
O debate da segunda parte desta sessão iniciou com Portugal, tendo o Deputado Paulo Leitão, Vice-
Presidente da Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, feito a seguinte intervenção:
«Gostaria de começar por cumprimentar todos os participantes e destacar a importância do tema em
discussão sobre mobilidade sustentável e inteligente, no âmbito do Pacto Ecológico Europeu. Embora nos
últimos anos tenham sido dados importantes passos para a mobilidade elétrica, tanto em termos de redes de
abastecimento quanto a aumento da frota de veículos elétricos no transporte público a fim de atingir as metas
de descarbonização no transporte de pessoas e mercadorias, serão necessários novos investimentos na
substituição das frotas de transporte público. O reforço da política de incentivos à substituição de veículos
particulares, bem como a criação de redes intermodais e sistemas inteligentes de transporte serão essenciais.
Em Portugal, deve-se ter especialmente em consideração os territórios fora das grandes áreas urbanas e com
menor densidade populacional, uma vez que têm sido constantemente negligenciados em políticas passadas
de implementação de soluções de transporte sustentável. Além disso, em relação à intermodalidade, os desafios
enfrentados pelos países ibéricos serão enormes, dadas as dificuldades de conexão com outras redes
ferroviárias europeias, decorrentes da diferença na bitola ferroviária. Um forte investimento é necessário para
garantir a interconectividade real. Gostaria de concluir destacando o papel central dos fundos europeus e, em
particular, o instrumento de recuperação económica NextGenerationEU, na implementação das políticas
necessárias para alcançarmos as metas que estabelecemos para nós mesmos no Pacto Ecológico Europeu.»2
Seguiu-se aintervenção de Charalambos Pittokopitis (Chipre) que relembrou que para se alcançar uma
mobilidade sustentável é necessário colocar os seus utilizadores em primeiro lugar e proporcionar-lhes
transportes alternativos mais baratas, acessíveis, saudáveis e limpas, quer ao nível do transporte público, quer
ao nível do transporte privado. Disse que o Chipre optou por uma visão holística das suas cidades para resolver
o seu problema de mobilidade urbana, tendo apostado na remoção dos transportes privados do seu centro e na
compensação dos seus utilizadores com uma melhoria significativa da sua oferta em transportes públicos mais
eficientes e limpos, bem como promovendo o investimento em infraestruturas necessárias ao uso de meios de
transporte alternativos, menos poluentes e congestionantes, como o pedonal e ciclável. Sublinhou a importância
do Plano de Investimento do Pacto Ecológico Europeu na concretização deste projeto.
Sandra Benčić (Croácia) considera premente que a UE termine com as subvenções a combustíveis fósseis.
Para este efeito, considera que não basta alargar o comércio de licenças de emissão ao setor marítimo e
rodoviário, e eliminar a atribuição gratuita de licenças de emissões no setor aéreo, é imprescindível uma
monitorização rigorosa por parte da UE da aplicação dos fundos que disponibiliza para a concretização da
transição energética em curso. Consequentemente, propõe que a UE apenas aprove os planos nacionais de
recuperação e resiliência (PNRR) dos seus EM se estes, enquanto satisfazem o requisito da aplicação de 37%
dos fundos europeus à transição para uma economia verde, não comprometerem simultaneamente o
cumprimento das metas climáticas com outras medidas contraditórias neles previstas. Deu como um bom
exemplo o PNRR do seu próprio país que contempla investimentos em infraestruturas na sua rede de gás natural
liquefeito.
Questionou a CE sobre possibilidade de os EM poderem apoiar as suas empresas na sua transição
energética, o que poderá comprometer o objetivo do Pacto Ecológico Europeu de uma transição justa e inclusiva
para todos.
Jens Holm (Suécia) apoiou integralmente a intervenção anterior da sua colega croata. Disse que a Suécia
definiu uma meta climática própria para o setor dos transportes, traduzida numa redução de 70% das suas
emissões até 2030. Para atingir este objetivo a Suécia tem debatido a possibilidade de proibir a comercialização
de veículos novos movidos a combustíveis fósseis a partir de determinada data (2025, 2030, 2035). Referiu que
noutros países da União Europeia como em França e no Reino Unido também já se discutia esta possibilidade,
2 Na conferência a intervenção do Deputado foi feita em inglês.
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pelo que questionou se seria possível a um Estado-Membro adotar isoladamente esta medida.
Por sua vez, Dionysia-Theodora Avgerinopoulou (Grécia) perguntou se a CE já equacionou desenvolver
estudos científicos sobre a possibilidade de converter emissões de C02 em combustível, o que, a revelar-se
possível, resolveria muitos problemas.
David Thake (Malta) centrou a sua intervenção no possível contributo que cada cidadão pode dar para o
ambiente, tendo identificado duas áreas em que tal seria possível e útil: a produção e redução do consumo de
energia e o exercício pela opção de uma mobilidade sustentável e energeticamente eficiente. Como inventivo
aos cidadãos, apontou para a necessidade de um nível mínimo de infraestruturas para os combustíveis limpos,
bem como a uniformização de meios de pagamento nos postos de abastecimento de combustíveis alternativos
e o investimento em infraestruturas de transportes alternativos ecológicos.
Marijana Petir (Croácia), tal como o Deputado Paulo Leitão, advertiu para a necessidade de a UE não se
esquecer de olhar para os graves problemas de mobilidade específicos das regiões do interior e profundo mundo
rural quando estivesse a desenhar as medidas relacionadas com a conectividade dos vários meios de transporte.
Tristan Roberti (Bélgica) chamou à atenção dos participantes para o facto de os jovens de hoje já não
ambicionarem ter carro próprio, preferindo o uso de transportes partilhados, menos poluentes e congestionantes,
como o «carsharing», para se deslocarem dentro e para as cidades. Por este motivo entende que os carros
elétricos não vão substituir os movidos a combustíveis fósseis, pelo que os esforços do EM devem concentrar-
se prioritariamente no desenvolvimento de infraestruturas que permitam às gerações futuras optar pelo uso de
transporte alternativos mais sustentáveis e eficientes como scooters mopeds, bicicletas e hoverboards elétricos.
Registou o facto de a Bélgica estar a apostar fortemente na diversificação dos seus serviços ferroviários
explorando o potencial de comboios noturnos como meio de transporte preferencial para as deslocações de
férias dos cidadãos europeus.
A Bélgica pretende retirar do centro de Bruxelas todos os veículos movidos a diesel, até 2030.
Nas suas notas finais, o orador Cem Özdemir reforçou a ideia do seu colega belga relativamente ao potencial
dos comboios noturnos, que referiu estar igualmente a ser explorado na Alemanha, na medida em que se torna
especialmente atrativa para os turistas por lhes permitir reduzir custos com alojamento.
Finalizou dizendo que a UE é globalmente olhada como um exemplo a seguir no que diz respeito à sua
estratégia de crescimento, apostada em transformar a sua economia numa economia moderna, eficiente no
aproveitamento dos recursos e competitiva, o que deve mover todos os EM a serem ambiciosos e responsáveis
nas medidas nacionais que adotam rumo à recuperação da economia europeia e à neutralidade climática em
2050.
Herald Ruijters, Diretor da DG MOVE, respondeu a algumas das questões colocadas. Sublinhou que a UE
está fortemente empenhada em monitorização a aplicação dos fundos europeus disponibilizados pelo Plano de
Investimento do Pacto Ecológico Europeu, como é o caso da afetação dos fundos provenientes do mecanismo
de recuperação e resiliência, o principal instrumento do Fundo de Recuperação/Próxima Geração UE
(NextGenerationEU) aos Planos Nacionais de Recuperação e Resiliência, bem como dos fundos provenientes
do Mecanismo para uma Transição Justa contemplados no Quadro Plurianual de Financiamento da EU para o
período 2021-2027, em investimentos públicos e privados necessários para assegurar a transição para uma
economia verde, competitiva, inclusiva e que assegura a neutralidade climática.
Recordou que na União Europeia existe um mercado interno único que impossibilita os EM de proibirem a
comercialização de veículos novos por si homologados. Contudo, a UE pode rever a sua legislação sobre CO2
e reforçar as suas exigências no que respeita às emissões de veículos por si homologados, limitando a sua
circulação até determinada data, se tal se revelar necessário para estabelecer um equilíbrio entre as metas
climáticas e a preservação do mercado único.
Relativamente à questão dos auxílios de Estado colocada pela Croácia e pelos Países Baixos remeteu para
a recentemente aprovada Estratégia da EU para a Integração do Sistema Energético e para o Hidrogénio, da
qual consta uma cláusula alusiva a projetos importantes de interesse comum europeu, mecanismo ao abrigo do
qual os EM estão permitidos a apoiar as suas empesas e indústrias na sua transição energética. Concluiu
dizendo que a DG COMP está ciente e acompanha este problema e sempre que necessário desenvolve os
procedimentos adequados para contornar estes obstáculos.
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A primeira sessão da conferência terminou com a moderadora Sylvia Kotting-Uhl a agradecer a partilha das
boas práticas pelos Parlamentos/Câmaras parlamentares participantes. Apelou a que os EM não tivessem receio
da nova meta climática definida pela CE, e que fossem audazes na adoção de mediadas que a permitam atingir
por forma a podermos devolver às gerações futuras um planeta mais saudável e em que vivemos em paz e
equilíbrio com a natureza.
Terminou com um apelo aos representantes das Comissões Parlamentares dos Parlamentos/Câmaras
Parlamentares participantes: «Vamos ser corajosos juntos! Tomemos as decisões necessárias e apoiemos a
sua implementação. Se trabalharmos juntos, seremos fortes juntos!»
Sessão II – Novos desafios para a PAC (2021-2027), com foco particular na produção alimentar
sustentável: Farm to Fork
A segunda sessão da tarde, subordinada ao tema «New challenges for the CAP (2021-2027), focussing
particularly on sustainable food production: Farm to Fork», foi moderada por Alois Gerig, presidente da
Comissão de Alimentação e Agricultura do Bundestag.
O moderador deu início ao painel, refletindo sobre as dificuldades do presente quadro pandémico –
designadamente na opção pelo presente formato em linha, por oposição ao tradicional formato presencial
adotado nas conferências interparlamentares – e introduzindo o tema da presente sessão, que orbita em torno
da transição para um modelo económico sustentável; terminada a sua alocução introdutória, conferiu a palavra
aos keynote speakers para as suas intervenções tematizantes.
Teve a palavra Julia Klöckner, Ministra Federal da Alimentação e Agricultura alemã, que principiou a sua
intervenção por adereçar a estratégia «Do Prado ao Prato», tomando por referentes os desideratos de
preservação da biodiversidade e os objetivos do Pacto Ecológico Europeu; a propósito da articulação daquela
com a PAC, referiu que a função primacial da agricultura é a de prover alimentos à população, pelo que a tónica
deverá ser posta na qualidade e na acessibilidade alimentar que demarcam a produção europeia no contexto
internacional, exigindo-se uma agricultura mais verde, capaz de se assumir como agente de proteção do
ambiente. Referiu-se ainda aos objetivos da estratégia «Do Prado ao Prato», bem como às notas da tutela do
bem-estar animal, da rotatividade de colheiras e do foco no consumidor, apelando a um consenso e à ação
concertada a propósito destes temas.
Seguidamente, interveio o Comissário Europeu da Agricultura, Janusz Wojchiechowski, que assinalou a
centralidade da agricultura na economia da União Europeia, bem como os elevados standards sanitários e de
qualidade da produção alimentar europeia; aludiu aos principais desafios da atividade agrícola, designadamente
ao aumento da pressão sobre o setor – contemporânea de uma tendência de industrialização plena da
agricultura – e da sua correlação com a natureza do modelo de distribuição dos produtos agrícolas, mas também
à mitigação das externalidades negativas da atividade agropecuária consubstanciadas, por um lado, na
utilização de fertilizantes, pesticidas e antibióticos e, por outro, nas ameaças ao bem-estar animal. É neste
contexto que, perante o cenário preocupante assim traçado, o Pacto Ecológico Europeu e, em especial, a
estratégia Farm to Fork e a Estratégia para a Biodiversidade se assumem como uma oportunidade para os
pequenos e médios agricultores, colocando-se a tónica na redução do uso daqueles produtos acima elencados
e no apoio à agricultura sustentável. No plano da nova Política Agrícola Comum, reveste a maior importância o
desenho de planos estratégicos nacionais adequados a estes vetores. O Comissário Europeu Wojchiechowski
terminou, então, a sua intervenção, enfatizando o papel fundamental do Pacto Ecológico Europeu no reforço de
uma agricultura europeia que se pretende altamente sustentável, environmental e climate-friendly,com um foco
declarado na segurança alimentar e com vista ao robustecimento da resiliência do setor agrícola.
Foi dada então a palavra a Norbert Lins, Presidente da Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural
do Parlamento Europeu, que deu conta do ponto de situação das negociações em curso no âmbito da articulação
da PAC com o Pacto Ecológico Europeu. Refere que, a este propósito, a competitividade deve ser assegurada
a longo prazo, aludindo ao papel da inovação técnico-científica na prática agrícola e, a título ilustrativo, à
agricultura de precisão, sendo fundamental que se reafirme a importância central do setor. A propósito da meta
de obtenção de 25% da produção agrícola europeia através de agricultura biológica até 2030, alertou para o
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facto de a percentagem atual se cifrar nos 8%, parecendo-lhe prudente o estabelecimento de metas intermédias.
Por fim, alerta para a importância da mudança nos estilos alimentares, vincando que a agricultura é parte da
solução daqueles que se configuram, verdadeiramente, como os desafios da década.
Terminadas as intervenções dos oradores, Alois Gerig deu início à discussão, discriminando dois segmentos
de perguntas e respostas e passando, de seguida, a palavra ao primeiro inscrito no primeiro segmento.
A primeira intervenção coube ao Presidente da Comissão de Agricultura e Mar da Assembleia da República,
Deputado Pedro do Carmo, que dirigiu aos oradores e participantes a seguinte intervenção:
«Saúdo os participantes nesta reunião e a Presidência Alemã da União Europeia.
A agricultura é um setor essencial no equilíbrio económico e social das regiões ultraperiféricas como
territórios com fragilidades decorrentes de maiores custos de produção e de falta de alternativas de atividade,
mas com potencial produtivo, ambiental e de coesão social. No atual quadro pandémico e de desafios da
globalização, a agricultura afirmou-se como um pilar fundamental da resiliência dos povos, das regiões e das
nações.
Ao longo das negociações do Quadro Financeiro Plurianual Portugal destacou a importância da manutenção
do Orçamento do POSEI; sendo também relevante a taxa de cofinanciamento do Fundo Europeu Agrícola de
Desenvolvimento Rural (FEADER), que deve ser equiparada com a que está prevista para as regiões menos
desenvolvidas, nomeadamente no contexto dos Fundos da Coesão que é de 85%.
Portugal continua empenhado em contribuir para se alcançar uma posição comum do Conselho para a
reforma da Política Agrícola Comum (PAC). Temos a preocupação em alcançar um resultado que, de uma forma
equilibrada, permita reforçar o papel da agricultura europeia nos três pilares da sustentabilidade: o económico,
o ambiental e o social.
No próximo ciclo de programação a integrar na PAC, Portugal manterá uma elevada e reforçada ambição
ambiental e climática, num caminho que deverá ser repartido entre os dois pilares da PAC. Manterá uma
preocupação quanto a um sistema da condicionalidade que simultaneamente permita uma maior ambição
ambiental da futura PAC, sem aumentar os encargos administrativos para os agricultores.
