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I SÉRIE — NÚMERO 68

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Aplausos do PS.

Por isso, não podemos olhar para os números do INE e para a estimativa rápida e dizer: «Meus senhores, a

prioridade são os mercados externos, os senhores enganam-se em ter como prioridade a procura interna». Srs.

Deputados, isso só tem uma consequência, que é aumentar o desemprego, e se essa é a vossa solução, então,

temos, de facto, caminhos diferentes e o Partido Socialista sempre apresentou um caminho diferente.

Sr.as e Srs. Deputados, deixem-me somar, pois vale a pena olhar para os números do desemprego. Os

números do desemprego têm uma realidade interessante: a taxa real de desemprego, aquela que o Governo de

VV. Ex.as sempre nos habituou a mascarar com vários malabarismos, desceu, pela primeira vez, neste trimestre,

abaixo de 1 milhão de desempregados. Deixe-me dizer mais: desceu abaixo de 1 milhão de desempregados,

porque o desemprego de longa duração desceu, o número de desencorajados desceu e o número de

desempregados ocupados…

Protestos do PSD.

Srs. Deputados, têm que ouvir com atenção, porque se não não percebem que há outro caminho e ficam

agarrados às vossas crenças.

Aplausos do PS.

Protestos do Deputado do PSD Carlos Abreu Amorim.

Sr. Deputado, oiça com atenção, porque se não ouvir com atenção vai insistir no mesmo erro: o número de

desempregados ocupados, que, como sabemos, não conta estatisticamente, mas é uma realidade da sociedade

portuguesa, desceu este trimestre.

Srs. Deputados, digo mais: Portugal tem uma prioridade, que é a de aumentar o investimento para aumentar

o emprego, convergir, aumentar o rendimento para aumentar a receita fiscal. A nossa estratégia não é, nunca

foi, o empobrecimento para ficar no euro e na União Europeia. Mais empobrecimento não é uma solução para

este País.

Aplausos do PS.

Sr. Primeiro-Ministro: a nossa prioridade é o investimento, é a capitalização de empresas. Pergunto o que é

que o Governo português pensa fazer neste âmbito, porque é este o caminho que o Partido Socialista defende,

é este o caminho que nos vai dar mais emprego qualificado, mais receitas fiscais e a sustentabilidade do Estado

social.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Eurico Brilhante Dias, tem razão, o que os números

revelam é o acerto nas prioridades. E o emprego tem de ser uma prioridade? Claro que tem de ser uma

prioridade, porque o desemprego foi um dos piores resultados da governação anterior.

É necessário investir? Claro que sim, porque o investimento caiu para níveis dos anos 80 e não há

relançamento sem que haja investimento.

Mas como é que podemos criar condições de investimento? Nós definimos duas linhas de atuação

fundamental.

Em primeiro lugar, acelerar a execução de fundos comunitários, porque, perante um contexto de finanças

públicas tão difícil como o nosso, tem de ser com base nos fundos comunitários, e não com recursos próprios

ou com endividamento do Estado ou das autarquias ou das regiões, que podemos relançar o investimento.

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