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Quinta-feira, 5 de janeiro de 2017 II Série-E — Número 4

XIII LEGISLATURA 2.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2016-2017)

S U M Á R I O

Presidente da Assembleia da República:

Despacho n.º 38/XIII — Prorrogação do mandato do Grupo de Trabalho para o Parlamento Digital.

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PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Despacho n.º 38/XIII — Prorrogação do mandato do Grupo de Trabalho para o Parlamento Digital

O Grupo de Trabalho para o Parlamento Digital (GTPD) nasceu do desejo de aproveitar todas as

potencialidades das novas tecnologias para o aprofundamento da democracia participativa e parlamentar.

Foi com este objetivo que lancei a ideia da criação deste grupo de trabalho, expressa no discurso que proferi

na Sessão Solene Comemorativa do 25 de abril, em 2016.

O GTPD viria a ser criado em junho de 2016, com mandato para:

1. Avaliar a implementação dos objetivos definidos na Declaração para a Abertura e Transparência

Parlamentar, aprovada pela Resolução da Assembleia da República n.º 64/2014;

2. Apresentar propostas que visem a reestruturação da informação já disponível no site do Parlamento,

tornando-a mais simples e apelativa;

3. Avaliar a possibilidade de uma maior divulgação da atividade parlamentar através de novas formas de

comunicação digital, apresentando recomendações que, aproveitando as novas tecnologias, permitam alargar

o universo de cidadãos que se envolvem e interagem com a Assembleia da República, fomentando a

comunicação bidirecional;

4. Avaliar o interesse na produção de material e conteúdos destinados a públicos específicos, apresentando

eventuais recomendações;

5. Propor a introdução de melhorias ao nível das bases de dados de atividade parlamentar, como a Atividade

Parlamentar (AP);

6. Fomentar, em articulação com o Governo e a Presidência da República, a desmaterialização do processo

legislativo e procurar soluções digitais que contribuam para uma melhor monitorização da regulamentação pelo

Governo das leis aprovadas pelo Parlamento.

No meu despacho que institui o GTPD, determinei que este funcionaria até ao final de 2016.

O trabalho desenvolvido pelo GTPD encontra-se vertido no relatório final – Relatório de Atividades julho-

dezembro de 2016 –, o qual contém propostas e recomendações de «(…) melhoria da qualidade da democracia

parlamentar através da utilização das novas tecnologias, com o objetivo reiterado de aproximar o Parlamento

dos cidadãos, comunicar mais e melhor», tal como determinei no meu despacho.

Compulsadas as principais linhas de mudança propostas pelo GTPD, verifica-se que privilegiam mecanismos

que promovem um maior envolvimento dos cidadãos com a Assembleia da República e com a atividade

parlamentar, nomeadamente incentivando o Parlamento a uma atitude mais ativa (e menos reativa) na

comunicação com aqueles, tomando a iniciativa de procurar o interesse do cidadão – e não o inverso.

Para este efeito, afigura-se nevrálgica a proposta de uma maior presença da Assembleia da República nas

redes sociais, nomeadamente no Facebook ou no Twitter, mas também o aprofundamento da comunicação via

Canal Parlamento, nomeadamente na sua dimensão digital (como seja através da disponibilização de um

streaming do áudio das reuniões cobertas pelo Canal, abrindo portas a um acesso muito mais facilitado via

smartphones) ou da criação do canal de Youtube, capaz de albergar todo o acervo do Canal Parlamento e

permitir a outros meios de comunicação social transmitir os diretos que o mesmo disponibiliza.

Outro dos eixos fundamentais das propostas do GTPD reside na renovação do site do Parlamento,

instrumento crucial para que a Assembleia da República garanta o acesso dos cidadãos a mais informação, de

forma mais transparente, sobre as Deputadas e os Deputados e a atividade parlamentar em geral.

Disponibilizando a Assembleia da República um grande acervo de informação, os conteúdos do site devem

ser apresentados da forma ainda mais acessível e compreensível para os cidadãos, nomeadamente através de

um renovado layout, infografias e de caixas explicativas dos conteúdos procurados. As funcionalidades de

pesquisa são, aliás, outras das áreas que deverão ser reforçadas.

Também se avançaram propostas de mais e melhores instâncias de participação dos cidadãos, sempre com

o cuidado de procurar adequar as expectativas aos resultados que podem ser obtidos. São disto exemplo a

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criação de Plataformas online, sediadas no site da Assembleia da República, que permitirão a submissão e

recolha de assinaturas de Petições, Iniciativas Legislativas de Cidadãos e Iniciativas Populares de Referendo,

com a possibilidade de notificação dos respetivos signatários – e não apenas dos autores das iniciativas –,

alargando deste modo o universo de cidadãos que se relaciona com a Assembleia da República por esta via e

que passará a receber uma resposta institucional sobre a tramitação das iniciativas a que aderiram.