Neste âmbito, destaca-se o papel que os eco-regimes terão no objetivo de uma maior ambição ambiental,
devendo ser acautelada a obrigatoriedade de todos os Estados-Membros os implementarem com suficiente
flexibilidade na gestão financeira dos diferentes regimes dos pagamentos diretos de forma a evitar perdas de
fundos, em articulação com as medidas agroambientais do desenvolvimento rural.
A agricultura é e deve ser considerada como fundamental para a preservação da biodiversidade, o combate
à desertificação e a resiliência em situação de emergência, como aquela em que vivemos com a pandemia.
Sublinhamos a importância do papel das medidas de apoio às zonas com condicionantes naturais, devendo as
mesmas serem contabilizadas para o limiar financeiro dedicado a objetivos ambientais e climáticos. Estas
medidas são condição necessária para contrariar o abandono e o despovoamento que ameaça as zonas rurais,
com os consequentes riscos ambientais e climáticos associados, nomeadamente decorrentes dos incêndios
rurais.
Realçamos a importância dos pagamentos ligados, na futura PAC, tendo em conta a importância que
assumem em termos de viabilização económica, ambiental e social dos setores e produções apoiados, sendo
necessário a adoção de novas medidas para proteção das raças autóctones.
Defendemos: a continuidade dos apoios ao sequeiro sustentável no âmbito do desenvolvimento rural num
contexto de adaptação e mitigação às alterações climáticas; a continuidade dos apoios ao regadio eficiente e
sustentável; o aprofundamento da introdução de conhecimento inovador no setor agroflorestal em articulação
com a crescente digitalização; que o novo modelo de prestação da futura PAC seja exequível e simplificado;
que exista um período de transição adequado entre a atual PAC e a PAC futura.
A proposta de regulamento de transição alarga a aplicabilidade do quadro jurídico existente ao ano de 2021
e 2022 enquanto em simultâneo, visa assegurar uma transição suave para o próximo período da PAC.
Vivemos um tempo de riscos e desafios, em que o local e o mundo rural ganharam uma nova importância. É
preciso que as políticas e os instrumentos financeiros respondam às realidades. Às que temos e às que
queremos construir.»
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Seguidamente, usaram da palavra Maria Gardfjell (Suécia) – numa intervenção focada na Estratégia para
a Biodiversidade e na importância da agricultura biológica –, Sándor Font (Hungria) – que teve oportunidade
de exortar a resiliência do setor agrícola perante a pandemia, bem como a enorme ambição das metas
propugnadas pela estratégia «Do Prado ao Prato», em face das quais recomenda um exercício de precaução
em alguns aspetos –, Nicolae-Daniel Popescu (Roménia) – que abordou a importância do balanço entre
qualidade e quantidade da produção agrícola na prossecução das metas de segurança alimentar, expressando
algumas preocupações quanto à exequibilidade dos desideratos da estratégia «Do Prado ao Prato», da
Estratégia para a Biodiversidade e do Pacto Ecológico Europeuno contexto romeno –, Andreas Kafkalias
(Chipre) – que deu voz ao receio quanto ao sucesso da estratégia «Do Prado ao Prato», na medida em que a
mesma foi desenhada num momento anterior ao da crise económica e social resultante do presente momento
de pandemia, bem como aos indesejáveis cortes orçamentais atinentes ao desenvolvimento rural,
especialmente prejudiciais no contexto da economia cipriota –, e, por fim, Jackie Cahill (Irlanda) – que dedicou
a sua intervenção ao debate sobre os proventos económicos da agricultura (e sobre a premência do reforço do
rendimento dos agricultores), à compatibilização do Acordo UE-Mercosul com a estratégia «Do Prado ao Prato»,
à agricultura familiar e aos desafios das alterações climáticas.
Terminado o primeiro grupo de intervenções, o Comissário Europeu Janusz Wojchiechowskiprincipiou pela
resposta à intervenção do Deputado Pedro do Carmo, referindo que o POSEI é um tema sensível, mas que a
decisão do Conselho foi no sentido não manutenção do POSEI nos termos previamente vigentes. O Comissário
admite, no entanto, a importância do programa para o desenvolvimento das regiões ultraperiféricas e, em
especial, no contexto português. Abordou, ainda, a visão da estratégia «Do Prado ao Prato» no contexto das
exportações e da relação entre a produção local e os mercados de proximidade na promoção de standards
europeus; respondendo à intervenção romena, aferiu que – pese embora a importância do equilíbrio entre
qualidade e quantidade – no contexto global, o fator diferenciador e, portanto, garante da competitividade do
produto agrícola europeu sempre será a qualidade; aludindo às questões colocadas pelo representante irlandês,
referenciou o crescente envelhecimento dos agricultores enquanto enorme desafio ao setor, correlacionando-o
com o problema da segurança económica daqueles que se ocupam da atividade agrícola. Relativamente ao
Acordo UE-Mercosul, considerou que o acordo será mais lucrativo para os agricultores europeus, atento o
volume de exportações e o preço de venda à luz dos standards de qualidade e segurança alimentar praticados.
Norbert Lins teve, igualmente, oportunidade de adereçar algumas questões propugnadas, donde se destaca a
relevância do POSEI para as regiões ultraperiféricas europeias.
O segundo segmento de questões teve início com a intervenção de Georgios Vlachos(Grécia), que
sublinhou a importância de atribuição de novos e mais robustos incentivos à produção, devendo a PAC refletir
as ambições do Pacto Ecológico Europeu e da estratégia «Do Prado ao Prato» sem, todavia, se habilitar a
receção de importações que não observem os standards da União Europeia em matéria ambiental e climática,
numa gestão prudente da pressão sobre o setor agrícola.
Georg Strasser (Áustria) indagou quanto aos efeitos económicos dos desígnios europeus em matéria de
qualidade e segurança alimentar – referindo que, no futuro, não será possível aceitar carne vermelha da América
do Sul –, discutindo ainda o tema das cadeias de valor.
Robert Telus (Polónia) referiu que deverá ser tido em conta que, em certos países, ainda que a redução de
uso de pesticidas siga as metas definidas, o remanescente ainda será superior ao praticado, na globalidade,
noutros países; assinalou ainda que a produção de CO2 se encontra, frequentemente, associada ao
desenvolvimento industrial e tecnológico, que se deverá articular com uma captura eficaz de CO2 pelas florestas;
dissertou ainda sobre alguns aspetos da rotulagem e distribuição de produtos agrícolas.
Intervieram ainda Anne Kalmari (Finlândia) – que abordou o tema dos eco-regimes–, Ulrika Heie (Suécia)
– a propósito da transição energética e climática e da importância de uma estratégia de informação e
aconselhamento dos agricultores nestes temas –, Virginija Vingrienė (Lituânia) – que exortou o papel da PAC
enquanto instrumento de gestão da transição, abordando ainda os desafios de promoção de uma produção
agrícola competitiva e do equilíbrio entre os objetivos propostos e a realidade atual – e Agnes Mulder (Países
Baixos) –que questionou os oradores quanto ao papel da estratégia «Do Prado ao Prato» no apoio ao modelo
negocial dos agricultores holandeses –, cabendo à delegação croata as últimas intervenções desta ronda.
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Sandra Benčić (Croácia) questionou como se fará a articulação entre as normas relativas à tutela do
mercado único e regulação da concorrência e as previsões da PAC e da estratégia «Do Prado ao Prato», se as
normas nacionais poderão ir além das previsões europeias.
Por último, Marijana Petir (Croácia) – que referiu preocupações relativas à situação dos agricultores croatas,
sublinhando a importância da transferência de fundos do primeiro pilar para o segundo pilar da PAC; considerou
ainda injusto que o excedente de produção dos EM mais antigos se veja escoado nos mercados dos EM mais
recentes.
Na fase de comentário às anteriores intervenções, Norbert Lins, em resposta à intervenção da delegação
grega, assinalou que, no seu entender, o caminho a seguir é o de incentivar os agricultores a fazer mais, ao
invés de estabelecer mais obrigações para o setor. Janusz Wochiechowski relembrou, a este respeito, que a
PAC não é, hoje, o único meio de financiamento da agricultura dos EM, referindo o NextGenerationEU. No plano
da estratégia «Do Prado ao Prato», considerou importante o respeito pelo ponto de partida de cada um dos EM
em relação às metas a prosseguir; manifestou a concordância da Comissão quanto à aplicação de eco-regimes;
em resposta à intervenção da delegação croata, o Comissário Europeu assinalou serem as preocupações
expressadas uma prioridade da futura PAC, assumindo-se feliz pela possibilidade de se poder agora promover
a transferência de fundos entre pilares.
Coube a Alois Gerig o encerramento da sessão, reforçando, em nota de conclusão, a importância da política
agrícola europeia e a necessidade de a tornar a atividade agrícola mais ecológica sem que tal desiderato
represente, necessariamente, a assunção standards e regras desadequados à realidade que visam disciplinar,
pelo que recomendou uma abordagem prudente a estes tópicos.
O registo vídeo da Conferência pode ser consultado no seguinte link: https://www.youtube.com/
watch?v=wSN09vXnj78.
Os Deputados Pedro do Carmo — Paulo Leitão.
Anexos
I – Agenda anotada – Conferência interparlamentar – O Pacto Ecológico e a PAC – Para uma Europa
sustentável, Berlim, 5 de outubro de 2020.
II – Anexos da agenda anotada –- Conferência interparlamentar – O Pacto Ecológico e a PAC – Para uma
Europa sustentável, Berlim, 5 de outubro de 2020.
III – Green Deal and CAP – Statement of the Chair – EN.
IV – LoP_Green Deal and CAP – 05.10.2020 – Final.
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Conferência de Presidentes de Comissões parlamentares de Ambiente, Energia, Transportes e Agricultura dos
Parlamentos nacionais e do Parlamento Europeu
O Pacto Ecológico Europeu e a Política Agrícola Comum: para uma Europa sustentável e da neutralidade
climática
Berlim, 5 de outubro de 2020 (videoconferência) - Delegação da Assembleia da República
Deputado Pedro do Carmo (PS), Presidente da Comissão de Agricultura e Mar (CAM)
Deputada Cecília Meireles (CDS-PP), Vice-Presidente da CAM
Deputado Paulo Leitão (PSD), Vice-Presidente da Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território (CAEOT)
Deputado Nélson Peralta (BE), membro da CAEOT
- Assessoria
Equipas de Apoio às 7.ª e 11.ª Comissões
Bruno Dias Pinheiro, Representante da AR em Bruxelas (+32493399973)
AGENDA ANOTADA - ÍNDICE
Sessão de abertura (13.00)
Sessão I - O Pacto Ecológico Europeu: novos objetivos para 2030 rumo à neutralidade climática (13.10-13.25)
Parlamento Europeu declara “emergência climática”
Pacto Ecológico Europeu - apresentação
Plano de Investimento para uma Europa sustentável
O Mecanismo para uma Transição Justa
Lei Europeia do Clima - novas propostas da Comissão
Pacto Ecológico Europeu: mobilidade sustentável e inteligente (14.25 - 15.15)
Sessão II: Novos desafios para a PAC 2021-27 - A Estratégia do Prado ao Prato (15.45 - 17.15)6
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SESSÃO DE ABERTURA (13.00)
As palavras de boas-vindas estarão a cargo de Claudia Roth, Vice-Presidente do Bundestag.
SESSÃO I - O PACTO ECOLÓGICO EUROPEU: NOVOS OBJETIVOS PARA 2030 RUMO À NEUTRALIDADE CLIMÁTICA (13.10-13.25)
Moderação: Sylvia Kotting-Uhl, Presidente da Comissão de Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear do Bundestag
Intervenções:
Frans Timmermans, Primeiro Vice-Presidente Executivo da Comissão Europeia
Pascal Canfin, Presidente da Comissão de Ambiente, Saúde Pública e Segurança Alimentar do PE (tbc)
Chairman of the European Parliament’s Committee on the
Michał Kurtyka, Ministro do Clima da Polónia
Parlamento Europeu declara “emergência climática”
Na véspera da Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas (COP25), que se realizou de 2 a 13 de dezembro, em Madrid, foi aprovada no Plenário do PE uma resolução que declara a existência de uma emergência climática e ambiental, afirmando que a UE se deve comprometer a atingir emissões líquidas nulas de gases com efeito de estufa o mais tardar até 2050.
Nesta ocasião, o PE defendeu que a UE deve reduzir as emissões em 55% até 2030 para atingir a neutralidade climática até 2050 e que é urgente acordar um orçamento de longo prazo ambicioso para 2021-2027.
Pacto Ecológico Europeu - apresentação
A Comissão Europeia apresentou, no dia 11 de dezembro de 2019, o Pacto Ecológico Europeu que, nas palavras da sua Presidente, é um roteiro para tornar a economia da UE sustentável, transformando os desafios climáticos e ambientais em oportunidades em todos os domínios de intervenção e tornando a transição justa e inclusiva para todos.
O Pacto Ecológico Europeu prevê um plano de ação para:
- impulsionar a utilização eficiente dos recursos através da transição para uma economia limpa e circular;
- restaurar a biodiversidade e reduzir a poluição.
Este Pacto apresenta uma calendarização ambiciosa e detalhada das várias medidas legislativas e estratégicas em vários domínios de intervenção interligados:
- Lei europeia do clima com vista a garantir uma União Europeia com um impacto neutro no clima até 2050
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- Estratégia de biodiversidade para 2030- Plano de ação para a economia circular- Estratégia industrial europeia- Estratégia para a integração setorial inteligente- Estratégia para a mobilidade sustentável e inteligente- Estratégia "do prado ao prato"
No dia 8 de julho de 2020 foram definidas as estratégias da UE para a integração do sistema energético e para o hidrogénio, a fim de preparar o caminho para um setor energético totalmente descarbonizado, mais eficiente e interligado.
As primeiras análises indicam que a adoção das várias medidas previstas no Pacto será um processo negocial complexo. A este respeito, e como leitura complementar, a biblioteca do Conselho preparou um conjunto de sugestões de literatura sobre Alterações climáticas, bem como um explicador de todas as ações da UE neste domínio. A Comissão apresentou também uma síntese do Pacto.
O Parlamento Europeu aprovou uma resolução sobre o Pacto Ecológico Europeu, no seguimento de um debate realizado no dia 11 de dezembro, em que define a necessidade de metas vinculativas a nível nacional para alcançar a neutralidade carbónica até 2050, e metas intermédias para 2030 e 2040.
Em janeiro, a Comissão apresentou as suas primeiras propostas concretas no âmbito do Pacto Ecológico Europeu: o Plano de Investimento do Pacto Ecológico Europeu e o Mecanismo para uma Transição Justa:
Plano de Investimento para uma Europa sustentável
O Plano de Investimento do Pacto Ecológico Europeu mobilizará fundos da UE e criará um quadro propício para facilitar e estimular os investimentos públicos e privados necessários para assegurar a transição para uma economia verde, competitiva, inclusiva e que assegure a neutralidade climática. Em complemento de outras iniciativas anunciadas no âmbito do Pacto Ecológico Europeu, o plano contempla três dimensões:
- Financiar: mobilizar pelo menos mil milhões de EUR de investimentos sustentáveis na próxima década.
- Facilitar: conceder incentivos para mobilizar e reorientar o investimento público e privado. A UE proporcionará aos investidores instrumentos que permitam colocar o financiamento sustentável no cerne do sistema financeiro, facilitando o investimento sustentável por parte das autoridades públicas;.
