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Quarta-feira, 19 de outubro de 2022 II Série-D — Número 25

XV LEGISLATURA 1.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2022-2023)

S U M Á R I O

Delegação da Assembleia da República: Relatório da participação de uma Delegação da Assembleia da República à 144.ª Assembleia Geral da União Interparlamentar (UIP), que teve lugar em Nusa Dua, entre os dias 20 e 24 de março de 2022.

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Relatório da 144.ª Assembleia Geral da União Interparlamentar

20 a 24 de março de 2022

Nusa Dua, Indonésia

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A Delegação da Assembleia da República à União Interparlamentar (UIP) participou na 144.ª Assembleia

Geral tendo sido composta pelos Deputados Sofia Matos (PSD), Presidente da Delegação, Hortense Martins

(PS), Vice-Presidente e Hugo Carneiro (PSD).

O Deputado Duarte Pacheco (PSD), membro da Delegação, participou na Assembleia Geral na qualidade

de Presidente da UIP.

A 144.ª Assembleia Geral da União Interparlamentar organizada pelo Parlamento indonésio, em Nusa

Dua, entre os dias 20 e 24 de março de 2022, reuniu cerca de 110 parlamentos nacionais.

O tema da Assembleia Geral foi «Chegar a zero: Mobilizar os parlamentos para agir sobre as

alterações climáticas».

Dos Deputados presentes na Assembleia Geral, cerca de 39% eram mulheres e cerca de 27% tinham

menos de 45 anos de idade. Estes dados refletem o trabalho realizado pela organização para fomentar e

incentivar a participação de mulheres na vida política ativa e também dos jovens.

A Assembleia adotou por consenso uma resolução que emanou de um item de urgência sobre a guerra na

Ucrânia

Resolution – «Peaceful resolution of the war in Ukraine, respecting international law, the Charter of

the United Nations and territorial integrity»

A emergência climática

A Assembleia concluiu os seus trabalhos com a adoção da Declaração de Nusa Dua, na qual os

parlamentares presentes reconheceram a necessidade urgente de enfrentar a crise climática. A declaração

define as ações que os parlamentos nacionais devem adotar para implementar o Acordo de Paris, como

acelerar a transição para a energia limpa, assegurar a inclusão de membros marginalizados da sociedade e

reforçar a cooperação global para soluções climáticas conjuntas.

O Presidente da UIP, Deputado Duarte Pacheco, afirmou: «O tempo de agir é agora. O tempo está a

esgotar-se». Cientistas e investigadores de todo o mundo documentaram o que tem sido descrito como um

atlas de sofrimento humano e uma acusação condenatória de liderança climática falhada. Esta 144.ª

Assembleia deve mobilizar todos os parlamentares. Temos de liderar pelo exemplo e tomar medidas resolutas

antes que seja demasiado tarde. Caros colegas parlamentares, não falhemos aos nossos cidadãos e à

geração jovem, que depositaram em nós a sua confiança!»

O Presidente da Câmara dos Representantes da Indonésia, Puan Maharani, afirmou: «Os compromissos

internacionais não significam nada se não forem traduzidos na implementação nacional. Os Parlamentos

devem formular instrumentos jurídicos nacionais, orçamentos adequados, e efetuar o controlo de vários

compromissos internacionais. Os Parlamentos têm de mobilizar a redução de emissões, reforçar os esforços

de adaptação e realizar promessas de financiamento para as nações em desenvolvimento».

Durante a Assembleia, os membros da UIP destacaram os seus progressos nacionais em matéria de

alterações climáticas e as medidas que estão a tomar para acelerar a descarbonização e tiveram a

oportunidade de ouvir o testemunho direto de Samuelu Penitala Teo, o Presidente da Câmara de Tuvalu, um

país já muito afetado pela subida do nível do mar e pelas mudanças nos padrões climáticos.

Processos de paz

Tendo por contexto a guerra na Ucrânia, a Comissão para a Paz e Segurança Internacional reuniu em três

sessões e trabalhou a resolução, que foi depois adotada pela Assembleia, sobre repensar e reformular a

abordagem aos processos de paz com vista a promover uma paz duradoura.

A resolução apela aos parlamentos para assegurar que os processos de paz sejam tão inclusivos quanto

possível, tendo em conta todas as partes e incluindo as vozes das mulheres e dos jovens.

O documente refere a necessidade de os parlamentares estabelecerem mecanismos através dos quais

todos aqueles que são afetados pelo conflito, incluindo os mais vulneráveis, possam registar as suas queixas,

os perpetradores sejam responsabilizados e seja feita justiça às vítimas.

