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Considera-se que a Estratégia apresentada, embora considerando diversas características da

Gestão Integrada do Fogo, não as integra todas de forma completa e explícita.

Assim, o carácter inovador da Estratégia e do SGIFR em relação ao anterior SDFCI não reside

propriamente na aplicação completa do conceito de Gestão Integrada do Fogo, mas antes na

consideração de dois eixos, numa segmentação baseada na especialização e coordenação

integrada.

Para além dessa segmentação, o documento da Estratégia, no desenho macro do novo modelo

de competências e especialização, releva a dimensão da Conservação da Natureza e do

Ordenamento Florestal “como condição necessária ao sucesso do sistema, dado o seu papel de

construção de uma paisagem rural sustentável.” No entanto, as questões da Conservação da

Natureza estão praticamente ausentes da Estratégia e as questões do Ordenamento Florestal

não consideram o disposto na Estratégia Nacional para as Florestas nem os Programas

Regionais de Ordenamento Florestal.

Por outro lado, o documento preconiza alterações da paisagem muito discutíveis que parecem

contrariar o objetivo de aumentar a “capacidade de sumidouro carbónico”, pretendendo-se

resolver o problema da combustibilidade da paisagem através de modelos agroflorestais

desenquadrados da realidade, nomeadamente através da redução da densidade do arvoredo e

do aumento da densidade de herbívoros domésticos. Pelo contrário, os sumidouros do carbono

são potenciados com a imobilização do carbono sob a forma de árvores de longa duração,

nomeadamente em formações florestais de espécies nativas, e não com sistemas abertos ou

pouco densos que irão agravar os problemas de desertificação associados às alterações

climáticas.

Também nada se refere quanto ao restauro ecológico e à promoção de bosques de folhosas

nomeadamente em zonas mais produtivas como linhas de água e encostas viradas a norte,

excelentes sumidouros de carbono com provas dadas no retardamento ou mesmo extinção de

incêndios. Parece reduzir-se a solução do problema da combustibilidade à via da redução dos

combustíveis, nunca se considerando a via da condução da vegetação para formas mais estáveis

e mais interessantes do ponto de vista do armazenamento de carbono, da biodiversidade e da

prevenção contra incêndios.

As questões da adaptação climática, do armazenamento de carbono, do ordenamento da

floresta, da biodiversidade e da Conservação da Natureza estão assim quase ausentes do

documento da Estratégia.

Vejamos então quais as orientações e objetivos estratégicos considerados na Estratégia.

3.3 Orientações e Objetivos Estratégicos

No documento da Estratégia 20-30, as Orientações Estratégicas enquadram Objetivos

II SÉRIE-E — NÚMERO 14________________________________________________________________________________________________________

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