- Apoiar na prática: a Comissão prestará apoio às autoridades públicas e aos promotores de projetos no planeamento, conceção e execução de projetos sustentáveis.
O Mecanismo para uma Transição Justa
Visa assegurar que a transição para uma economia com impacto neutro no clima se processa de uma forma justa, não deixando ninguém para trás, prestando apoio específico para mobilizar pelo menos 100 mil milhões de EUR em investimentos durante o período 2021-2027 para as regiões mais afetadas e será constituído por três fontes principais de financiamento:
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1) O Fundo para uma Transição Justa: O PE adotou a sua posição sobre a proposta de regulamento que institui o Fundo para uma Transição Justa, alargando o seu âmbito do novo Fundo para uma Transição Justa, com a coesão social enquanto princípio orientador do apoio no âmbito do Fundo, um aumento dos recursos 25 mil milhões de euros,em comparação com os 11 mil milhões de euros propostos pela Comissão e o decréscimo para 7,5 mil milhões de euros acordado no último Conselho Europeu) e uma dotação específica para as regiões ultraperiféricas (Portugal, Espanha e França).
2) Um regime de transição justa ao abrigo do programa InvestEU, que mobilizará até 45 mil milhões de EUR de investimentos e atrairá investimentos privados, nomeadamente nos setores da energia sustentável e dos transportes, que beneficiem essas regiões e ajudem as suas economias a encontrar novas fontes de crescimento.
3) Um mecanismo de crédito ao setor público do Banco Europeu de Investimento, apoiado pelo orçamento da UE, que mobilizará entre 25 e 30 mil milhões de EUR de investimentos. Este mecanismo será utilizado para conceder crédito ao setor público, a utilizar, por exemplo, em investimentos nas redes de aquecimento urbano e na renovação de edifícios. A Comissão apresentará a proposta legislativa para criar este mecanismo em março de 2020.
Lei Europeia do Clima - novas propostas da Comissão
A Comissão Europeia apresentou, a 17 de setembro, o plano para reduzir as emissões de gases com efeito da UE em, pelo menos, 55 % até 2030, em comparação com os níveis de 1990. Esta nova meta baseia-se numa exaustiva avaliação dos impactos sociais, económicos e ambientais e sublinha a liderança mundial da UE, antes da próxima Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP26).
O Regulamento Lei Europeia do Clima, proposto pela Comissão em março de 2020, visa consagrar no direito da UE o objetivo de alcançar a neutralidade climática até 2050, sendo que a se propõe agora incluir a meta revista para 2030 nesse regulamento. Principais elementos:
- alteração da proposta de lei europeia do clima: incluir a meta de redução das emissões em, pelo menos, 55 % até 2030, para o objetivo de neutralidade climática em 2050;
- o PE e o Conselho devem confirmar esta meta de 55 % no âmbito do Acordo de Paris e a apresentá-la à CQNUAC até ao final do corrente ano;
- propostas legislativas a apresentar até junho de 2021 para aplicar a nova meta: revisão e o alargamento do Sistema de Comércio de Licenças de Emissão da UE; adaptação do Regulamento Partilha de Esforços e do quadro aplicável às emissões resultantes do uso do solo; reforço das políticas em matéria de eficiência energética e energias renováveis; o reforço das normas em matéria de emissões de CO2 para os veículos rodoviários.
- Serão igualmente revistos a seu tempo, entre outras, a Diretiva Desempenho Energético dos Edifícios e a Diretiva Conceção Ecológica, a legislação de apoio à criação das infraestruturas necessárias, como a rede transeuropeia de energia (RTE-E) e a rede transeuropeia de transportes (RTE-T), a Diretiva Infraestrutura para Combustíveis Alternativos e o Regulamento relativo à Governação da União da Energia e da Ação Climática.
Juntamente com o Plano-alvo no domínio climático até 2030 e a sua avaliação de impacto (parte 1 e parte 2), a Comissão adotou igualmente hoje uma avaliação dos planos nacionais em matéria de energia e clima dos Estados-Membros para 2021-2030: a UE está no bom caminho para ultrapassar
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a presente meta de redução (pelo menos, 40 % até 2030), em especial graças aos progressos realizados na implantação das energias renováveis em toda a Europa.
Portugal submeteu o seu Plano Nacional Integrado Energia e Clima à Comissão Europeia no Final de Dezembro de 2019 e apresentou-o em Lisboa no dia 28 de Janeiro de 2020.
Em Portugal, o PNEC 2021-2030 (ADENE), foi aprovado por Resolução do Conselho de Ministros n.º 53/2020, de 14 de julho, e constitui o principal instrumento de política energética e climática para a década 2021-2030. Está construído em coordenação e articulação com o Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 e com o Plano Nacional de Investimento 2030.
PACTO ECOLÓGICO EUROPEU: MOBILIDADE SUSTENTÁVEL E INTELIGENTE (14.25 - 15.15) Orador: Cem Özdemir, Presidente da Comissão de Transportes e Infraestruturas Digitais do Bundestag
Como referido, o Pacto Ecológico Europeu definiu-se como uma nova estratégia de crescimento que visa transformar a UE numa sociedade equitativa e próspera, dotada de uma economia moderna, eficiente na utilização dos recursos e competitiva, que, em 2050, tenha zero emissões líquidas de gases com efeito de estufa e em que o crescimento económico esteja dissociado da utilização dos recursos.
A carta de missão da Comissária responsável pela área dos transportes, Adina Vălean, atribui-lhe a tarefa de assegurar que os transportes europeus são sustentáveis, seguros e acessíveis, garantindo um setor de transportes apto para uma economia limpa, digital e moderna, devendo ser apresentada uma estratégia abrangente para uma mobilidade sustentável e inteligente, concentrando-se no aumento da utilização de combustíveis sustentáveis e alternativos para os transportes rodoviários, marítimos e aéreos.A UE procurará, assim, conceber um conjunto de políticas profundamente transformadoras, tocando transversalmente várias áreas, nas quais se inclui a área dos transportes.
Engloba-se neste contexto a aceleração da transição para uma mobilidade sustentável e inteligente, prevendo-se que a Comissão Europeia adote uma estratégia para o efeito (antes de janeiro de 2021). Também o Programa de Trabalho da Comissão Europeia para 2020, na sua versão original e ajustada, refere a Estratégia para uma Mobilidade Sustentável e Inteligente como uma iniciativa essencial.
A pandemia da COVID-19 teve um impacto grave na mobilidade da Europa e no seu setor dos transportes, com a diminuição de postos de trabalho, rendimentos e dificuldades para as empresas. A Comissão tomou, neste contexto, medidas sem precedentes que também se destinaram a apoiar o sector dos transportes, incluindo a total flexibilidade ao abrigo das regras orçamentais da UE, um quadro temporário de auxílios de estado à liquidez e ajuda à recapitalização e um esquema europeu de apoio para manter os postos de trabalho (SURE). A comunicação A Hora da Europa: Reparar os Danos e Preparar o Futuro para a Próxima Geração definiu o rumo para a recuperação da Europa, incluindo o investimento na proteção e criação de empregos e na sustentabilidade competitiva do seu setor dos transportes, construindo um setor mais justo, mais verde e mais digital.
Tendo por base o roteiro definido para a estratégia da União relativa à mobilidade sustentável e inteligente, esta construirá um sistema de transporte resiliente e à prova de crise, não olvidando a importância dos transportes para o Mercado Único e para a indústria europeia. Identificará assim ações para revitalizar e reforçar o Mercado Único no sector dos transportes, assegurando a conectividade para cidadãos e empresas, e estabelecendo novas etapas na afirmação da Europa como força industrial líder no setor dos transportes. Identificará ainda ações para assegurar que a mobilidade europeia seja acessível e segura, garantindo que esta transição chega a todos (leaves nobody behind).
Neste sentido, a mobilidade sustentável basear-se-á em medidas que promovam:
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- Envolvimento da digitalização, através da mobilidade automatizada e sistemas inteligentes de gestão do tráfego rodoviário para transportes mais eficientes e mais limpos, bem como o desenvolvimento de aplicações inteligentes e de soluções de mobilidade como serviço;
- Utilização de outros modos de transporte, dando preferência ao transporte de mercadorias por via ferroviária ou aquática, reduzindo significativamente as emissões do transporte aéreo, a custo 1
zero para os consumidores e empresas, através do céu único europeu;- Incidência nos preços do impacto no ambiente, terminando as subvenções a combustíveis fósseis,
alargando o comércio de licenças de emissão ao setor marítimo, tarifação rodoviária eficaz e redução das licenças atribuídas a título gratuito a companhias aéreas no âmbito do sistema de comércio de licenças de emissão;
- Aumento da oferta de combustíveis alternativos sustentáveis no setor dos transportes;- Redução da poluição, através de um quadro normativo mais estrito da poluição automóvel,
redução da poluição nos portos, melhoramento da qualidade do ar junto aos aeroportos.
De acordo com o Pacto Ecológico Europeu, os transportes são responsáveis por um quarto das emissões de gases com efeito de estufa da UE, e esses valores continuam a aumentar. Para alcançar a neutralidade climática, será necessária uma redução de 90 % das emissões dos transportes até 2050. Todos os modos de transporte — rodoviário, ferroviário, aéreo, aquático — terão de contribuir para essa redução. Alcançar a sustentabilidade dos transportes significa colocar os utilizadores em primeiro lugar e proporcionar-lhes alternativas mais baratas, acessíveis, saudáveis e limpas do que os seus atuais hábitos de mobilidade.
Neste sentido, a Comissão aponta o transporte multimodal como área que precisa de forte impulso, aumentando a eficiência do sistema, destacando os transportes ferroviários e por vias navegáveis interiores como substituição dos transportes rodoviários de mercadorias, ponderando apresentar uma proposta reformulada da Diretiva de Transporte Combinado, reiniciando ainda os trabalhos para adoção de uma proposta para criação de um verdadeiro «céu único europeu».
Prevê-se ainda que a mobilidade multimodal automatizada e conectada desempenhe um papel cada vez mais importante, em conjunto com os sistemas inteligentes de gestão do tráfego. Por outro lado, o preço dos transportes deve refletir o seu impacto no ambiente e na saúde. Para o efeito, a Comissão também examinará a Diretiva Infraestrutura para Combustíveis Alternativos (com enfoque nas áreas de pontos de carregamentos elétricos, postos de abastecimento de hidrogénio, biocombustíveis, gás natural liquefeito, gás natural comprimido e GPL) e o Regulamento Redes Transeuropeias de Energia. 2
Em síntese, o roteiro com as ações a desenvolver neste âmbito envolve assim não só o lançamento da Estratégia para a mobilidade inteligente e sustentável como o pedido de financiamento para apoiar a implantação de pontos públicos de carregamento e de abastecimento como parte da infraestrutura para combustíveis alternativos, a avaliação das opções legislativas para estimular a produção e o fornecimento de combustíveis alternativos sustentáveis aos diferentes modos de 3
transporte, iniciativas para aumentar e gerir melhor a capacidade dos caminhos de ferro e das vias navegáveis interiores e uma proposta de normas mais rigorosas em matéria de emissões de poluentes atmosféricos dos veículos com motor de combustão.
Os transportes devem tornar-se drasticamente menos poluentes, em especial nas cidades. É necessária uma combinação de medidas que abranja as emissões, o congestionamento urbano e a melhoria dos
1 Encontra-se em apreciação a proposta da Comissão relativa à declaração do ano de 2021 como o Ano Europeu do Transporte Ferroviário 2 De destacar nesta sede o relatório do Sustainable Transport Forum da UE (2019) 3 Tendo a UE estabelecido anteriormente uma meta de utilização de 10% de energias renováveis nos transportes até 2020 na Diretiva 2009/28/CE
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transportes públicos, descreveu a Comissão na mesma comunicação. Atribui-se assim relevância também a iniciativas relativas à mobilidade urbana sustentável.
A Comissão apoia a transição para a mobilidade sustentável através da Connecting Europe Facility - CEF. Empenhada em gastar 60% do orçamento em projetos de infraestruturas com uma ligação à sustentabilidade, a CEF será importante na criação de uma rede europeia de infraestruturas para combustíveis alternativos, e na viabilização de uma rede ferroviária europeia interoperável e de elevado desempenho.
Destaca-se ainda que o PE congratulou o desenvolvimento desta Estratégia na sua resolução de janeiro de 2020, tendo a Comissão Europeia promovido ainda uma consulta pública sobre o tema, que terminou no dia 23 de setembro, não sendo os seus resultados ainda conhecidos.
Já em 2011 a Comissão havia lançado um livro branco sobre um Roteiro do espaço único europeu dos transportes - rumo a um sistema de transportes competitivo e económico em recursos, procurando alcançar um sistema de transportes competitivo e sustentável, apostando no crescimento do setor e preservação da mobilidade, cumprindo uma meta de redução de 60% das emissões, criar uma rede de base eficiente para o tráfego e o transporte interurbano multimodal, transformando aeroportos, portos, estações de comboio, metro e autocarro numa plataforma de correspondência multimodal ao serviços dos passageiros, encorajando o transporte de mercadorias por vias alternativas que não o transporte rodoviário (com preferência para o ferroviário e marítimo).
SESSÃO II: NOVOS DESAFIOS PARA A PAC 2021-27 - A ESTRATÉGIA DO PRADO AO PRATO (15.45 - 17.15) Presidido por: Alois Gerig, Presidente da Comissão de Alimentação e Agricultura do Bundestag
Oradores:
Julia Klöckner, Ministra Federal para a Alimentação e Agricultura da Alemanha
Janusz Wojciechowski, Comissário Europeu para a Agricultura
Norbert Lins, Presidente da Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu
A Política Agrícola Comum (PAC) é a trave-mestra do desenvolvimento do sector agrícola europeu – em especial no que concerne ao estabelecimento de objetivos comuns ao setor, através do seu papel fundamental no financiamento da atividade agrícola dos países-membros da UE. A futura PAC irá centrar-se em nove objetivos gerais que refletem a importância económica, ambiental e social desta política:
1. Apoiar os rendimentos e a resiliência das explorações agrícolas viáveis em toda a UE, de modo a reforçar a segurança alimentar - matéria especialmente posta em evidência com a emergência de saúde pública mundial decorrente da doença por SARS-Cov-2, que presentemente se verifica ;4
2. Reforçar a orientação para o mercado e aumentar a competitividade, com maior incidência na investigação, na tecnologia e na digitalização;
4 De referir que, no plano do comércio internacional, a agricultura terá sido dos setores mais resilientes no primeiro semestre do presente ano. Cfr. WTO, Covid-19 and Agriculture: a Story of Resilience, 2020, disponível em https://www.wto.org/english/tratop_e/covid19_e/agric_report_e.pdf.
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3. Melhorar a posição dos agricultores na cadeia de valor;
4. Contribuir para a adaptação às alterações climáticas e para a atenuação dos seus efeitos, bem como para a energia sustentável;
5. Promover o desenvolvimento sustentável e uma gestão eficiente de recursos naturais como a água, os solos e o ar;
6. Contribuir para a proteção da biodiversidade, melhorar os serviços ligados aos ecossistemas e preservar os habitats e as paisagens;
7. Atrair jovens agricultores e facilitar o desenvolvimento das empresas nas zonas rurais;
8. Promover o emprego, o crescimento, a inclusão social e o desenvolvimento local nas zonas rurais, nomeadamente a bioeconomia e a silvicultura sustentável;
9. Melhorar a resposta dada pela agricultura europeia às exigências da sociedade em matéria de alimentação e de saúde, incluindo a oferta de produtos alimentares seguros, nutritivos e sustentáveis e o bem-estar dos animais.