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Resolution – Rethinking and reframing the approach to peace processes with a view to fostering

lasting peace

A Assembleia também ouviu o Secretário Executivo da Organização do Tratado de Proibição Total de

Ensaios Nucleares, Robert Floyd.

No atual contexto de crescente preocupação com a segurança, Robert Floyd apelou à adesão universal ao

tratado para reduzir a ameaça dos testes e armas nucleares.

Até à data, 185 países assinaram, e 170 parlamentos ratificaram o Tratado, que ainda não entrou em vigor.

Para tal, tem de ser ratificado por todos os 44 países enumerados no Anexo 2 do Tratado, dos quais oito ainda

estão em falta.

Ferramentas e projetos para os Deputados

A Comissão sobre o Desenvolvimento Sustentável dividiu o seu trabalho em 2 sessões e trabalhou o

documento que foi adotado pela Assembleia: uma Resolução sobre o Alavancamento das Tecnologias da

Informação e da Comunicação como facilitador para o sector da educação, inclusive em tempos de pandemia.

A Resolução visa aproveitar as experiências de aprendizagem à distância, especialmente durante a

pandemia COVID-19, e expandir o acesso à educação. O documento analisa questões desde a alfabetização

em tecnologias de informação e comunicação, até às necessidades e infraestruturas dos professores. É dada

especial atenção à forma como os parlamentos podem promover uma educação mais inclusiva através das

suas funções legislativas e orçamentais.

Resolution – Leveraging Information and Communication Technology as an enabler for the

education sector, including in times of pandemic

A IPU lançou dois novos documentos para os Deputados

O terceiro Relatório Parlamentar Global, publicado em parceria com o Programa das Nações Unidas

para o Desenvolvimento, que, com base em dois anos de investigação aprofundada, examina a forma como os

parlamentos se estão a envolver com as comunidades que representam.

Um novo manual da UIP para parlamentares, publicado em parceria com a Organização Mundial de

Saúde, sobre o Reforço da preparação em matéria de segurança sanitária: O Regulamento Sanitário

Internacional (2005). O Manual foi concebido para ser um instrumento essencial para parlamentares e

parlamentos sobre o reforço da preparação para emergências e segurança sanitária.

Intervenções da Delegação Portuguesa

A Deputada Sofia Matos fez uma intervenção durante o debate geral onde referiu que «A UIP tem a sua

missão intimamente ligada aos valores democráticos, à soberania das nações e dos povos, às pessoas, ao

desenvolvimento.

A invasão russa da Ucrânia, a destruição, o medo e a morte que está a causar, é a negação de tudo o que

defendemos enquanto parlamentares eleitos por cidadãos livres e construtores de sociedades justas,

modernas e solidárias. Não posso por isso, deixar passar esta oportunidade de me dirigir a todos, reprovando

veementemente a intolerável guerra que Putin trouxe aos nossos dias.

Para além da solidariedade com o povo e as instituições ucranianas, e da capacidade que temos de ter de

reafirmar os valores que defendemos, temos de ser capazes de reforçar a nossa capacidade de intervenção e

a nossa liberdade de ação.

Também aqui, o desafio climático e da transição energética tem um papel relevante!

A dependência do gás e do petróleo russo é uma fragilidade da Europa e de muitos dos países que

representamos, que é usada como condicionante e como arma contra a nossa liberdade de ação e de

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intervenção.

Precisamos, também por isso, de acelerar a transição para as energias renováveis e de fazer mudanças

nos nossos padrões de mobilidade, de produção e de consumo, garantindo também a eficiência das nossas

redes e a robustez e eficácia das interligações que as unem.

O caminho da neutralidade climática é, por isso, também o caminho da paz, dos valores democráticos e do

desenvolvimento sustentável.

O caminho que impede que grandes produtores de combustíveis fósseis possam impor as suas agendas

políticas pela força militar ou pela manipulação de mercados energéticos.

O caminho que queremos construir, que nos trará um futuro melhor, mais sustentável, mais livre e mais

feliz.»

A Deputada Hortense Martins fez a sua intervenção no segmento de prestação de contas dos

parlamentos em relação às resoluções da UIP, onde referiu que «Portugal tem defendido uma política de

partilha de vacinas com os países.

O acesso e a distribuição equitativa de vacinas são fundamentais e por isso desde o início Portugal tem

contribuído de forma muito empenhada para esse objetivo.

Portugal já doou através do mecanismo COVAX mais 7,5 milhões de doses de vacinas para a COVID-19

(superando muito o seu objetivo inicial). Metade dessas vacinas foram entregues aos países africanos de

língua oficial portuguesa e a Timor-Leste. Aliás relevamos o trabalho que tem sido feito para vacinarem a sua

população.

