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conlra o projeclo para a abolição das leis reslriclivas do commercio do vinho do Douro, não porque deixe de eslar de accordo n'csle principio, mas porque queria que primeiramente se tomassem medidas dc organisação para todas as localidades vinhateiras do paiz. Faço esta declaração verbal.
Aproveito lambem a occasião para enviar para a mesa uma representação da camara municipal do concelho de Santa Marlha de Penaguião, que o meu collega o sr. Sampaio e Sousa me pediu para apresentar na camara, pedindo que se approvo o projecto que o mesmo senhor offerreen como substituição ao projcrlo dos vinhos: vem tarde, mas desempenha a missão dc que foi incumbido.
O sr. Visconde de Portocarrero:—Eu peço a v. ex.a que consulte a camara sobre um objeclo que mc parece n camara approvará; e é para entrar em discussão o projeclo relativo á doca na ilha dc S. Miguel. Estamos todos unanimes, o governo concorda com esle projecto; por conso ;uencia peço av. cx." que consulle a camara.
Osr. Presidente: — O sr. depulado pede que sc consulle a camara se se quer oceupar desde já do projeclo relativo á doca da ilha de S. Miguel. A'ordem dos trabalhos que honlem indiquei foi primeiro o projeclo n.° 149 sobre estradas, depois o 104-B sobre marcas e depois o 103 relativo aos egressos, (Apoiados.) e cu tencionava propor á camara se se queria oceupar primeiro d'esie assumplo dos egressos. (Apoiados.) -
O sr. Gomes de Castro: — Sr. presidente, o requerimento que fiz não pódc ficar sem resolução da camara: é para que depois do projeclo das cslradas enlre cm discussão o projecto de desamortisação. (Susurro.)
O sr. D. Rodrigo dc Menezes (para um requerimento): — Sr. presidente, eu não tenho a pedir cousa alguma a v. cx." sobre a ordem dos trabalhos da casa que mc diga respeilo ou a afilhados meus: dê v.cx." a ordem do dia eexecule-se. (Apoiados.)
Mas como não sc quer discutir o parecer dado pela commissão de moeda falsa, eu peço a v. cx.a que todos os papeis sejam remellidos ao governo, (Uma voz: — Nunca deviam cá vir.) porque esses papeis envolvem a honra e credito de muila gente; c por isso não devem eslar fóra da serrelaria. Eu não peço mais nada. A camara não quer discutir. O governo não quer discutir: vá a responsabilidade a quem loca, Nós pedimos, a camara fará o que entender. Mando para a mesa o requerimento.
O sr. Coelho do Amaral:—Mando para a mesa uma representação'.
O sr. Henriques Secco: — Tenho a honra dc mandar para a mesa uma representação por parte dos laboriosos c honrados cidadãos da freguezia de Qiiiaius, na qual reclamam conlra a restaurarão do concelho dc Maiorca feita a expensas d'cllcs signatários, islo é, sendo elles tambem sacrificados pela passagem da Figueira da Foz para esse concelho em projeclo.
As rasões justificadíssimas vem n'ella exaradas com fidelidade c exaclidão; mas cu hei de resumi-las nVsla consideração somente, troca de um centro commercial rico e populoso com o qual vivem diariamente e. do qual são subúrbio, por outro centro a que só hão de concorrer pelos actos a que a lei os coagir, percorrida dobrada distancia.
A representação vem acompanhada de uma reclamação, em que a quasi totalidade dos poucos cidadãos que ha dias linham pedido o concelho de Maiorca, hoje retiram esse pedido, declarando haverern-o feito somente por condescendência, c dc certo o podem afiançar na certeza de que por cllc não sc fazia obra.