10. Fomentar o conhecimento, a inovação e a digitalização na agricultura e no desenvolvimento rural constitui um objetivo também transversal, assente, entre outros pressupostos, na ideia da agricultura de precisão enquanto veículo de eficiência na afetação de recursos naturais, designadamente de água e solos.
No plano legislativo, a reforma da PAC assenta, com efeito, em três instrumentos: o regulamento sobre os planos estratégicos da PAC (proposta de uma nova forma de trabalhar que abranja pagamentos diretos aos agricultores, apoio ao desenvolvimento rural e programas de apoio setorial); o regulamento sobre a organização comum dos mercados dos produtos agrícolas (OCM); e o regulamento horizontal sobre o financiamento, a gestão e o acompanhamento da PAC.
Prevista no Pacto Ecológico Europeu, a reforma da PAC terá um papel importante no alcance dos objetivos ambientais e climáticos, que se interligam à transformação da economia da UE para um futuro sustentável, à conceção de um sistema alimentar justo, saudável e amigo do ambiente.
Os alimentos produzidos na Europa são reputados por serem seguros, nutritivos e de elevada qualidade. Chegou o momento de se tornarem igualmente a norma mundial em termos de sustentabilidade, conforme descreve a comunicação relativa ao Pacto Ecológico..
A Comissão comprometia-se, neste sentido, a apresentar uma Estratégia denominada «do Prado ao Prato» (Farm-to-Fork), tendo esta sido lançada em maio de 2020, juntamente com a Estratégia de Biodiversidade com o objetivo de trazer a natureza de volta às nossas vidas. As duas estratégias reforçam-se mutuamente, reunindo a natureza, os agricultores, as empresas e os consumidores para trabalharem em conjunto com vista a um futuro sustentável e competitivo.
A Estratégia do Prado ao Prato permitirá a transição para um sistema alimentar sustentável na UE, que salvaguarde a segurança alimentar e garanta o acesso a alimentos saudáveis com origem num planeta saudável. As perguntas e respostas identificam as principais ações, repartidas por objetivos para 2030 e outras áreas de ação.
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Objetivos até 2030:
- redução de 50 % da utilização e do risco dos pesticidas químicos;- redução de, pelo menos, 20 % da utilização de fertilizantes;- redução de 50 % nas vendas de agentes antimicrobianos para animais de criação e de aquicultura;- axa de cobertura de 25 % das terras agrícolas sob produção biológica e aumento da aquacultura
biológica.
Outras ações:
- Recompensa pela sequestração de CO2 nas explorações agrícolas;- Bioeconomia e eficiência energética;- Bem-estar animal e fitossanidade;- Produção sustentável na exploração agrícola;- Produção sustentável nos setores animal e dos peixes e mariscos;- Integração dos nove objetivos da política agrícola comum (PAC) nos planos estratégicos da PAC
dos Estados-Membros;- Regras de concorrência e práticas de comércio desleal.
A crise originada pela pandemia COVID-19 mostrou as fragilidades da cadeia alimentar da UE, prevendo esta nova Estratégia a criação de um quadro legal que antecipe um plano de contingência para assegurar a segurança e o abastecimento alimentar.
A Estratégia referida é ainda acompanhada de um plano de ação que define 27 iniciativas legislativas e não legislativas entre 2020 e 2024.
No que se refere ao valor da cadeia alimentar, os diversos atores são também destinatários de uma série de ações que englobam um código de conduta responsável no âmbito das empresas e práticas comerciais, governação corporativa sustentável e modelos de negócio circulares, perfil de nutrientes alimentares, embalagem e normas de comercialização e combate à fraude alimentar. Por outro lado, no que respeita a ações no âmbito do consumo alimentar, destaca-se a importância de fornecer aos consumidores informação harmonizada na rotulagem, promover a alimentação sustentável, reduzir o desperdício alimentar e rever as indicações de validade.
A transição sustentável assentará na investigação e inovação, em investimentos específicos e numa melhor utilização de dados.
Após o lançamento da Estratégia do Prado ao Prato, vários foram os debates e as reações das partes interessadas: algumas ONGs ecologistas congratularam a estratégia como forma de salvar o planeta das práticas destrutivas e de criação de políticas sustentáveis no futuro, embora os compromissos a assumir sejam apenas aspiracionais; outros concordaram que beneficia a biodiversidade e a saúde sobre os lucros dos negócios agrícolas, dando maior poder aos consumidores para fazerem escolhas mais saudáveis, oferecendo possibilidades às PMEs do setor. Algumas partes interessadas consideram os objetivos relativos aos pesticidas como irrealistas e os relativos aos fertilizantes demasiado ambiciosos, devendo ser a conversão para a produção biológica recompensada. Por outro lado, lamentam que assuntos como o acesso às terras ou a produção e consumo de carne não estejam vertidos nesta estratégia, enquanto outros recordam a sua importância para os sistemas alimentares circulares.
No que respeita às instituições europeias, o Parlamento Europeu reconhece a necessidade de repensar o sistema alimentar comum da UE, os Comissários responsáveis pela área participam regularmente em reuniões com as comissões do Parlamento e as primeiras discussões no Conselho sublinharam os 5
5 encontrando-se prevista uma Conferência sobre o tema para os dias 15 e 16 de outubro
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desafios e oportunidades para os Estados-Membros em alcançar os objetivos desta estratégia, como aspetos orçamentais e diferenças entre as posições iniciais a nível nacional.
Acresce que o Parlamento Europeu adotou, em janeiro, uma resolução relativa ao Pacto Ecológico Europeu, reconhecendo que a produção alimentar é o fator essencial para a perda da biodiversidade e que garantir alimentos seguros, saudáveis e de boa qualidade deveria ser a prioridade cimeira, congratulando esta estratégia do Prado ao Prato como forma de solucionar estas questões.
A Estratégia do Prado ao Prato é assim fulcral ao cumprimento dos desideratos do Pacto Ecológico, na medida em que adereça os desafios do desenvolvimento de sistemas alimentares sustentáveis, num encontro entre sustentabilidade e resiliência que tenda, em última análise, à adoção de estilos de vida e hábitos alimentares biologicamente saudáveis, economicamente equilibrados e ambientalmente conscientes. O objetivo final é o de que os produtos mais sustentáveis sejam simultaneamente, a longo prazo, os mais acessíveis à generalidade da população europeia.
É no contexto do robustecimento e resiliência que se encontra igualmente em cima da mesa, no plano internacional, a matéria da gestão do risco nos sistemas agrícolas, onde o mais recente relatório da OCDE
aponta para a necessidade de uma nova abordagem ao tema, no desenho de políticas públicas que 6
permitam, entre outros aspetos, a mitigação dos impactos das intempéries decorrentes das alterações climáticas em todos os estratos da produção e economia agrícolas. No contexto nacional, os fenómenos climáticos extremos sentidos no final do passado mês de maio na Região Norte e Centro do país motivaram a Resolução da Assembleia da República n.º 72/2020, na qual se recomenda ao Governo adoção de medidas igualmente propugnadas naquele relatório, das quais se destaca a criação de um sistema de seguros agrícolas com apoio público.
Igualmente no plano nacional, foi recentemente apresentada a Agenda de Inovação para a Agricultura 20|30, que toma como referentes a Agenda 2030 – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ONU), o Pacto Ecológico Europeu, a Estratégia Farm-to-Fork e o Horizonte Europa e reproduz, agora em plena transposição para a ação governativa, os vetores da saúde, inclusão, competitividade e sustentabilidade – ancorados na aposta na inovação – para o desenho das políticas do setor.
6 Cfr. OECD, Strengthening Agricultural Resilience in face of Multiple Risks, 2020, disponível aqui.
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Conference folder for the participants in the
video conference:
European Green Deal and Common Agricultural Policy
For a sustainable and climate-neutral Europe
Berlin, 5th October 2020
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Programme
Video Conference Guide for Webex and Interprefy
Curricula Vitae
Session 1
The European Green Deal: new targets for 2030 on the way to climate neutrality
Memo: New goals for 2030 on the path to climate neutrality
Session 2
New challenges for the CAP (2021-2027), focussing particularly on sustainable
food production: Farm to Fork
Memo: The Common Agricultural Policy, 2021 – 2027, and the
implementation of the Farm to Fork Strategy
List of participants
European Green Deal and CAP: For a sustainable and
climate-neutral Europe – Video conference on 5 October 2020
Table of contents
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Conference of Chairpersons of Committees on the Environment, Energy, Transport and Agriculture from national parliaments and the European Parliament as part of the Parliamentary Dimension of the Presidency of the Council of the EU.
14.00Welcome and opening remarks by the Vice-President of the German Bundestag Claudia Roth
14.10 Session 1 The European Green Deal: new targets for 2030 on the way to climate neutrality
Chaired by: Sylvia Kotting-Uhl Chairwoman of the German Bundestag’s Committee on Environment, Nature Conservation and Nuclear Safety
Keynote speech: Frans Timmermans Executive Vice-President of the European Commission
Keynote statement: Pascal Canfin (tbc) Chairman of the European Parliament’s Committee on the Environment, Public Health and Food Safety
Keynote statement: Michał Kurtyka Minister of Climate of the Republic of Poland
14.40 Discussion
Possible points for discussion: Is the 55% reduction in greenhouse-gas emissions by 2030 sufficient to fulfil the obligations arising from the Paris Agreement? How must emissions-trading be reformed, and do we need more economic instruments? How can the burden of the new reduction targets be fairly shared?
European Green Deal and CAP: For a sustainable and
climate-neutral Europe – Video conference on 5 October 2020
Programme
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15.25The European Green Deal: Sustainable and smart mobility Keynote statement: Cem Özdemir Chairman of the German Bundestag’s Committee on Transport and Digital Infrastructure
15.30 Discussion
Possible points for discussion: Are electric vehicles with batteries or hydrogen fuel cells sufficient to make transport climate-neutral? What incentives can be used to shift road traffic to more climate-friendly modes of transport? Fewer cars, more bikes – how can our towns and cities become liveable again? What smart instruments do we need to promote intermodal and multimodal transport more vigorously?
16.10 Closing remarks at the end of the session
16.15 Break
16.45 Session 2 New challenges for the CAP (2021-2027), focussing particularly on sustainable food production: Farm to Fork
Chaired by: Alois Gerig Chairman of the German Bundestag’s Committee on Food and Agriculture
Address: Julia Klöckner Federal Minister of Food and Agriculture of Germany
Keynote speech: Janusz Wojciechowski European Commissioner for Agriculture
Keynote statement: Norbert Lins Chairman of the European Parliament’s Committee on Agriculture and Rural Development
17.15 Discussion
Possible points for discussion: How can incentives for climate and environmental measures be strengthened in the future CAP? Should the proposed minimum allocations of 20% of direct payments to eco-schemes and 30% of EAFRD funds to climate and environmental measures be increased?
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Is farming a quarter of all agricultural land in the EU organically by 2030 an appropriate target? How can improved animal welfare be achieved in the implementation of the Farm to Fork Strategy? What can be done to ensure that both farmers and consumers benefit from the introduction of sustainable food production? What can be done to ensure that farmers are adequately remunerated for additional environmental efforts and so give farmers brighter economic prospects and prevent further farm closures? How can the European Commission provide the member states with targeted assistance in implementing the Farm to Fork Strategy?
18.10 Closing remarks
18.15 End of the video conference
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To ensure simultaneous interpretation
Please be so kind and use your headset.
Thank you!
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Video Conference Guide for Webex and Interprefy
General information
The video conference including the original spoken audio (floor) will be transmitted via Webex.
Simultaneous interpretation of the conference will be provided from German, English and French into
German, English and French via the platform Interprefy.
If you have any technical questions or difficulties, please contact either
support.bmi@pool.de or +49 2572 920 164.
Technical information
Please make sure you comply with the following technical requirements to ensure good video and audio
quality – otherwise it will not be possible for your contribution to be interpreted.
- Use a stable LAN internet connection with sufficient bandwidth of at least 10 Mbit/s (please do
not use a wireless network).
- When you take the floor during the conference use a high-quality external microphone, for
instance in the form of a headset. Please do not use the built-in microphones on your laptop or
PC, as these do not ensure sufficiently good audio quality.
- Sit in an evenly lit, bright place.
- Position your camera so that there is a good view of you in the video window that the other
participants will see. The camera should be roughly at eye level. The background should be tidy
and not distracting.
- Device for participating in the Webex conference: laptop or PC with built-in or external HD
webcam, or a dedicated Webex device. To listen to the original audio (floor), you will need
internal or external speakers.
- If you want to listen to thesimultaneous interpreting, you have to open an additional window
for the Interprefy platform in your internet browser (see below).
- Please do not log out during the break.
System/IT information
Please note you will need the followoing to avoid problems when installing and connecting to Cisco
Webex:
- Authorisation to download and run .exe and .msi files or to share the programmes via the
relevant software centre (if administration is organised centrally, i.e. via the IT department or
system administrator).
- USB read and write permission
- Audio and microphone input must be activated.
- Authorisation for your browser to access the camera, microphone and speakers.
- You will need to allow Cisco Webex to bypass proxy settings in your browser and your in-house
network or the configuration oft he proxy server and firewall.
- More information on security during Cisco Webex meetings is available here:https://www.cisco.com/c/dam/en/us/products/collateral/conferencing/webex-meeting-center/white-paper-c11-737588.pdf?dtid=osscdc000283
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Participating in a video conference using Cisco Webex and using Interprefy to listen to the simultaneous interpreting
Participating in a Webex meeting
1. Please open the link in your e-mail invitation tot he Webex meeting
Before joining the meeting, change your information In the programme to:: Iso-code for your country / Last name / First name e.g. DEU Mustermann Max
Option 2: Participate from your web browser
You can also participate using your web
browser: click on
Join from your browser.
Option 1: Participate from the Webex Meetings
app
If the Cisco Webex Meetings app is already
installed on your PC, open the app by clicking
on the link tot he meeting.
If you are participating from your browser, enter your
information as follows: Iso-code for your country / Last name / First name e.g. DEU Mustermann Max
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Activate
camera
Show participants Chat feature for
requesting the
floor
More
options
Leave the
meeting Activate microphone
2. Before joining the meeting, please activate your camera and mute your microphone.
3. Then click on „Join Meeting“.
Webex features during the video conference
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4. Using the chat feature to request the floor:
- You should only use the chat feature to request the floor – please direct your contentualquestions via direct chat message to us.
- Please do not use the chat feature for any other communication. If, for instance, you needtechnical support please call the technical hotline (see below).
How to request the floor:- Enter your three-digit country code, your last name and the language you will be speaking and
send it to the chat.- You will receive a private message that you are up next whilst the speaker before you is still
speaking.- Wait until you are given the floor by the chair of the meeting.- Once you have been given the floor, please activate your microphone.- Speaking time is limited to two minutes. The chair reserves the right to shorten or lengthen this
speaking time, depending on how many participants are requesting the floor.- Once you have finished speaking, please do not forget to mute your microphone again.
5. Using Interprefy from your web browser to listen to the simultaneous interpretation
We recommend you use the Google Chrome browser and a wired internet connection for this.
Use the link: https://interpret.world/user/sign-in
Participants using Interprefy receive a separate e-mail with an event access token allowing them to log in.
