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,n remei ter-lhe para servir de ba&é. ás suas deliberações.

A Província da Madeira foi ha pouco viclimá .de urna terrível calamidade, procedida dá alluvião que nos iiris do-mez d'Outubro próximo passado causou o -.maior estrago e rui na-tios campos e nas pov.oaçÕfs , sem exceptuar a Capital, que: foi a que -mais sqtfreu. É lastimosa a narração que asAuclo-ridadfs fazem deste successo pela perda de vida-s e fazendas dos infelizes habitantes, que ficaram reduzidos á maior consternação.. " . .

O Governo acudiu logo com os soccorros e sacrifícios possíveis, dando as providencias necessárias para minorar as consequências da cataslrophe, e.excitar a philantropia de todos os Portugueses a bem do§ nossos Concidadãos da Madeira ; este ultimo recurso e' crivei que produza vantajosos resultados se.fqr proporcionalmente imitada a generosidade com que.se dignaram de subscrever, para as urgências daquella .Ilha, .Sua Magestade a Rainha, e li!-Rei s^u Augusto Esposo ; todavia, sendo gravíssimos os prejuízos allí soíTridõs, e nào bastando-para o* reparar os meios ate agora empregados , -pedem os habitarçJLos, .e as differehtes Aurloridades que se adoptem algumas medidas extraordinárias. ^ Nesta,Gamara dev^ni existir trabalhos preparados sobre o objecto da mesma reclamação y. que os Madeironses nas suas anteriores representações haviam já feito ús Cortes. por diversos motivos. Em presença desses papeis, e das cireuiustancias accres-cidas pelos últimos acontecimentos da Ilha , podereis deliberar sobre as concessões pedidas como á vossa sabedoria parecer exequível* ;

• Por ultimo cumpre informar esta Camará, que, entre-as reformas e economias que ficam apontadas neste Relatório, decretou lambem o Governo " de Sua .Magestade algumas, outras medidas, relativas á Imprensa Nacional, ao Real :Archivo dd Torre do l\>mbo, á Instituição vaccinica d.e- Lisboa , e ao.Terreiro Publico, segundo se deixa ver dos do-cumsruos n."3 22 £i 26'. '. .

Taes são, Senhores, os actos administrativos adoptados 'pí'lo Ministério do Reino a meu,cargo, os quaes o Governo submetle á sabedoria eexarne das Camarás Legislativas para lhes darem a consideração qiie merecerem.;• podendo assegurar-vos, Senhores, que no empenho que o Governo pôz em aconselhar a Suo. Màgpstade a Rainha tuna» e outras providencias, só lovou em vista o bem e a felicidade do Paiz. Secretaria d'fiátado - dos Negócios do Reino, em 1*2 de Janeiro de Í843. = António Bernardo dn Cosia (librai,

• O Sr. Pre&Hente : — Vou consultar a Camará, se ella quer dispensar a segunda leitura, e igualmente, que o Relatório seja impresso rto Diário do Governo. - _ _ . . "

A Camará decidiu nffirmativamente.: ' , • O Sr. lieirao: — Sr. Presidente, eu tinha pedindo a palavra a V. iix.a para interpellar o Sr. Ministro do Reino quando estivesse presente, e corno o vejo no seu logar, - servir-me-hei delia. Entre as differentes missões de que o Deputado se pôde encarregar nesta Casa, nenhuma do certo .e' tão o.tie-rosa , e tão grave corno a de interpeltar ; o direito1 de'iolerpellar tem para mini uma espécie d'odipzo, que nào. se compadece com os.meus princípios, nem com a mi-nha educação.: e por isso recordo aV.Ex.%

á Camará, e ao Ministério, que; sempre, que usaf deste direito, é com a maior repugnância, e constrangimento, que o heide fazer; e que na? minhas interpellações nunca haverá idea alguma"de personalidade, porque eu nesta Casa" desconheço os ho-rnens , e só curo de doutrinas-, e de factos*

Eu deixarei de narrar essa longa serie de factos horrorosos, e ate inacreditáveis, que correm debaixo daepigraphe genérica de— Perseguição Religiosa do Bispado de Vigeu = porque eiles constituem uma d'eesas paginas^ negras da historia contemporânea, que eu desejaria qoe nunca fosse lida para honra da Nação. Limitar-me-hei única e simplesmente aos últimos factos occorridos ria Fregúòzias de Baijóz , Bispado de Vizeu, que fazem o objecto especiaJ da miirha interpellação. -

No dia 8 de Dezembro próximo passado foi ré-quesilado urn destaca trjiento para Beijóz , pelo: Administrador do Concelho do Carregai , para segurança individual do A libado da mesma Parochia, que chagou a Beijóz no.dia imajpdiato. Este destacamento por varias vezes, Sr. Presidente., tem. sido empregado para misteres bem diversos d'aqueUe para que tinha sido requisitado. Já n'oulras epo-chas, Sr. Presidente, a força áríii^íia, segundo me consta , tem sido empregada para forçar os Paro-chianos de Beijóz a k ouvir a Missa desse Padre j cuja missão espiritual desconhecem , e a confessar-se ao rnesmo contra a consciência de suas convicções. Estes factos são escandalosos, e merecem que o Sr. Ministro do Reino olhe -para elles allenta* mente, e remedeie de prompto estes males; este é quasi o fiai único da minha interpellação. Os Pa-rochianos d« Beijóz fizeram presente aoillustre Go-vernatlor Civil, n'oma representação os motivos por que pediam a S. Ex.a a remoção daquelle Abba-de, quê actualmente lá existe escoltado pelo destacamento; en não lerei osta representação,-"porque a acho concebida de uma maneira muito amarga para ser lida nesta Casa ; e mesmo e' muito alheia essa remoção do fim da minha interpellação.