São cenlo e nove os signatários da representação, e vinle c cinco os reclamantes, islo é, a totalidade dos povos da freguezia, incluindo n'ella todos os respeitáveis cavalheiros da parochia, c todas as assignaturas vem regularmente reconhecidas. ,
Não posso dispensar-me de tomar a liberdade de observar á muilo illuslre commissão ,de estalistica, que seja dc ora avante mais cauta nus considerandos dos seus projectos, por-Voi. Vil —Agosto —1860
que na hypolhese são cllcs taxados pelos representantes de inexactos, e não só cauta nos considerandos, senão tambem na apresentação de pareceres taes que vão pór as povoações cm alvoroço, pois os tomava a serio, muito mais a serio do que as próprias commissões, que muitas vezes podem ser as primeiras a duvidar da efficacia e préstimo dos seus feitos e obra.
Peço que esta representação seja publicada no Diário de Lisboa, porque a jusliça dos meus honrados commillentes deseja ser visla á luz clara do dia, e eu ambiciono que seja notório como desempenhei a incumbência, por quanlo tanto é isso' agora necessário, quanlo sei que alguns lavradoresd'entreos representantes tiveram a intenção de acompanha-la a Lisboa, a fim de qne lhes não restasse duvida de que ella tinha entrado as porias d'esla casa.
Agora oulro objeclo.
O rigor do regimento não mc permilliu replicar na sexta feira passada ao sr. minislro das obras publicas. Pelo que hoje peço licença para observar as. ex.*, que as noticias que tenho sobre os defeitos dc inclinação de 0m,013 no caminho dc ferro junto á Pampilhosa, e sobre a pretensão de o afastarem da Mealhada, m'as lêem transmittido d'ali, aonde é fácil acredilar todo o boato cm detracçãod'esse importante centro do paiz vinhateiro da Bairrada, porque de todos é notória a desconsideração com que fóra já tratada na construcção da estrada macadamisada c na divisão de Icrrilorio, e no que porém guardaiei silencio por agora.
Igual noticia sc mc dá dc Coimbra sobre a construcção da eslação na margem esquerda do rio; e não admires, ex.* que os povos d'essa cidade contem com a obrigação de eu defender os seus interesses, porque sou filho legitimo da lerra, e a elles só c exclusivamente devo o logar de honra que aqui oceupo.
Snppunha no que disse sobre esses pontos servir tanto as localidades como a causa geral do paiz, do governo, como até a ilo sr. ministro, que deve interessarem ser bem feito o que sc fizer durante a sua administração.
Cornu quer que fosse entendido, o que então lambem dis-. se com relação á directriz da estrada do Alva, não é que pre-.veniria s. ex.* conlra os planos da estrada pela margem esquerda, mas sim que o prevenia que esses planos são contra a vontade unanime dos povos c municipalidades, com o fim de concluir que a rasão não pódc eslar em dois somente e ifaltar á universalidade.
A queslão é menos lechnica que económica, porque os auclores d'esses mesmos trabalhos concordaram em que a estrada é mais fácil pela margem direita.
Só os amedronta a differença dc 60:000^000 que, segundo cllcs, cila indo por ali importa de mais, mas não acreditando em tal excesso, mesmo assim pergunto senão vale elle a pena de não fazer uma eslrada defeituosa e muito mais longa como sc prevê ser a da margem esquerda. ' '
NYste caso não se diga que defendo interesses de localidade, porque os mais interessados em não percorrer alguns kilometros a mais são os viandantes de longe. Como s. ex.* disse que havia de decidir com prudência e conhecimento de causa, isso aceito, isso só peço, c lembro que s. cx.* visse pór seus olhos, ou mandasse lá novos e hábeis engenheiros, co» mo já linha sido mandado o sr. João Luiz Lopes, cavalheiro muito competente e imparcial.
Aos elogios por s. ex.a tecidos a alguns funecionarios não respondo, porque não os aceusci, declaração que faço, para que so não fique presumindo o contrario das palavras do sr. minislro.
O sr. Antonio Feio:—Em additamenlo ao grande numero dc assignaturas dos cidadãos do districlo de Braga, que reclamam contra o projeclo da desamortisação dos bens da freiras, mando para a mesa mais alguns milhares de assignaturas. Leu-se na mesa o requerimento do sr. D. Rodrigo. O sr. Rebello Cabral:—A mesa não pódé expedir esse requerimento sem decisão da camara. ! O sr. Presidente:—Não se expede, fica para segunda lei— j lura.