Enter your token Press „To my session!“ Plug in your headset Choose a language
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Help in the event of technical problems
- If you have any technical questions or difficulties, please contact eithersupport.bundestag@pool.de or +49 2572 920 164.
- For any other questions relating to the conference please contact eithersustainableeurope2020@bundestag.de or +49 30 227 33766.
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Claudia Roth Vice-President of the German Bundestag (Alliance 90/The Greens parliamentary group)
- Member of the Committee on Economic Cooperationand Development
- Member of the Subcommittee on Cultural and EducationPolicy Abroad and spokesperson of the Alliance 90/TheGreens group on the subcommittee
- 1998 to 2001 and since 2002: Member of the GermanBundestag
- 1989 to 1998: Member of the European Parliament, chairof the Green Group in the European Parliament from1994
Session 1
Sylvia Kotting-Uhl Chair of the German Bundestag’s Committee on the Environment, Nature Conservation and Nuclear Safety (Alliance 90/The Greens parliamentary group)
- Substitute member of the Committee on Education,Research and Technology Assessment and theCommittee on Economic Affairs and Energy
- 2013 to 2017: Spokesperson on nuclear policy for theAlliance 90/The Greens parliamentary group
- Since 2005: Member of the German Bundestag
The European Green Deal and CAP: for a sustainable and climate-neutral Europe – Video conference on 5 October 2020 Curricula vitae
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Frans Timmermans Executive Vice-President of the European Commission
- Responsible within the European Commission for theEuropean Green Deal
- 2014 to 2019: First Vice-President of the EuropeanCommission
- 2012 to 2014: Minister of Foreign Affairs of theNetherlands
- 2007 to 2010: Minister of European Affairs of theNetherlands
- 1998 to 2007 and 2010 to 2012: Member of theParliament of the Netherlands
Pascal Canfin Chair of the European Parliament’s Committee on the Environment, Public Health and Food Safety (Renew Europe Group)
- Since 2018: Member of the High Council on Climate inFrance
- 2016 to 2019: Director-General of the environmentalorganisation WWF in France
- 2012 to 2014: Minister Delegate for Development at theFrench Ministry of Foreign Affairs
- 2009 to 2012 and since 2019: Member of the EuropeanParliament
Photo: Ministry of Climate of the Republic of Poland
Michał Kurtyka Minister of Climate of the Republic of Poland
- 2018 to 2019: Secretary of State at the Ministry ofEnvironment of the Republic of Poland
- 2018: President of the COP24 UN climate conference- 2016 to 2018: Secretary of State at the Ministry of
Energy of the Republic of Poland, responsible formatters such as a development plan for electromobility
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Cem Özdemir Chair of the German Bundestag’s Committee on Transport and Digital Infrastructure (Alliance 90/The Greens parliamentary group)
- Substitute member of the Committee on Foreign Affairs- 2004 to 2009: Member of the European Parliament- 1994 to 2002 and since 2013: Member of the German
Bundestag
Session 2
Alois Gerig Chair of the German Bundestag’s Committee on Food and Agriculture (CDU/CSU parliamentary group)
- 2011 to 2014: Spokesperson of the CDU/CSUparliamentary group on the Committee on Food andAgriculture
- Since 2009: Member of the German Bundestag
Julia Klöckner Federal Minister of Food and Agriculture (Germany)
- 2011 to 2018: Chair of the CDU parliamentary group inthe Rhineland-Palatinate Land Parliament
- 2009 to 2011: Parliamentary State Secretary at theFederal Ministry of Food, Agriculture and ConsumerProtection
- 2002 to 2011: Member of the German Bundestag(CDU/CSU parliamentary group)
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Janusz Wojciechowski European Commissioner for Agriculture
- 2016 to 2019: Member of the European Court ofAuditors
- 2004 to 2016: Member of the European Parliament, andVice-Chair of the Committee on Agriculture and RuralDevelopment from 2014 to 2016
- 1995 to 2001: President of the Supreme Audit Office,Poland
- 1993 to 1995: Member of the Polish Parliament (Sejm)and Deputy Speaker from 2001 to 2004
Norbert Lins Chair of the European Parliament’s Committee on Agriculture and Rural Development (EPP Group)
- Substitute member of the Committee on theEnvironment, Public Health and Food Safety
- 2018 to 2019: Rapporteur of the European Parliament’sspecial committee on the EU authorisation procedurefor pesticides
- Since 2014: Member of the European Parliament
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I. The European Green Deal
With the European Green Deal, the European Union is working towards its goal of becoming the
world’s first climate-neutral continentby 2050. One central measure on the path to climate-neu-
trality is the setting of ambitious CO2 reduction targets for 2030 and the adaptation of all the
EU’s climate-relevant measures in numerous sectors, particularly in the fields of energy, the cir-
cular economy, finances, mobility, food, agriculture and forestry, biodiversity, air quality man-
agement and chemicals. At the same time, the European Commission aims to use the Multian-
nual Financial Framework (MFF) for 2021-2027, along with the Next Generation EU (NGEU) re-
covery plan, to mitigate the health-related, economic and social impacts of the COVID-19 pan-
demic, as well as foster the environmental and digital transformation of the EU economies by
means of a significant European fiscal impetus.
In March 2020, the Commission presented as a central element of the Green Deal the European
Climate Law, which provides a binding legal framework for achieving climate-neutrality by 2050.
The Climate Law also increases the ambition of the 2030 reduction targets, moving from the cur-
rent 40% target to a 50%-55%, as well as establishing a five-yearly review mechanism.
In her State of the Union address delivered to the European Parliament plenary on 16 September
2020, Commission PresidentUrsula von der Leyen announced her proposal to propose an emis-
sions reduction target of 55% for 2030. The Commission’s current impact assessment of 17 Sep-
tember 2020 showed that the measures thus far could result in the achievement of a 45% reduc-
tion in emissions by 2030. The assessment of the national climate and energy plans would
demonstrate the EU’s ability to set more ambitious targets. The proposed reduction would put the
EU firmly on track to achieve climate neutrality by 2050 and help to keep the rise in temperature
to below 1.5 degrees Celsius, President von der Leyen said. She pointed out that emissions had
dropped by 25% since 1990, whilst the economy had grown by more than 60%. Today, she
stressed, the EU had more technology, more expertise and more investment. Meeting these new
targets would reduce energy import dependency, possibly create millions of extra jobs and more
than halve air pollution.
During its previous negotiations on the Climate Law, the Council endorsed the climate-neutrality
objective. However, particularly against the background of the COVID-19 pandemic, a number of
states later expressed their concern about excessive economic burdens, in a letter sent by six en-
vironment ministers to the European Commission in July 2020. The Commission’s proposal for
setting further reduction targets from 2030 by means of delegated acts was rejected by the Coun-
cil.
The European Green Deal and CAP: for a sustainable and climate-
neutral Europe – Video conference on 5 October 2020
Memo: New goals for 2030 on the path to climate neutrality
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On 11 September 2020, the European Parliament Committee on the Environment, Public Health
and Food Safety (ENVI) expressed its support for a moreambitious emissions reduction target of
60%. In her report, rapporteur Jytte Guteland (S&D, SWE) also proposed the establishment of an
independent European Panel on Climate Change, made up of fifteen experts, which would from
2023 onwards set interim targets on the path to achieving climate neutrality in 2050. Climate
neutrality needed to be achieved both Europe-wide and by all member states by 2050. In addi-
tion, the ENVI committee is calling for the EU and its member states to phase out fossil fuel sub-
sidies by 31 December 2025. The European Parliament’s plenary is scheduled to set out its posi-
tion on the Climate Law in the first week of October.
The Environment Council will continue the discussion on the European Climate Law on 23 Octo-
ber 2020 on the basis of the impact assessments; the German Presidency of the Council is aiming
to achieve agreement on a general approach at the Environment Council on 17 December 2020.
II. Further environmental and agricultural policy initiatives in the framework of the
Green Deal
In the 2030 Biodiversity Strategy, the European Commission proposes placing 30% of the EU’s
land and sea area under protection by 2030, of which one third would be subject to strict protec-
tion. The Commission proposal is intended to prepare the ground for the fifteenth meeting of the
Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity (CBD). CBD15, which was
originally planned for October 2020 in China, had to be postponed to 2021 due to the Corona-
virus pandemic.
The “Farm to Fork” Strategy, which is closely linked with the Biodiversity Strategy, is intended
to reduce the environmental and climate footprint of the EU food systems as a whole, reinforce
their resilience, protect citizens’ health and safeguard the livelihoods of economic actors.
In 2021, the Commission is planning a review of the relevant legislative measures to achieve the
climate goals. The Effort-Sharing Directive and the Regulation on land use, land use change and
forestry are to be evaluated, for example. In addition, a chemicals sustainability strategy and a
zero-pollution strategy are to be developed.
III. Economic and energy policy aspects of the Green Deal
In January 2020, European Green Deal Investment Plan (EGDIP) and the Just Transition Fund
(JTF) were presented as finance instruments for balanced and equitable economic restructuring.
The EGDIP is intended to mobilise investments of EUR 1 trillion over the next ten years. The JTF
is aimed at supporting in particular those regions and sectors most affected by the transition,
such as coal-mining regions. To this end, the MFF for 2021-2027 is intended to mobilise public
and private investments. The European Commission had originally earmarked EUR 7.5 billion in
the EU budget to this end. During the negotiations on the NGEU, funding was boosted to EUR 10
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billion. The final sum will be agreed in the ongoing negotiations on the MFF. The European Par-
liament had already signalised that this figure was too low.
In March 2020, the European Commission presented its Industrial Strategy and, linked to this,
its Circular Economy Action Plan. The Commission intends to organise the transition from the
linear to the circular economy in such as way as to allow the growth of an industry which is glob-
ally competitive and a world leader, which shifts towards climate neutrality and shapes the digi-
tal future. The Circular Economy Action Plan contains around 50 measures and aims to fully de-
couple economic growth from resources and promote sustainable processes and products, and
clean recycling streams.
On 9 July 2020, the Commission presented the Strategy for Energy System Integration. This strat-
egy strives to promote coordinated planning and operation of the energy system “as a whole”.
The proposal aims to achieve a more “circular” energy system, greater direct electrification and
the use of renewable and low-carbon fuels.
At the same time, the Commission also presented its Hydrogen Strategy. The strategy makes clear
that hydrogen has many possible applications which would avoid causing CO2 emissions and air
pollution. The strategy describes how hydrogen could help decarbonise numerous industrial pro-
cesses. The priority would be to develop renewable hydrogen, mainly produced using wind and
solar energy. The strategy recognises the importance of boosting both demand and production. To
this end, greater support is to be given to research and innovation in this field.
In addition, a Renovation Wave initiative is planned for 2020, aimed at promoting modernisation
of buildings. In 2021, the Emissions Trading System, the Energy Taxation Directive, the Energy
Efficiency Directive and the Renewable Energy Directive are up for review. In emissions trading,
the ceilings for overall emissions are to be lowered and expansion to further sectors examined. In
order to achieve a 55% reduction in emissions by 2030, the aim is for the proportion of renewa-
ble energies to reach 38-40% by 2030, rather than 32% as previously planned. The 2030 energy
efficiency target is to be increased to 36-39%, from the previous figure of 32.5%.
IV. Transport-policy aspects of the Green Deal
The European Commission’s Hydrogen Strategy presents hydrogen as a promising option where
electrification is less efficient. Hydrogen fuel cells could be used for local city buses, commercial
fleets (taxis) or in specific parts of the rail network, as well as in heavy-duty vehicles, coaches
and special purpose vehicles, and in rail freight and inland shipping. Hydrogen could also be
used in the production of synthetic aviation and maritime fuels.
In December 2020, the European Commission plans to present the Strategy on Sustainable and
Smart Mobility. Proposals to reduce greenhouse gases in the transport sector will be one of the
main focal points. Automated and connected multimodal mobility, together with smart traffic
management systems, could play an important role in this context. New digital transport services
are expected to help reduce traffic congestion and environmental pollution.
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The Commission also expects digitalisation to trigger progress inshiftingtrafficfrom road to rail,
as well as to other forms of mobility. By connecting different modes of transport, using an app,
for example, multimodal mobility could be facilitated. The combination of local and long-dis-
tance rail transport with sharing services for instance, could provide a sensible alternative to the
use of private cars.
The Commission has produced a range of further measures for 2021 to allow emissions reduc-
tions in the transport sector. A new proposal on multimodal freight transport, for example, is in-
tended to facilitate the shift towards rail. In addition, the Commission suggests ending the tax ex-
emption for aviation and maritime fuels in the framework of the evaluation of the Energy Taxa-
tion Directive. Initiatives on sustainable aviation and maritime fuels are also planned. Further-
more, the Regulation on CO2 emissions from passenger cars and light-commercial vehicles, as
well as other legal provisions on vehicle emissions, are due to be revised.
The Commission also intends to examine expanding emissions trading to the road-traffic sector.
Initiatives, coordinated at global level, to expand emission trading to the maritime sector, along
with a reduction in free credits for aviation, will also be examined.
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I. The common agricultural policy, 2021 – 2027
In June 2018 the European Commission published its proposals for a Regulation on CAP Strategic
Plans, a Regulation on the financing, management and monitoring of the common agricultural
policy and a Regulation amending the Regulation establishing a common organisation of the mar-
kets in agricultural products and other Regulations, which are designed to reform the common
agricultural policy (CAP). The three proposals for regulations are currently at the committee
stage in the European Parliament prior to being put to the vote at a plenary sitting. The Agricul-
ture and Fisheries Council intends to adopt its general approach at its meeting on 19 and 20 Oc-
tober 2020. On this basis, the European Parliament, the Council and the Commission will then
open their trilogue.
The substance of the CAP reform package on which the Council recently deliberated includes the
green architecture, the new delivery model and the incorporation of the European Council con-
clusions on the Multiannual Financial Framework (MFF) for 2021 – 2027 in the future direct
payments system. In addition, the German Presidency of the Council has presented proposals
such as the introduction of a uniform EU-wide minimum percentage of non-productive area and
a more flexible and voluntary capping of direct payments. Also under discussion is the introduc-
tion of mandatory eco-schemes with a two-year pilot phase. With regard to the new delivery
model, there is still no agreement among member states on the approval procedure for national
CAP Strategic Plans or on the measures for simplifying the future CAP.
Partly because of delays in the negotiations on the forthcoming MFF for 2021 – 2027, the ques-
tion of funding allocation was shelved for a long time during the deliberations on the CAP reform
package. Finally, on 21 July 2020, the Heads of State or Government reached an agreement allo-
cating an amount of EUR 1,074 billion, expressed in constant 2018 prices, for commitments in
the new MFF. Under the agreement, a total of EUR 258,594 million will be available for the Euro-
pean Agricultural Guarantee Fund (EAGF) and a total of EUR 85,350 million for the European
Agricultural Fund for Rural Development (EAFRD).
To ensure a smooth transition from the current to the forthcoming CAP funding period, the Euro-
pean Parliament, the Council and the European Commission are presently discussing a one- or
two-year transitional period.
The European Green Deal and CAP: for a sustainable and climate-
neutral Europe – Video conference on 5 October 2020
Memo: The Common Agricultural Policy, 2021 – 2027, and the imple-
mentation of the Farm to Fork Strategy
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II. Substance and funding of the Farm to Fork Strategy
On 20 May 2020, the European Commission presented its Communication on a Farm to Fork
Strategy. The strategy is a core element of the European Green Deal (EGD). In its communication,
the Commission proposes a transition to a sustainable food system in the EU, from food produc-
tion through processing and transport to informed food choices on the part of consumers.
