O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

( 189 )

O Sr» Moni% ; — Quero declarar á Gamara que a Co.finni&são que foi encarregada de propor algumas providencias para o Ultramar, se houve nesse tra-tiaibo' com toda a promptidào (vozes.— é verdade), nem um só dia dos que Jhe foram marcados pelo Decreto da sua nomeação deixou de trabalhar, e muitos outros, e .accrtíscentou para adiantar oá setrs trabalhos. Visto que o Sr. Ministro do Ultramar «ao acha inconveniente em-que o parecer da Com* missão venha á Camará, eu pela minha parte estimo mu-ito que elíe venha', (Apoiados.) (O Sr. -PremdenU do Concelho : -*- Amanhã & mando) 'por-que desejo que a Camará conheça o que a Com-missão propoz,' e lhe faça a justiça que ella merecer. (Apoiados.) Quanto ao mais, Sr. Presidente, dl apoio O que acabou de dizer o meu iilustrê coí-lega pela Madeira; verdade é, que se d'aquellas Regiões vem algutnâ-s vezes queixas que não são fundadas em justiça, Uambem é certo q«e essas Regiões porque estão mais longe da fonte, do Governo} «stâo mais sujeitas a ter occasião de se queixarem; e também e conhecido, que nós pôr 'muito que desejemos nada faremos, se os Srs. Ministros não li*> verem o maior cuidado e escrúpulo na tíscolha das pessoas que 'pára lá mandarn. (Apoiados géraes.) Muitos males vêem do choque das antigas com as novas leis, mas muitos mais, é miíitjssimos mais , das pessoas que para alli> vão quando mal esco* Iludas, .

O Sr. Gilberto Carlos :-r-Eu pedi a palavra para fallar sobre este incidente, e pedir ao Ministério $ quê resolva aquelle negocio a respeito de Macau. Tenho fatiado com pessoas conhecidas da hiateriaj filhos d'aquella, terra, e que suppohho trabalharam rressa Coínmissão que o Governo nomeou, os qtiaes th e dizem , que para conservar aqueílles estabelecimentos importantíssimos é necessário dar provideh* cias ínuilo especiaes, qtiè não choquem vos Chins por nenhuma forma, porque as relações com elles são mélihdrosissimas; e se nisto não houver muito tino poderá succeder qualquer dia a MácatíV o quê succederti a Liampó, que po'r uma desintelligenciâ foi destruído n'outro tempo. Peço pois ao Sr. Mi-;nistró do Ultramar, que resolva o negocio, e quê se o ftão poder resolver pof si, ô remetia á Ca-ínará , ate para 'que respondemos ã uma representação de Macau, que nos foi enviada ò anno pás* sado, e que naturalmente ha de estar á espera dá resposta que éxconveniente dar-lhe, ainda que nã-o" fosse se não" por uma espécie de civilidade ; porque nos mandou um presente de livros, que estão na Bibliotheca das Cortes.

O Sr. Conde da Taipa:-—Sr. Presidente, quarí-, do á mais de três annos ha Camará dos Pares, soa-< be que se entrou a legislar e a mudar toda a legisla* cão e todo-o systema das colónias, proferi eu e está escripto nas Sessões da Camará que haviam de haver desordens; disse ao Ministro da Marinha, Mar-giochi qu-e o era então, que ò que se estava fazendo era uma tolice, é cousa que não tem o nome senão de tolice (digo e estou prompto a sustenta-lo) porque íá fazer uma revolução nas colónias de todo o systema delias, por isso que com aquellá mudança, o Governo ia destruir interesses antigos e substitui-los por interesses novos, sern que esses interesses tenham força para sustentar a disciplina e a ordem legal; todas as Nações que têem feito revoluções, cí que tèem

mudado de ordem de Governo, ainda nenhuma foi levar ffissa ordem nova ás suas colónias, nem aFran* ca nem a Inglaterra, nem ninguém faria o que nós fizemos, o que foi uma tolicey que não tem exem* pio.

Sn Presidente, ainda não fomos só á India^ fomos levar a Macáó urn systema novo; aonde dominam os Chins povo essencialmente estacionário, e tão estacionário que ainda nos consente em Macáo, pelo simples facto 'de estarmoâ alli estabeeidos hô SOO attnos.

Passando'a failár em" outra ide'a que aqui se tem apresentado, direi; que po:r mais que os Srs. Deputados gritem ao Governo, que escolha pessoas capazes paia irem governar as colónias, o Governo nunca ha de achar essas pessoas capazes, érn quanto as Camarás não fizerem interesses-aos Governadores, que convidem pessoas capazes a passarem ás nossas posseções Ultramarinas na qualidade de Governado* rés, porque só pela agradabilidade de ir passar 6 annos a Angola ou Moçambique, no grande risco de morrer lá de uma carneirada ou de fome, quando voltar para'Portugaí certamente o Governo não achara pessoas hábeis para ir governar aquellas colónias, e só quem Já quizer ir buscar uma fortuna adquirida por máos meios, e que se pôde decidir à ir exercer aquelles empregos. Algum dia os Governadores ião ganhar os logares do Conselho dá 'Fazenda, da Junta do Commèrcio, e logares nos outros Tribunaes, uma subsistência e uma consideração; noje um homem que lá for governar honradamente, não pôde lá ir buscar senão a esperança de morrer de fome quando voltai', se escapar da carneirada !

O Sr. Costa Cabral,: —Rogo a V» Ex.a tenha á bondade de me dizer qual e' o objecto desta discussão !

O Sr. Presidentc:-^TL\í já estava para, consultar a Camará, a ver se queria que ella continuasse ou se suspendesse1. '

O Sr. Cosia Cabral*.-*— Não e* possível, Sr. Presidente, discutirmos aqui qual e' o systema de administração que convém toais ás Provincias do Ultia-rriar , isso é matéria vasta, que seríão pode tractar, sem se ter dado para Ordem do dia; ifez*se a inter-pellação ao Sr. Ministro, elíe respondeu , não ha •finais que fazer : peço pois a V. Ex.a qiie passemos á Ordem do dia. ^

O Sr. Jusé Estêvão :'•**• Eu peço ã V. Ex.a que me diga se não tem estado em discussão (visto quê se •perlende dizer que não) unia intérpellaçâo feita ao }Sr. Ministro do Ultramar; ora discutir-se uma inter» pellaçào e'cousa que se faz em toda a parte ; entendo pois que se discutia uma cousa que convinha discutir-se, e que nisto sfguia-se o costume de todos os. ^Parlamentos.

Terminou este incidente.

O Sr. Ministro do Reino : — Sua -Magostãde recebe na quarta feira ao meio dia a Deputação, qíie lh« ha de apresentar, por parte desta Camará, alguns authografos de Lei.

Ordem do Dia. —r Continuação da discussão especial sobre o projecto para o Lançamento da Decima.