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Sessão de 15 de Agosto de 1919 7

O Sr. Helder Ribeiro (Ministro da Guerra);— Sr. Presidente: ouvi com toda a atenção as considerações que acaba de fazer o Sr. Pereira Osório, e prometo a S. Exa. que farei sciente delas o meu colega do Interior, a fim de se remediar a questão da venda dos bilhetes de caminho de ferro, assunto de ordem meramente policial, correndo, portanto, pela sua pasta,

Quanto ao facto de, algumas vezes, os soldados da guarda republicana serem um tanto irriquietos, deve S. Exa. ter em atenção que, a maior parte das vezes, o público não corresponde com aquela urbanidade que é própria da boa cortesia. Ora os soldados da guarda republicana não podem ter o curso de boas maneiras, e não é para estranhar que alguns casos dêsses aconteçam, muito mais com pessoas que estão a cavalo.

Eu darei disso conhecimento para a guarda republicana para que sejam escolhidos cavalos menos irrequietos.

No emtanto, estou certo de que todos os oficiais do exército que prestam ali serviço, se terão portado com toda a urbanidade e delicadeza de modo a só merecerem elogios.

O orador não reviu.

O Sr. Lopes Cardoso (Ministro da Justiça): — E para comunicar ao Sr. Soveral Rodrigues que pelo que respeita ao delegado do procurador da República na Guarda foi já ordenada a sindicância, e com respeito ao juiz de Almodóvar está afecto ao Conselho Superior da Magistratura Judicial.

O Sr. Mendes dos Reis: — Pedi a palavra para comunicar à Câmara a minha satisfação e agrado por um artigo publicado no O Século de hoje.

É consola dor ver que neste momento, em que por toda a parte se conspira e se ataca tudo quanto fôr ordem e organização social, a imprensa faz justiça a quem defende e se sacrifica por essa ordem.

Não irei ler à Câmara o artigo de O Século de hoje. Mas não resisto à tentação e ao prazer de ler algumas frases que mais sensibilizaram a minha alma de português e de soldado, Começa o artigo por dizer:

Leu.

Diz ainda mais;

Leu.

Mais abaixo diz ainda;

Leu.

E diz tambêm:

Leu.

E termina por dizer:

Leu.

Devo dizer que, excepto dois ou três jornais que, falseando a missão da imprensa procuram fomentar a desordem e semear a indisciplina em todos os quartéis e estabelecimentos militares, a grande maioria da imprensa tem-se colocado sempre ao lado da ordem e da disciplina, e tem feito os mais rasgados e justos elogios aos nossos soldados.

No entretanto, faço referência especial ao artigo de O Século de hoje, não só pela sua grande importância e pelo lugar de honra em que foi publicado, mas tambêm pela grande circulação que êste jornal tem quer no país, quer no estrangeiro, e que desta maneira vai levar a notícia de que em Portugal há ordem, e que o exército está sempre ao lado da ordem.

É lida na Mesa a proposta de lei para a qual o Sr. Herculano Galhardo pediu urgência e dispensa do Regimento.

O Sr. Herculano Galhardo: — Sr. Presidente: V. Exa. acaba de dizer por lapso que eu pedi a urgência e dispensa do Regimento, O que eu requeri apenas foi a dispensa da impressão dos pareceres, visto que ela já tem os pareceres das respectivas comissões.

O Sr. Presidente: — V. Exa. pedindo a dispensa da impressão importa por tal motivo a urgência e dispensa do Regimento, porque o Regimento manda seguir todos os trâmites legais.

Dá-se começo à chamada para a votação nominal.

O Sr. Celestino de Almeida: — Sr. Presidente: eu peço a V. Exa. que consulte o Senado sôbre se julga necessária a votação nominal.

Pela minha parte, tenho a declarar em nome dêste lado da Câmara que dispenso a chamada.

O Sr. Pereira Osório: — Sr. Presidente: êste lado da Câmara tambêm dispensa a chamada.