According to the Commission, the new approach is intended to reduce the overall environmental
and climate footprint of the EU food system and strengthen its resilience, protect public health
and safeguard the livelihoods of economic operators. The new approach is also intended to en-
sure that agriculture, fisheries and aquaculture as well as the food value chain contribute appro-
priately to the pursuit of the 2030 Climate Target Plan and the goal of a climate-neutral EU by
2050.
The aim is that 25% of the entire area of agricultural land in the EU should be farmed organi-
cally by 2030. Nutrient losses are to be halved without any deterioration in soil fertility with a
view to achieving at least a 20% reduction in the use of fertilisers by 2030. The overall use and
risks of chemical pesticides are to be reduced by 50% by 2030. It is also planned to halve the to-
tal volume of EU sales of antimicrobials for farmed animals and fish by 2030.
Besides the food supply chain, the Farm to Fork Strategy also encompasses associated areas of
activity, such as providing support for the transition through research, innovation, technology
and investments as well as through advisory services, data and knowledge sharing and develop-
ment of employees’ key skills.
Lastly, the strategy also focuses on the external dimension of a sustainable EU food system, for
example on how the trade policy of the EU should help to improve cooperation with third coun-
tries in key areas such as animal welfare, the use of pesticides and the fight against antimicrobial
resistance and to obtain ambitious commitments in those areas from third countries.
To finance the pursuit of the EGD goals in the framework of the future common agricultural pol-
icy (CAP), the European Commission has proposed an extra increase of EUR 15 billion in the
original proposed allocation to the European Agricultural Fund for Rural development (EAFRD)
in the Multiannual Financial Framework (MFF) for 2021 – 2027.
III. Implementation of the strategy as part of the common agricultural policy, 2021 – 2027
According to the European Commission [SWD(2020) 93 final], the Farm to Fork Strategy is com-
patible with the three proposals for regulations that were presented in 2018 as well as with the
Biodiversity Strategy for 2030. The key condition for compatibility, it says, is retention of the
main provisions set out in its CAP reform proposals, namely more ambitious environmental and
climate targets, conditionality of direct payments and mandatory provision for eco-schemes).
A key role in a sustainable food system, according to the Commission, will devolve on the CAP
Strategic Plans which member states are to prepare under the future CAP. To assist the member
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states during the preparatory phase, the European Commission has announced that it will ad-
dress recommendations to each member state.
In order to close identified gaps, the Commission also proposes that adjustments be made to the
presented CAP regulation proposals in the course of the current negotiations. Specifically, it sug-
gests that a minimum percentage of direct payments be ring-fenced for eco-schemes and that the
eco-schemes be more clearly delineated. Lastly, it recommends the inclusion of relevant EU legis-
lative provisions on animal welfare and antimicrobial resistance in national CAP Strategic Plans.
To advance the practical implementation of the Farm to Fork Strategy under the future CAP, the
Commission also proposes an initiative to increase transparency in the approval process for na-
tional CAP Strategic Plans. For example, it wants to share publicly relevant documents contain-
ing details of its criteria for assessing CAP Strategic Plans and is offering member states a struc-
tured dialogue on the analysis of local circumstances and on possible implementation strategies.
For the second quarter of 2022, the Commission has announced in its draft action plan a proposal
for a revision of the Farm Accountancy Data Network Regulation to transform it into a Farm Sus-
tainability Data Network with a view to contributing to a wide voluntary uptake of sustainable
farming practices.
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
50
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Video conference on the European Green Deal and CAP: for a sustainable and climate-neutral Europe
Berlin, 5th October 2020
List of Participants
Visioconférence duPacte vert et de la PAC: Pour une Europe durable et neutre sur le plan climatique
Berlin, 5 octobre 2020
Liste des participants
Videokonferenz zum Green Deal und der GAP: Für ein nachhaltiges und klimaneutrales Europa
Berlin, 5. Oktober 2020
Liste der Teilnehmenden
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
51
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MEMBER STATES – ÉTATS MEMBRES – MITGLIEDSTAATEN
AUSTRIA, AUTRICHE, ÖSTERREICH
National Council, Conseil national, Nationalrat
Mr Georg Strasser
Head of Delegation, Chairman of the Committee for Agriculture and Forestry
European People's Party, EPP
Mr Lukas Hammer
Delegation Member, Chairman of the Committee on Environment
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
Federal Council, Conseil fédéral, Bundesrat
Mr Martin Preineder
Head of Delegation, Chairman of the Committee for Agriculture, Forestry and Water Management
European People's Party, EPP
BELGIUM, BELGIQUE, BELGIË, BELGIEN
House of Representatives, Chambre des représentants, Kamer van volksvertegenwoordigers Repräsentantenhaus
Mr Jean-Marc Delizée
Delegation Member, Chairman of the Committee on Mobility, Public Enterprises and Federal Institutions
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
Mr Gerhard Koller
Delegation Staff, Head of the European Union Affairs Department (responsible for National and Federal Council)
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
52
Página 53
Mr Bram Delvaux
Delegation Member, Chairman of the Committee on Energy, Environment and Climate
European Conservatives and Reformists, ECR
Ms Stéphanie Zouliamis Delegation Staff, Committee Secretary
Senate, Sénat, Senaat, Senat
Ms Veronica Cremasco
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on the Economy, Regional Planning and Agriculture (PW)
The Greens/ European Free Alliance, Greens/EFA
Mr Tristan Roberti
Delegation Member, Chairman of the Committee on Environment and Energy (PBrux)
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
Mr Michel Vandeborne Delegation Staff, Advisor for European Affairs
Mr Bart Dochy Observer
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
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Página 54
BULGARIA, BULGARIE, БЪЛГАРИЯ, BULGARIEN
National Assembly, Assemblée nationale, Narodno Sabranie, Nationalversammlung
Mr Valentin Nikolov
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Energy
European People's Party, EPP
Ms Mariya Belova
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on Agriculture and Foods
European People's Party, EPP
Ms Ivelina Vassileva
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on Environment and Water
European People's Party, EPP
Mr Halil Letifov
Delegation Member, Chairman of the Committee on Transport, Information Technology and Communications
Renew Europe, RE
CROATIA, CROATIE, HRVATSKA, KROATIEN
Parliament, Parlement, Hrvatski sabor, Parlament
Ms Sandra Benčić
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on Environment and Nature Conservation
Non-attached members, NA
Ms Marijana Petir
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on Agriculture
European People’s Party, EPP
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
54
Página 55
Mr Pero Ćosić
Delegation Member, Chairman of the Committee on Maritime Affairs, Transportation and Infrastructure
European People's Party, EPP
Mr Žarko Tušek
Delegation Member, Chairman of the Committee on Economic
European People's Party, EPP
CYPRUS, CHYPRE, ΚΥΠΡΟΣ, ZYPERN
House of Representatives, Chambre des représentants, Vouli ton Antiprosopon, Repräsentantenhaus
Mr Andreas Kafkalias
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Agriculture and natural Resources
European United Left/Nordic Green Left, GUE
Mr Charalambos Pittokopitis
Delegation Member, Chairman of the Committee on Transport, Communications and Works
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
Mr Charalambos Theopemptou
Delegation Member, Deputy Chairman of the Committee on Environment
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
Ms Danae Agathocleous Delegation Staff, International Relations Officer A'
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
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Página 56
CZECH REPUBLIC, REPUBLIQUE TCHEQUE, ČESKA REPUBLIKA, TSCHECHISCHE REPUBLIK
Chamber of Deputies, Chambre des députés, Poslanecká snĕmovna, Abgeordnetenkammer
Ms Dana Balcarová
Head of Delegation, Chairwoman of the Committee on the Environmnt
The Greens/ European Free Alliance, Greens/ EFA
Ms Monika Oborná
Delegation Member, Member of the Committee on Agriculture
Renew Europe, RE
Mr Leo Luzar
Delegation Member, Member of the Committee on Economic Affairs
European United Left/Nordic Green Left, GUE
Ms Eva Tetourova
Delegation Staff, Permanent Representative to the European Parliament
Mr Peter Kalas Observer
Senate, Sénat, Senát, Senat
Mr Zdeněk Nytra
Head of Delegation, Deputy Chairman of the Committee on Public Administration, Regional Development and Environment
European Conservatives and Reformists, ECR
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
56
Página 57
DENMARK, DANEMARK, DANMARK, DÄNEMARK
Parliament, Parlement, Folketinget, Parlament
Mr Kim Valentin
Head of Delegation, Member of the Committee on European Affairs
Renew Europe, RE
Mr Rasmus Nordqvist
Delegation Member, Member of the Committee on European Affairs
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
ESTONIA, ESTONIE, EESTI, ESTLAND
Parliament, Parlement, Riigikogu, Parlament
Mr Tarmo Tamm
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Rural Affairs
Renew Europe, RE
Mr Erki Savisaar
Delegation Member, Chairman of the Committee on Environment
Renew Europe, RE
Mr Sven Sester
Delegation Member, Chairman of the Committee on Economic Affairs
European People‘s Party, EPP
MsElleKaur
Delegation Staff, Adviser and Head of the Committee Secretariat on Environment
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
57
Página 58
Ms Marin Daniel
Delegation Staff, Adviser and Head of the Committee Secretariat on Rural Affairs
FINLAND, FINLANDE, SUOMI, FINNLAND
Parliament, Parlement, Eduskunta, Riksdagen, Parlament
Ms Anne Kalmari
Head of Delegation, Chairwoman of the Committee on Agriculture and Forestry Committee
Renew Europe, RE
FRANCE, FRANCE, FRANCE, FRANKREICH
National Assembly, Assemblée nationale, Assemblée nationale, Nationalversammlung
Mr Jean-Baptiste Moreau
Delegation Member, Member of the Committee on Economic Affairs
Renew Europe, RE
Ms Sandrine Le Feur
Delegation Member, Member of the Committee on Sustainable Development and Regional Planning
Renew Europe, RE
GERMANY, ALLEMAGNE, DEUTSCHLAND
German Bundestag, Bundestag allemand, Deutscher Bundestag
Ms Sylvia Kotting-Uhl
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on Environment, Nature Conservation and Nuclear Safety
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
58
Página 59
Mr Alois Gerig
Delegation Member, Chairman of the Committee on Food and Agriculture
European People's Party, EPP
Mr Cem Özdemir
Delegation Member, Chairman of the Committee on Transport and Digital Infrastructure
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
GREECE, GRÈCE, EΛΛAΣ, GRIECHENLAND
Hellenic Parliament, Parlement hellénique, Βουλή των Ελλήνων, Vouli ton Ellinon, Griechisches Parlament
Ms Dionysia-Theodora
Avgerinopoulou
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on Environmental Protection
European People's Party, EPP
Mr Georgios Vlachos
Delegation Member, Chairman of the Committee on Production and Trade
European People's Party, EPP
Ms Marina Chatzidimitriou
Delegation Staff, National Representative to the European Parliament
Ms Eleni Sianna
Delegation Staff, National Representative to the European Parliament
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
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Página 60
HUNGARY, HONGRIE, MAGYARORSZAG, UNGARN
National Assembly, Assemblée Nationale, Országgyűlés, Nationalversammlung
Mr Sándor Font
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Agriculture
European People's Party, EPP
Mr Jenő Manninger
Delegation Member, Deputy Chairman of the Committee on Economics
European People's Party, EPP
Ms Erzsébet Schmuck
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on Sustainable Development
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
Ms Veronika Országh
Delegation Staff, Adviser of the EU Department, Directorate for Foreign Relations
IRELAND, IRLANDE, ÉIREANN, IRLAND
Parliament, Parlement, Houses of Oireachtas, Parlament
Mr Jackie Cahill
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Agriculture and the Marine
Renew Europe, RE
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
60
Página 61
ITALY, ITALIE, ITALIA, ITALIEN
Chamber of Deputies, Chambre des députés, Camera dei Deputati, Abgeordnetenkammer
Ms Alessia Rotta
Head of Delegation, Chairwoman of the Committee on Environment, Territory and Public Works
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
Ms Susanna Cenni
Delegation Member, Deputy Chairwoman on Agriculture
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
Ms Elisabetta Piccialli
Delegation Staff, Secretary of Agriculture Committee
Ms Federica Lupparelli Delegation Staff, Official of the EU Affairs Department
Ms Zaira Rinella Delegation Staff, Official of the EU Affairs Department
Ms Emanuela Tosti Delegation Staff, Official of the EU Affairs Department
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
61
Página 62
LITHUANIA, LITUANIE, LIETTUVA, LITAUEN
Parliament, Parlement, Seimas, Parlament
Mr Andriejus Stančikas
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Rural Affairs
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
Ms Virginija Vingrienė
Delegation Member, Member of Committee on European Affairs
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
MrJuozasImbrasas
Delegation Member, Chairman of the Committee on Environment Protection
Non-attached members, NA
Mr Simonas Gentvilas
Delegation Member, Deputy Chairman of the Committee on Environment Protection
Renew Europe, RE
Ms Augustė Matulevičienė
Delegation Staff, Member of the Committee on Rural Affairs
Ms Rasa Liucija Matusevičiūtė
Delegation Staff, Adviser for the Committee on Environment Protection
Ms Agnė Grigienė
Delegation Staff, Advisor fort he Committee on European Affairs
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
62
Página 63
LUXEMBOURG, LUXEMBOURG, LUXEMBURG
Chamber of Deputies, Chambre des députés, Chambre des députés, Abgeordnetenkammer
Mr François Benoy
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Environment, Climate, Energy and Land Use Planning
The Greens/ European Free Alliance, Greens
Ms Chantal Gary
Delegation Member, Member of the Committee on Agriculture, Viticulture and Rural Development
The Greens/ European Free Alliance, Greens
THE NETHERLANDS, PAYS-BAS, NEDERLAND, DIE NIEDERLANDE
House of Representatives, Chambre des représentants, Tweede Kamer der Staten-Generaal, Repräsentantenhaus
Mr Tjeerd de Groot
Delegation Member, Member of the Committee on Agriculture, Nature and Food Quality
Renew Europe, RE
Ms Agnes Mulder Delegation Member, EU-Rapporteur for Climate
European People's Party, EPP
Mr Matthijs Sienot Delegation Member, EU-Rapporteur for Climate
Renew Europe, RE
Ms Mariska Neefjes Delegation Staff, EU Advisor for Agriculture
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
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Página 64
