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N.° 20.

1848.
Presidência do Sr. Rebello Cabral.
V> hamada —Presentes 84 Srs. Deputados Abertura — A meia hora depois do meio dia. Acta — Approvada sem discussão.
corre3pondenc1 a.
Um officio. — Do Sr. D.Alexandre José Botelho, participando que por motivo de moléstia não pode comparecer á Sessão de hoje.—Inteirada.
ordem do dia.
Continuação da discussão do Projecto de Resposta ao Discurso da Coroa.
O Sr. Silva Cabral: — Sr. Presidente, estava eu hontem principiando por analysar a Nota de 29 de dezembro, continuarei hoje essa analyse sem mais preâmbulos. Aquella Nola continha uma terceira noticia da brilhante acção de Torres Vedras, de «jue se tinha já fallado nas Notas den.°°99 e 100, mas como na primeira destas se tinha informado o Governo Brilannico por um modo um pouco favorável á causa da Rainha, temeu-se da boa impressão que poderia causar no Gabinete inglez, e por isso na dieta de 29 de dezembro se inculcou o nenhum receio em que estavam os partidários da Junta do Porto, por isso mesmo que diziam que com a tropa regular nunca elles tinham contado, mas com o povo em massa, qne o seguia, podendo levantar forças por toda a parte. ( Hilaridade.)
No primeiro periodo da primeira Nota appareceu claramente annunciado este pensamento, e nos pe-riodos subsequentes, desenvolve-sc até chegar a esse permanente pensamento, que dominava a diplomacia brilannica, o de desvirtuar todas as medidas que se tinham tomado a bem da ordem deste paiz, ajuizando inexacta, e desfavoravelmente dessas medidas, conforme as informações que recebia por vias que visivelmente, se mostram da parcialidade da Junta do Porto. (Apoiados. >
O Agente brilannico affirmou, que nâo havia jima só estrada boa eqi Portugal, e nem ao menos se lembrou da de Cintra, por onde tanlas vezes tinha passado. (Riso ) O periodo que vou ler (Leu) mostra bem, que a origem do que elle informara para o seu íioverno nâo fora outra, que a de uma celebre representação, a que já aqui alludi, quando fallei da acta da associação eleiloral setembrista de 30 de novembro de 1843. A circular de 27 de maio, que da mesma Legação brilannica se linha remellido ao Governo Inglez, lhe provava o conlrario nas palavras, que já analysci na antecedente Sessão, mas o que menos se queria era a verdade, e acerescentando a esta razão o lestimunho da auctoridade, nâo está ahi escripto o que disse o Sr. Franzini, calculando os prejuízos causados pela revolução do Minho, em nada menos do que setenta e sete milhões de cruzados nas verbas que declara, e ainda nâo são todas aquellas a que os prejuízos chegaram? Não está ahi o testimu-Yor.. 2." — Fevereiro— 1848.—Sessão N." 20.
nho de um outro nosso illustre Financeiro (cujo nome não declararei, porque não tive a honra de o ver, para alcançar a devida auctorisação), que calculando esses prejuizos n'um circulo mais limitado dc verbas, os elevou todavia até á quantia de cinco mil novecentos sessenta e dous contos seiscentos e sessenta mil réis, que excede a quatorze milhões de cruzados ? E ainda voltando de novo ao campo dos factos, e fallando das estradas a que alludira, nâo ha no que se diz naquella Nota uma só palavra de verdade, porque é verdade que as estradas eslavam n'um melhoramento e progresso visivel. (Apoiados, é ver-dade, 6 verdade.)
Nas estradas trabalhavam já nada menos de de% mil trezentos noventa e sete trabalhadores, aléindos empregado em Beja, Faro, e Villa Real, que ludo andava por onze mil, distribuídos pela maneira seguinte :
Estrada do Minho, da empreitada Lucolte ... 5:230
Dita do Porto a Penafiel.................. 835
-ao Sul do Douro....................2:02G
— ao Norte de Coimbra................. 597
-de Lisboa ao Carregado............... 589
¦——do Carregado a Óbidos............... 128
-de Alhandra a Torres................ 42
-de Lisboa a Torres Vedras............ 641
Agora vou dar lambem uma idéa do seu eslado, segundo o ultimo Relatório da Companhia das Obras Publicas de Portugal, feito sobre as bases dos seus engenheiros.
Do Porlo a Braga, 12,106 braças de estrada completa, em cons.trucção, ou aberta.
Do Porto a Guimarães, 22.590 braças — idem. O engenheiro Nunes diz que; «as estradas do Porlo a Braga, do Porlo a Guimarães, e de Guimarães a Braga, mediram proximamente umas 20 léguas de 2 526 braças, sendo as duas primeiras de 16 léguas. Na estrada de Guimarães a Braga era insignificante o trabalho feito.
Aquellas estavam no estado de receber as Diligencias. Pouca menção se faz do trabalho na estrada de Villa Nova de Famalicão a Vianna. • A estrada do Porto a Penafiel, em grande parte completa, media 11,392 braças.
Estrada ao Sul do Douro. Os seis alinhamentos até jnnlo de Oliveira de Azeméis, segundo ns plantas, dão o tolal de 1.623 metros. Esla estrada foi muito dispendiosa, mas era perfeita.
Estrada ao Norte de Coimbra. Comprehende a rua da Sofia, e d'ahi alé aos Marcos da Pedrulha, e Cabeço do Cardai; além de trabalhos preparatórios n'outras partes. E destes havia infinilos em Iodas as estradas, e que por abandonados se inutilisura m.
Estrada de Villa Real a Amarante. Eslava apenas começada, lendo-se porém feito muilos trabalhos preparatórios, bem como nas seguintes: Estrada de Beja a Alcácer do Sal. Dita de Faro a Loulé.
Estrada dc Lisboa ao Carregado. Segundo o relatório do engenheiro, em dez mezes e meio fizernm-se 8 léguas e meia de estrada. -»