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sejam necessários pára que tenhamos os esclarecimentos precisos para a discussão das eleições, aquel-les documentos que podem decidir das eleições, mas não aquelles que são absolutamente indifferentes, ou quasi que indefferentes para a validade das eleições; porque, posto que o Sr. Deputado entenda que é lógico, porque se pôde provar (dado que se prove) que houve alguma irregularidade, rnesrwo alguma falsificação na votação de uma Mesa eleitoral, digo, ainda que ò Sr. Deputado entenda que e' lógico concluir daqui, que fica em duvida a boa fé das outras mesas eleitoraes, eu digo que isto não é lógico, ou que o e .tanto como quando meia dúzia de homens são accusados de ladrões, se se prova que um o é, fica em duvida o credito dos outros.

Ora agora, este .requerimento será necessário, segundo a lógica do Sr. Deputado, porque ficam em •duvida as outras eleições; mas segundo a minha lógica não e' necessário, porque, segundo o Parecer da Cornmissão, que ahi está, e se pôde v*:r, ainda mesmo julg-ando-se sem effeiio os votos consignados nessa Acta , que o Sr. Deputado julga illegaímente emiltidos, e que eu julgo legaes , ainda assim são proclamados os mesmos Deputados por grandíssima maioria. .

Ora, se estivermos aqui a pedir esclarecimentos desla natureza, quando não podem influir nada no resultado do nos^o juízo,- não saímos nunca daqui. Eis-aqui porque eu eslava decidido a votar contra o requerimento , e ainda estou, mesmo reduzido aos termos em que o concebe o Sr. Roma.

O Sr. Presidente: — Eu peco aos Srs. Deputados que queiram economisar o tempo, reduzindo seus discursos o mais possível, fallando somente sobre a matéria. . '-

O Sr. Agostinho Líbano: — Eu estou maravilhado! Cuidei que esta malária estava discutida! Que ale' se tinha já votado sobre ella ! Agora vejo instaurar de novo a questão! Isto para mirn não é lógico, nem de ordem, por isso reclamei a palavra sobre a ordem , pedindo a V. Ex.a que mantenha as decisões tomadas.

O Sr. Presidente-—Tenho a responder ao Sr. Deputado que a votação foi interrompida por uma proposta do Sr. J. A. de Magalhães, para que o requerimento fosse posto á votação por partes, então a Assemble'a pareceu vacillar, e por isso se instaurou de novo à questão: agora eu não sei o estado .em que se acha a questão, se devo propor o requerimento por partes, se no todo; assim a Assembléa que o decida, porque eu não quero decidir cousa alguma.

O Sr. José Estevão: — V. Ex.a é que faz a ins-cripção dos Deputados que faliam , e por isso mesmo eu linha a palavra primeiro que oSr. Agostinho Albano: convi em que elie faliasse primeiro queeu, para não'eslabelecer mnà questão do precedência; anrsuí a que S. S.a faliasse , uma vez que não fosse pa,ra pedir se a matéria estava discutida , por consequência eu devia ter a palavra pela fé da própria inscripção de Y. Ex.a

O Sr. Sousa .Azevedo: — Eu sobre a ordem peço que logo que tenha faiíado.oSr. Deputado, V.Ex.* consulte a Camará se a nialeria está já mais que discutida , e se devemos passar a votar.

O Sr. c/ose listão; — íiu pedi a palavra para responder ás observações dos Srs; Deputados, e não

para antecipar a discussão do parecer da eleição,de Lisboa : pedi simplesmente para racteiicar nos ter° mós mais claros o verdadeiro espirito do requeri» mento do Sr. Sá Nogueira. As observações do Sr. Deputado Aguiar fundaraentam-se n'um facto menos exacto, e certamente S. Ex.a o fez, porque não entendeo como elle se passou ; não se pedem esclarecimentos para a discussão, mas sim quer-se que esses documentos se publiquem ; não quer instrueção para si, quer instrucção para o paiz , quer instrucção verdadeira dos factos como eiles se passaram; não quer que essa instrucção passe pela censura da Camará : os pontos principaes era que deversifica a proposta do Sr. Deputado, e a substituição do Sr. Roma, são: o Sr. Deputado quer os factos que ap» pareceram; — os recenseamentos como se fizeram, por quem ele. para ser assim impressos,'( nenhum exciue a publicação) o Sr. Roma quer que os pá» peis venham á Camará para que ella os veja e conclua se se devem ou não imprimir: o Sr. Sá Nogueira entende que convém esclarecer o paiz sobre o espirito das eleições ; e como se não pôde fazer urna publicação completa de todos os casos que se acham nestas circurnstancias, pede que se faça esta, porque se senão podem apresentar todas as fraudes que falai ficaram a Representação Nacional, ao menos vê a Nação o panno da amostra.

O Sr. Seabra: — Eu substituo este requerimento, pedindo que o Governo remetia a esta Camará os documentos ahi pedidos.

Posto â votação o requerimento do Sr. Sá Nogueira. — Foi regeitado.

O Sr. Seabra: — Eu substitui esse requerimento que acaba de ser regeitado, pedindo em logar da sua impressão, que o Governo mande directamente esses documentos a esta Camará, que é onde elles podem ser necessários e úteis: —não quero, Sr. Presidente, que se diga fora desta Gamara, que se re-geilam os requerimentos que são tendentes a verificar a legalidade das eleições; —todo o mundo sabe que esta Camará está debaixo do pezo de graves ca-lurnniaâ qua se repetiram hontecn , e que também foram rebatidas de um modo mais terminante: é pois para isso que se faz preciso que venham esses documentos, porque elles hão de servir para rebater a caiu m n ia.

O Sr. Gorjão: — E' uma substituição que ainda não foi discutida , e que o necessitada ser: já seu iJlustre author apresentou os sólidos fundamentos porque a sustentou; euj quanto a miro o que elle disse já é bastante discussão, mas sem a que houve não se devia proceder á votação.