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N.° 22.
ãktssào: J848.
Presidência do Sr. Rebello^ Cabral.
C/hamudà— Presentes 85 Srs. Deputados. Abertura — A meia hora depois do meio dia. ¦ Acta — Approvada sem discussão. '. • ' •
correspondência.
. Um fficio: — Do Sr. Deputado eleito, pela'Beira Baixa, Antonio Bernardo da Silva Cabral, mandando o seu Diploma, e participando que'não tem podido comparecer por motivos domésticos^ — >/ Gamara ficou inteirada, e o Diploma foi rernettido á Commissão de Poderes. ¦¦> -'. .
- O, Sr. /. /.'de Mello: — Mando; para a. Mesa o seguinte requerimento, e peço aiV. £x.*;que consulte a Camara sobre a sua urgência. ; !¦,¦¦•. Requerimento. —Requeiro,: qrie pela, Repartição competente, se peça informação do rendimento do imposto de direitos differénciacs sobre navios brazi-leiros nos últimos tres annos decorridos. — /. J. de-Mello. ¦ .'.,...¦''.. .
- Foi julgado urgente e approvado sem discussão. O Sr. Va% Prelo: — O Sr. Passos Pimentel en->
carregou-me de participar a V.. Ex." que não comparecia á Sessão de hoje por incommodo dè saúde.•
O, Sr. Bispo eleito de Malaca:—Pedi: a palavra para fazer o seguinte:
Requerimento. — Requeiro ,que pelo Ministério da Marinha e Ultramar se peça ao Governo: . ••¦ •
1.° Copia dos trabalhos da Commissão, qire'por Decreto de 30 de Janeiro de 1843 havia sido nomeada-para objectos da educação, ecclesiastica nas províncias do Ultramar. \". . ,. '
2." Uma relação dos Bens Nacionaès existentes nas Possessões Britannicas da ] ndia, declarando o rendimento e valor daquelles bens, e bem assim o destino, que tenha sido dado a este rendimento. — B. E. de Malaca. .1 ¦
Continuando disse:
Sr. Presidente, os esclarecimentos que peço neste requerimento,, assim corno no que fiz um dos dias passados, são-me necessários para confeccionar um Projeclo de Lei sobre a educação ecclesiastica, nas províncias do 'Ultramar; e como o objecto é ulil, parece-me que à Camara poderá approva-lo:e por isso peço u urgência.i-Aproveito-esta occasião para pedir, a V» Ex.tt queira'inscrever-me para urna Explicação no fim desta discussão. , -,i ', •. ' '•• -
Foi admitlido á discussão o requerimento e approvado'. .¦ ! r. .:-'.. ii.¦',.':¦, ¦, i.; i, ¦,;
• < ' ordem do dia. \ -,,.'•„
Continuação da-discussão 'dó Projecto de Resposta «•-• •••oA' ••• ao Discurso da Coroa.- \-\ -,\. -. O SrV Ministro da Marinha:,'—Do,alto do,Throno foram proferidas estas palavras soleuines t*-.« Tenho o mais vivo.desejo dc que no horisonte dá nossa Patria desponte radiosa uma nová era, e que.ella seja a da paz, da ordem, e idaiuniãò da Familia Porlugueza.» — Saneias palavras! Solemnissiuius palavras!. E a expressão sincera do sentimentorau-guslo da Nossa Soberana..'(Apoiados)), n/. i< •„' ni< Vol.8."— cEVEKP.ino- J8J8.
-, Sr. Presidente, foi sempre o sentido destas palavras o objeclo dos meus votos; são ainda hoje esses os votos mais ardenles do meu coração, que jamais foram desmentidos; são estes os votos igualmente de todo o parlido Cartista a que lenho a honra de pertencer. (Muitos apoiado1:) A união da Familia Porlugueza — e' uma das condições absolutamente essenciaes de que depende a felicidade do nosso paiz, e não digo só do nosso, paiz, de Iodas as nações; da união da Familia ou da cadeia, que liga cada um dos ' individuos de^qualquer nação éque provem a sua prosperidade. É desta falia d'união, é desle uai, desta grande calamidade, que provém a penosíssima situação.em que nos achamos. E não se persuadam que.os meus desejos são de mera foinialidade ou.de hypocrisia. Moderado como sou por principios, por estudo e pela experiência de annos que gravitam pe-riosissimamènle sobre a minha cabeça; moderado por eslas considerações e pela necessidade absoluta de O ser, nas circumslancias em que nos tem collo-cado as nossas dissenções, levadas a um ponlo que pôde produzir maiores e mais gravíssimos males do que áquelles por que lemos passado, faço. os volos mais sinceros com todos os individuos do partido Cartista a que me glorio de pertencer e com quanto ao-piram deveras a vêr unida esla Familia já tão dividida, para que ella se reúna, e harmonise I Uns por espirito de progresso além daquelle que comporta o eslado actual da civilisaçâo; outros perlendendo marchar mais depressa, segundo elles confessam, mas por caminhos opposlos áquelles em que devemos caminhar, lodos se desvairam, e erram o verdadeiro caminho: faço votos, digo, para que venha um dia em que despido de quaesquer preconceitos, com perfeita abnegação de nossos erros affastando-nos do caminho que lemos trilhado nos encaminhemos desle modo á prosperidade da causa publica. Sr. Presidente, nós os descobridores de uma nova estrada para longiquas terras; nós os descobridores demuilas outras não conhecidas, nós oulr'ora ricos, e opulenlos achamo-nos hoje indigentes, e^desditosos, porque estamos,desunidos! ...'..-' ¦ ;
Eu nâo tive a honra . de, acompanhar os valentes que de nossa terra emigraram pura fugir a barbaras perseguições: eu não pude com elles dizer—.JVoh Patriam fugimus cl dulcia linquimus arva.—Não jne lisongeio dessa honra; nem lambem pude acompanhar outros nas Iobregas masmorras que por lanto AempOiios opprimiram e dizer lambem com elles — .0'. passi graviora,; dabit Deus ,his quoque finem .' :> . Sr. Presidente, mas,assim mesmo soffri e nâo pouco,, vinte e cinco mezes, passados-no homisio e sob .os.teclos da amiga protecção de um.homem illustre, .que lèm. por. empresa; no Seu brazão — Desir de bien faijv — .ç aó qual,' t; á sua familia serei grato em. tq-.da, a rftfiiha; vida, pelos benefícios e favores que delle recebi,.:que .me livraram; de grandes soffrimenlbs. Te-nho! a maior satisfação em poder dar-lhes aqui urn .testemunho ;da-miulia gratidão. Esse illustre Cavalheiro já. nâo pôde acolher ás publicas,expressos da .minha gratidão, açolha-os ao menos a sua illuslre descendência,! -Mos nem por,isso os prejuízos, os sofiii-