Esta solidariedade é essencial pois como sabemos a saúde para todos e o acesso à saúde para a proteção

de todas as pessoas tem de ser cada vez mais um objetivo.

O investimento nos sistemas de saúde, teve de ser reforçado para combater esta pandemia, quer em

recursos humanos, quer em medicina intensiva, testagem etc. Sabemos que teremos outras pandemias, mas

temos de estar mais bem coordenados.

Como referiu o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, há o risco de a pandemia continuar

se se mantiver a desigualdade na distribuição de vacinas nos países ricos e pobres.

Temos de reforçar a solidariedade e melhorar o acesso, a distribuição, mas também a sua efetiva

administração às pessoas.

Portugal esta empenhado nesse esforço e desde logo é também o caso na vacinação dos migrantes e

refugiados, como agora acontece com os vindos da Ucrânia.

Defendemos a equidade e a saúde para todos. Em Portugal a vacina é universal, gratuita e tem de ser

cada vez mais acessível.

Temos de ser mais efetivos neste combate e evitar mortes. Vamos continuar este caminho de solidariedade

porque sabemos que esta pandemia não acabou e outras chegarão no futuro.»

O Deputado Hugo Carneiro fez a sua intervenção defendendo a resolução sobre a guerra na Ucrânia

dizendo que «Portugal está satisfeito com esta decisão tomada sobre a Assembleia da UIP, que segue o

entendimento que temos sobre esta guerra cruel.

Nunca se tratou de 'uma operação especial de desnazificação', e não podemos estar numa posição neutra

perante as mentiras do Sr. Putin.

Louvo os países que historicamente assumiram uma opinião neutra sobre este tipo de acontecimentos,

mas hoje deixaram claras as suas posições, demonstrando a forte censura contra estes crimes de guerra e a

violação do direito internacional.

A UIP, como organização internacional, como o dever de deixar claro, qual é a opinião dos parlamentares

do mundo.

O que pensamos sobre a destruição de um país por outro, sobre a violação do direito internacional e da

carta das Nações Unidas, a violação dos direitos humanos, e assim por diante.

Em primeiro lugar, concordamos com a necessidade de um cessar-fogo imediato, a aplicação dos esforços

diplomáticos sobre a resolução deste acontecimento e o respeito total pela soberania da Ucrânia.

Hoje, Portugal está lado a lado com o povo ucraniano, que tem demonstrado uma forte convicção e

unidade para continuar a existir como um país.

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Respeitemos todos esse sentimento de pertença. Mas também estamos lado a lado com esses jovens

soldados russos, enviados para uma guerra que provavelmente eles não compreendem.

Infelizmente, muitos vêm para morrer no campo de batalha, causando sofrimento às suas famílias

inocentes. Esta guerra tem de parar para o bem do mundo.»

Reunião com Delegações da CPLP

A Delegação portuguesa, para além de intercâmbios informais à margem da Assembleia, reuniu com as

Delegações dos países da CPLP presentes – Angola, Cabo Verde, Moçambique e Timor-Leste. Na reunião os

Deputados partilharam opiniões sobre o item de urgência no sentido de concertar uma posição e debateram

sobre a importância de se manter a interpretação para língua portuguesa nas reuniões da UIP, pelo que será

necessário que todos tenham os seus pagamentos em dia. Foi ainda definida a realização de uma reunião

temática da UIP a ter lugar em Cabo Verde subordinada a um tema que afete diretamente os países da CPLP.

Reunião com a Embaixadora de Portugal e a comunidade portuguesa

A Delegação reuniu também com a Embaixadora de Portugal na Indonésia, Embaixadora Maria João

Lopes Cardoso. Apesar da Embaixada se encontrar em Jacarta a Embaixadora deslocou-se a Nusa Dua onde

assistiu a uma reunião da UIP. A Embaixadora organizou um encontro com a comunidade portuguesa que

permitiu aos Deputados ouvirem as experiências dos cidadãos portugueses a residir em Bali.

Homenagem em local memorial

A Delegação prestou homenagem no local memorial oficial em Kuta cerca de duas décadas após os

ataques terroristas em que um cidadão português, bem como muitos outros, pereceram de forma trágica.

