O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

25 DE JANEIRO DE 2018

43

endógenos, a produção de energia e a economia local será possível garantir mais e melhor emprego, a

renovação geracional nestes territórios e uma verdadeira coesão territorial.

Assim, os desafios que se colocam, neste âmbito, são muitos e necessitam de respostas claras e urgentes,

sendo que o financiamento comunitário e, principalmente, a boa gestão e canalização desses fundos, serão

cruciais para o crescimento, desenvolvimento e sustentabilidade do país.

Desde modo, a oportuna programação estratégica do quadro financeiro comunitário pós 2020, a definição

clara dos seus objetivos e programas e do respetivo modelo de governação devem ser desafios centrais e atuais

do Governo e do Estado Português.

É hoje evidente que o interior do país está desertificado, desmotivado e em muitos casos abandonado.

Tal circunstância não é uma inevitabilidade, na medida em que muitas atividades económicas podem e

devem desenvolver-se em zonas do interior, assim como é hoje mais fácil, com as novas tecnologias e os novos

modelos económicos, trabalhar à distância ou criar um negócio internacional a partir de qualquer ponto do globo.

Importa, por isso, criar condições no interior do país para que este se assuma como uma verdadeira zona franca

regulatória, capaz de se tornar o melhor local da Europa para começar e testar uma nova ideia ou um novo

negócio.

Isso implica, por um lado, a definição de um estatuto fiscal do interior, acomodando as discriminações

positivas necessárias, e, por outro, pela definição de um quadro regulatório especial para o interior do país, com

uma competitividade radical, capaz de ser reconhecido no Mundo inteiro como o melhor local para investir.

Para esse efeito, podem ser definidas áreas ou sectores preferenciais, de forma a podermos ter uma mais

coerente e melhor promovida política de atração de investimentos e talentos, devendo ser associadas, neste

esforço, as instituições de ensino superior do interior, que aliás têm procurado, sozinhas, fazer algo nestas

matérias. Neste âmbito, a economia digital e a inteligência artificial aparecem como mundos de oportunidades.

Sem esta ambição, dispondo apenas de políticas meramente infraestruturais, ou procurando replicas as cidades

do litoral, o interior limitar-se-á a gerir a sua decadência.

4. COMPETITIVIDADE ECONÓMICA – INVESTIMENTO

Os vários quadros comunitários de apoio pelos quais fomos passando permitiram-nos uma aproximação dos

índices de qualidade de vida da Europa Central.

O país foi mudando e as opções estratégicas também, ainda assim, nem sempre as decisões foram as mais

acertadas, ou pelo menos as que poderiam contribuir de forma mais progressiva para o desenvolvimento

económico e social.

Desde a adesão de Portugal à então CEE e sensivelmente entre os anos noventa e início da década de

2000, a utilização dos fundos comunitários foi muito centrada nas infraestruturas públicas e no desenvolvimento

dos equipamentos públicos – eram aliás esses os investimentos que permitiam que, muitas vezes por intermédio

do setor da construção, se desenvolvesse o emprego e a economia. Já posteriormente, e ainda que não se

abandonasse por completo o desenvolvimento dos equipamentos públicos, a formação e a qualificação dos

portugueses passou a ter um peso mais acentuado na estratégia dos fundos comunitários, bem como o turismo

que se revelou mais recentemente num setor fundamental para o desenvolvimento da economia – com grande

impacto nas exportações nacionais.

Posto isto e sabendo que os desafios que nos são colocados têm que ser cada vez mais minuciosos do ponto

de vista do sucesso que temos que alcançar com cada euro investido, torna-se cada vez mais necessário

perceber como é o investimento reprodutivo e como esse investimento tem repercussão nas comunidades em

que está inserido de forma a produzir mais-valia económica, mas também mais-valia social como forma de dar

sustentabilidade ao país. Será assim necessário cada vez mais responsabilizar uma cadeia hierárquica (que

deve começar pela direção dos fundos comunitários em Portugal) por resultados objetivos e muito focados.

Quem desenvolve a estratégia nacional tem que saber exatamente o porquê de se pretender investir em

determinado setor e tem ainda que perceber qual a dimensão que permite dar sustentabilidade ao que foi

identificado nesse mesmo setor.

Sendo esta uma realidade à qual temos que atender, e sendo ela transversal a candidaturas de entidades

públicas ou de entidades privadas, temos que apontar o foco àquilo que entendemos ser determinante para

desenvolver o país entre o período de 2020 e 2030. Assim, e para o CDS o que se torna essencial para dinamizar

Páginas Relacionadas
Página 0037:
25 DE JANEIRO DE 2018 37 A Assembleia da República resolve, nos termos do disposto
Pág.Página 37
Página 0038:
II SÉRIE-A — NÚMERO 59 38 Essa circunstância não pode ignorar a indis
Pág.Página 38
Página 0039:
25 DE JANEIRO DE 2018 39 desdobrados em 169 metas, que foi aprovada pelos líderes m
Pág.Página 39
Página 0040:
II SÉRIE-A — NÚMERO 59 40 quer do ponto de vista do combate às altera
Pág.Página 40
Página 0041:
25 DE JANEIRO DE 2018 41  Alterações climáticas e os seus impactos As alter
Pág.Página 41
Página 0042:
II SÉRIE-A — NÚMERO 59 42 O País tem duas realidades que importa dife
Pág.Página 42
Página 0044:
II SÉRIE-A — NÚMERO 59 44 económica e socialmente Portugal durante aq
Pág.Página 44
Página 0045:
25 DE JANEIRO DE 2018 45 digital, ao contrário de outros, é um mercado absolutament
Pág.Página 45
Página 0046:
II SÉRIE-A — NÚMERO 59 46 O processo negocial que se abre suscita um
Pág.Página 46
Página 0047:
25 DE JANEIRO DE 2018 47 11. Implemente novas formas de cooperação na gestão e orde
Pág.Página 47