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2126 I SÉRIE - NUMERO 56

pendência dos. povos sujeitos ao colonialismo português. Celebra a construção de um regime democrático em que as liberdades democráticas são indissociáveis de uma economia libertada dos monopólios e latifúndios.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - Um tal balanço justifica que renovemos aqui a homenagem devida a todos os que na resistência ao fascismo criaram, com os seus sacrifícios e a sua luta, as condições para a vitória do 25 de Abril; que renovemos aqui uma vibrante homenagem aos heróicos «capitães de Abril» e a todos os militares que se identificaram com os ideais democráticos;...

Aplausos do PCP. da UEDS. do MDP/CDE e de alguns deputados do PS.

Que saudemos aqui todos os portugueses e portuguesas que depois de 1974, numa epopeia prolongada e difícil, trabalharam e lutaram para que o 25 de Abril continue a brilhar na realidade portuguesa.
O 7.º aniversário, do 25 de Abril ocorre num momento marcado pelo obstinado prosseguimento de uma intensa ofensiva das forcas reaccionárias.
O governo da «AD» combate e nega o 25 de Abril procurando restaurar o poder do grande capital e dos agrários, atacando o sector nacionalizado e prosseguindo a destruição criminosa da Reforma Agrária, lançando-os pequenos e médios agricultores numa situação aflitiva, agravando as condições de vida da população, aumentando os preços, reforçando a exploração e a repressão nas empresas, resistindo aos aumentos de salários dos trabalhadores, restabelecendo princípios elitistas na educação, dificultando o acesso à saúde, manipulando a comunicação social, sacrificando a soberania, a dignidade, a segurança e a independência nacionais, no altar da guerra fria e do belicismo, ao serviço aviltante do imperialismo.

A Sr. Zita Seabra (PCP): - Muito bem!

O Orador - Para que possam afogar o Portugal de Abril na vaga restauracionista faltam à reacção o domínio dos outros órgãos de soberania, o controle partidário das forças armadas através da sua governamentalização, uma Constituição, um Estado e um regime adequados para o esmagamento da resistência popular e da luta democrática. Não nos iludamos. Para isso trabalham, esse é o plano subversivo que procuram refazer em torno do seu continuado propósito de obter a revisão inconstitucional da Constituição de Abril.
Quando ministros ou deputados da «AD» defendem «entregar a terra a quem sempre a teve»; ou quando afirmam que «quem quer saúde, paga-a»; ou quando se insulta na televisão os trabalhadores da função pública e se proclama aos grandes empresários, ser «necessário banir o vírus da democracia»; ou ainda se declara que «a democracia é boa para os países do Norte, mas não para os países latinos», todas estas palavras e os actos que lhe correspondem indicam de forma insofismável que tais pessoas, tais Ministros e um tal governo nada têm a ver com o Portugal de Abril.

Aplausos do PCP e do MDP/CDE.

Vozes do PSD:-Não apoiado!

O Orador - Uma tal política está suscitando um amplo descontentamento popular. Crescem as lutas dos trabalhadores e de outras camadas laboriosas em defesa dos seus direitos e das suas condições de vida e de trabalho. O combate à política de desastre e ruína nacional do actual governo e a luta em defesa das conquistas da Revolução dão um novo e grandioso testemunho da vitalidade dos ideias do 25 de Abril.

O Sr. Jorge Lemos (PCP): - Muito bem!

O Orador. - Da política do Governo e da resposta popular, ressalta com extrema clareza uma grande lição: é que sem os trabalhadores e contra os trabalhadores, contra as novas realidades do Portugal de Abril, pode-se realizar uma política de destruição e de agravamento dos problemas nacionais, mas não se pode dar solução positiva às grandes questões que afectam a vida do povo e do País.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - Do conflito que está alastrando entre as aspirações da maioria da população e a política do governo «AD», este, por muito que proclame, sem qualquer fundamento, que ganhou o direito de governar quatro anos, tem, além de outras, uma desvantagem que só por si caracteriza a sua precariedade: é que o Governo não pode demitir o povo e as instituições democráticas nem inventar outras à medida da sua vontade. Mas o povo e as instituições democráticas podem seguramente demitir o Governo e conduzir à formação de outro governo que corresponda à sua vontade e aspirações.

Aplausos do PCP.

Compreende-se que as forças reaccionárias reclamem tempo para poderem liquidar as grandes transformações democráticas, para reconstituir o poder e os privilégios do grande capital, para enfraquecer e enterrar o regime democrático. Mas o que já não se pode compreender é que possa haver sectores democráticos que pareçam dispostos a conceder esse tempo à reacção e a empenharem-se na defesa do governo e da sua política.

Vozes do PCP:- Muito bem!

Protestos do PSD.

O Orador: - A defesa do 25 de Abril, a salvaguarda das suas conquistas, colocam com particular premência a necessidade da cooperação, do entendimento e da unidade das forças da liberdade, da democracia e do progresso social.

experiência nacional mostra bem que a divisão dos democratas só favorece a reacção e mostra também que, pelo contrário, a unidade dos democratas é inseparável dos grandes passos e progressos nacionais no caminho da liberdade e da democracia.

Aplausos do PCP.