Na vertente da desmaterialização do processo legislativo, deram-se igualmente passos relevantes, tanto no

âmbito interno como no relacionamento com os restantes órgãos de soberania envolvidos, com vista a tornar

mais rápido e seguro este processo. A este respeito, saliento a proposta de um Sistema de Alertas no Processo

Legislativo, que permita evidenciar no site da Assembleia da República o cumprimento de prazos de

regulamentação das leis por parte do Governo, de concretização de autorizações legislativas ou de

apresentação de relatórios legalmente devidos.

Da atividade do GTPD resultou, assim, um conjunto de propostas que enriquecerá seguramente a

democracia parlamentar, nomeadamente na vertente do relacionamento com os cidadãos no período entre

eleições.

É, por isso, de elementar justiça reconhecer os contributos de todos os que estiveram envolvidos nesta

missão.

Aos Deputados que integraram o grupo de trabalho, pelo espírito de compromisso que sempre presidiu à sua

atuação, desde a primeira hora. Aos serviços da Assembleia da República, que abraçaram este desafio com

inexcedível dedicação e a ele responderam com prontidão e competência. E ao Secretário-Geral da Assembleia

da República, pelo empenho e permanente disponibilidade.

Por outro lado, uma palavra de reconhecimento para a colaboração de todos os órgãos de soberania que

trabalharam com a Assembleia da República neste propósito (a Presidência da República, o Governo e o

Tribunal Constitucional), que muito ajudaram a que se criassem as condições para a desmaterialização

legislativa interinstitucional, um projeto já antigo que terá agora a oportunidade de, finalmente, ver a luz do dia.

Cumpre ainda agradecer à Professora Doutora Cristina Leston-Bandeira, da Universidade de Leeds, pelo

apoio prestado ao GTPD, a título não remunerado, enquanto perita em estudos parlamentares e democracia

digital.

Destaco também o envolvimento da sociedade civil neste processo, para quem as propostas que aqui se

materializam se dirigem primeiramente, e que, desde a primeira hora, fez chegar ao GTPD diversos contributos

que muito enriqueceram os seus trabalhos, nomeadamente por meio de cartas, das audições ou da participação

no Colóquio Parlamento Digital e Democracia Participativa, organizado pelo GTPD. Não é, pois, de estranhar

que o Relatório do GTPD reflita muitos destes contributos.

Por fim, uma palavra especial de agradecimento ao Vice-Presidente da Assembleia da República, Deputado

Jorge Lacão, pela dedicação com que coordenou este GTPD e levou a bom porto a missão que lhe foi – e bem

– confiada.

No despacho de criação do GTPD, determinei que este poderia ver o seu mandato prorrogado com base em

proposta justificada.

Conforme se refere no relatório do GTPD, este constitui «(…) um relatório de progresso, carecido ainda de

mais aprofundamento na definição do perfil das orientações e medidas dele constantes, bem como do adequado

acompanhamento das condições de concretização dos objetivos que nele se estabelecem». Por esta razão, foi

proposta pelo coordenador do GTPD a prorrogação do mandato deste grupo de trabalho, permitindo a conclusão

do trabalho desenvolvido e a criação de condições para a materialização das suas propostas.

Atento ao exposto, e à relevância do trabalho em causa, determino:

1. A prorrogação do mandato do Grupo de Trabalho para o Parlamento Digital (GTPD), que funcionará até

ao final de 2017;

2. Que o GTPD manter-se-á sob a coordenação do Vice-Presidente da Assembleia da República, Deputado

Jorge Lacão;

3. Que a composição do GTPD será mantida, salvo indicação contrária, comunicada ao meu Gabinete;

4. Que, na prorrogação que ora determino, o GTPD funcionará nos mesmos moldes em que funcionou no

seu mandato original, ou seja, em articulação direta com o meu Gabinete e com o Secretário-Geral da

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Assembleia da República, sendo ainda apoiado pelos Diretores de Serviços da DSATS (Apoio Técnico e

Secretariado), da DSDIC (Documentação, Informação e Comunicação) e do CINF (Informática);

5. Que o GTPD deverá apresentar, ao longo de 2017, um cronograma que concretize os objetivos propostos,

os quais deverão ser gradualmente implementados, tendo em conta:

a. O aprofundamento das orientações e medidas apresentadas no Relatório de Atividades julho-dezembro

de 2016;

b. Identificação clara dos níveis de responsabilidade, assegurando condições para a viabilidade das

propostas, nomeadamente em termos de responsabilidade, funções, recursos humanos e materiais;

c. Medidas de acompanhamento das condições de concretização.

6. Que as atividades desenvolvidas durante o novo mandato do GTPD sejam objeto de relatório final.

Registe-se, notifique-se e publique-se.

Palácio de São Bento, 5 de janeiro de 2017.

O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.

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