Grupo Geopolítico dos Doze Mais (12Plus)

A Delegação participou nas reuniões do Grupo Geopolítico dos Doze Mais onde os Deputados discutiram a

carta enviada pelo Grupo ao Presidente da UIP a 16 de março de 2022, solicitando à Comissão Executiva que

emitisse um parecer sobre a decisão do Conselho Diretivo de sublinhar a condenação das ações da Rússia

contra a Ucrânia no que diz respeito a) à suspensão dos direitos de voto do parlamento nacional da Federação

Russa e b) à suspensão dos direitos de voto do parlamento nacional da República da Bielorrússia na UIP.

De acordo com a Comissão Executiva, este pedido não podia ser aceite, referindo-se a uma decisão de

1982 sobre a questão da expulsão de um membro. O Grupo solicitou, por conseguinte, ao Conselho Diretivo

que subscrevesse a declaração da Comissão Executiva de 26 de fevereiro de 2022 que condenava

veementemente a invasão da Ucrânia pela Federação Russa, tal como foi feito pelo Presidente da UIP a 21 de

março de 2022.

Item de Urgência

Foram propostos à Assembleia três itens de urgência:

A agressão da Rússia e da Bielorússia à Ucrânia (submetido pela Ucrânia);

O papel dos parlamentares no apoio a uma resolução pacífica do conflito Rússia-Ucrânia (submetido pela

Indonésia)

Resolução pacífica da guerra na Ucrânia, respeitando a lei internacional, a Carta das nações Unidas e a

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integridade territorial (submetido pela Nova Zelândia)

Deputados membros do Grupo 12Plus trabalharam num texto de compromisso das propostas de Itens de

Urgência apresentadas pela Ucrânia e pela Indonésia. Este texto de compromisso foi apresentado pela

delegação da Nova Zelândia. A Deputada Lesia Vashylenko (Ucrânia), presente na Assembleia Geral, a 21 de

março, através de videoconferência, retirou o texto da delegação ucraniana a favor do texto de compromisso

que recebeu uma grande maioria de votos na Assembleia Geral. Membros do Reino Unido e da Polónia

estiveram envolvidos na equipa de negociação, o que resultou num texto forte a pedir uma resolução pacífica

da guerra na Ucrânia, respeitando o direito internacional, a Carta das Nações Unidas e a integridade territorial.

O texto condena igualmente o uso contínuo de força da Federação Russa contra a Ucrânia.

A delegação de África do Sul expressou a sua oposição à proposta submetida pela Nova Zelândia e o seu

apoio à proposta da Indonésia.

Nesta votação destaca-se a abstenção de Angola e Moçambique e 7 votos a favor de Timor-Leste, dos 11

possíveis. Portugal e Cabo Verde votaram a favor.

China absteve-se e a Bielorrússia votou contra.

Task Force sobre a situação na Ucrânia para facilitar o papel dos parlamentos

O Grupo 12 Plus sugeriu ao Presidente da UIP que fosse feita uma Task Force – Resolução pacífica da

guerra na Ucrânia, constituída pelo Deputado Johann Fridrik FRIDRIKSSON (Islândia); Deputado Samuel

COGOLATI (Bélgica); Deputado Thomas HURTER (Bélgica); Presidente dos 12Plus, Deputada Arda

GERKENS e Deputada Harriett BALDWIN (Reino Unido).

Evento paralelo sobre a Ucrânia

No dia 20 de março de 2022, o Grupo 12Plus organizou um evento paralelo sobre a situação na Ucrânia

com a Deputada Lesia Vashylenko (Ucrânia) como convidada especial, através de videoconferência, após um

discurso gravado pelo Presidente do Verhhovna Rada, Ruslan Stefanchuk. Mais de 120 pessoas participaram

na reunião, na qual foram feitas fortes declarações, por várias delegações e de onde se destacam as

declarações das delegações do Paraguai e da Polónia, condenando os ataques ao povo ucraniano. Os

participantes fizeram um minuto de silêncio, expressando solidariedade para com o povo ucraniano e os que já

pereceram na guerra.

Grupo de trabalho sobre a conveniência e possibilidade de sanções contra os membros

Os membros dos 12Plus decidiram continuar a discutir a conveniência e a possibilidade de sanções contra

os membros à luz da situação atual, pelo que foi decidido por unanimidade a criação de um Grupo de

Trabalho, composto por membros das delegações da Suíça, Alemanha, Finlândia, Turquia e Nova Zelândia.

Missão ao Congresso dos EUA sobre a adesão à UIP

Mantem-se o objetivo de discutir a adesão à UIP tendo sido distribuído um documento pela Sra. Baldwin

(RU) com alguns argumentos chave. O grupo acordou que a delegação seja constituída pela Presidente dos

12Plus, Sra. Baldwin (RU), Sr. McGuinty (CA) e Sr. Echaniz (ES).