Mr Kasper van der Gugten Delegation Staff, EU Advisor for Climate and Energy
Senate, Sénat, Eerste Kamer der Staten-Generaal, Senat
Ms Anne-Mirthe Dieudonné Delegation Staff, Committee Employee
POLAND, POLOGNE, POLSKA, POLEN
Parliament, Parlement, Sejm, Parlament
Mr Robert Telus
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Agriculture and Rural Development Committee
European Conservatives and Reformists, ECR
Mr Andrzej Grzyb
Delegation Member, Member of the Committee on European Affairs
European People's Party, EPP
Ms Anna Roczkowska Delegation Staff, Expert for Foreign Affairs
Mr Lennart Van der Linden
Deputy Chairman of theCommittee on Economic Affairs and Climate / Agriculture, Nature and Food Quality
European Conservatives and Reformists, ECR
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
64
Página 65
Senate, Sénat, Senat
Mr Jerzy Chróścikowski
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Agriculture and Rural Development
European Conservatives and Reformists, ECR
Ms Danuta Jazłowiecka
Delegation Member, Deputy Chairwoman of the Committee on Foreign and European Union Affairs
European People’s Party, EPP
Ms Barbara Wieliczko
Delegation Staff, Analyst - Office for International and European Union Affairs
PORTUGAL, PORTUGAL, PORTUGAL, PORTUGAL
Assembly of the Republic, Assemblée de la République, Assembleia da República, Nationalversammlung
Mr Pedro do Carmo
Delegation Member, Chairman of the Committee on Agriculture and Sea
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
Mr Paulo Leitão
Delegation Member, Deputy Chairman of the Committee on Environment, Energy and Spatial Planning
European People's Party, EPP
Ms Cecília Meireles
Delegation Member, Deputy Chairwoman of the Committee on on Agriculture and Sea
European People's Party, EPP
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
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Página 66
Mr Nelson Peralta
Delegation Member, Member of the Committee on Environment, Energy and Spatial Planning
European United Left/Nordic Green Left, GUE
Mr Bruno Dias Pinheiro
Delegation Staff, National Parliament Representative - based in Brussel
ROMANIA, ROUMANIE, ROMANIA, RUMÄNIEN
Chamber of Deputies, Chambre des députés, Camerei Deputaţilor, Abgeordnetenkammer
Mr Alexandru Stanescu
Delegation Member, Chairman of the Committee on Agriculture, Forestry, Food Industry and Specific Services
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
Mr Nicolae-Daniel
Popescu
Delegation Member, Member of the Committee on Agriculture, Forestry, Food Industry and Specific Services
Renew Europe, RE
Senate, Sénat, Senat, Senat
Mr Allen Coliban
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Environment
Renew Europe, RE
Mr Gheorghe Marin
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Energy, Energy Infrastructure and Mineral Resources
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
Mr StefanParvuDelegation Staff, European Affairs Counselor
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
66
Página 67
SLOVENIA, SLOVENIE, SLOVENIJA, SLOWENIEN
National Assembly, Assemblée nationale, Državni zbor, Nationalversammlung
Mr Bojan Podkrajšek
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Infrastructure, Environment and Spatial Planning
European People's Party, EPP
Mr Edvard Paulič
Delegation Member, Chairman of the Committee on Agriculture, Forestry and Food
Renew Europe, RE
Mr Anton Pelko
Delegation Staff, Secretary of the Committee on Infrastructure, Environment and Spatial Planning
SPAIN, ESPAGNE, ESPAÑA, SPANIEN
Congress of Deputies, Chambre des députés, Congreso de los diputados, Abgeordnetenkongress
Mr Joseba Andoni
Agirretxea Urresti
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Agriculture, Fisheries and Food
Renew Europe, RE
Mr Juan Antonio López de Uralde Garmendia
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Ecologic Transition and Demographic Challenge
European United Left/Nordic Green Left, GUE
Ms Bábara Cosculluela Martínez
Delegation Staff, Clerk of the Committee on Agriculture, Fisheries and Food
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
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Página 68
Mr Vicente Moret Millás
Delegation Staff, Clerk of the Committee on Agriculture, Fisheries and Food
Ms Patricia Cillero Calvillo
Delegation Staff, International Relations Administrative
Senate, Sénat, Senado, Senat
Ms María Teresa Macías
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on Agriculture, Fisheries and Food
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
MsMaría IsabelMoreno
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on Ecological Transition
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
MrLuisMolinaDelegation Staff, , Employee of the Committee
Mr Ignacio Navarro
Delegation Staff, Clerk of the Committee on Agriculture, Fisheries and Food
Mr Alberto Cabrerizo Interpreter, Translator
Ms Diana Valero Interpreter, Translator
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
68
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SWEDEN, SUÈDE, SVERIGE, SCHWEDEN
Parliament, Parlement, Riksdagen, Parlament
Ms Ulrika Heie
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on Agriculture and Environmen
Renew Europe, RE
Ms Maria Gardfjell
Delegation Member, Deputy Chairwoman on Agriculture and Environmen
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
Mr Jens Holm
Delegation Member, Chairman of the Committee on Transport and Communication
European United Left/Nordic Green Left, GUE
Ms Anna-Caren Sätherberg Guest
UNITED KINGDOM, ROYAUME-UNI UNITED KINGDOM
House of Lords, Chambre des lords, House of Lords, Oberhaus
Mr Anthony Young
Head of Delegation, Member of the Sub-Committee on Environment
Non-attached members, NA
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
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SPEAKERS – ORATEURS – REDNER/INNEN
Ms Claudia Roth Vice President of the German Bundestag
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
Mr Frans Timmermans
Executive Vice-President of the European Commission
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
Mr Pascal Canfin
Chairman of the European Parliament’s Committee on the Environment, Public Health and Food Safety
Renew Europe, RE
Mr Michał Kurtyka Minister of Climate of the Republic of Poland
Non-attached members, NA
Ms Julia Klöckner
Federal Minister of Food and Agriculture of Germany
European People's Party, EPP
Mr Janusz Wojciechowski European Commissioner for Agriculture
European Conservatives and Reformists, ECR
Mr Norbert Lins
Chairman of the European Parliament’s Committee on Agriculture and Rural Development
European People‘s Party, EPP
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
70
Página 71
The Interparliamentary Conference entitled “The European Green Deal and CAP - for a sustain-
able and climate-neutral Europe” was held on 5 October 2020 as part of the Parliamentary
Dimension of Germany’s Presidency of the Council. Members of Parliament from 25 EU member
states and the European Parliament as well as guests from Norway and the United Kingdom took
part in the event, which was held in the form of a video conference because of the coronavirus
pandemic. The Members of Parliament addressed the implementation of the Paris Climate Agree-
ment by the EU and the European Green Deal presented by the European Commission, which sets
the target of climate neutrality by 2050. The substantive focal points of the discussions were the
linking of environmental and economic measures to achieve the climate goals of the EU, climate-
neutral and smart mobility of the future and the transition to a sustainable food system in the
framework of the Common Agricultural Policy of the EU.
We, the conference presidency,
reaffirm the goal of the international community and of the EU to limit the global rise in
temperature to less than 2°C and, if possible, to 1.5°C above pre-industrial levels. We
therefore welcome the proposals made by the European Commission for a European Green
Deal, the purpose of which is to make Europe the first climate-neutral continent. We call
on the EU institutions and the member state governments to adopt and achieve ambitious
targets for 2030 as a step towards the goal of climate-neutrality by 2050.
welcome the fact that the European Commission wishes to ensure, by means of the Euro-
pean Green Deal, that the environment is protected and that present generations do not
live at the expense of future generations. We note that the effects of the climate crisis have
already assumed alarming dimensions. Droughts, floods and forest fires are causing
immense damage, poverty and displacement. We are aware that the climate crisis
confronts us nationally, in Europe and globally with huge challenges that we can only
meet together.
note that most people want all political players to take resolute climate action but that
there is also concern that such action might overstretch the economy. We are convinced
that a just transition is possible, and we emphatically urge the EU institutions and the
member state governments to ensure that, in a spirit of solidarity and social welfare, no
one is left behind by the necessary transition and that all existing opportunities to open
up new economic prospects and create new jobs are grasped.
emphasise that the COVID-19 pandemic, the climate crisis, threats to biodiversity, the
economic transition and the digital revolution are confronting the EU with numerous
complex challenges. We believe that the European Green Deal can be a response to these
The European Green Deal and Common Agricultural
Policy For a sustainable and climate-neutral Europe
Statement of the Chair
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
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The European Green Deal and Common Agricultural Policy For a sustainable and climate-neutral Europe Statement of the Chair
challenges. The recovery from recession must be shaped and resourced in such a way that
it can also become a turning point towards climate neutrality.
stress that there are great national and regional disparities within the EU that must be
taken into account during the transition. The European Green Deal with its diverse pro-
jects can make an important contribution to reducing these disparities. This will depend
on the requisite resources being made available in the multiannual financial framework
and through the NextGenerationEU instrument.
are convinced that the European Green Deal can only succeed if it is implemented jointly
with the national parliaments. For this reason, we call on the EU institutions and member
state governments to further intensify their dialogue with national parliaments so that the
latter can contribute more effectively to explaining the aims and objectives of the Euro-
pean Green Deal to the citizens of member states and lead the public debate.
welcome the dedicated campaigning of young people throughout the world for the climate
and their future. The EU bears particular responsibility in this context, as it is the biggest
contributor to global warming after the United States and China. The EU considers itself
to be the global leader in the establishment of environmental, business and social
standards and aspires to that role in the field of climate action too.
note that the EU possesses a strong transport sector, both in terms of the production of
motor vehicles, ships, trains and aircraft and in terms of infrastructure and traffic volume.
While reductions have been achieved in other areas of activity, the transport sector is
generating more greenhouse-gas emissions today than in 1990. We therefore call on the
EU institutions and member state governments to initiate a transition in the transport
sector that will sharply reduce the volume of its emissions.
welcome the Farm to Fork Strategy presented by the European Commission as a core
element of the European Green Deal designed to achieve the transition to a fair, healthy
and green food system in the EU. We support both the aim of reducing the environmental
footprint of food systems and the choice of a comprehensive approach to the improvement
of our lifestyle, our health and the protection of our environment.
regard agriculture as a problem-solver in the transition to more sustainability and in the
fight against climate change. The implementation of the Farm to Fork Strategy is an
opportunity that we must grasp. This initiative, however, requires particularly sound
judgement and a meticulous impact assessment. Fixed production quotas may be unhelp-
ful in some circumstances, and agricultural production should be based on demand
instead. In this context we are looking forward to seeing the proposals from the European
Commission for stimulating the supply of and demand for organic produce which it
announced for 2021 as part of the proposed action plan on organic farming. When it
comes to the use of genetic engineering in agriculture, our views vary. The digital dimen-
sion should play a greater part in the transition to a sustainable food system than it has
hitherto been accorded in the strategy.
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
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Página 73
The European Green Deal and Common Agricultural Policy For a sustainable and climate-neutral Europe Statement of the Chair
are in agreement that farmers in the EU, in their role as primary food producers, play a
key part in preserving the natural foundations of life and in achieving the climate objec-
tives of the European Green Deal. During the COVID-19 pandemic, farmers have been
demonstrating that we can rely on them in times of crisis too. Providing supplies of high-
quality, healthy food products is their main mission and will remain so.
support the initiative of the European Commission to advance sustainable food produc-
tion under the Common Agricultural Policy for 2021 to 2027 by stepping up incentives for
climate-related and environmental measures while keeping them economically balanced.
Minimum percentages of direct payments reserved for eco-schemes, with positive
environmental impact as a basic prerequisite, and minimum quotas of funding from the
European Agricultural Fund for Rural Development reserved for climate-related and
environmental measures can contribute to the achievement of this goal, as can a specific
target for the percentage of EU agricultural land to be organically farmed by 2030.
take the view that the additional effort expended by our farmers on environmental
measures must be appropriately rewarded in order to ensure that farming businesses offer
the prospect of a decent living and that farms can be passed on to the next generation, a
transition that is imminent in many member states, and to prevent the abandonment of
farms. A sustainable food system is characterised by enduring environmental compati-
bility and a high level of appreciation of food and its producers. The burden of the addi-
tional tasks and requirements must be alleviated through the multiannual financial frame-
work for 2021-2027.
share the view of the European Commission that the sustainability of food systems is a
global issue and that the EU has a duty to establish sustainability criteria. In these criteria,
particular attention will have to be focused on food security, which is crisis-prone
because of the complex value chains in the food sector. Food production close to con-
sumers is therefore growing in importance and appeal.
take the view that EU trade policy should make a greater contribution in future to im-
proving cooperation with third countries in key areas such as animal welfare, pesticide
use and action to combat antimicrobial resistance and to obtaining sufficiently ambitious
commitments from those countries. The implementation of the Farm to Fork Strategy
must not be in any way detrimental to European farmers in global markets.
