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22 DE JULHO DE 2017

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Sistema Respiratório

Os problemas respiratórios podem ocorrer em pacientes pediátricos que foram alvo de radiação no

tórax. Os efeitos a longo prazo poderão fazer-se sentir através de um decréscimo no volume dos pulmões,

tosse seca, dificuldade respiratória, fibrose pulmonar e pneumonite.

Desenvolvimento Sexual

Nos rapazes, tanto a quimioterapia como a radioterapia podem levar à redução da produção de esperma

no futuro. Mais raras são as alterações na produção de testosterona.

Nas raparigas, a utilização da quimioterapia e radioterapia abdominal pode afetar os ovários. Os riscos

normalmente dependem da idade em que a criança é sujeita ao tratamento. À semelhança do que se

observa nos rapazes, as raparigas que ainda não atingiram a puberdade são as menos afetadas.

A utilização de alguns fármacos específicos pode aumentar o risco de esterilidade, irregularidade dos

ciclos menstruais e menopausa precoce.

No entanto, é de salientar que os filhos dos sobreviventes não têm risco aumentado de malformações

congénitas ou doença oncológica na infância."

"Os efeitos secundários provocadora pela radioterapia " podem ser agudos ou tardios. Precocemente

podemos observar irritação ligeira cutânea e perda de cabelo na área de tratamento. Na irradiação das

cadeias mediastínicas pode surgir esofagite aguda (dificuldade na deglutição com dor e ardor retro-

esternal), depressão medular (anemia com fadiga, febre e infeção secundária à diminuição de produção

de glóbulos vermelhos e brancos a nível medular) e eventualmente mielite. A nível pulmonar a complicação

mais temível embora rara é a pneumonite rádica, seguida de fibrose manifestada por um quadro de

insuficiência respiratória progressiva e irreversível."

"O cancro e os progressos resultantes de novos e mais eficazes tratamentos não podem ser

adequadamente avaliados pela taxa de mortalidade, incidência ou prevalência ou pela taxa de ocupação

de serviços de saúde. O cancro afeta muitas dimensões da saúde e bem-estar. Idealmente, o tratamento

deverá não só prolongar a vida, mas também diminuir os efeitos colaterais da doença e potenciar a

capacidade de a pessoa retomar a sua vida normal. Os estudos de qualidade de vida podem constituir uma

mais-valia na identificação específica das necessidades dos sobreviventes de cancro numa perspetiva

dinâmica, pois são mutáveis ao longo do ciclo de sobrevivência, constituindo um desafio para os múltiplos

profissionais de saúde.

Hoje as pessoas com cancro querem sentir que a sua sobrevida significa mais «que um escape à morte»

(Cartwright-Alcarese et al., 2003).

A pessoa, quando termina o tratamento, tem de enfrentar um processo de reestruturação, seja física,

psicológica ou social. As preocupações físicas estão relacionadas com as expectativas relativas à evolução

da doença, medo de recidiva, morte, sequelas físicas, preocupações sobre sexualidade e infertilidade. As

preocupações psicológicas têm a ver com a incerteza sobre o futuro, maior vulnerabilidade e medo de

rejeição social. Por outro lado, as preocupações sociais têm a ver com o trabalho, insegurança, medo de

discriminação pelos colegas, a transição de status de doente para pessoa saudável e o ser considerado

pelos outros uma pessoa especial, quer no sentido de herói, quer no de vítima (Garcia, Wax e Chuwartz-

mann, 1996).

Os sobreviventes de cancro representam um grupo crescente na área da saúde com necessidades

específicas, o que implica necessariamente uma nova abordagem (Aziz, 2002; Boini et al., 2004; Ferrell e

Dow, 1997; Zebrack, 2000a). Neste contexto, a exigência atual dirigida aos técnicos de saúde é ampliada,

sugerindo um incremento das intervenções dirigidas aos processos educacionais e apoio psicossocial, à

pessoa e família, com vista ao bem-estar e qualidade de vida dos indivíduos que tiveram um cancro.