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Prémio Cremer-Passy 2022

O Grupo 12Plus decidiu nomear o Presidente e todos os membros do Verkhovna Rada da Ucrânia pela sua

determinação e bravura perante o ataque ilegal da Rússia à sua nação.

12Plus Presidência 2023-2024

O grupo debateu também sobre o final da atual presidência pelos Países Baixos em outubro de 2022,

sendo necessário eleger uma nova presidência na reunião de Kigali. A delegação belga manifestou o seu

interesse por esta posição e a Presidente do grupo informou que caso se recebam mais nomeações, será

realizada uma eleição que seria desencadeada na sequência da reunião de 10 de outubro.

Evento paralelo LGBTI em Kigali

A delegação finlandesa propôs que o grupo organizasse um evento paralelo sobre LGBTI em Kigali tendo a

proposta sido apoiada unanimemente pelos membros do Grupo 12Plus.

Resumo dos resultados e das resoluções aprovadas na 144.ª Assembleia Geral da União

Interparlamentar

Resultado dos trabalhos da 144.ª Assembleia Geral (en)

A delegação portuguesa votou favoravelmente nos quatro documentos:

Resolution – «Peaceful resolution of the war in Ukraine, respecting international law, the Charter of

the United Nations and territorial integrity» (en)

Nesta resolução os Deputados apelam ao fim da guerra na Ucrânia e condenam o uso da força por parte

da Federação Russa que viola a Carta das Nações Unidas. Os Deputados instam todas as nações a

providenciar ajuda humanitária à Ucrânia e todos os parlamentos a envidarem os seus maiores esforços de

acordo com os respetivos deveres, mandatos e obrigações para apelar aos respetivos governos nacionais

para que ponham termo a este ato de agressão.

Os Deputados convidam a UIP a utilizar os seus «bons ofícios para encorajar o diálogo entre

parlamentares de ambos os países em apoio aos esforços diplomáticos no quadro de uma ordem internacional

baseada em regras, respeitando os princípios de soberania e evitando completamente a interferência nos

assuntos internos de uma nação soberana».

Na resolução é recomendada a criação de um grupo de trabalho da UIP sobre a situação na Ucrânia para

facilitar o papel dos parlamentos na formulação de soluções pacíficas viáveis.

Grupo de trabalho (composição): IPU sets up Task Force for Ukraine – Inter-Parliamentary Union (en)

Nusa Dua Declaration – Getting to zero: Mobilizing parliaments to act on climate change (en)

Os Deputados foram convidados a debater sobre o tema e apresentar as ações e iniciativas realizadas

pelos seus parlamentos.

A Assembleia Geral adotou a Declaração de Nusa Dua que encoraja os parlamentos a liderar o caminho

com soluções inovadoras para reduzir as emissões com efeito de estufa, acelerar a transição verde, e a

manifestar solidariedade com os países na linha da frente dos efeitos das alterações climáticas.

Resolution – Rethinking and reframing the approach to peace processes with a view to fostering

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lasting peace (en)

A Comissão Permanente sobre Paz e Segurança Internacional levou a Plenário a resolução que apela ao

repensar e à reformulação da abordagem aos processos de paz com vista a promover uma paz duradoura. Os

Deputados instam os parlamentos a investir num processo multidimensional que inclua estruturas para

proteção e apoio a grupos vulneráveis; mecanismos políticos e à criação de instituições para a prevenção e

gestão de conflitos por meios pacíficos. Apelam à participação equitativa na vida política socioeconómica, no

bem-estar psicossocial das pessoas, nos serviços básicos de saúde e nas comunidades para estabelecer a

paz e prevenir a recorrência de futuros ciclos de violência.

A UIP foi mandatada para o desenvolvimento de um conjunto de ferramentas que facilitem aos parlamentos

e deputados o diálogo, legislação, supervisão e prevenção na busca da paz, ficando a organização instada a

apresentar o resultado desse trabalho na próxima Assembleia Geral.

Resolution – Leveraging Information and Communication Technology as an enabler for the

education sector, including in times of pandemic (en)

A Comissão Permanente para o Desenvolvimento Sustentável aprovou em plenário esta resolução que tem

por objetivo sugerir formas de melhoramento e aproveitamento das TIC no setor da educação.

Os Deputados procuraram refletir sobre os desafios que o desenvolvimento das TIC representa em

crescentes áreas da sociedade em termos de equidade e inclusão, segurança e privacidade de dados, e o

financiamento da capacidade digital que podem ser dispendiosas.

Palácio de São Bento, 25 de julho de 2022.

A Assessora da Delegação, Susana Santos Monteiro.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO.

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