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I SÉRIE — NÚMERO 40

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O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Concluo, Sr. Presidente, dizendo que estamos conscientes de que este

Orçamento do Estado ficou pior depois de passar por Bruxelas e estamos conscientes também de que está na

mão de todas as Deputadas e de todos os Deputados — e nós faremos a nossa parte nesse sentido —

fazerem com que este Orçamento fique melhor, depois de passar pelo Parlamento.

Aplausos do BE e do PS.

O Sr. Presidente: — Em nome do Grupo Parlamentar do PS, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos César.

O Sr. Carlos César (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro e Srs. Membros

do Governo: Não tenhamos receio das palavras: este é um, o primeiro, dos Orçamentos de mudança.

É também o Orçamento apoiado por uma maioria parlamentar, com diferentes graus de entusiasmo, como

não poderia deixar de ser, considerando a sua natureza multipartidária, mas com o mesmo empenhamento na

defesa da mudança, na defesa da autonomia do País e na procura da defesa dos direitos e dos interesses dos

portugueses.

Aplausos do PS.

Este não é o Orçamento da direita, bem sabemos. Ou já nem sabemos! A culpa é da ambivalência das

siglas dos partidos da oposição! O PPD diz uma coisa, o PSD diz outra. O CDS diz uma coisa, o PP diz outra!

Todos dizem tudo e todos dizem o seu contrário!

Aplausos do PS.

Mas ficamos a saber que o Orçamento de que o PSD gostaria é inconfessável. Por isso, não apresenta

propostas de alteração, nem aponta outros caminhos a seguir.

Para o PSD, em relação ao qual uma das pessoas mais próximas da sua avaliação autêntica diz ser,

parafraseando com decoro, um «partido frustrado» com «dirigentes cansados», o vazio é o projeto político que

têm mais à mão.

Aplausos do PS.

Não têm nada para propor! Não têm? No fundo, têm, mas não o podem confessar. Mais gradualismo? Têm,

sim, mais propostas de austeridade, mais e mais austeridade, como tinham prometido a Bruxelas para este

ano de 2016.

E quando se insiste em mais austeridade sobre os mesmos assume-se uma opção política. É que mesmo

ou, sobretudo, quando há dificuldades, ao contrário do que diz o líder do PSD, há ideologias. O pior mesmo é

ele não se aperceber do que pensa e como pensa e que pensa como só a direita pensaria.

Aplausos do PS.

Ao longo das últimas semanas, e ainda nos últimos dias, pouco mais ouvimos da oposição do que a

negação e a diatribe e uma tentativa de prejudicar no exterior uma decisão das instituições europeias de

aceitação da orientação orçamental proposta.

Protestos do PSD.

Invocando a palavra de um Deputado do partido mais periférico da extinta maioria: «(…) a esperança que

tinham era que os agoiros se confirmassem e lhes trouxessem a tão desejada crise política que lhes desse

oportunidade de regressar ao poder a qualquer custo e a qualquer preço (…)».

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