For the conference presidency
Sylvia Kotting-Uhl Cem ÖzdemirAlois Gerig Chair of the Committee on the
Environment, Nature Conservation and Nuclear Safety
Chair of the Committee on Transport and Digital Infrastructure
Chair of the Committee on Food and Agriculture
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
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Dated 6nd of October 2020 / Daté du 6 octobre 2020/
Stand: 6. Oktober 2020, 14.30 Uhr
Video conference on the European Green Deal and CAP: for a sustainable and climate-neutral Europe
Berlin, 5th October 2020
List of Participants
Visioconférence duPacte vert et de la PAC: Pour une Europe durable et neutre sur le plan climatique
Berlin, 5 octobre 2020
Liste des participants
Videokonferenz zum Green Deal und der GAP: Für ein nachhaltiges und klimaneutrales Europa
Berlin, 5. Oktober 2020
Liste der Teilnehmenden
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
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MEMBER STATES – ÉTATS MEMBRES – MITGLIEDSTAATEN
AUSTRIA, AUTRICHE, ÖSTERREICH
National Council, Conseil national, Nationalrat
Mr Georg Strasser
Head of Delegation, Chairman of the Committee for Agriculture and Forestry
European People's Party, EPP
Mr Lukas Hammer
Delegation Member, Chairman of the Committee on Environment
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
Federal Council, Conseil fédéral, Bundesrat
Mr Martin Preineder
Head of Delegation, Chairman of the Committee for Agriculture, Forestry and Water Management
European People's Party, EPP
BELGIUM, BELGIQUE, BELGIË, BELGIEN
House of Representatives, Chambre des représentants, Kamer van volksvertegenwoordigers Repräsentantenhaus
Mr Jean-Marc Delizée
Delegation Member, Chairman of the Committee on Mobility, Public Enterprises and Federal Institutions
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
Mr Gerhard Koller
Delegation Staff, Head of the European Union Affairs Department (responsible for National and Federal Council)
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
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Ms Stéphanie Zouliamis Delegation Staff, Committee Secretary
Senate, Sénat, Senaat, Senat
Ms Veronica Cremasco
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on the Economy, Regional Planning and Agriculture (PW)
The Greens/ European Free Alliance, Greens/EFA
Mr Tristan Roberti
Delegation Member, Chairman of the Committee on Environment and Energy (PBrux)
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
Mr Michel Vandeborne Delegation Staff, Advisor for European Affairs
Mr Bart Dochy Observer
BULGARIA, BULGARIE, БЪЛГАРИЯ, BULGARIEN
National Assembly, Assemblée nationale, Narodno Sabranie, Nationalversammlung
Mr Valentin Nikolov
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Energy
European People's Party, EPP
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
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Página 77
Ms Mariya Belova
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on Agriculture and Foods
European People's Party, EPP
Ms Ivelina Vassileva
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on Environment and Water
European People's Party, EPP
Mr Halil Letifov
Delegation Member, Chairman of the Committee on Transport, Information Technology and Communications
Renew Europe, RE
CROATIA, CROATIE, HRVATSKA, KROATIEN
Parliament, Parlement, Hrvatski sabor, Parlament
Ms Sandra Benčić
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on Environment and Nature Conservation
Non-attached members, NA
Mr Pero Ćosić
Delegation Member, Chairman of the Committee on Maritime Affairs, Transportation and Infrastructure
European People's Party, EPP
Ms Marijana Petir
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on Agriculture
European People’s Party, EPP
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
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Página 78
Mr Žarko Tušek
Delegation Member, Chairman of the Committee on Economic
European People's Party, EPP
CYPRUS, CHYPRE, ΚΥΠΡΟΣ, ZYPERN
House of Representatives, Chambre des représentants, Vouli ton Antiprosopon, Repräsentantenhaus
Mr Andreas Kafkalias
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Agriculture and natural Resources
European United Left/Nordic Green Left, GUE
Mr Charalambos Pittokopitis
Delegation Member, Chairman of the Committee on Transport, Communications and Works
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
Mr Charalambos Theopemptou
Delegation Member, Deputy Chairman of the Committee on Environment
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
Ms Danae Agathocleous Delegation Staff, International Relations Officer A'
CZECH REPUBLIC, REPUBLIQUE TCHEQUE, ČESKA REPUBLIKA, TSCHECHISCHE REPUBLIK
Chamber of Deputies, Chambre des députés, Poslanecká snĕmovna, Abgeordnetenkammer
Ms Dana Balcarová
Head of Delegation, Chairwoman of the Committee on the Environmnt
The Greens/ European Free Alliance, Greens/ EFA
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
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Página 79
Ms Monika Oborná
Delegation Member, Member of the Committee on Agriculture
Renew Europe, RE
Mr Leo Luzar
Delegation Member, Member of the Committee on Economic Affairs
European United Left/Nordic Green Left, GUE
Ms Eva Tetourova
Delegation Staff, Permanent Representative to the European Parliament
Mr Peter Kalas Observer
Senate, Sénat, Senát, Senat
Mr Zdeněk Nytra
Head of Delegation, Deputy Chairman of the Committee on Public Administration, Regional Development and Environment
European Conservatives and Reformists, ECR
DENMARK, DANEMARK, DANMARK, DÄNEMARK
Parliament, Parlement, Folketinget, Parlament
Mr Kim Valentin
Head of Delegation, Member of the Committee on European Affairs
Renew Europe, RE
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
79
Página 80
Mr Rasmus Nordqvist
Delegation Member, Member of the Committee on European Affairs
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
ESTONIA, ESTONIE, EESTI, ESTLAND
Parliament, Parlement, Riigikogu, Parlament
Mr Tarmo Tamm
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Rural Affairs
Renew Europe, RE
Mr Erki Savisaar
Delegation Member, Chairman of the Committee on Environment
Renew Europe, RE
Mr Sven Sester
Delegation Member, Chairman of the Committee on Economic Affairs
European People‘s Party, EPP
MsElleKaur
Delegation Staff, Adviser and Head of the Committee Secretariat on Environment
Ms Marin Daniel
Delegation Staff, Adviser and Head of the Committee Secretariat on Rural Affairs
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
80
Página 81
FINLAND, FINLANDE, SUOMI, FINNLAND
Parliament, Parlement, Eduskunta, Riksdagen, Parlament
Ms Anne Kalmari
Head of Delegation, Chairwoman of the Committee on Agriculture and Forestry Committee
Renew Europe, RE
FRANCE, FRANCE, FRANKREICH
National Assembly, Assemblée nationale, Assemblée nationale, Nationalversammlung
Mr Jean-Baptiste Moreau
Delegation Member, Member of the Committee on Economic Affairs
Renew Europe, RE
Ms Sandrine Le Feur
Delegation Member, Member of the Committee on Sustainable Development and Regional Planning
Renew Europe, RE
Senate/Sénat/ Sénat/Senat
Mr Jean Bizet
Delegation Member, Chairman of the Committee on European Affairs
European People's Party, EPP
No foto Mr Laurent Baour
Delegation Staff, Secretariat of the Committee on European Affairs
No foto Ms Marie-Noelle Sarocchi-Gerondeau
Delegation Staff, Secretariat of the Committee on European Affairs
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
81
Página 82
GERMANY, ALLEMAGNE, DEUTSCHLAND
German Bundestag, Bundestag allemand, Deutscher Bundestag
Ms Sylvia Kotting-Uhl
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on Environment, Nature Conservation and Nuclear Safety
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
Mr Alois Gerig
Delegation Member, Chairman of the Committee on Food and Agriculture
European People's Party, EPP
Mr Cem Özdemir
Delegation Member, Chairman of the Committee on Transport and Digital Infrastructure
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
Mr Michael Thews
Delegation Member, Deputy Chairman of the Committee on Environment, Nature Conservation and Nuclear Safety
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
GREECE, GRÈCE, EΛΛAΣ, GRIECHENLAND
Hellenic Parliament, Parlement hellénique, Βουλή των Ελλήνων, Vouli ton Ellinon, Griechisches Parlament
Ms Dionysia-Theodora
Avgerinopoulou
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on Environmental Protection
European People's Party, EPP
Mr Georgios Vlachos
Delegation Member, Chairman of the Committee on Production and Trade
European People's Party, EPP
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
82
Página 83
Ms Marina Chatzidimitriou
Delegation Staff, National Representative to the European Parliament
Ms Eleni Sianna
Delegation Staff, National Representative to the European Parliament
HUNGARY, HONGRIE, MAGYARORSZAG, UNGARN
National Assembly, Assemblée Nationale, Országgyűlés, Nationalversammlung
Mr Sándor Font
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Agriculture
European People's Party, EPP
Mr Jenő Manninger
Delegation Member, Deputy Chairman of the Committee on Economics
European People's Party, EPP
Ms Erzsébet Schmuck
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on Sustainable Development
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
Ms Veronika Országh
Delegation Staff, Adviser of the EU Department, Directorate for Foreign Relations
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
83
Página 84
IRELAND, IRLANDE, ÉIREANN, IRLAND
Parliament, Parlement, Houses of Oireachtas, Parlament
Mr Jackie Cahill
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Agriculture and the Marine
Renew Europe, RE
Ms Lynn Boylan
Delegation Member, Member of the Committee on Agriculture and the Marine
European United Left/Nordic Green Left, GUE
ITALY, ITALIE, ITALIA, ITALIEN
Chamber of Deputies, Chambre des députés, Camera dei Deputati, Abgeordnetenkammer
Ms Alessia Rotta
Head of Delegation, Chairwoman of the Committee on Environment, Territory and Public Works
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
Ms Susanna Cenni
Delegation Member, Deputy Chairwoman on Agriculture
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
Ms Elisabetta Piccialli
Delegation Staff, Secretary of Agriculture Committee
Ms Federica Lupparelli Delegation Staff, Official of the EU Affairs Department
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
84
Página 85
Ms Zaira Rinella Delegation Staff, Official of the EU Affairs Department
Ms Emanuela Tosti Delegation Staff, Official of the EU Affairs Department
Senate, Sénat, Senato, Senat
Mr Andrea Ferrazzi
Head of Delegation, Member of the Committee on Environment
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
Mr Mino Taricco
Delegation Member, Member of the Committee on Agriculture
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
No foto Mr Stefano Moroni
Delegation Staff, Head of the Secretariat of the Committee on Agriculture
No foto Ms Luana Iannetti Delegation Staff, Research Departement
LITHUANIA, LITUANIE, LIETTUVA, LITAUEN
Parliament, Parlement, Seimas, Parlament
Mr Andriejus Stančikas
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Rural Affairs
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
85
Página 86
Ms Virginija Vingrienė
Delegation Member, Member of Committee on European Affairs
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
MrJuozasImbrasas
Delegation Member, Chairman of the Committee on Environment Protection
Non-attached members, NA
Mr Simonas Gentvilas
Delegation Member, Deputy Chairman of the Committee on Environment Protection
Renew Europe, RE
Ms Augustė Matulevičienė
Delegation Staff, Adviser for the Committee on Rural Affairs
Ms Rasa Liucija Matusevičiūtė
Delegation Staff, Adviser for the Committee on Environment Protection
Ms Agnė Grigienė
Delegation Staff, Advisor for the Committee on European Affairs
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
86
Página 87
LUXEMBOURG, LUXEMBOURG, LUXEMBURG
Chamber of Deputies, Chambre des députés, Chambre des députés, Abgeordnetenkammer
Mr François Benoy
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Environment, Climate, Energy and Land Use Planning
The Greens/ European Free Alliance, Greens
Ms Chantal Gary
Delegation Member, Member of the Committee on Agriculture, Viticulture and Rural Development
The Greens/ European Free Alliance, Greens
MALTA, MALTE, MALTA
House of Representatives, Chambre des représentants, Kamra tad-Deputati, Repräsentantenhaus
Mr David Thake
Head of Delegation, Member of the Committee on Environment and Development Planning
European People's Party, EPP
Mr Ian Paul Bajada
Delegation Staff, National Parliament Representative to the EU institutions
THE NETHERLANDS, PAYS-BAS, NEDERLAND, DIE NIEDERLANDE
House of Representatives, Chambre des représentants, Tweede Kamer der Staten-Generaal, Repräsentantenhaus
Mr Tjeerd de Groot
Delegation Member, Member of the Committee on Agriculture, Nature and Food Quality
Renew Europe, RE
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
87
Página 88
Ms Agnes Mulder Delegation Member, EU-Rapporteur for Climate
European People's Party, EPP
Mr Matthijs Sienot Delegation Member, EU-Rapporteur for Climate
Renew Europe, RE
Ms Mariska Neefjes Delegation Staff, EU Advisor for Agriculture
Mr Kasper van der Gugten Delegation Staff, EU Advisor for Climate and Energy
Senate, Sénat, Eerste Kamer der Staten-Generaal, Senat
Ms Anne-Mirthe Dieudonné Delegation Staff, Committee Employee
POLAND, POLOGNE, POLSKA, POLEN
Parliament, Parlement, Sejm, Parlament
Mr Robert Telus
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Agriculture and Rural Development Committee
European Conservatives and Reformists, ECR
Mr Lennart Van der Linden
Deputy Chairman of theCommittee on Economic Affairs and Climate / Agriculture, Nature and Food Quality
European Conservatives and Reformists, ECR
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
88
Página 89
Mr Andrzej Grzyb
Delegation Member, Member of the Committee on European Affairs
European People's Party, EPP
Ms Anna Roczkowska Delegation Staff, Expert for Foreign Affairs
Senate, Sénat, Senat
Mr Jerzy Chróścikowski
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Agriculture and Rural Development
European Conservatives and Reformists, ECR
Ms Danuta Jazłowiecka
Delegation Member, Deputy Chairwoman of the Committee on Foreign and European Union Affairs
European People’s Party, EPP
Ms Barbara Wieliczko
Delegation Staff, Analyst - Office for International and European Union Affairs
PORTUGAL, PORTUGAL, PORTUGAL, PORTUGAL
Assembly of the Republic, Assemblée de la République, Assembleia da República, Nationalversammlung
Mr Pedro do Carmo
Delegation Member, Chairman of the Committee on Agriculture and Sea
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
89
Página 90
Mr Paulo Leitão
Delegation Member, Deputy Chairman of the Committee on Environment, Energy and Spatial Planning
European People's Party, EPP
Ms Cecília Meireles
Delegation Member, Deputy Chairwoman of the Committee on on Agriculture and Sea
European People's Party, EPP
Mr Nelson Peralta
Delegation Member, Member of the Committee on Environment, Energy and Spatial Planning
European United Left/Nordic Green Left, GUE
Mr Bruno Dias Pinheiro
Delegation Staff, National Parliament Representative - based in Brussel
Ms Antunes Cidalina Delegation Staff, Official of National Parliament
Mr Paulo Ferreira Campos
Delegation Staff, Official of National Parliament
ROMANIA, ROUMANIE, ROMANIA, RUMÄNIEN
Chamber of Deputies, Chambre des députés, Camerei Deputaţilor, Abgeordnetenkammer
Mr Alexandru Stanescu
Delegation Member, Chairman of the Committee on Agriculture, Forestry, Food Industry and Specific Services
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
90
Página 91
Mr Nicolae-Daniel
Popescu
Delegation Member, Member of the Committee on Agriculture, Forestry, Food Industry and Specific Services
Renew Europe, RE
Senate, Sénat, Senat, Senat
Mr Allen Coliban
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Environment
Renew Europe, RE
Mr StefanParvuDelegation Staff, European Affairs Counselor
SPAIN, ESPAGNE, ESPAÑA, SPANIEN
Congress of Deputies, Chambre des députés, Congreso de los diputados, Abgeordnetenkongress
Mr Joseba Andoni
Agirretxea Urresti
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Agriculture, Fisheries and Food
Renew Europe, RE
Mr Juan Antonio López de Uralde Garmendia
Head of Delegation, Chairman of the Committee on Ecologic Transition and Demographic Challenge
European United Left/Nordic Green Left, GUE
Mr Vicente Moret Millás
Delegation Staff, Clerk of the Committee on Agriculture, Fisheries and Food
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
91
Página 92
Ms Bárbara Cosculluela Martínez
Delegation Staff, Clerk of the Committee on Ecologic, Transition and Demographic Challenge
Ms Patricia Cillero Calvillo
Delegation Staff, International Relations Administrative
Senate, Sénat, Senado, Senat
Ms María Teresa Macías
Head of Delegation, Chairwoman of the Committee on Agriculture, Fisheries and Food
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
MsMaría IsabelMoreno
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on Ecological Transition
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
MrLuisMolinaDelegation Staff, Clerk of the Committee
Mr Ignacio Navarro
Delegation Staff, Clerk of the Committee on Agriculture, Fisheries and Food
Mr Alberto Cabrerizo Interpreter, Translator
Ms Diana Valero Interpreter, Translator
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
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Página 93
SWEDEN, SUÈDE, SVERIGE, SCHWEDEN
Parliament, Parlement, Riksdagen, Parlament
Ms Ulrika Heie
Delegation Member, Chairwoman of the Committee on Agriculture and Environmen
Renew Europe, RE
Ms Maria Gardfjell
Delegation Member, Deputy Chairwoman on Agriculture and Environmen
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
Mr Jens Holm
Delegation Member, Chairman of the Committee on Transport and Communication
European United Left/Nordic Green Left, GUE
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
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SPECIAL GUESTS – INVITÉS SPECIAUX – EHRENGÄSTE
NORWAY, NORVÈGE, NORGE, NORWEGEN
Parliament, Parlement, Stortinget, Parlament
Mr Terje Halleland
Head of Delegation, Member of the Committee on Energy and Environment
Non-attached members, NA
Mr Per S Nestande
Delegation Staff, Brusselsbased National Parliament Representative
UNITED KINGDOM, ROYAUME-UNI UNITED KINGDOM
House of Commons, Chambre des communes, House of Commons, Unterhaus
Ms Lilian Greenwood
Delegation Member, Deputy Chairwoman of the Committee on Transport
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
House of Lords, Chambre des lords, House of Lords, Oberhaus
Mr Anthony Young
Head of Delegation, Member of the Sub-Committee on Environment
Non-attached members, NA
II SÉRIE-D — NÚMERO 7 ________________________________________________________________________________________________________________
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SPEAKERS – ORATEURS – REDNER/INNEN
Ms Claudia Roth Vice President of the German Bundestag
The Greens / European Free Alliance, Greens/EFA
Mr Frans Timmermans
Executive Vice-President of the European Commission
Progressive Alliance of Socialists and Democrats, S&D
Mr Pascal Canfin
Chairman of the European Parliament’s Committee on the Environment, Public Health and Food Safety
Renew Europe, RE
Mr Michał Kurtyka Minister of Climate of the Republic of Poland
Non-attached members, NA
Ms Julia Klöckner
Federal Minister of Food and Agriculture of Germany
European People's Party, EPP
Mr Janusz Wojciechowski European Commissioner for Agriculture
European Conservatives and Reformists, ECR
Mr Norbert Lins
Chairman of the European Parliament’s Committee on Agriculture and Rural Development
European People‘s Party, EPP
12 DE MARÇO DE 2021 ________________________________________________________________________________________________________________
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A DIVISÃO DE REDAÇÃO.